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A igreja catÃlica no processo de formaÃÃo da classe trabalhadora / The Catholic Church in the process of formation of the working classRonald de Figueiredo e Albuquerque 14 August 2012 (has links)
FundaÃÃo de Amparo à Pesquisa do Estado do Cearà / O presente trabalho expÃe o processo pelo qual passou a Igreja CatÃlica ao voltar-se para a sociedade e nela comprometer-se com os mais pobres. Sua inserÃÃo entre os segmentos populares propiciou a organizaÃÃo desses, ao mesmo tempo, que permitiu refletir sobre a aÃÃo da Igreja CatÃlica. Essa reflexÃo mudou a prÃxis polÃtica de religiosos e leigos que passaram a ver a Igreja como instrumento privilegiado de mudanÃa social e polÃtica, jà que ela à uma instituiÃÃo presente em todos os recantos conformando a populaÃÃo de modo geral. Relevo tambÃm, o papel dos segmentos populares, que nÃo apenas sofrem a aÃÃo da Igreja, mas que exercem sobre ela um papel crÃtico, capaz de contaminar setores da Igreja CatÃlica, fazendo-os rever posiÃÃes e definir aÃÃes mais pertinentes com a realidade dos segmentos populares. Nesse trabalho, analiso do percurso da igreja CatÃlica no Brasil, quando, paulatinamente, alguns segmentos de sua hierarquia vÃo se inserindo nas lutas do povo, revelando os processos de dominaÃÃo e submissÃo em vigor, forÃando uma tomada de posiÃÃo da Igreja que acaba por repercutir no Vaticano II. A partir dele abre a Igreja para sua inserÃÃo histÃrica comprometida com os pobres, à a Igreja dos pobres como bem define a Teologia da LibertaÃÃo e que se faz presente na organizaÃÃo das Comunidades Eclesiais de Base. Friso que as comunidades se colocam de forma mais expressiva e polÃtica principalmente, a partir, dos anos da ditadura militar. Essa peculiaridade faz com que alguns intelectuais acreditem que a presenÃa polÃtica das comunidades à uma consequÃncia do fechamento dos espaÃos polÃticos formais, sindicatos e partidos polÃticos. A tese que defendo, a partir da Diocese de CrateÃs, à que sÃo espaÃos de encontro, e por serem espaÃos de encontro se transformam em espaÃos de inserÃÃo social e polÃtica que a Igreja vem assumindo desde os anos de 1950. CrateÃs à uma demonstraÃÃo clara de que as comunidades sÃo espaÃo de encontro e, por isso mesmo, polÃticos, espaÃos da fala ativa e crÃtica em funÃÃo de uma Igreja que se coloca aberta à fala do povo, estimulando-o à participaÃÃo nas aÃÃes definidas nas Comunidades. SÃo as
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CEBs, em funÃÃo disso, espaÃos de educaÃÃo polÃtica que ainda hoje repercute na aÃÃo dos segmentos populares. A metodologia utilizada foi o contato direto com os trabalhadores, que participaram de CEBs, com a Igreja, padres, religiosas, agentes de pastoral, coordenadores e sindicalistas, atravÃs de entrevistas individuais e coletivas, da anÃlise de documentos escritos e livros, da participaÃÃo em reuniÃes e visitas a algumas instituiÃÃes criadas a partir da aÃÃo dos membros das CEBs. / The present work describes the process by which the Catholic Church turns its attention to society and commits itself to the poorest. This commitment helped organize the popular segments, while at the same time, it allowed a reflection on the action of the Catholic Church itself. This reflection has changed the political praxis of religious and lay people who came to see the Church as a privileged instrument of social and political change, since it is an institution present in every corner shaping the population in general. I stress also, the role of popular segments, which not only suffer the action of the Church, but exert back on it a critical role, capable of influencing sectors of the Catholic Church, causing them to review positions and define actions more relevant to the reality of the popular segments. In this work, I analyze the trajectory of the Catholic Church in Brazil, when, gradually, some segments of its hierarchy take part in the struggles of the people, revealing the processes of domination and submission in place, forcing an official position of the Church that ultimately impacts Vatican II. Afterwards, the Church, historically, becomes committed to the poor--it is the Church of the poor, as well defines the liberation theology. This commitment leads to the organization of the Basic Ecclesial Communities (BECs). These communities become more expressive politically, primarily, from the years of military dictatorship. This peculiarity makes some scholars believe that the political presence of the CEBs is a consequence of the closure of formal political spaces such as unions and political parties. The thesis that I defend, based on studies of the Diocese of CrateÃs, is that the BECs are meeting spaces that are transformed into spaces of social and political activities that the Church has taken control of since the 1950s. CrateÃs is a clear demonstration that communities are gathering spaces and, therefore, political spaces of active and critical speech in a church that stands open to talking to the people, encouraging them to participate in the actions defined in the communities. BECs are, as a result, spaces of political education that still reverberate in the action of popular strata. The methodology used was based on direct contact with the workers who participated in BECs with the 9
Church, priests, nuns, pastoral workers, union members and coordinators, through individual and group interviews, analysis of documents and books, participation in meetings and visits to some institutions created through the action of BEC members.
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