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Eficácia da restrição do membro superior não parético na recuperação motora do membro superior parético de indivíduos pós-acidente vascular encefálico: ensaio clínico randomizado cegoSANTOS, Luciana Bezerra dos 29 June 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-06-29 / A função motora mais comumente afetada após o Acidente Vascular
Encefálico (AVE) é a do membro superior (MS), gerando inúmeras consequências
na função corporal, limitações na atividade e restrições na participação social. A
Terapia de Restrição (TR) vem sendo empregada para aumentar a função do MS
parético pós-AVE. Neste tipo de terapia os pacientes são submetidos a atividades
motoras repetitivas, com o membro parético, tentando estimular a sua máxima
utilização, enquanto o membro não parético é mantido com um dispositivo de
contensão. Entretanto, ainda há questionamentos sobre qual o componente que
mais influencia os benefícios observados, se o treinamento intensivo do MS parético
ou a restrição do MS não parético. Objetivos: Avaliar se a restrição do MS não
parético é um fator que interfere na recuperação da função motora do MS parético
de indivíduos na fase crônica após-AVE e verificar suas repercussões sobre a
independência funcional e qualidade de vida. Material e Métodos: Foi realizado um
ensaio clínico, randomizado, cego, com 19 indivíduos na fase crônica pós-AVE
distribuídos aleatoriamente em dois grupos: grupo controle, submetido apenas ao
treinamento específico do MS parético; e grupo experimental, submetido ao
treinamento específico do MS parético e uso da restrição no MS não parético. Os
voluntários foram avaliados antes e após as sessões terapêuticas através da Escala
de Fugl-Meyer (EFM), Medida de Independência Funcional (MIF) e a Stroke Specific
Quality of Life (SSQOL-Brasil) e foram submetidos, três vezes por semana, durante
quatro semanas consecutivas, a 40 minutos de treinamento específico para o MS
parético. ANOVA multifatorial com medidas repetidas (2X2) foi usada para investigar
os efeitos principais e de interação entre os grupos (experimental e controle), antes
e após as intervenções, para as seguintes medidas: SSQOL; EFM e MIF.
Resultados: Na análise pré-intervenção não foi observada diferença significante,
entre os grupos, em nenhuma das variáveis estudadas. Para comparação intergruposcom
relação às variáveis de caracterização, foi utilizado o teste Mann-
Whitney U. A ANOVA revelou interações significativas entre os grupos e tempo para
o escore total na EFM (F=5.49, p=0.03), indicando que os grupos demonstraram
comportamentos diferentes ao longo do tempo, com ganhos superiores e
significativos após a intervenção, apenas para o grupo sem restrição. Foram observados efeitos significativos das intervenções nos escores totais do SSQOL
(F=12,99; p=0,002; power=0.92), sem efeitos de interação, sugerindo que as
intervenções resultaram em benefícios para os dois grupos. Com relação à MIF, não
foram observadas diferenças significativas para nenhum dos grupos (F=2.77,
p=0.11). Conclusões: O uso da restrição no membro superior não parético
demonstrou não influenciar na recuperação da função motora do membro superior
parético após quatro semanas de treinamento específico.
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