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Estórias primeiras e abensonhadas, semelhanças e diferenças : Um estudo comparativo de dois contos de João Guimarães Rosa e Mia CoutoSynnemar, Per Olov January 2017 (has links)
Em seu discurso com o título "O sertão brasileiro na savana moçambicana", seguindo a sua nomeação como correspondente da Academia Brasileira de Letras em 1998, Mia Couto assinalou como encontrou nas obras de Guimarães Rosa a possibilidade de usar uma linguagem poética para recriar literariamente um universo socialmente e culturalmente diverso - no seu caso, o campo moçambicano. Há vários elementos comuns a Guimarães Rosa que ocorrem nas obras de Mia Couto. Em primeiro lugar, os cenários são muitas vezes o meio rural (o Sertão e a savana de Moçambique) e, assim como João Guimarães Rosa, Mia Couto usa uma linguagem poética carregada de neologismos. Suas estórias também muitas vezes se relacionam com vários mitos populares. Neste ensaio faremos algumas comparações baseadas em alguns elementos comuns aos contos “A terceira margem do rio” em Primeiras estórias de João Guimarães Rosa e “Nas águas do tempo” em Estórias abensonhadas de Mia Couto. Tomaremos alguns exemplos desses textos e estudaremos o grau de similaridade, mas também as diferenças. / In his speechwith the title “O sertão brasileiro na savana moçambicana”, following his nomination as correspondent to the Academia Brasileira de Letras in 1998, Mia Couto pointed out how he found in Guimarães Rosa’s works the possibility to use a poetic language to recreate in literature a socially and culturally diverse universe –in his case the Mozambiquean countryside. There are several common elements from João Guimarães Rosa that we see reoccurring in the works of Mia Couto. The settings are often the rural countryside (the Sertão and the Mozambiquean savanna) andjust as Guimarães Rosa, Mia Couto uses a poetic language loaded with neologisms. The stories also often relate to various popular myths. In this essay, we will make some comparisons based on some common elements between the short stories “A terceira margem do rio” in Primeiras estórias3of Guimarães Rosa and “Nas águas do tempo” in Estórias abensonhadasofMia Couto. We will take some examples from these texts and study the degree of similarity, but also differences.
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Especularidade e refração: uma leitura do conto O espelho em sua relação especular com os demais contos de Primeiras estórias de Guimarães RosaAssis, Luciene Alves de 15 December 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-12-15 / Secretaria da Educação do Estado de São Paulo / Rosa s writing, in general, is marked by the creation of a magical and mysterious
universe. Guimarães Rosa handles the language with such intensity that his "stories"
create such impact on the reader capable of causing in him a desire to go through this
fantastic space too.
The crossing of that universe can be done through many ways. In this research,
in particular, we choose the forks offered by the book First stories (Primeiras estórias).
Published in 1962, the book gathers twenty-one short stories seen here as the
experiences of life.
The research begins with an analysis of the short story The mirror , the eleventh
story of the book. From there, it emphasizes the etymology of the word mirror, and its
philosophical meaning, the revelation of true identity through a search of the inner side
and its contradictions suggested in the confrontation between man and boy. From the
awareness of these contradictions arises a third possibility of existential quest.
Then some aspects of the main story are shown on how they appear reflected in
the other twenty "stories" of the book. The insistence on using the infant universe, the
coexistence of opposites, the emergence of a third dimension, beyond the need to give
the "final jump" to transcend and to envision a third installment of the reality.
After the stories rapprochement, it explores the concept of word as an element
that has the same function as a mirror. Thus, we formulated the hypothesis of a study
done with the language that raises speculation about a reality that is not seen through
the eyes of the body. A scripture that turns into space where it is possible to transcend.
Finally, we see how the argument put forward by the narrator of The mirror is
backed up on the experiences of individual characters deemed excluded. At the
intersection of situations told we can understand how the paradoxes can lead to the
perception of a reality that absorbs spiritual matters / A escritura rosiana, em geral, é marcada pela criação de um universo mágico e
enigmático. Guimarães Rosa manipula a linguagem com tal intensidade que suas
estórias causam um impacto intenso no leitor, tornando-se capazes de provocar nele o
desejo de, também, percorrer esse espaço fantástico.
A travessia desse universo pode ser feita por vários caminhos. Nesta pesquisa,
em particular, escolhemos as bifurcações oferecidas pelo livro Primeiras estórias.
Publicado em 1962, o livro reúne vinte e um contos, vistos aqui como relatos de
experiências de vida.
A pesquisa inicia-se por uma análise do conto O espelho, décimo primeiro conto
do livro. A partir daí, ressalta-se a etimologia da palavra espelho e seu significado
filosófico, a revelação de uma verdadeira identidade por meio da busca interior e das
contradições sugeridas no confronto entre o homem e o menino. Da consciência dessas
contradições, nasce uma terceira possibilidade de busca existencial.
Em seguida, procura-se mostrar como alguns aspectos do conto central
aparecem refletidos nas outras vinte estórias do livro: a insistência em usar o universo
infantil, a convivência entre opostos, o surgimento de uma terceira dimensão, além da
necessidade de dar o salto mortal para transcender e vislumbrar uma terceira parcela
da realidade.
Após a aproximação entre os contos, explora-se o conceito de palavra com
função correspondente à do espelho. Assim, levantamos a hipótese de um trabalho
feito com a linguagem que desencadeia especulações e especularidades sobre uma
realidade que não é vista com os olhos do corpo, criando uma escritura que se
transforma em espaço onde transcender é possível.
Na conclusão, observamos como a tese defendida pelo narrador de O espelho
aparece comprovada nas experiências individuais de personagens considerados
excluídos. Na intersecção das situações narradas podemos compreender como os
paradoxos podem levar à percepção de uma realidade que absorve questões
espirituais
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Primeiras Estórias e o filme A terceira margem do rio: estruturas artísticas e consciência possívelCruz, Artur Ribeiro [UNESP] 11 August 2006 (has links) (PDF)
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cruz_ar_me_sjrp.pdf: 423121 bytes, checksum: f344023b18e84b0188e385eef0498551 (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / O objetivo deste trabalho é a análise comparativa entre Primeiras Estórias, publicado por Guimarães Rosa em 1961, e o filme A terceira margem do rio, produzido em 1993 por Nelson Pereira dos Santos, com base em cinco contos do livro de Rosa. Pretende-se demonstrar alguns dos aspectos estético-semióticos que envolvem o processo de adaptação do texto literário para o texto fílmico, o que implica a definição do grau de aderência, de afastamento e de interferência resultantes desse processo. Em primeiro lugar, identificamos em Primeiras Estórias uma estrutura especular a partir de relações significativas entre os tecidos narrativos dos contos O espelho, As margens da alegria e Os cimos, em função de um jogo com a posição dos respectivos contos no livro. Em segundo lugar, feitas as interpretações sobre essa estrutura em relação aos demais contos, levantamos a hipótese de que o filme se compõe segundo uma transmutação da estrutura especular do livro de Rosa. Articulada à unidade narrativa que Nelson Pereira dos Santos deu às cinco narrativas em que se baseou, transformando seus núcleos de ação independentes numa única história no filme, essa transmutação confere ao filme sua autonomia criativa. Finalmente, aplicando os conceitos da sociologia estruturalista genética de Lucien Goldmann (1978, 1990), trabalhamos com a hipótese de que a diferença entre as formas das obras é decorrente de distintas consciências possíveis de grupos sociais. / This work aims at comparing the short-stories book Primeiras Estórias [First Stories], published by Guimarães Rosa in 1961, to the film A terceira margem do rio [The third bank of the river], which was filmed by Nelson Pereira dos Santos in 1993, based on five shortstories from Rosa's book. We intend to demonstrate some of the aesthetic-semiotical aspects that involve a transcodification process from a literary text into a filmic text. The analysis implies the definition of the degrees of adherence, deviation and interference resulting from that process. Firstly, it was identified in Primeiras Estórias a structure of mirror through the significant relations among the narrative tissues of the short-stories O espelho, As margens da alegria and Os cimos, because of a play on the position of the respective short-stories in the book. Secondly, as we proposed the interpretations about that structure in relation to the other short-stories, we suggested the hypothesis that the movie was organized by a transmutation of the mirror structure from Rosa's book. This transmutation is articulated to the unity that Nelson Pereira dos Santos gave to the five narratives on which the movie was based, putting together the five independent action nuclei from the short-stories into a single story in the movie. As a result of this composition, the movie reveals its creative autonomy. Finally, we applied the concepts of Lucien Goldmann's genetic structuralist sociology (1978, 1990) to state the hypothesis that the difference between the forms of the works, the shortstories and the film, is due to distinct possible consciousness of social groups.
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