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A psicologia, a educação e as homossexualidades: o normal e o patológico nas produções discursivas das revistas Boletim de Psicologia, Revista Brasileira de Psicanálise e Cadernos de Pesquisa nas décadas de 1970 e 1980 / The psychology, the education and the homosexualities: the normal and the pathological in the discursive productions of the journals Boletim de Psicologia, Revista Brasileira de Psicanálise and Cadernos de Pesquisa from 1970 e 1980

Eddine, Eder Ahmad Charaf 14 December 2018 (has links)
Os preconceitos e julgamentos morais relativos à sexualidade humana, especialmente quando esta foge à norma social, não deixam de ter repercussões nas investigações científicas, principalmente naquelas localizadas na interface entre a Psicologia e a Educação. A presente tese tem como objetivo compreender como as questões relativas à normalidade e à patologia estiveram imbricadas na maneira pela qual as homossexualidades foram trabalhadas por essas áreas do conhecimento nas décadas de 1970 e 1980, tendo como base empírica a leitura de revistas científicas paulistanas editadas nesse período. A escolha dessas décadas deveu-se aos conceitos foucaultianos de proveniência e emergência histórica. Dito de outra forma, por se considerar esses anos como o momento de virada, em que as homossexualidades deixaram de ter para a Medicina e a Psiquiatria, por exemplo, a concepção de sexualidade desviante, patológica, para tornarem-se uma possibilidade de identidade. Essa virada, por força do movimento social gay, tem como marcos a retirada da homossexualidade do rol dos transtornos mentais pela Associação Americana de Psquiatria, em 1973; pela Associação Americana de Psicologia, em 1975; e, finalmente, pela Organização Mundial da Saúde, em 1990. No Brasil, a despatologização foi feita, em 1985, pelo Conselho Federal de Medicina. O Boletim de Psicologia, publicado pela Associação de Psicologia de São Paulo, e a Revista Brasileira de Psicanálise, publicada pela Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo, foram integrados ao corpus da pesquisa pela importância que exerceram no campo da psicologia brasileira. Dado seu prestígio e sua capacidade de impacto, o periódico Caderno de Pesquisa, publicado pela Fundação Carlos Chagas, foi tomado como contraponto no campo educacional. No recolhimento do material, foram encontrados 414 exemplares dessas revistas, totalizando 3822 artigos. Destes, 27 (0,6%) apresentam conteúdos sobre a temática investigada, sendo 18 (0,4%) da área de Psicologia e 9 (0,2%) da área de Educação; 13 (0,3%) fazem parte do Boletim de Psicologia, 5 (0,1%) da Revista Brasileira de Psicanálise, e 9 (0,2%) dos Cadernos de Pesquisa. As análises dos discursos científicos foram realizadas por meio de teorias que os compreendem como formulações sociais e historicamente localizadas. Para tanto, utilizou-se como referencial a perspectiva foucaultiana, particularmente no que se refere à relação poder-saber-sexualidade, como também a teoria Queer. Os resultados sinalizam o relativo silêncio dessas revistas sobre um assunto debatido socialmente e com referências antigas no campo da Psicologia e da Educação. Apesar do movimento de retirada da homossexualidade do rol dos distúrbios patológicos, observada nos catálogos médicos, psiquiátricos e psicológicos, e dos avanços do movimento gay a partir da década de 1970, os discursos presentes nessas revistas científicas são elaborados, em sua maioria, principalmente no Boletim de Psicologia e na Revista Brasileira de Psicanálise, no sentido de patologizar as homossexualidades, apontando para sua identificação através de casos clínicos e também de testes psicológicos e, por conseguinte, para a suposta cura e prevenção. Num sentido alternativo, foram encontrados, nos Cadernos de Pesquisa, discursos que vão no sentido liberalizante das sexualidades, mesmo não abordando de modo direto a homossexualidade. Os artigos analisados estão na contramão dos ganhos sociais, científicos e políticos do homossexual, uns permanecendo no sentido patologizador e outros não abordando diretamente o assunto. Com isso, mesmo estando em um período considerado repressor para as sexualidades dissidentes, os discursos reafirmam a dominação sobre as mentes e os corpos, o que se inscreve na crítica da hipótese repressiva de Foucault. / The prejudices and moral judgments concerning human sexuality, especially when it escapes the social norm, do not go without repercussions in the scientific investigations, especially those located in the intersection between Psychology and Education. The following thesis has as its goal understand how the issue related to normality and pathology were joined in the way which the homosexualities were worked out by this knowledge fields in the 1970s and 1980s decades, having an empirical basis the reading of scientific journals published in this period from São Paulo. These decades were picked by the Foucauldian concepts of provenance and historical emergence. Putting in another way, considering these years as the turning point, in which homosexuality no longer has for Medicine and Psychiatry, for instance, the conception of deviant, pathological, to become a possibility of identity. This turning point, by pressure of the gay social movement, has as milestones the withdrawal of homosexuality from the list of mental disorders by the American Association of Psychiatry, in 1973; by American Association of Psychology, in 1975; and finally, by the World Health Organization, in 1990. In Brazil the depathologization occurred in 1985 by the Federal Board of Medicine. The Boletim de Psicologia, published by the Psychology Association of São Paulo, and the Revista Brasileira de Psicanálise, published by the Brazilian Society of Psychoanalysis of São Paulo, were integrated into the corpus of the research for the importance they exercised in the field of Brazilian psychology. Given its prestigie and impact capacity the journal Caderno de Pesquisa, published by the Carlos Chagas Foundation, was taken as a counterpoint in the educational field. Gathering the data, was found 414 copies of these journals, resulting a total of 3822 articles. 27 (0.6%) of the amount of articles present contents on the subject under investigation, of which 18 (0.4%) are in Psychology area and 9 (0.2%) of the Education area; 13 (0.3%) are part of the Psychology Bulletin, 5 (0.1%) of the Brazilian Journal of Psychoanalysis, and 9 (0.2%) of the Research Papers. The analyzes of the scientific discourses were carried out through theories that understand them as social formulations and historically localized. For that, the Foucaultian perspective was used as reference, particularly with regard to the power-knowledgesexuality relation, as well as the Queer theory. The outcome indicates the relative silence of these journals on a socially debated subject and with previous references in the field of Psychology and Education. Despite the movement to remove homosexuality from the list of pathological disorders, observed in the medical, psychiatric and psychological catalogs and the advances of the gay movement since the 1970s, the discourses present in these scientific journals are mostly elaborated mainly in the Bulletin of Psychology and in the Brazilian Journal of Psychoanalysis, in the sense of pathologizing homosexuality, pointing to their identification through clinical cases and also of psychological tests and, therefore, for the supposed cure and prevention. In an alternative sense, in the Cadernos de Pesquisa, discourses have been found that go in the liberalizing direction of sexualities, even though they do not directly address homosexuality. The analyzed articles are against the social, scientific and political gains of the homosexual, some remaining in the sense pathologizing and others not directly addressing the subject. Thus, even in a period considered repressive for dissident sexualities, discourses reaffirm domination over minds and bodies, which is inscribed in Foucault\'s critical repressive hypothesis.

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