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Produção coletiva de carta de reclamação : interação professoras/alunosErika Morais Silva Guerra, Severina 31 January 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Esta pesquisa buscou analisar a interação entre estudantes e entre estudantes e professoras em
situações de produção coletiva de textos. Foi adotada a teoria dos gêneros discursivos de
Bakhtin e a perspectiva sociointeracionista de Schneuwly (1998), que dão especial
importância aos parâmetros da interação social, compostos pelos lugares sociais dos
interlocutores envolvidos na situação, pela finalidade da atividade de linguagem e pelos
instrumentos culturais disponíveis na sociedade para a concretização da interação (sobretudo,
os gêneros discursivos). Participaram da pesquisa duas professoras do 1º ano do 2º ciclo (3ª
série) do Ensino Fundamental e seus respectivos alunos da Rede Municipal de Ensino da
cidade do Recife, que desenvolveram uma seqüência didática com o gênero discursivo carta
de reclamação. Análises detalhadas dos processos interativos em quatro situações de produção
coletiva de textos foram realizadas. Os resultados evidenciaram que foram estimuladas
estratégias de construção de bases de orientação para a construção textual, planejamento local
dos textos, revisão em processo, monitoramento das ações com vistas a atender às finalidades
e destinatários previstos nas situações, ações de coordenação entre geração de conteúdo e
textualização. Foi observado, também, que os conhecimentos sobre o gênero discursivo em
foco carta de reclamação - foram ativados durante o processo de construção textual. Desse
modo, foi possível concluir que a produção coletiva de textos é uma estratégia didática
poderosa, pois propicia que os modos de funcionamento próprios de escritores experientes
(professoras) sejam vivenciados com indivíduos menos experientes (alunos). Segundo
Vygotsky, tal característica pode ser importante por propiciar que processos cognitivos
superiores vivenciados intersubjetivamente (entre pessoas de um mesmo grupo) possam ser
interiorizados, passando a ser vivenciados intrasubjetivamente
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