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A Escrita em TransVersal : tempo, errância e experimentações no escrever

Zucolotto, Marcele Pereira da Rosa January 2014 (has links)
Neste trabalho, comunicamos aquilo que pode ser comunicado, o que pode ser representado. No entanto, nossa escrita buscou pensar para além disso e escrever com aquilo que não pode ser representado: escrever em meio aos fluxos em passagem, às intensidades em errância, às transversalidades à deriva. E poderiam, afinal, esses elementos que não se prestam à representação instigarem alguma escrita? Que escrita seria esta que se desprende das marcas do tempo e daquilo que é sempre variante? Entendendo não ser mais possível explicar esse inexplicável, nem nomear esse inominável, sem que estancássemos seu próprio movimento, seu próprio modo de ser, tratou-se então de experimentá-los. Experimentar o indizível em fragmentação, as tortuosas conexões com o incessante, os evasivos traços que vão sendo feitos em bordaduras penduradas pelos fios dos encontros, fazendo trama com o que deles vai ficando escrito. Experimentar, aqui, como a tentativa de manter em variação aquilo que apenas sabe variar. Escrever como experimentação implica um modo híbrido de escrita, um modo transformado e equivocado pelo próprio gesto do escrever. Requer que não sigamos modalidades de escrita já consagradas por sua perfeição e objetividade. Requer que deixemos de lado os modos de escrita propagados pela razão, que buscam sempre suprimir aquelas formas de escrita estranhamente impuras, que alargam certa reserva de irracionalidade ou acolhem algum grau de insensatez. A escrita em transversal acaba confundindo as fronteiras, desvanecendo-as ou redimensionando-as, pois ela se afasta dos compartimentos hierarquizados da razão, tão bem fixados na comunidade acadêmica. Neste texto, a escrita não funciona apenas como seu meio de trabalho, mas como seu próprio problema, já que é ela que se torna um lugar de experiência: sempre colocada em questão, a cada linha que se escreve. E, afinal, para todos os inquietos, a escrita é sempre problema: Como não problematizar junto a um conteúdo, seu modo de exposição? Como não interessar-se pelas maneiras pelas quais esse modo de exposição não prejudique qualquer conteúdo? E, eis aqui, seu conteúdo como sua própria forma de exposição: por escrito. / In this work, we communicate what can be communicated, which can be represented. However, our writing sought to think beyond that and write what can not be represented: write in the midst of fluxes in passing, wandering in the intensities at transversalities adrift. They could, after all, these elements do not lend themselves to representation instigate some writing? What would be written that gives off the marks of time and what is always variant? Understanding no longer possible to explain this inexplicable, even naming this unnameable, without we stopped its own movement, its own way of being, then treated to try out them. Try out the unspeakable in fragmentation, the tortuous connections with the incessant, evasive traces that are being made in borders hanging by the wires of the meetings, making them plot with what gets written. Try out here as an attempt to bring in change only knows what vary. Write as experimentation involves a hybrid writing mode, and mistaken by a transformed gesture write own way. Requires that let us follow no written arrangements already established by their perfection and objectivity. Requires us to put off writing modes propagated by reason, always seeking to suppress those forms of impure strangely written, which extend certain reserve of irrationality and hosting some degree of folly. Writing cross ends up confusing borders, fading away them or resizing them, as it moves away from hierarchical compartments of reason, so well established in the academic community. In this text, the writing does not work just like your working environment, but as your own problem, since it is becoming a place of experience: always called into question, every line you write. And, after all, for all the restless, the writing is always a problem: How not to discuss next to an item, your exposure mode? How not to become interested in ways in which this mode of exposure is not detrimental to any content? How not to become interested in ways in which this mode of exposure is not detrimental to any content? And, here are, their contents as its own form of exposure: writing.
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A Escrita em TransVersal : tempo, errância e experimentações no escrever

Zucolotto, Marcele Pereira da Rosa January 2014 (has links)
Neste trabalho, comunicamos aquilo que pode ser comunicado, o que pode ser representado. No entanto, nossa escrita buscou pensar para além disso e escrever com aquilo que não pode ser representado: escrever em meio aos fluxos em passagem, às intensidades em errância, às transversalidades à deriva. E poderiam, afinal, esses elementos que não se prestam à representação instigarem alguma escrita? Que escrita seria esta que se desprende das marcas do tempo e daquilo que é sempre variante? Entendendo não ser mais possível explicar esse inexplicável, nem nomear esse inominável, sem que estancássemos seu próprio movimento, seu próprio modo de ser, tratou-se então de experimentá-los. Experimentar o indizível em fragmentação, as tortuosas conexões com o incessante, os evasivos traços que vão sendo feitos em bordaduras penduradas pelos fios dos encontros, fazendo trama com o que deles vai ficando escrito. Experimentar, aqui, como a tentativa de manter em variação aquilo que apenas sabe variar. Escrever como experimentação implica um modo híbrido de escrita, um modo transformado e equivocado pelo próprio gesto do escrever. Requer que não sigamos modalidades de escrita já consagradas por sua perfeição e objetividade. Requer que deixemos de lado os modos de escrita propagados pela razão, que buscam sempre suprimir aquelas formas de escrita estranhamente impuras, que alargam certa reserva de irracionalidade ou acolhem algum grau de insensatez. A escrita em transversal acaba confundindo as fronteiras, desvanecendo-as ou redimensionando-as, pois ela se afasta dos compartimentos hierarquizados da razão, tão bem fixados na comunidade acadêmica. Neste texto, a escrita não funciona apenas como seu meio de trabalho, mas como seu próprio problema, já que é ela que se torna um lugar de experiência: sempre colocada em questão, a cada linha que se escreve. E, afinal, para todos os inquietos, a escrita é sempre problema: Como não problematizar junto a um conteúdo, seu modo de exposição? Como não interessar-se pelas maneiras pelas quais esse modo de exposição não prejudique qualquer conteúdo? E, eis aqui, seu conteúdo como sua própria forma de exposição: por escrito. / In this work, we communicate what can be communicated, which can be represented. However, our writing sought to think beyond that and write what can not be represented: write in the midst of fluxes in passing, wandering in the intensities at transversalities adrift. They could, after all, these elements do not lend themselves to representation instigate some writing? What would be written that gives off the marks of time and what is always variant? Understanding no longer possible to explain this inexplicable, even naming this unnameable, without we stopped its own movement, its own way of being, then treated to try out them. Try out the unspeakable in fragmentation, the tortuous connections with the incessant, evasive traces that are being made in borders hanging by the wires of the meetings, making them plot with what gets written. Try out here as an attempt to bring in change only knows what vary. Write as experimentation involves a hybrid writing mode, and mistaken by a transformed gesture write own way. Requires that let us follow no written arrangements already established by their perfection and objectivity. Requires us to put off writing modes propagated by reason, always seeking to suppress those forms of impure strangely written, which extend certain reserve of irrationality and hosting some degree of folly. Writing cross ends up confusing borders, fading away them or resizing them, as it moves away from hierarchical compartments of reason, so well established in the academic community. In this text, the writing does not work just like your working environment, but as your own problem, since it is becoming a place of experience: always called into question, every line you write. And, after all, for all the restless, the writing is always a problem: How not to discuss next to an item, your exposure mode? How not to become interested in ways in which this mode of exposure is not detrimental to any content? How not to become interested in ways in which this mode of exposure is not detrimental to any content? And, here are, their contents as its own form of exposure: writing.
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A Escrita em TransVersal : tempo, errância e experimentações no escrever

Zucolotto, Marcele Pereira da Rosa January 2014 (has links)
Neste trabalho, comunicamos aquilo que pode ser comunicado, o que pode ser representado. No entanto, nossa escrita buscou pensar para além disso e escrever com aquilo que não pode ser representado: escrever em meio aos fluxos em passagem, às intensidades em errância, às transversalidades à deriva. E poderiam, afinal, esses elementos que não se prestam à representação instigarem alguma escrita? Que escrita seria esta que se desprende das marcas do tempo e daquilo que é sempre variante? Entendendo não ser mais possível explicar esse inexplicável, nem nomear esse inominável, sem que estancássemos seu próprio movimento, seu próprio modo de ser, tratou-se então de experimentá-los. Experimentar o indizível em fragmentação, as tortuosas conexões com o incessante, os evasivos traços que vão sendo feitos em bordaduras penduradas pelos fios dos encontros, fazendo trama com o que deles vai ficando escrito. Experimentar, aqui, como a tentativa de manter em variação aquilo que apenas sabe variar. Escrever como experimentação implica um modo híbrido de escrita, um modo transformado e equivocado pelo próprio gesto do escrever. Requer que não sigamos modalidades de escrita já consagradas por sua perfeição e objetividade. Requer que deixemos de lado os modos de escrita propagados pela razão, que buscam sempre suprimir aquelas formas de escrita estranhamente impuras, que alargam certa reserva de irracionalidade ou acolhem algum grau de insensatez. A escrita em transversal acaba confundindo as fronteiras, desvanecendo-as ou redimensionando-as, pois ela se afasta dos compartimentos hierarquizados da razão, tão bem fixados na comunidade acadêmica. Neste texto, a escrita não funciona apenas como seu meio de trabalho, mas como seu próprio problema, já que é ela que se torna um lugar de experiência: sempre colocada em questão, a cada linha que se escreve. E, afinal, para todos os inquietos, a escrita é sempre problema: Como não problematizar junto a um conteúdo, seu modo de exposição? Como não interessar-se pelas maneiras pelas quais esse modo de exposição não prejudique qualquer conteúdo? E, eis aqui, seu conteúdo como sua própria forma de exposição: por escrito. / In this work, we communicate what can be communicated, which can be represented. However, our writing sought to think beyond that and write what can not be represented: write in the midst of fluxes in passing, wandering in the intensities at transversalities adrift. They could, after all, these elements do not lend themselves to representation instigate some writing? What would be written that gives off the marks of time and what is always variant? Understanding no longer possible to explain this inexplicable, even naming this unnameable, without we stopped its own movement, its own way of being, then treated to try out them. Try out the unspeakable in fragmentation, the tortuous connections with the incessant, evasive traces that are being made in borders hanging by the wires of the meetings, making them plot with what gets written. Try out here as an attempt to bring in change only knows what vary. Write as experimentation involves a hybrid writing mode, and mistaken by a transformed gesture write own way. Requires that let us follow no written arrangements already established by their perfection and objectivity. Requires us to put off writing modes propagated by reason, always seeking to suppress those forms of impure strangely written, which extend certain reserve of irrationality and hosting some degree of folly. Writing cross ends up confusing borders, fading away them or resizing them, as it moves away from hierarchical compartments of reason, so well established in the academic community. In this text, the writing does not work just like your working environment, but as your own problem, since it is becoming a place of experience: always called into question, every line you write. And, after all, for all the restless, the writing is always a problem: How not to discuss next to an item, your exposure mode? How not to become interested in ways in which this mode of exposure is not detrimental to any content? How not to become interested in ways in which this mode of exposure is not detrimental to any content? And, here are, their contents as its own form of exposure: writing.

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