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Anfíbios anuros do Parque Estadual de Itapeva, município de Torres, RS, Brasil

Colombo, Patrick January 2004 (has links)
Nas últimas décadas vários trabalhos têm apontado declínios drásticos de diversas populações de anuros no mundo. No Brasil, é provável que muitas espécies da Mata Atlântica tenham desaparecido. A falta de dados sobre diversidade, riqueza, distribuição geográfica e ecologia de anfíbios, no Rio Grande do Sul, é um limitante para o planejamento e tomada de decisões sobre estratégias de conservação destes animais. A realização de inventários é prioritária na pesquisa com anuros no Rio Grande do Sul. Amostragens por quadrados têm sido utilizadas para determinar a densidade, diversidade, abundância relativa e monitorar a anurofauna de serapilheira em florestas tropicais. Nenhum trabalho descreveu as características da anurofauna da serapilheira da floresta atlântica paludosa utilizando estes métodos de amostragem no Estado. O Parque Estadual de Itapeva (PEVA) localiza-se numa estreita faixa entre a RS-389 (Estrada do Mar) e a praia de Itapeva, nas imediações da cidade de Torres, extremo norte da planície costeira do Estado (29°21’ S, 49°45’ W). No Parque podemos observar a presença de dunas móveis, dunas fixas, floresta paludosa (cerca de 114 ha), campos alagados, campos secos, turfeiras, mata da restinga, banhados, arroio e vassourais. Os objetivos deste trabalho são: listar as espécies de anuros do PEVA, destacando espécies raras, ameaçadas ou com distribuição restrita, informar os ambientes em que foram encontradas, identificar os possíveis impactos a estes anfíbios no Parque, descrever a riqueza, densidade e biomassa da anurofauna da serapilheira do fragmento de floresta paludosa, e verificar se existem diferenças destes parâmetros em diferentes distâncias da borda ao interior deste fragmento. O levantamento de anuros ocorreu de maio de 2000 até março de 2003, com freqüência mensal (duração de duas noites em média) de maio de 2000 a março de 2001 e após este período, sem freqüência regular.A amostragem envolveu visitas periódicas a todos os ambientes com ocorrência potencial de anuros, áreas alagadas, açudes, poças temporárias, arroios, córregos e outros corpos d’água. Durante o dia procuravam-se os animais embaixo de troncos, pedras, telhas e próximo a residências (84 horas de amostragem). As coletas noturnas duraram das 20h até 23h (57 horas de amostragem). Foram amostrados oito ambientes: Dunas Primárias (DP), Baixada Atrás das Dunas Primárias (BD), Dunas Móveis (DM), Dunas Fixas (DF), Campos Alagados (CA), Capoeira (CP), Mata Paludosa (MP) e Campo Seco (CS). As análises de riqueza, densidade e biomassa da serapilheira da mata paludosa concentraram-se no mês de março de 2003. Foram utilizados 56 quadrados de 25 m2 em duas grades de pontos (6.000 m2 e 10.000 m2). Em cada grade, os pontos foram distribuídos desde a beira do fragmento até 100 m em direção ao interior da mata, e a distância entre cada ponto era de 20 m. Em cada um destes erguia-se uma tela com 50 cm de altura, formando um quadrado de 5 m x 5 m. Cada quadrado foi amostrado entre 30 e 45 minutos, por três pessoas, das 19h até as24h. Para avaliar as diferenças entre a densidade e a biomassa de anuros, nas distâncias desde a borda/beira, utilizou-se ANOVA através de testes de aleatorização entre os pontos. Foram registradas 29 espécies de anuros, em oito famílias: Cycloramphidae (1 sp), Microhylidae (1sp), Ranidae (1 sp), Brachycephalidae (2 spp), Leptodactylidae (3 spp), Bufonidae (4 spp), Leiuperidae (6 spp) e Hylidae (11 spp). Três estão ameaçadas de extinção no Rio Grande do Sul, Sphaenorhynchus surdus, Eleutherodactylus binotatus e Melanophryniscus dorsalis. Na CA, BD e CS, encontrou-se o maior número de espécies, 19 spp, 20 spp, e 21 spp respectivamente. Os principais fatores de ameaça à anurofauna são: drenagem da mata, pecuária, fragmentação da floresta, presença de espécies exóticas, destruição de áreas alagadas e descaracterização dos habitats. Na serapilheira foram capturados 218 indivíduos de 11 espécies de três famílias distintas. As espécies mais abundantes foram Eleutherodactylus henseli, (110 indivíduos) e Leptodactylus ocellatus (79 indivíduos). A densidade total de anuros foi de, aproximadamente, 15 indivíduos por 100 m2. A biomassa total foi de 1.452 g. Somente em um dos quadrados (1,8%) nenhum indivíduo foi capturado. Os quadrados na distância zero tiveram os menores valores de densidade média de anuros. Apesar de não ter sido encontrada significância estatística entre as distâncias (P>0,05), E. henseli foi a espécie que teve a menor densidade média na distância zero, enquanto as outras espécies distribuíram-se quase que continuamente. A implementação de estratégias para a conservação da anurofauna desta região da planície costeira deve contar com a efetivação de políticas ambientais eficientes. A proteção do entorno das Unidades, pode ter um efeito muito mais eficaz para a conservação dos anuros do que a própria criação de novas Unidades de Conservação. / During the last decades has been widely reported the drastic declines in several anuran populations throughout the world. In Brazilian Atlantic Rainforest is possible that many species have disappeared. In order to understand these declines, and ultimately prevent them, there is a need for studying diversity, richness, geographic distribution and ecology of anuran populations. However, there are no such data to Rio Grande do Sul State (south Brazil). In this study square sample surveys have been used for determining density, diversity, relative abundance, and monitoring the anuran fauna on Atlantic Rain forest fragment. This is the first work which describes features of the anuran fauna in litter of the Atlantic Rainforest using such sample methods in Rio Grande do Sul State. The Itapeva State Park (PEVA) is located in a narrow area between RS-389 (Estrada do Mar) and the Itapeva beach, near Torres city, extreme north of the coastal plain (29°21’ S, 49°45’ W) of the State. In the Park we can observe the mobile dunepresence, fixed dunes, lowland forest (about 114 ha), fields, dry forests wetlands and streams.The aim of this study are: a) to list the anuran species of PEVA, mainly those rare, threatened or with restricted distribution; b) to describe the environments of distribution of these species; c) to identify possible impact of these anurans on the Park; d) to determine the richness, density, and biomass of litter anuran species in the Atlantic Rainforest fragment, e) and to verify if there are differences between these parameters and different distances from the edge into the interior of this fragment. The anuran fauna survey occurred from March 2000 to March 2003. The sample was done by periodic visits to all environments with potencial anuran incidence, wet areas, pools, temporary pools, streams, wetlands. During the day we looked for animals under logs, stones, tiles, and near houses. The nocturnal collects were from 8:00 p.m. to 11:00 p.m. Eight environments were sampled: primary sand dunes (DP), wetlands (BD), movel dunes (DM), fixed dunes (DF), wet fields (CA), Capoeira (CP), lowland forest (MP) and dry field (CS). The richness, density, and biomass of litter anurans in the Atlantic Rainforest fragment were carried out in March 2003. We analyzed 56 squared-plots of 25m² (5 x 5m), divided in two grade points, with 6000m² and 10000 m² respectively. These points were distributed to each 20m since the side of fragment until 1000m in direction to the interior of bush. The total area sampled was of 1400m². For differences between density and biomass data, we have used Analysis of Variance (ANOVA) through randomization tests for sample unites. The total of 27 anuran species were recorded of 4 families: Microhylidae (1 sp) Bufonidae (4 spp), Leptodactylidae (11 spp) e Hylidae (11 spp). Three of these species are threatened of extinguishing Sphaenorhynchus surdus, Eleutherodactylus binotatus e Melanophryniscus dorsalis. In CA, BD e CS were observed the largest number of species, 19 spp, 20 spp, e 21 spp respectively. The main threats observed on this fragment are: forest drainage, forest fragmentation, presence of foreing species, wetland destruction and habitats degradation. In litter samples were captured 218 individuals of 11 species of three families, Eleutherodactylus henseli (110 individuals) and Leptodactylus ocellatus (79 indiviudals) were the most abundant species. The mean density of anuran was about 15 individuals for 100m². Just in one quadrat none individuals were captured. Despite there is no statistic significance (P>0,05) the density among distances, E. henseli was only species that had the lesser mean density in the zero distance, while the others species had smooth distribution. The strategies for conservation of coastal plain anurans will be made with efective ambiental politics. Maybe, the protection of neighbor areas of Protected Areas can be more efective to anurans conservation in this region than the criation of new Protected Areas.
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Anfíbios anuros do Parque Estadual de Itapeva, município de Torres, RS, Brasil

Colombo, Patrick January 2004 (has links)
Nas últimas décadas vários trabalhos têm apontado declínios drásticos de diversas populações de anuros no mundo. No Brasil, é provável que muitas espécies da Mata Atlântica tenham desaparecido. A falta de dados sobre diversidade, riqueza, distribuição geográfica e ecologia de anfíbios, no Rio Grande do Sul, é um limitante para o planejamento e tomada de decisões sobre estratégias de conservação destes animais. A realização de inventários é prioritária na pesquisa com anuros no Rio Grande do Sul. Amostragens por quadrados têm sido utilizadas para determinar a densidade, diversidade, abundância relativa e monitorar a anurofauna de serapilheira em florestas tropicais. Nenhum trabalho descreveu as características da anurofauna da serapilheira da floresta atlântica paludosa utilizando estes métodos de amostragem no Estado. O Parque Estadual de Itapeva (PEVA) localiza-se numa estreita faixa entre a RS-389 (Estrada do Mar) e a praia de Itapeva, nas imediações da cidade de Torres, extremo norte da planície costeira do Estado (29°21’ S, 49°45’ W). No Parque podemos observar a presença de dunas móveis, dunas fixas, floresta paludosa (cerca de 114 ha), campos alagados, campos secos, turfeiras, mata da restinga, banhados, arroio e vassourais. Os objetivos deste trabalho são: listar as espécies de anuros do PEVA, destacando espécies raras, ameaçadas ou com distribuição restrita, informar os ambientes em que foram encontradas, identificar os possíveis impactos a estes anfíbios no Parque, descrever a riqueza, densidade e biomassa da anurofauna da serapilheira do fragmento de floresta paludosa, e verificar se existem diferenças destes parâmetros em diferentes distâncias da borda ao interior deste fragmento. O levantamento de anuros ocorreu de maio de 2000 até março de 2003, com freqüência mensal (duração de duas noites em média) de maio de 2000 a março de 2001 e após este período, sem freqüência regular.A amostragem envolveu visitas periódicas a todos os ambientes com ocorrência potencial de anuros, áreas alagadas, açudes, poças temporárias, arroios, córregos e outros corpos d’água. Durante o dia procuravam-se os animais embaixo de troncos, pedras, telhas e próximo a residências (84 horas de amostragem). As coletas noturnas duraram das 20h até 23h (57 horas de amostragem). Foram amostrados oito ambientes: Dunas Primárias (DP), Baixada Atrás das Dunas Primárias (BD), Dunas Móveis (DM), Dunas Fixas (DF), Campos Alagados (CA), Capoeira (CP), Mata Paludosa (MP) e Campo Seco (CS). As análises de riqueza, densidade e biomassa da serapilheira da mata paludosa concentraram-se no mês de março de 2003. Foram utilizados 56 quadrados de 25 m2 em duas grades de pontos (6.000 m2 e 10.000 m2). Em cada grade, os pontos foram distribuídos desde a beira do fragmento até 100 m em direção ao interior da mata, e a distância entre cada ponto era de 20 m. Em cada um destes erguia-se uma tela com 50 cm de altura, formando um quadrado de 5 m x 5 m. Cada quadrado foi amostrado entre 30 e 45 minutos, por três pessoas, das 19h até as24h. Para avaliar as diferenças entre a densidade e a biomassa de anuros, nas distâncias desde a borda/beira, utilizou-se ANOVA através de testes de aleatorização entre os pontos. Foram registradas 29 espécies de anuros, em oito famílias: Cycloramphidae (1 sp), Microhylidae (1sp), Ranidae (1 sp), Brachycephalidae (2 spp), Leptodactylidae (3 spp), Bufonidae (4 spp), Leiuperidae (6 spp) e Hylidae (11 spp). Três estão ameaçadas de extinção no Rio Grande do Sul, Sphaenorhynchus surdus, Eleutherodactylus binotatus e Melanophryniscus dorsalis. Na CA, BD e CS, encontrou-se o maior número de espécies, 19 spp, 20 spp, e 21 spp respectivamente. Os principais fatores de ameaça à anurofauna são: drenagem da mata, pecuária, fragmentação da floresta, presença de espécies exóticas, destruição de áreas alagadas e descaracterização dos habitats. Na serapilheira foram capturados 218 indivíduos de 11 espécies de três famílias distintas. As espécies mais abundantes foram Eleutherodactylus henseli, (110 indivíduos) e Leptodactylus ocellatus (79 indivíduos). A densidade total de anuros foi de, aproximadamente, 15 indivíduos por 100 m2. A biomassa total foi de 1.452 g. Somente em um dos quadrados (1,8%) nenhum indivíduo foi capturado. Os quadrados na distância zero tiveram os menores valores de densidade média de anuros. Apesar de não ter sido encontrada significância estatística entre as distâncias (P>0,05), E. henseli foi a espécie que teve a menor densidade média na distância zero, enquanto as outras espécies distribuíram-se quase que continuamente. A implementação de estratégias para a conservação da anurofauna desta região da planície costeira deve contar com a efetivação de políticas ambientais eficientes. A proteção do entorno das Unidades, pode ter um efeito muito mais eficaz para a conservação dos anuros do que a própria criação de novas Unidades de Conservação. / During the last decades has been widely reported the drastic declines in several anuran populations throughout the world. In Brazilian Atlantic Rainforest is possible that many species have disappeared. In order to understand these declines, and ultimately prevent them, there is a need for studying diversity, richness, geographic distribution and ecology of anuran populations. However, there are no such data to Rio Grande do Sul State (south Brazil). In this study square sample surveys have been used for determining density, diversity, relative abundance, and monitoring the anuran fauna on Atlantic Rain forest fragment. This is the first work which describes features of the anuran fauna in litter of the Atlantic Rainforest using such sample methods in Rio Grande do Sul State. The Itapeva State Park (PEVA) is located in a narrow area between RS-389 (Estrada do Mar) and the Itapeva beach, near Torres city, extreme north of the coastal plain (29°21’ S, 49°45’ W) of the State. In the Park we can observe the mobile dunepresence, fixed dunes, lowland forest (about 114 ha), fields, dry forests wetlands and streams.The aim of this study are: a) to list the anuran species of PEVA, mainly those rare, threatened or with restricted distribution; b) to describe the environments of distribution of these species; c) to identify possible impact of these anurans on the Park; d) to determine the richness, density, and biomass of litter anuran species in the Atlantic Rainforest fragment, e) and to verify if there are differences between these parameters and different distances from the edge into the interior of this fragment. The anuran fauna survey occurred from March 2000 to March 2003. The sample was done by periodic visits to all environments with potencial anuran incidence, wet areas, pools, temporary pools, streams, wetlands. During the day we looked for animals under logs, stones, tiles, and near houses. The nocturnal collects were from 8:00 p.m. to 11:00 p.m. Eight environments were sampled: primary sand dunes (DP), wetlands (BD), movel dunes (DM), fixed dunes (DF), wet fields (CA), Capoeira (CP), lowland forest (MP) and dry field (CS). The richness, density, and biomass of litter anurans in the Atlantic Rainforest fragment were carried out in March 2003. We analyzed 56 squared-plots of 25m² (5 x 5m), divided in two grade points, with 6000m² and 10000 m² respectively. These points were distributed to each 20m since the side of fragment until 1000m in direction to the interior of bush. The total area sampled was of 1400m². For differences between density and biomass data, we have used Analysis of Variance (ANOVA) through randomization tests for sample unites. The total of 27 anuran species were recorded of 4 families: Microhylidae (1 sp) Bufonidae (4 spp), Leptodactylidae (11 spp) e Hylidae (11 spp). Three of these species are threatened of extinguishing Sphaenorhynchus surdus, Eleutherodactylus binotatus e Melanophryniscus dorsalis. In CA, BD e CS were observed the largest number of species, 19 spp, 20 spp, e 21 spp respectively. The main threats observed on this fragment are: forest drainage, forest fragmentation, presence of foreing species, wetland destruction and habitats degradation. In litter samples were captured 218 individuals of 11 species of three families, Eleutherodactylus henseli (110 individuals) and Leptodactylus ocellatus (79 indiviudals) were the most abundant species. The mean density of anuran was about 15 individuals for 100m². Just in one quadrat none individuals were captured. Despite there is no statistic significance (P>0,05) the density among distances, E. henseli was only species that had the lesser mean density in the zero distance, while the others species had smooth distribution. The strategies for conservation of coastal plain anurans will be made with efective ambiental politics. Maybe, the protection of neighbor areas of Protected Areas can be more efective to anurans conservation in this region than the criation of new Protected Areas.
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A assembléia de pequenos mamíferos da floresta paludosa do faxinal, Torres-RS : sua relação com a borda e o roedor Akodon montensis (Rodentia, Muridae) como potencial dispersor de sementes endozoocóricas

Horn, Graciela Bernardi January 2005 (has links)
Embora a assembléia de pequenos mamíferos desempenhe diferentes e importantes papéis na dinâmica das florestas, o conhecimento sobre a riqueza e o papel ecológico desempenhado pelas espécies nas restingas do estado do Rio Grande do Sul é ainda limitado, tendo-se poucas informações ecológicas sobre quem são esses animais nos diferentes fragmentos de florestas e como é sua relação espacial em ambientes de borda. Apesar da relevância, poucos estudos buscaram verificar se a assembléia de pequenos mamíferos em fragmentos florestais é sensível aos efeitos de borda, qual a extensão da borda para esses animais e se ela varia em diferentes estações do ano. No extremo norte da planície costeira do estado do Rio Grande do Sul, em um fragmento de floresta paludosa, denominada “Faxinal”, o presente trabalho foi realizado com o objetivo de investigar qual a riqueza e sucesso de captura de pequenos mamíferos, como é sua relação com a distância da beira do fragmento e se essa relação varia entre as estações do ano. Nos meses amostrais de janeiro (verão), abril (outono) e agosto (inverno) de 2004 foram colocadas armadilhas de arame de dois tamanhos nos estratos terrestre e arbustivo, em um gradeado com seis transecções paralelas que cobriram parte de formação florestal (3,17ha) e parte de campestre (0,31ha). A distância dos postos de captura do gradeado à beira mais próxima da floresta foram agrupadas em seis classes (1: 0-30m; 2: 31-70m; 3: 71-100; 4: 101-120; 5: 121-131; 6: 131-160m, no solo e 1: 0-20m; 2: 40-71m; 3: 80-100m; 4: 101-120m; 5: 121-131m; 6: 132-160m, no estrato arbustivo) para verificar se os dados de sucesso de captura das espécies de pequenos mamíferos diferem entre os fatores distância da beira e períodos amostrais (estações do ano). Onze espécies de pequenos mamíferos foram capturadas somente na parte florestada do gradeado (sucesso de captura total de 15,49%), sendo que maior riqueza, número de indivíduos e de capturas foram de roedores e no estrato terrestre. As espécies mais capturadas foram Akodon montensis (154 indivíduos), Oligoryzomys nigripes (34 indivíduos), Brucepattersonius iheringi (19 indivíduos), Oryzomys angouya (12 indivíduos) e Micoureus cf. demerarae (8 indivíduos) e Didelphis albiventris (7 indivíduos). O mês amostral de inverno foi aquele que apresentou maior riqueza, maior sucesso de captura e maior biomassa. As análises demonstraram relação significativa entre o sucesso de captura do conjunto das espécies de pequenos mamíferos capturadas no solo e a distância da beira, cuja relação esteve fortemente associada à estação do ano. A estrutura e/ou composição da assembléia diferiram entre as duas primeiras classes de distância, que por sua vez diferiram das demais. Isso indica que a assembléia de pequenos mamíferos, capturada no solo, é sensível à beira da floresta e que a sensibilidade varia conforme a estação do ano. Por outro lado, quando avaliada individualmente a relação para a espécie dominante Akodon montensis, o sucesso de captura do roedor não evidenciou com nitidez diferença entre as classes de distância, mas houve diferença entre os períodos amostrais, sendo o mês amostral com menor média de temperatura anual aquele com maior número de indivíduos e de capturas. Além disso, por Akodon montensis ter sido a espécie mais comum e abundante em todos períodos amostrais e em todos os pontos do gradeado, coletou-se 249 amostras fecais para investigar a capacidade dessa espécie em realizar dispersão endozoocórica As amostras coletadas foram analisadas sob lupa para verificar se existiam sementes intactas e, quando colocadas em experimento de germinação, se seriam capazes de germinar. O registro de sementes inteiras nas fezes de Akodon montensis e o tratamento dado às sementes, de não comprometer a capacidade de germinação, permite que a espécie seja, ao menos em parte, considerada legítima e efetiva dispersora de Ficus organensis e de Piper cf. solmisianum
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Distribuição espacial e padrões de movimento da baleia-franca-austral (Eubalaena australis) em Torres, Rio Grande do Sul, Brasil

Bottini, Silvana de Sanfilli January 2014 (has links)
Os cetáceos, como a maioria dos organismos vivos, não estão aleatoriamente distribuídos no ambiente onde vivem. Conhecer aspectos fundamentais de sua ecologia, como a relação entre uma espécie e seu ambiente, são fundamentais para a elaboração de ações de conservação. A baleia-franca-austral frequenta a costa brasileira durante a estação reprodutiva, de Junho a Novembro e, apesar de bem estudada na costa catarinense, sua distribuição e relação com fatores ambientais não foi descrita para o Rio Grande do Sul. O propósito deste estudo foi contribuir para a construção do conhecimento fundamental a respeito da espécie caracterizando sua distribuição em um ponto da costa deste estado, relacionando sua presença com as variáveis ambientais. As observações foram realizadas a partir de um ponto fixo na costa, o Morro do Farol em Torres, Rio Grande do Sul, localizado a 41,5 metros acima do nível do mar. Posições sucessivas dos animais foram obtidas com o auxílio de um teodolito eletrônico a fim de descrever as trajetórias percorridas por cada grupo dentro do limite da área de estudo. A direção e velocidade do vento, temperatura e estado do mar eram coletadas a cada hora durante as observações. Um total de 41 grupos foi observado, ao longo de 256,5 horas de esforço realizado com 44,5 horas de acompanhamento animal. A maior parte das ocorrências (85%) foi de pares de fêmeas com filhotes e a maior concentração de baleias ocorreu em águas com profundidade menor do que 5 metros. A direção do vento e o estado do mar apresentaram influência significativa na presença ou ausência dos animais ( p=0,0001 e p=0,024), sendo nos ventos de sul e sudeste a ausência de animais maior do que esperada e nos estados do mar 3 e 4 os animais foram menos detectados do que o esperado. Quando analisada pela composição de grupo, a direção do vento e o estado do mar não demonstraram diferença significativa (p=0,861 e p=0,372), respectivamente. A velocidade do vento não demonstrou exercer influência na presença ou ausência dos animais para todas as categorias ( p=0,632), nem para composições de grupos diferentes (p=0,984). É importante salientar que as observações ocorreram com velocidades de vento <20 nós (Beaufort ≤ 4). A média de velocidade de natação para todas as categorias foi de 1,50 km/h (DP ± 1,15km/h), para fêmeas com filhotes 1,53 km/h (DP ± 1,14 km/h) e para adultos desacompanhados 1,7 km/h (DP ± 1,08km/h). A maioria dos grupos apresentou movimento em direção sul (63%) e a distância média da costa foi de 515,28 m (amplitude 87,9 – 1.971,6 m). Os resultados deste trabalho corroboram a preferência por águas rasas, próximas à costa bem como reforça o fato de que as baleias evitam águas turbulentas como ocorre em outras regiões. As observações ainda demonstram que a costa do Rio Grande do Sul é um importante sítio reprodutivo para a espécie, podendo ser considerada uma área berçário, onde predominam pares de fêmeas com filhotes (85% dos grupos observados). Estes fatos reforçam a importância e urgência de ações de conservação e manejo das atividades humanas na região para que a espécie continue crescendo e retomando sua área de ocupação histórica.
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Anfíbios anuros do Parque Estadual de Itapeva, município de Torres, RS, Brasil

Colombo, Patrick January 2004 (has links)
Nas últimas décadas vários trabalhos têm apontado declínios drásticos de diversas populações de anuros no mundo. No Brasil, é provável que muitas espécies da Mata Atlântica tenham desaparecido. A falta de dados sobre diversidade, riqueza, distribuição geográfica e ecologia de anfíbios, no Rio Grande do Sul, é um limitante para o planejamento e tomada de decisões sobre estratégias de conservação destes animais. A realização de inventários é prioritária na pesquisa com anuros no Rio Grande do Sul. Amostragens por quadrados têm sido utilizadas para determinar a densidade, diversidade, abundância relativa e monitorar a anurofauna de serapilheira em florestas tropicais. Nenhum trabalho descreveu as características da anurofauna da serapilheira da floresta atlântica paludosa utilizando estes métodos de amostragem no Estado. O Parque Estadual de Itapeva (PEVA) localiza-se numa estreita faixa entre a RS-389 (Estrada do Mar) e a praia de Itapeva, nas imediações da cidade de Torres, extremo norte da planície costeira do Estado (29°21’ S, 49°45’ W). No Parque podemos observar a presença de dunas móveis, dunas fixas, floresta paludosa (cerca de 114 ha), campos alagados, campos secos, turfeiras, mata da restinga, banhados, arroio e vassourais. Os objetivos deste trabalho são: listar as espécies de anuros do PEVA, destacando espécies raras, ameaçadas ou com distribuição restrita, informar os ambientes em que foram encontradas, identificar os possíveis impactos a estes anfíbios no Parque, descrever a riqueza, densidade e biomassa da anurofauna da serapilheira do fragmento de floresta paludosa, e verificar se existem diferenças destes parâmetros em diferentes distâncias da borda ao interior deste fragmento. O levantamento de anuros ocorreu de maio de 2000 até março de 2003, com freqüência mensal (duração de duas noites em média) de maio de 2000 a março de 2001 e após este período, sem freqüência regular.A amostragem envolveu visitas periódicas a todos os ambientes com ocorrência potencial de anuros, áreas alagadas, açudes, poças temporárias, arroios, córregos e outros corpos d’água. Durante o dia procuravam-se os animais embaixo de troncos, pedras, telhas e próximo a residências (84 horas de amostragem). As coletas noturnas duraram das 20h até 23h (57 horas de amostragem). Foram amostrados oito ambientes: Dunas Primárias (DP), Baixada Atrás das Dunas Primárias (BD), Dunas Móveis (DM), Dunas Fixas (DF), Campos Alagados (CA), Capoeira (CP), Mata Paludosa (MP) e Campo Seco (CS). As análises de riqueza, densidade e biomassa da serapilheira da mata paludosa concentraram-se no mês de março de 2003. Foram utilizados 56 quadrados de 25 m2 em duas grades de pontos (6.000 m2 e 10.000 m2). Em cada grade, os pontos foram distribuídos desde a beira do fragmento até 100 m em direção ao interior da mata, e a distância entre cada ponto era de 20 m. Em cada um destes erguia-se uma tela com 50 cm de altura, formando um quadrado de 5 m x 5 m. Cada quadrado foi amostrado entre 30 e 45 minutos, por três pessoas, das 19h até as24h. Para avaliar as diferenças entre a densidade e a biomassa de anuros, nas distâncias desde a borda/beira, utilizou-se ANOVA através de testes de aleatorização entre os pontos. Foram registradas 29 espécies de anuros, em oito famílias: Cycloramphidae (1 sp), Microhylidae (1sp), Ranidae (1 sp), Brachycephalidae (2 spp), Leptodactylidae (3 spp), Bufonidae (4 spp), Leiuperidae (6 spp) e Hylidae (11 spp). Três estão ameaçadas de extinção no Rio Grande do Sul, Sphaenorhynchus surdus, Eleutherodactylus binotatus e Melanophryniscus dorsalis. Na CA, BD e CS, encontrou-se o maior número de espécies, 19 spp, 20 spp, e 21 spp respectivamente. Os principais fatores de ameaça à anurofauna são: drenagem da mata, pecuária, fragmentação da floresta, presença de espécies exóticas, destruição de áreas alagadas e descaracterização dos habitats. Na serapilheira foram capturados 218 indivíduos de 11 espécies de três famílias distintas. As espécies mais abundantes foram Eleutherodactylus henseli, (110 indivíduos) e Leptodactylus ocellatus (79 indivíduos). A densidade total de anuros foi de, aproximadamente, 15 indivíduos por 100 m2. A biomassa total foi de 1.452 g. Somente em um dos quadrados (1,8%) nenhum indivíduo foi capturado. Os quadrados na distância zero tiveram os menores valores de densidade média de anuros. Apesar de não ter sido encontrada significância estatística entre as distâncias (P>0,05), E. henseli foi a espécie que teve a menor densidade média na distância zero, enquanto as outras espécies distribuíram-se quase que continuamente. A implementação de estratégias para a conservação da anurofauna desta região da planície costeira deve contar com a efetivação de políticas ambientais eficientes. A proteção do entorno das Unidades, pode ter um efeito muito mais eficaz para a conservação dos anuros do que a própria criação de novas Unidades de Conservação. / During the last decades has been widely reported the drastic declines in several anuran populations throughout the world. In Brazilian Atlantic Rainforest is possible that many species have disappeared. In order to understand these declines, and ultimately prevent them, there is a need for studying diversity, richness, geographic distribution and ecology of anuran populations. However, there are no such data to Rio Grande do Sul State (south Brazil). In this study square sample surveys have been used for determining density, diversity, relative abundance, and monitoring the anuran fauna on Atlantic Rain forest fragment. This is the first work which describes features of the anuran fauna in litter of the Atlantic Rainforest using such sample methods in Rio Grande do Sul State. The Itapeva State Park (PEVA) is located in a narrow area between RS-389 (Estrada do Mar) and the Itapeva beach, near Torres city, extreme north of the coastal plain (29°21’ S, 49°45’ W) of the State. In the Park we can observe the mobile dunepresence, fixed dunes, lowland forest (about 114 ha), fields, dry forests wetlands and streams.The aim of this study are: a) to list the anuran species of PEVA, mainly those rare, threatened or with restricted distribution; b) to describe the environments of distribution of these species; c) to identify possible impact of these anurans on the Park; d) to determine the richness, density, and biomass of litter anuran species in the Atlantic Rainforest fragment, e) and to verify if there are differences between these parameters and different distances from the edge into the interior of this fragment. The anuran fauna survey occurred from March 2000 to March 2003. The sample was done by periodic visits to all environments with potencial anuran incidence, wet areas, pools, temporary pools, streams, wetlands. During the day we looked for animals under logs, stones, tiles, and near houses. The nocturnal collects were from 8:00 p.m. to 11:00 p.m. Eight environments were sampled: primary sand dunes (DP), wetlands (BD), movel dunes (DM), fixed dunes (DF), wet fields (CA), Capoeira (CP), lowland forest (MP) and dry field (CS). The richness, density, and biomass of litter anurans in the Atlantic Rainforest fragment were carried out in March 2003. We analyzed 56 squared-plots of 25m² (5 x 5m), divided in two grade points, with 6000m² and 10000 m² respectively. These points were distributed to each 20m since the side of fragment until 1000m in direction to the interior of bush. The total area sampled was of 1400m². For differences between density and biomass data, we have used Analysis of Variance (ANOVA) through randomization tests for sample unites. The total of 27 anuran species were recorded of 4 families: Microhylidae (1 sp) Bufonidae (4 spp), Leptodactylidae (11 spp) e Hylidae (11 spp). Three of these species are threatened of extinguishing Sphaenorhynchus surdus, Eleutherodactylus binotatus e Melanophryniscus dorsalis. In CA, BD e CS were observed the largest number of species, 19 spp, 20 spp, e 21 spp respectively. The main threats observed on this fragment are: forest drainage, forest fragmentation, presence of foreing species, wetland destruction and habitats degradation. In litter samples were captured 218 individuals of 11 species of three families, Eleutherodactylus henseli (110 individuals) and Leptodactylus ocellatus (79 indiviudals) were the most abundant species. The mean density of anuran was about 15 individuals for 100m². Just in one quadrat none individuals were captured. Despite there is no statistic significance (P>0,05) the density among distances, E. henseli was only species that had the lesser mean density in the zero distance, while the others species had smooth distribution. The strategies for conservation of coastal plain anurans will be made with efective ambiental politics. Maybe, the protection of neighbor areas of Protected Areas can be more efective to anurans conservation in this region than the criation of new Protected Areas.
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A assembléia de pequenos mamíferos da floresta paludosa do faxinal, Torres-RS : sua relação com a borda e o roedor Akodon montensis (Rodentia, Muridae) como potencial dispersor de sementes endozoocóricas

Horn, Graciela Bernardi January 2005 (has links)
Embora a assembléia de pequenos mamíferos desempenhe diferentes e importantes papéis na dinâmica das florestas, o conhecimento sobre a riqueza e o papel ecológico desempenhado pelas espécies nas restingas do estado do Rio Grande do Sul é ainda limitado, tendo-se poucas informações ecológicas sobre quem são esses animais nos diferentes fragmentos de florestas e como é sua relação espacial em ambientes de borda. Apesar da relevância, poucos estudos buscaram verificar se a assembléia de pequenos mamíferos em fragmentos florestais é sensível aos efeitos de borda, qual a extensão da borda para esses animais e se ela varia em diferentes estações do ano. No extremo norte da planície costeira do estado do Rio Grande do Sul, em um fragmento de floresta paludosa, denominada “Faxinal”, o presente trabalho foi realizado com o objetivo de investigar qual a riqueza e sucesso de captura de pequenos mamíferos, como é sua relação com a distância da beira do fragmento e se essa relação varia entre as estações do ano. Nos meses amostrais de janeiro (verão), abril (outono) e agosto (inverno) de 2004 foram colocadas armadilhas de arame de dois tamanhos nos estratos terrestre e arbustivo, em um gradeado com seis transecções paralelas que cobriram parte de formação florestal (3,17ha) e parte de campestre (0,31ha). A distância dos postos de captura do gradeado à beira mais próxima da floresta foram agrupadas em seis classes (1: 0-30m; 2: 31-70m; 3: 71-100; 4: 101-120; 5: 121-131; 6: 131-160m, no solo e 1: 0-20m; 2: 40-71m; 3: 80-100m; 4: 101-120m; 5: 121-131m; 6: 132-160m, no estrato arbustivo) para verificar se os dados de sucesso de captura das espécies de pequenos mamíferos diferem entre os fatores distância da beira e períodos amostrais (estações do ano). Onze espécies de pequenos mamíferos foram capturadas somente na parte florestada do gradeado (sucesso de captura total de 15,49%), sendo que maior riqueza, número de indivíduos e de capturas foram de roedores e no estrato terrestre. As espécies mais capturadas foram Akodon montensis (154 indivíduos), Oligoryzomys nigripes (34 indivíduos), Brucepattersonius iheringi (19 indivíduos), Oryzomys angouya (12 indivíduos) e Micoureus cf. demerarae (8 indivíduos) e Didelphis albiventris (7 indivíduos). O mês amostral de inverno foi aquele que apresentou maior riqueza, maior sucesso de captura e maior biomassa. As análises demonstraram relação significativa entre o sucesso de captura do conjunto das espécies de pequenos mamíferos capturadas no solo e a distância da beira, cuja relação esteve fortemente associada à estação do ano. A estrutura e/ou composição da assembléia diferiram entre as duas primeiras classes de distância, que por sua vez diferiram das demais. Isso indica que a assembléia de pequenos mamíferos, capturada no solo, é sensível à beira da floresta e que a sensibilidade varia conforme a estação do ano. Por outro lado, quando avaliada individualmente a relação para a espécie dominante Akodon montensis, o sucesso de captura do roedor não evidenciou com nitidez diferença entre as classes de distância, mas houve diferença entre os períodos amostrais, sendo o mês amostral com menor média de temperatura anual aquele com maior número de indivíduos e de capturas. Além disso, por Akodon montensis ter sido a espécie mais comum e abundante em todos períodos amostrais e em todos os pontos do gradeado, coletou-se 249 amostras fecais para investigar a capacidade dessa espécie em realizar dispersão endozoocórica As amostras coletadas foram analisadas sob lupa para verificar se existiam sementes intactas e, quando colocadas em experimento de germinação, se seriam capazes de germinar. O registro de sementes inteiras nas fezes de Akodon montensis e o tratamento dado às sementes, de não comprometer a capacidade de germinação, permite que a espécie seja, ao menos em parte, considerada legítima e efetiva dispersora de Ficus organensis e de Piper cf. solmisianum
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Distribuição espacial e padrões de movimento da baleia-franca-austral (Eubalaena australis) em Torres, Rio Grande do Sul, Brasil

Bottini, Silvana de Sanfilli January 2014 (has links)
Os cetáceos, como a maioria dos organismos vivos, não estão aleatoriamente distribuídos no ambiente onde vivem. Conhecer aspectos fundamentais de sua ecologia, como a relação entre uma espécie e seu ambiente, são fundamentais para a elaboração de ações de conservação. A baleia-franca-austral frequenta a costa brasileira durante a estação reprodutiva, de Junho a Novembro e, apesar de bem estudada na costa catarinense, sua distribuição e relação com fatores ambientais não foi descrita para o Rio Grande do Sul. O propósito deste estudo foi contribuir para a construção do conhecimento fundamental a respeito da espécie caracterizando sua distribuição em um ponto da costa deste estado, relacionando sua presença com as variáveis ambientais. As observações foram realizadas a partir de um ponto fixo na costa, o Morro do Farol em Torres, Rio Grande do Sul, localizado a 41,5 metros acima do nível do mar. Posições sucessivas dos animais foram obtidas com o auxílio de um teodolito eletrônico a fim de descrever as trajetórias percorridas por cada grupo dentro do limite da área de estudo. A direção e velocidade do vento, temperatura e estado do mar eram coletadas a cada hora durante as observações. Um total de 41 grupos foi observado, ao longo de 256,5 horas de esforço realizado com 44,5 horas de acompanhamento animal. A maior parte das ocorrências (85%) foi de pares de fêmeas com filhotes e a maior concentração de baleias ocorreu em águas com profundidade menor do que 5 metros. A direção do vento e o estado do mar apresentaram influência significativa na presença ou ausência dos animais ( p=0,0001 e p=0,024), sendo nos ventos de sul e sudeste a ausência de animais maior do que esperada e nos estados do mar 3 e 4 os animais foram menos detectados do que o esperado. Quando analisada pela composição de grupo, a direção do vento e o estado do mar não demonstraram diferença significativa (p=0,861 e p=0,372), respectivamente. A velocidade do vento não demonstrou exercer influência na presença ou ausência dos animais para todas as categorias ( p=0,632), nem para composições de grupos diferentes (p=0,984). É importante salientar que as observações ocorreram com velocidades de vento <20 nós (Beaufort ≤ 4). A média de velocidade de natação para todas as categorias foi de 1,50 km/h (DP ± 1,15km/h), para fêmeas com filhotes 1,53 km/h (DP ± 1,14 km/h) e para adultos desacompanhados 1,7 km/h (DP ± 1,08km/h). A maioria dos grupos apresentou movimento em direção sul (63%) e a distância média da costa foi de 515,28 m (amplitude 87,9 – 1.971,6 m). Os resultados deste trabalho corroboram a preferência por águas rasas, próximas à costa bem como reforça o fato de que as baleias evitam águas turbulentas como ocorre em outras regiões. As observações ainda demonstram que a costa do Rio Grande do Sul é um importante sítio reprodutivo para a espécie, podendo ser considerada uma área berçário, onde predominam pares de fêmeas com filhotes (85% dos grupos observados). Estes fatos reforçam a importância e urgência de ações de conservação e manejo das atividades humanas na região para que a espécie continue crescendo e retomando sua área de ocupação histórica.
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A assembléia de pequenos mamíferos da floresta paludosa do faxinal, Torres-RS : sua relação com a borda e o roedor Akodon montensis (Rodentia, Muridae) como potencial dispersor de sementes endozoocóricas

Horn, Graciela Bernardi January 2005 (has links)
Embora a assembléia de pequenos mamíferos desempenhe diferentes e importantes papéis na dinâmica das florestas, o conhecimento sobre a riqueza e o papel ecológico desempenhado pelas espécies nas restingas do estado do Rio Grande do Sul é ainda limitado, tendo-se poucas informações ecológicas sobre quem são esses animais nos diferentes fragmentos de florestas e como é sua relação espacial em ambientes de borda. Apesar da relevância, poucos estudos buscaram verificar se a assembléia de pequenos mamíferos em fragmentos florestais é sensível aos efeitos de borda, qual a extensão da borda para esses animais e se ela varia em diferentes estações do ano. No extremo norte da planície costeira do estado do Rio Grande do Sul, em um fragmento de floresta paludosa, denominada “Faxinal”, o presente trabalho foi realizado com o objetivo de investigar qual a riqueza e sucesso de captura de pequenos mamíferos, como é sua relação com a distância da beira do fragmento e se essa relação varia entre as estações do ano. Nos meses amostrais de janeiro (verão), abril (outono) e agosto (inverno) de 2004 foram colocadas armadilhas de arame de dois tamanhos nos estratos terrestre e arbustivo, em um gradeado com seis transecções paralelas que cobriram parte de formação florestal (3,17ha) e parte de campestre (0,31ha). A distância dos postos de captura do gradeado à beira mais próxima da floresta foram agrupadas em seis classes (1: 0-30m; 2: 31-70m; 3: 71-100; 4: 101-120; 5: 121-131; 6: 131-160m, no solo e 1: 0-20m; 2: 40-71m; 3: 80-100m; 4: 101-120m; 5: 121-131m; 6: 132-160m, no estrato arbustivo) para verificar se os dados de sucesso de captura das espécies de pequenos mamíferos diferem entre os fatores distância da beira e períodos amostrais (estações do ano). Onze espécies de pequenos mamíferos foram capturadas somente na parte florestada do gradeado (sucesso de captura total de 15,49%), sendo que maior riqueza, número de indivíduos e de capturas foram de roedores e no estrato terrestre. As espécies mais capturadas foram Akodon montensis (154 indivíduos), Oligoryzomys nigripes (34 indivíduos), Brucepattersonius iheringi (19 indivíduos), Oryzomys angouya (12 indivíduos) e Micoureus cf. demerarae (8 indivíduos) e Didelphis albiventris (7 indivíduos). O mês amostral de inverno foi aquele que apresentou maior riqueza, maior sucesso de captura e maior biomassa. As análises demonstraram relação significativa entre o sucesso de captura do conjunto das espécies de pequenos mamíferos capturadas no solo e a distância da beira, cuja relação esteve fortemente associada à estação do ano. A estrutura e/ou composição da assembléia diferiram entre as duas primeiras classes de distância, que por sua vez diferiram das demais. Isso indica que a assembléia de pequenos mamíferos, capturada no solo, é sensível à beira da floresta e que a sensibilidade varia conforme a estação do ano. Por outro lado, quando avaliada individualmente a relação para a espécie dominante Akodon montensis, o sucesso de captura do roedor não evidenciou com nitidez diferença entre as classes de distância, mas houve diferença entre os períodos amostrais, sendo o mês amostral com menor média de temperatura anual aquele com maior número de indivíduos e de capturas. Além disso, por Akodon montensis ter sido a espécie mais comum e abundante em todos períodos amostrais e em todos os pontos do gradeado, coletou-se 249 amostras fecais para investigar a capacidade dessa espécie em realizar dispersão endozoocórica As amostras coletadas foram analisadas sob lupa para verificar se existiam sementes intactas e, quando colocadas em experimento de germinação, se seriam capazes de germinar. O registro de sementes inteiras nas fezes de Akodon montensis e o tratamento dado às sementes, de não comprometer a capacidade de germinação, permite que a espécie seja, ao menos em parte, considerada legítima e efetiva dispersora de Ficus organensis e de Piper cf. solmisianum
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Distribuição espacial e padrões de movimento da baleia-franca-austral (Eubalaena australis) em Torres, Rio Grande do Sul, Brasil

Bottini, Silvana de Sanfilli January 2014 (has links)
Os cetáceos, como a maioria dos organismos vivos, não estão aleatoriamente distribuídos no ambiente onde vivem. Conhecer aspectos fundamentais de sua ecologia, como a relação entre uma espécie e seu ambiente, são fundamentais para a elaboração de ações de conservação. A baleia-franca-austral frequenta a costa brasileira durante a estação reprodutiva, de Junho a Novembro e, apesar de bem estudada na costa catarinense, sua distribuição e relação com fatores ambientais não foi descrita para o Rio Grande do Sul. O propósito deste estudo foi contribuir para a construção do conhecimento fundamental a respeito da espécie caracterizando sua distribuição em um ponto da costa deste estado, relacionando sua presença com as variáveis ambientais. As observações foram realizadas a partir de um ponto fixo na costa, o Morro do Farol em Torres, Rio Grande do Sul, localizado a 41,5 metros acima do nível do mar. Posições sucessivas dos animais foram obtidas com o auxílio de um teodolito eletrônico a fim de descrever as trajetórias percorridas por cada grupo dentro do limite da área de estudo. A direção e velocidade do vento, temperatura e estado do mar eram coletadas a cada hora durante as observações. Um total de 41 grupos foi observado, ao longo de 256,5 horas de esforço realizado com 44,5 horas de acompanhamento animal. A maior parte das ocorrências (85%) foi de pares de fêmeas com filhotes e a maior concentração de baleias ocorreu em águas com profundidade menor do que 5 metros. A direção do vento e o estado do mar apresentaram influência significativa na presença ou ausência dos animais ( p=0,0001 e p=0,024), sendo nos ventos de sul e sudeste a ausência de animais maior do que esperada e nos estados do mar 3 e 4 os animais foram menos detectados do que o esperado. Quando analisada pela composição de grupo, a direção do vento e o estado do mar não demonstraram diferença significativa (p=0,861 e p=0,372), respectivamente. A velocidade do vento não demonstrou exercer influência na presença ou ausência dos animais para todas as categorias ( p=0,632), nem para composições de grupos diferentes (p=0,984). É importante salientar que as observações ocorreram com velocidades de vento <20 nós (Beaufort ≤ 4). A média de velocidade de natação para todas as categorias foi de 1,50 km/h (DP ± 1,15km/h), para fêmeas com filhotes 1,53 km/h (DP ± 1,14 km/h) e para adultos desacompanhados 1,7 km/h (DP ± 1,08km/h). A maioria dos grupos apresentou movimento em direção sul (63%) e a distância média da costa foi de 515,28 m (amplitude 87,9 – 1.971,6 m). Os resultados deste trabalho corroboram a preferência por águas rasas, próximas à costa bem como reforça o fato de que as baleias evitam águas turbulentas como ocorre em outras regiões. As observações ainda demonstram que a costa do Rio Grande do Sul é um importante sítio reprodutivo para a espécie, podendo ser considerada uma área berçário, onde predominam pares de fêmeas com filhotes (85% dos grupos observados). Estes fatos reforçam a importância e urgência de ações de conservação e manejo das atividades humanas na região para que a espécie continue crescendo e retomando sua área de ocupação histórica.
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Validação da classificação orientada a objetos em imagens de satélite IKONOS II e elaboração de indicadores ambientais georreferenciados no município de Torres, Planície Costeira do Rio Grande do Sul, Brasil / Georeference environmental index and elaboration of a map of vulnerability through images of satellite of sensor ikonos in Torres, coastal plain of Rio Grande do Sul, Brazil

Rovedder, Josiane January 2007 (has links)
Atualmente faz-se necessária a compreensão da vulnerabilidade ambiental e o mapeamento dos recursos naturais das regiões observadas para monitorar os impactos, visando o planejamento para a proteção dos ambientes naturais e a possível recuperação de áreas afetadas pela invasão humana. Nestes casos, Tecnologias de Processamento Digital de Imagens de Sensoriamento Remoto (PDI), que incluem técnicas de processamento das imagens capturadas pelos satélites, e Sistema de Informações Geográficas (SIG) são reconhecidas como ferramentas efetivas e eficientes. Neste mesmo contexto, outra ferramenta importante são os indicadores ambientais, associados a instrumentos de planejamento e gestão dos espaços urbanos, rurais e costeiros. O objetivo geral no presente estudo é a validação de informações espacializadas, resultantes de uma classificação orientada a objetos de imagens de satélite de alta resolução IKONOS II, que expressem as condições físico-ambientais dos ecossistemas das Áreas de Preservação Permanente (APPs) e Unidade de Conservação (UC) no Município de Torres, Planície Costeira do Rio Grande do Sul. Os indicadores ambientais apresentam-se como uma forma resumida de situações como a exploração das dunas pela extração de areia e onde 0,39% do total da APP possui algum tipo de edificação; desmatamento da mata ciliar ao longo do percurso do Rio Mampituba, que possui 0,19% da área total ocupada por edificações; utilização dos recursos naturais como as lagoas para atividades antrópicas e que possui 0,08% da sua área total ocupada por algum tipo de edificação, e destaca o bom estado de preservação do Parque Estadual de Itapeva, constantemente monitorado. Os resultados foram obtidos após processos de correção das imagens, assim como a utilização de um método de segmentação multi-resolução baseada em objetos e uma análise classificatória por Máxima Verossimilhança Gaussiana. A acurácia dessa classificação deu-se pelo índice Kappa, que acusou uma melhor classificação visual para a classe edificação. A delimitação das APPs e UC do município, juntamente com os indicadores ambientais possibilitaram também a elaboração de um mapa de vulnerabilidade do local, facilitando e auxiliando consultas futuras e tomadas de decisão. / Nowadays becomes necessary the understanding of the natural vulnerability and the mapping of the natural resources in some regions to monitor ambient impacts, objectifying planning for environment protection and the possible recovery of areas affected by the human invasion. In these cases, Technologies of Digital Processing of Images (IDP) of Remote Sense, which includes techniques of processing of the images captured by the satellites, and Geographic Information Systems (GIS) are recognized as efficient and effective tools. In the same context, another important tool is the environment index, associates with instruments of planning and management of the urban, agricultural and coastal spaces. The general objective in the present study is the integration of spacial information that express the physic-ambient conditions of ecosystems of the Areas of Permanent Preservation (APPs) and Unit of Conservation (UC) in Torres, Coastal Plain of the Rio Grande Do Sul. The environment index are presented as an summarized form and quantified situations like the exploration of dunes for the sand extration and where 0.39% of the total of the APP possess some type of construction; deforestation of the galery forest throughout the way of Mampituba river, that possess 0.19% of total area occupied by constructions; use of the natural resources as the lagoons, that also constitute an APP, for irrigation, for example, and that possess 0.08% of its area occupied by some type of construction; and detaches good condition of preservation of the State Park of Itapeva, constantly monitored. The results had been obtained after processes of correction of the images, as well as the use of a segmentation method multi-resolution based on objects and a classification analysis by Maximum Gaussian Probability. The precision of this classification was given for the Kappa index, which accused a better visual classification for the classroom construction. The delimitation of APPs and UC of the city, together with the environment index also made possible the elaboration of a map of vulnerability of the place, facilitating and assisting future refers and taking of decision.

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