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Trabalho e temporalidades: sentidos produzidos por petroleiros/as offshoreMaders, Tielly Rosado January 2014 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Florianópolis, 2014. / Made available in DSpace on 2015-02-05T21:17:33Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2014 / Tendo como base teórico-epistemológica o construcionismo social, esta pesquisa teve como objetivo compreender quais os sentidos sobre tempo livre produzidos por trabalhadores/as offshore em seu cotidiano de trabalho. Os/as trabalhadores/as offshore realizam suas atividades em alto mar e atuam em regime de trabalho distinto da maior parte da população, sendo quatorze dias embarcados/as em plataformas de petróleo e quatorze ou vinte e um dias em folga na terra. A pesquisa foi realizada a partir da abordagem qualitativa e como principal fonte de informação realizei entrevistas com trabalhadores/as da Bacia de Campos. Visando alcançar o objetivo da pesquisa, o caminho percorrido iniciou-se com observações de cunho etnográfico na cidade de Macaé  Rio de Janeiro, registradas em Diário de Campo. Posteriormente, foram realizadas entrevistas compreensivas com dezessete sujeitos, sendo utilizadas seis para realizar a análise em profundidade e as demais utilizadas como informações complementares. As análises foram efetuadas a partir das narrativas dos/as trabalhadores/as offshore e as informações levantadas foram organizadas em categorias temáticas, seguidas da articulação com a literatura. Foi possível consolidar dois eixos de análise: os tempos lá, compreendendo a vida dos/as trabalhadores/as quando estão embarcados/as nas plataformas de petróleo e, os tempos cá, abarcando os aspectos que compreendem suas vidas em terra. Como resultados, observei que ao continuarem embarcados após o expediente de trabalho, por um longe período de tempo, os/as trabalhadores/as intensificam as vivências do tempo de trabalho e acabam por não dissociar o tempo de trabalho do tempo liberado do trabalho. As narrativas revelam um sentido de tempo livre como tempo destinado à reposição de forças e ao repouso. Os tempos vividos em terra também revelam os mesmos sentidos, mas, além disso, aparecem como um tempo de recuperação do tempo  perdido durante o período de embarque, o tempo que passaram longe da família, amigos/as e da vida social como um todo. Dessa forma, o tempo de trabalho se estende e invade não só o tempo liberado do trabalho nas plataformas, mas até mesmo os tempos de estar em folga na terra. As experiências temporais vivenciadas pelos/as trabalhadores/as offshore são pautadas na produção e reiteram o quanto os tempos sociais contemporâneos se configuram como objetivação econômica e como forma social de dominação.<br> / Abstract : Having as theoretical-epistemological basis the social constructionism, this research had the goal to comprehend which meanings about free time are produced by offshore workers in their daily work. The offshore workers perform their activities at sea and operate under a distinct labor regime of most of the population, with fourteen days onboard on the oil platform and fourteen or twenty-one days off in the land. The survey was conducted from the qualitative approach and as main source of information I realized interviews with workers of Bacia de Campos. In order to achieve the research objective, the path began with ethnographic observations in the city of Macaé - Rio de Janeiro, registered in a field diary. Subsequently, comprehensive interviews was conducted with seventeen subjects, six used to perform in-depth analysis and the other used as complementary information. The analyzes were performed based on the narratives of offshore workers and the information gathered were organized into thematic categories followed the articulation with the literature. It was possible to consolidate two angles: the times there, including the lives of offshore workers when they are embedded on the oil platforms and the times here, covering the items that comprise their lives on land. As a result, I observed that to remain embedded after hours of work, for a period of time away, offshore workers intensify the experiences of working time and not dissociate working time for time freed from work. The narratives reveal a meaning of free time to spare time for the forces and rest. Even time lived on land reveal the same meaning, but in addition, appear as a recovery time " lost " during the time of boarding, the time spent away from family, friends and the social life as a whole. Thus, the working time is extended and invades not only the time freed from work the embedded, but even the times of being off in the land. The temporal experiences lived by offshore workers are based on production and reiterate how contemporary social times are characterized as economic objectification and as a social form of domination.
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