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Marcados pela desigualdade: o trabalho escravo na cana-de-açúcar no Estado de São Paulo (1995-2010)Almeida, Antonio Alves de 20 April 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-04-20 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Slavery was officially abolished in Brazil on May 13, 1888. However, in practice it
remains and today has elements of the present and the past. As in Brazil, slavery labor
in the contemporary world is a reality that affects at least 27 million people, according
to Kevin Bales. In our country this phenomenon can be seen in urban and rural life. In
this latter, it can be found in all Brazilian states in different agricultural crops and
economic sectors, such as livestock, charcoal, culture of soybean, apple, mate, orange,
sugar cane etc. According to Pastoral Land Commission (CPT), the alcohol sector in
recent years has been the leader in the number of workers freed in Brazil. In São Paulo,
the richest state in this federation, has also been reported as a state of over-exploitation
and slavery labor. These workers are mostly migrants (miners and Northeast people).
They leave their homeland due to lack of minimum conditions of survival and go to São
Paulo to "earn a living and send money to their families. There is an "invisible" world
in the middle of sugarcane plantations. In these fields, workers have to cut around
fifteen tons of cane in a day, under very high temperatures and still suffering from
burns when placing cane fires, cuts in upper and lower limbs and poisonous animal
bites. Many workers die from overwork called the death tired". Others acquire
diseases like cancer and herniated disc. Useless to work, they are discarded by the
owners and have to live their lives with their relatives or friends. Many of these workers
are still coerced in the "new slave quarters , shacks and slums in the suburbs, which are
usually overcrowded and without the minimal conditions of hygiene and safety. In this
context of precarious employment and human dignity, these workers have just the
support of governmental agencies and civil society. In this latter, we highlight the CPT
and the Migrants Pastoral Services (SPM). This research aims to bring to light the
actions of these two Catholic Church groups from the sugar cane cutters in the state of
Sao Paulo. The work of the CPT and the SPM is extremely important to the sugar cane
workers to live their lives with more dignity. These institutions help to coin the term
slavery labor and they act with the workers bringing them conscious about their directs
and encouraging them to fight for their rights. Also, executes a variety of complaints
always relying on national and international legislation / A escravidão foi abolida oficialmente no Brasil no dia 13 de maio de 1888. Todavia, na
prática ela se manteve, embora tenha se transformado e, na atualidade apresenta
elementos do velho e do novo. Assim como no Brasil, o trabalho escravo
contemporâneo no mundo é uma realidade que atinge no mínimo 27 milhões de
pessoas, segundo Kevin Bales. Em nosso país, se constata este fenômeno no meio
urbano e rural. Neste último, ele é encontrado em todos os estados brasileiros em
diferentes culturas agrícolas e setores da economia, como na agropecuária, na
carvoaria, na cultura da soja, da maçã, da erva mate, da laranja, da cana-de-açúcar etc.
Segundo dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT), o setor sucroalcooleiro nos
últimos anos tem sido campeão no número de trabalhadores libertados no Brasil. Em
São Paulo, o estado mais rico da federação, também se constata casos de
superexploração e de trabalho escravo. Estes trabalhadores são em grande parte
migrantes (mineiros e nordestinos). Eles deixam sua terra natal por falta de condições
mínimas de sobrevivência e vão para as terras paulistas ganhar a vida e enviar
recursos financeiros para a manutenção de suas respectivas famílias. Há um mundo
invisível no meio dos canaviais. No eito, os trabalhadores têm que cortar em torno de
quinze toneladas de cana ao dia, sob temperaturas altíssimas e ainda sofrem acidentes
como queimaduras ao colocarem fogo na cana, cortes nos membros superiores e
inferiores e picadas de animais peçonhentos. Muitos deles chegam a morrer por
excesso de trabalho a morte cansada . Outros adquirem doenças como câncer e
hérnia de disco. Imprestáveis ao trabalho, este canavieiros são descartados pelos
usineiros e passam a viver de favor com parentes ou amigos. Muitos deles ainda são
violentados nas novas senzalas , barracos e cortiços na periferia das cidades,
superlotados e sem condições mínimas de higiene e segurança. Nesse quadro de
precarização do trabalho e da dignidade humana, esses trabalhadores contam com o
apoio de órgãos governamentais e da sociedade civil. Nesta última, destacam-se a CPT
e o Serviço Pastoral dos Migrantes (SPM). Esta pesquisa tem como objetivo trazer à luz
a atuação destas duas pastorais da Igreja Católica junto aos cortadores e cortadoras de
cana no estado de São Paulo. O trabalho da CPT e do SPM é fundamental para os
canavieiros viverem com mais dignidade. Estas pastorais ajudam a cunhar o conceito
trabalho escravo e atuam junto aos trabalhadores, conscientizando-os dos seus
direitos e incentivando-os em suas lutas. Ademais, realizam diversas denúncias,
apoiando-se sempre na legislação nacional e internacional
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