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Representações de tradução de genero no dizer de tradutoras brasileiras / Representation of gender translation in the utterances of female brazilian translatorsSchaffer, Ana Maria de Moura 15 August 2018 (has links)
Orientador: Maria Jose de R. F. Coracini / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-08-15T16:15:35Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2010 / Resumo: A tese, ancorada na perspectiva da Análise do Discurso, em interface com a Desconstrução, investiga e discute a presença de tradução de gênero no contexto brasileiro e as representações de tradução de gênero que emergem no dizer de tradutoras brasileiras. Recortes discursivos selecionados, a partir das respostas de 21 (vinte e uma) tradutoras brasileiras a um questionário de 5 (cinco) perguntas, enviado por e-mail para duas listas de tradução que circulam no Brasil, foram analisados, buscando na materialidade linguística e nas formações inconscientes que nela irrompem, indícios da constituição do imaginário dessas tradutoras sobre tradução de gênero. O pressuposto que sustenta a investigação defende que já há uma prática de tradução de gênero no contexto quebeco-canadense, desde a década de 1970, cuja relação vem sendo discutida e problematizada, sem conflitos. O estudo que empreendemos para compor a fundamentação teórica pautou-se, inicialmente, no interesse de problematizar o encontro entre o feminismo e a tradução, discutindo como a tradução de certos grupos feministas serviu de agenda política para, de alguma forma, subverter a inferioridade sofrida pelas mulheres na escrita tradutora. A análise aponta para os seguintes resultados: há ainda muita resistência quanto à relação gênero e tradução, pelo menos, no que se refere à discursivização sobre o assunto, no Brasil, já que a temática evocou relações com os múltiplos feminismos da história e tudo o que isso simbolicamente representa, incluindo as lutas nele travadas, as resistências aos radicalismos do feminismo inicial e aos rótulos e estereótipos a ele vinculados. Daí que as representações de tradução de gênero que emergem do dizer ou ressoam sentidos de luta social, ou se fixam no domínio técnico da língua ou são imaginarizadas como expressão de criatividade e autoria, mesclando-se para instituir momentos de identificação aliados à singularidade das
tradutoras. As tradutoras, quando falam sobre o seu fazer tradutório, defendem o emprego de uma linguagem inclusiva de gênero, por meio de interferências nos textos considerados por elas "machistas", todavia tais interferências ainda parecem estar muito presas ao nível da linguagem. Considerando-se os limites dos registros do corpus da pesquisa, a hipótese de que há vestígios de tradução de gênero no dizer sobre/na prática tradutória de tradutoras brasileiras na atualidade mostrou-se válida, pois não só há vestígios de tradução de gênero no dizer sobre tradução, como também emergiram nos dizeres efeitos de sentido que apontam para uma constituição identitária das tradutoras já inseridas no contexto de um emprego de uma linguagem mais inclusiva nas traduções por elas praticadas. / Abstract: The research anchored in the perspective of Discourse Analysis in the interface with Deconstruction investigates and discusses the presence of gender translation in Brazilian context as well as the representations of gender translation which emerge from the utterances of Brazilian female translators1. The discursive events selected from twenty one female translators' answers to five question sent by e-mail to translator lists (Tradinfo and Litterati) were analyzed, trying to identify through linguistic materiality, elements involved in the constitution of the imaginary of those female translators about gender translation as well as fragments of their unconscious formations, which can reveal some aspects of their subjectivity. The basic assumption of this research is that there has been a gender translation practice in Quebec-Canada context since 1970's where translation and gender has been discussed and practiced normally. The readings and researches we made to support our theoretic foundation were ruled by the interest of problematizing the encounter between translation and feminism, in order to discuss how the translation of some feminist groups has served as a political agenda for subverting the female inferiority by means of translation writing. The results of the analysis points to the fact that there is still so much resistances about the relationship between gender and translation in Brazil, at least as regards to the discursivization process of the theme, since gender translation has evoked relationships with the different feminisms of history and with everything they symbolically have represented, including the struggles and the resistances against radicalisms of the initial feminisms besides the labels and stereotypes connected to them. Thus the representations of gender translation which emerge from the female translators' utterances remit either to the social struggles of feminisms, circulating around the technical dominion of language or they are represented as expression of creativity and authorship. So those representations interweave for constituting identification moments which relate to female translators' singularity. By speaking about their translation itself, the female translators defend the use of a gender inclusive language through interferences on the texts considered by them as "machist text". Considering the limits of the corpus the hypothesis that there are vestiges of gender translation in the Brazilian female translators' utterances is confirmed, since there are no only vestiges as well as the meaning effects which emerged from the utterances point to a female translator who has already been using a more inclusive language in her translations. / Doutorado / Teoria, Pratica e Ensino da Tradução / Mestre em Linguística Aplicada
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Traduzindo Twenty-one love poems de Adrienne Rich: ambivalência rítmica como re-visão da tradição / Translating Adrienne Richs Twenty-One Love Poems into Brazilian Portuguese: rhythmic ambivalence as a re-vision of the tradition.Camargo, Sarah Valle 27 September 2018 (has links)
Este trabalho propõe uma primeira tradução do conjunto de poemas Twenty-One Love Poems (1974-1976) de Adrienne Rich para o português brasileiro e divide-se em dois eixos: o primeiro centra-se nos estudos feministas da tradução, revisando o projeto de Adrienne Rich e o balanço entre a cooperação da tradutora e a tradução como crítica. Discutem-se, caso a caso, as marcações de gênero na tradução, pensando a falácia da neutralidade e as possibilidades relacionadas ao gênero gramatical, com base nos trabalhos de Olga Castro e Myriam Diaz-Diocaretz. O segundo eixo centra-se nas estratégias de recriação de aspectos retórico-formais tais como o contraste entre características antiestéticas e a ambivalência rítmica gerada pela evocação do blank verse, aspectos implicados no ato de re-visão da tradição dos sonetos de amor ingleses performada pela sequência. Com base nos trabalhos de Alice Templeton, Sheila Black, Alicia Ostriker, dentre outras, busca-se mostrar como a postura ambivalente em relação à tradição poética é constituinte do desafio de Rich em sua busca por uma linguagem feminista que alinharia o estético e o político. Para a abordagem da recriação de traços formais, mobilizam-se trabalhos de Paulo Henriques Britto, Mário Laranjeira e Derek Attridge. O conceito de ambivalência que amarra o trabalho recai, por fim, sobre o uso de dêiticos para demarcar espaços, nomear o corpo e fundar a subjetividade autocrítica da voz poemática. Veicula-se a opacidade dos dêiticos, conforme abordada por Giorgio Agamben, a uma postura ambígua frente ao ato adâmico de nomear. / This work presents and discusses a translation of Adrienne Rich\'s set of poems Twenty-One Love Poems (1974-1976) into Brazilian Portuguese. Based on Alice Templeton\'s criticism, it aims to explore the notion of dialogue as well as the re-vision (Rich\'s concept) of the love sonnets\' tradition performed by this sequence of lesbian poems, perhaps the first one written by a major North American poet. The work consists of two parts: the first one focuses on feminist translation studies and the balance between translator\'s cooperation and criticism. It also discusses gender marks on a case-by-case basis, considering the fallacy of neutrality and some possibilities related to grammatical gender, based on the works of Olga Castro and Myriam Diaz-Diocaretz. The second part outlines strategies of re-creation of rhetorical-formal traits such as the anti-aesthetic features and the rhythmic ambivalence given by the poems\' evocation of the blank verse. Formal traits such as these reiterate the challenge faced by Rich in her search for a feminist language in confrontation with the masculine canon, as she reworks traditional poetic forms from another perspective, looking for the dream of a common language, that would align the poetic and the political aspects. This act of translation deals not only with the recreation of traditional Portuguese verse forms, but with the transposition of the notion of tradition to another context as well. This approach is based on the works of Haroldo de Campos, Paulo Henriques Britto, Mário Laranjeira and Derek Attridge.
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Traduzindo Twenty-one love poems de Adrienne Rich: ambivalência rítmica como re-visão da tradição / Translating Adrienne Richs Twenty-One Love Poems into Brazilian Portuguese: rhythmic ambivalence as a re-vision of the tradition.Sarah Valle Camargo 27 September 2018 (has links)
Este trabalho propõe uma primeira tradução do conjunto de poemas Twenty-One Love Poems (1974-1976) de Adrienne Rich para o português brasileiro e divide-se em dois eixos: o primeiro centra-se nos estudos feministas da tradução, revisando o projeto de Adrienne Rich e o balanço entre a cooperação da tradutora e a tradução como crítica. Discutem-se, caso a caso, as marcações de gênero na tradução, pensando a falácia da neutralidade e as possibilidades relacionadas ao gênero gramatical, com base nos trabalhos de Olga Castro e Myriam Diaz-Diocaretz. O segundo eixo centra-se nas estratégias de recriação de aspectos retórico-formais tais como o contraste entre características antiestéticas e a ambivalência rítmica gerada pela evocação do blank verse, aspectos implicados no ato de re-visão da tradição dos sonetos de amor ingleses performada pela sequência. Com base nos trabalhos de Alice Templeton, Sheila Black, Alicia Ostriker, dentre outras, busca-se mostrar como a postura ambivalente em relação à tradição poética é constituinte do desafio de Rich em sua busca por uma linguagem feminista que alinharia o estético e o político. Para a abordagem da recriação de traços formais, mobilizam-se trabalhos de Paulo Henriques Britto, Mário Laranjeira e Derek Attridge. O conceito de ambivalência que amarra o trabalho recai, por fim, sobre o uso de dêiticos para demarcar espaços, nomear o corpo e fundar a subjetividade autocrítica da voz poemática. Veicula-se a opacidade dos dêiticos, conforme abordada por Giorgio Agamben, a uma postura ambígua frente ao ato adâmico de nomear. / This work presents and discusses a translation of Adrienne Rich\'s set of poems Twenty-One Love Poems (1974-1976) into Brazilian Portuguese. Based on Alice Templeton\'s criticism, it aims to explore the notion of dialogue as well as the re-vision (Rich\'s concept) of the love sonnets\' tradition performed by this sequence of lesbian poems, perhaps the first one written by a major North American poet. The work consists of two parts: the first one focuses on feminist translation studies and the balance between translator\'s cooperation and criticism. It also discusses gender marks on a case-by-case basis, considering the fallacy of neutrality and some possibilities related to grammatical gender, based on the works of Olga Castro and Myriam Diaz-Diocaretz. The second part outlines strategies of re-creation of rhetorical-formal traits such as the anti-aesthetic features and the rhythmic ambivalence given by the poems\' evocation of the blank verse. Formal traits such as these reiterate the challenge faced by Rich in her search for a feminist language in confrontation with the masculine canon, as she reworks traditional poetic forms from another perspective, looking for the dream of a common language, that would align the poetic and the political aspects. This act of translation deals not only with the recreation of traditional Portuguese verse forms, but with the transposition of the notion of tradition to another context as well. This approach is based on the works of Haroldo de Campos, Paulo Henriques Britto, Mário Laranjeira and Derek Attridge.
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