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A poética multifacetada de Jerome Rothenberg / The multifaceted poetic of Jerome Rothenberg

Mateus, Andrea Martins Lameirao 18 August 2014 (has links)
A Poética Multifacetada de Jerome Rothenberg investiga o modo operacional da poética de Jerome Rothenberg (1931). Nascido em Nova York, em 1931, Rothenberg fez parte de uma geração intermediária entre movimentos poéticos bastante conhecidos de público e crítica: a poesia beatnik dos anos 1950 e 1960 e a language poetry do início da década de 1970. Junto com o poeta Robert Kelly, Rothenberg concebe a deep image nos anos 1960, movimento de curta duração, mas essencial para seu desenvolvimento poético. Rothenberg é conhecido principalmente por ter criado o termo etnopoesia e por seus experimentos com o que chamou tradução total, ao traduzir a poesia indígena norteamericana. A tradução total foi um método inovador de considerar a musicalidade, a presença de distorções de palavras ou palavras sem sentido, e outros mecanismos poéticos das artes verbais indígenas como parte integrante da composição. Dessa forma, o resultado da tradução deveria necessariamente contemplar todos esses aspectos. A partir de seu dito o primitivo é complexo Rothenberg passa a considerar aspectos poéticos da produção oriunda de culturas orais, ditas primitivas, como a base de seu conceito de etnopoesia. Sua busca pelo primitivo também o conecta diretamente com outros autores lidos como experimentais na poesia, de William Blake e Walt Whitman a Allen Ginsberg, passando por uma tríade modernista: Ezra Pound, William Carlos Williams e Gertrude Stein. A hipótese desta tese é demonstrar que o impulso etnopoético, aparentemente restrito ao seu trabalho como antologista e suas traduções, na realidade é mais abrangente e inclui sua própria produção poética. A etnopoesia se torna o conceito pelo qual podemos ler o seu retorno à sua ancestralidade judaica e seus poemas que tratam de temas como a vida dos judeus na Polônia dos anos 1930, a tradição mística da cabala e o Holocausto. A tese aborda também questões como inserção no meio poético, autoria, influência e originalidade / The Multifaceted Poetry of Jerome Rothenberg deals with the methods applied by Jerome Rothenbergs poetics. Born in New York, in 1931, Rothenberg was part of a generation in between well known poetic movements: the beatnik poetry from the 1950s e 1960s and the language poetry of the 1970s. With fellow poet Robert Kelly, Rothenberg starts the deep image in the 1960, a short-lived movement, yet an essential one for his poetic development. Rothenberg is better known for having coined the term etnopoetry and for his experimentations with what he called total translation, while working with North-American Indian poetry. Total translation was an innovative method in considering musicality, the presence of word distortions or meaningless words and other poetic mechanisms of Indian poetry as an integral part of a poem or song, so that the resultant translation would necessarily contemplate all these aspects. From the perspective of his saying primitive is complex, Rothenberg starts considering the characteristics of poetry from oral culture, or those called primitive, as the basis for his concept of an etnopoetics. His search for the primitive also connects him with authors read as experimental in poetry, from William Blake and Walt Whitman to Allen Ginsberg, passing through the modernist triad Ezra Pound, William Carlos Williams and Gertrude Stein. The hypothesis of this thesis is to show how the etnopoetic impulse, apparently restricted to his work as anthologist and translator, is, in reality, much more broad in its spectrum and includes his own poetic production. Etnopoetry then becomes the concept we can use to read his return to his Jewish ancestrality and the poems dealing with topics such as the life of Jews in Poland in the 1930s, the mystical kabbalah and the Holocaust. This thesis also shows his insertion in the poetic scene, and debates questions like authorship, influence, and originality
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Tell all the truth but tell it slant: subtexto e subversão na poesia de Emily Dickinson / Tell all the truth but tell it slant: subtext and subversion in the poetry of Emily Dickinson

Wiechmann, Natalia Helena [UNESP] 31 October 2016 (has links)
Submitted by NATALIA HELENA Wiechmann (nataliahw@hotmail.com) on 2016-11-29T12:53:35Z No. of bitstreams: 1 merged_document tese final.pdf: 1278323 bytes, checksum: bd3a385e94c7d4d3def8e7a2f3dbf147 (MD5) / Rejected by Felipe Augusto Arakaki (arakaki@reitoria.unesp.br), reason: Solicitamos que realize uma nova submissão seguindo a orientação abaixo: O arquivo submetido está sem a ficha catalográfica. A versão submetida por você é considerada a versão final da dissertação/tese, portanto não poderá ocorrer qualquer alteração em seu conteúdo após a aprovação. Corrija esta informação e realize uma nova submissão com o arquivo correto. Agradecemos a compreensão. on 2016-12-02T13:40:12Z (GMT) / Submitted by NATALIA HELENA Wiechmann (nataliahw@hotmail.com) on 2016-12-03T18:39:34Z No. of bitstreams: 1 tese natalia h wiechman.pdf: 1389999 bytes, checksum: e49f465ba62565f942cdeef5d313bc04 (MD5) / Approved for entry into archive by Felipe Augusto Arakaki (arakaki@reitoria.unesp.br) on 2016-12-05T16:16:27Z (GMT) No. of bitstreams: 1 wiechmann_nh_dr_arafcl.pdf: 1389999 bytes, checksum: e49f465ba62565f942cdeef5d313bc04 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-12-05T16:16:27Z (GMT). No. of bitstreams: 1 wiechmann_nh_dr_arafcl.pdf: 1389999 bytes, checksum: e49f465ba62565f942cdeef5d313bc04 (MD5) Previous issue date: 2016-10-31 / O objetivo desta tese de doutorado consiste em analisar a poesia de Emily Dickinson (1830-1886) sob a perspectiva da crítica literária feminista estadunidense utilizando o conceito de subtexto literário enquanto recurso poético que revele na obra dickinsoniana diversas formas de subversão de normas sociais e literárias do patriarcado. Para isso, nosso corpus de análise se compõe de dezoito poemas e nosso trabalho está estruturado em quatro seções. A primeira discute algumas questões caras à crítica literária feminista estadunidense, como o conceito de autoria feminina e a tradição literária para, então, teorizar sobre o conceito de subtexto literário relacionando-o à ideia de subversão. Também nessa primeira seção analisamos do poema “Tell all the Truth but tell it slant – ”. Já na segunda parte de nossa tese apresentamos o contexto da produção literária estadunidense no século XIX e discutimos o fato de Emily Dickinson ter se recusado veementemente a publicar seus poemas. Os poemas analisados nessa seção são “Publication – is the Auction”, “Fame of Myself, to justify”, “Fame is the tint that Scholars leave”, “Fame is the one that does not stay” e “Fame is a fickle food”. Na sequência, examinamos o ideal de feminilidade do século XIX e as formas como Dickinson subverte esse ideal nos poemas “To own a Susan of my own”, “Her breast is fit for pearls”, “I gave myself to Him – ”, “She rose to His Requirement – dropt”, “Title divine – is mine!” e “I started Early – Took my Dog – ”. Por fim, analisamos poemas em que Dickinson empreende a subversão da imagem de Deus ao apontar as vulnerabilidades da fé e da condição humana e questionar preceitos religiosos: “I never lost as much but twice”, “It’s easy to invent a Life – ”, “A Shade upon the mind there passes”, “God is indeed a jealous God – ” e “God gave a Loaf to every Bird – ”. Como suporte teórico, recorremos a diversos autores que compõem a fortuna crítica de Emily Dickinson bem como a importantes nomes da crítica literária feminista estadunidense, além de outros autores cujos estudos também dialogam com nossa pesquisa. Alguns dos autores utilizados neste trabalho são Virginia Woolf, Sandra Gilbert e Susan Gubar, Elaine Showalter, Betsy Erkkila, Helen Vendler, Maria Rita Kehl, Susan Howe e Carlos Daghlian. / The aim of this dissertation is to analyze the poetry of Emily Dickinson (1830-1886) from the perspective of American feminist literary criticism drawing on the concept of literary subtext as a poetic resource that reveals in Dickinson’s work several ways of subverting the social and literary norms of patriarchy. To these ends, I analyze a corpus of eighteen poems, and the text is organized into four sections. The first section discusses some issues that are important to American feminist literary criticism, such as the concept of female authorship and literary tradition; it is then theorized about the concept of literary subtext and I relate it to the idea of subversion. Also, in this first section, I analyze the poem “Tell all the Truth but tell it slant – .” In the second part of this work, the context of American literary production in the nineteenth-century is presented and the fact that Emily Dickinson emphatically refused to have her poems published is considered. The poems analyzed in this section are “Publication – is the Auction”. “Fame of Myself, to justify”, “Fame is the tint that Scholars leave”, “Fame is the one that does not stay” and “Fame is a fickle food”. After the discussion of the poems, in the third section I examine the ideal of womanhood in the nineteenth century and the ways Dickinson subverts this ideal in the poems “To own a Susan of my own”, “Her breast is fit for pearls”, “I gave myself to Him – ”, “She rose to His Requirement – dropt”, “Title divine – is mine!” and “I started Early – Took my Dog – ”. Finally, in the closing section I study some poems in which Dickinson undertakes the subversion of God’s image, points out the vulnerabilities of faith and human condition, and questions religious precepts: “I never lost as much but twice”, “It’s easy to invent a Life – ”, “A Shade upon the mind there passes”, “God is indeed a jealous God – ” and “God gave a Loaf to every Bird – ”. To provide theoretical underpinning, several critics who have written on Dickinson’s work were consulted and significant names in American literary feminist criticism are also discussed, as well as other authors whose studies intersect with our research as well. Included among the writers, critics and researchers mentioned in our work are Virginia Woolf, Sandra Gilbert and Susan Gubar, Elaine Showalter, Betsy Erkkila, Helen Vendler, Maria Rita Kehl, Susan Howe, and Carlos Daghlian.
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A poética multifacetada de Jerome Rothenberg / The multifaceted poetic of Jerome Rothenberg

Andrea Martins Lameirao Mateus 18 August 2014 (has links)
A Poética Multifacetada de Jerome Rothenberg investiga o modo operacional da poética de Jerome Rothenberg (1931). Nascido em Nova York, em 1931, Rothenberg fez parte de uma geração intermediária entre movimentos poéticos bastante conhecidos de público e crítica: a poesia beatnik dos anos 1950 e 1960 e a language poetry do início da década de 1970. Junto com o poeta Robert Kelly, Rothenberg concebe a deep image nos anos 1960, movimento de curta duração, mas essencial para seu desenvolvimento poético. Rothenberg é conhecido principalmente por ter criado o termo etnopoesia e por seus experimentos com o que chamou tradução total, ao traduzir a poesia indígena norteamericana. A tradução total foi um método inovador de considerar a musicalidade, a presença de distorções de palavras ou palavras sem sentido, e outros mecanismos poéticos das artes verbais indígenas como parte integrante da composição. Dessa forma, o resultado da tradução deveria necessariamente contemplar todos esses aspectos. A partir de seu dito o primitivo é complexo Rothenberg passa a considerar aspectos poéticos da produção oriunda de culturas orais, ditas primitivas, como a base de seu conceito de etnopoesia. Sua busca pelo primitivo também o conecta diretamente com outros autores lidos como experimentais na poesia, de William Blake e Walt Whitman a Allen Ginsberg, passando por uma tríade modernista: Ezra Pound, William Carlos Williams e Gertrude Stein. A hipótese desta tese é demonstrar que o impulso etnopoético, aparentemente restrito ao seu trabalho como antologista e suas traduções, na realidade é mais abrangente e inclui sua própria produção poética. A etnopoesia se torna o conceito pelo qual podemos ler o seu retorno à sua ancestralidade judaica e seus poemas que tratam de temas como a vida dos judeus na Polônia dos anos 1930, a tradição mística da cabala e o Holocausto. A tese aborda também questões como inserção no meio poético, autoria, influência e originalidade / The Multifaceted Poetry of Jerome Rothenberg deals with the methods applied by Jerome Rothenbergs poetics. Born in New York, in 1931, Rothenberg was part of a generation in between well known poetic movements: the beatnik poetry from the 1950s e 1960s and the language poetry of the 1970s. With fellow poet Robert Kelly, Rothenberg starts the deep image in the 1960, a short-lived movement, yet an essential one for his poetic development. Rothenberg is better known for having coined the term etnopoetry and for his experimentations with what he called total translation, while working with North-American Indian poetry. Total translation was an innovative method in considering musicality, the presence of word distortions or meaningless words and other poetic mechanisms of Indian poetry as an integral part of a poem or song, so that the resultant translation would necessarily contemplate all these aspects. From the perspective of his saying primitive is complex, Rothenberg starts considering the characteristics of poetry from oral culture, or those called primitive, as the basis for his concept of an etnopoetics. His search for the primitive also connects him with authors read as experimental in poetry, from William Blake and Walt Whitman to Allen Ginsberg, passing through the modernist triad Ezra Pound, William Carlos Williams and Gertrude Stein. The hypothesis of this thesis is to show how the etnopoetic impulse, apparently restricted to his work as anthologist and translator, is, in reality, much more broad in its spectrum and includes his own poetic production. Etnopoetry then becomes the concept we can use to read his return to his Jewish ancestrality and the poems dealing with topics such as the life of Jews in Poland in the 1930s, the mystical kabbalah and the Holocaust. This thesis also shows his insertion in the poetic scene, and debates questions like authorship, influence, and originality
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Traduzindo Twenty-one love poems de Adrienne Rich: ambivalência rítmica como re-visão da tradição / Translating Adrienne Richs Twenty-One Love Poems into Brazilian Portuguese: rhythmic ambivalence as a re-vision of the tradition.

Camargo, Sarah Valle 27 September 2018 (has links)
Este trabalho propõe uma primeira tradução do conjunto de poemas Twenty-One Love Poems (1974-1976) de Adrienne Rich para o português brasileiro e divide-se em dois eixos: o primeiro centra-se nos estudos feministas da tradução, revisando o projeto de Adrienne Rich e o balanço entre a cooperação da tradutora e a tradução como crítica. Discutem-se, caso a caso, as marcações de gênero na tradução, pensando a falácia da neutralidade e as possibilidades relacionadas ao gênero gramatical, com base nos trabalhos de Olga Castro e Myriam Diaz-Diocaretz. O segundo eixo centra-se nas estratégias de recriação de aspectos retórico-formais tais como o contraste entre características antiestéticas e a ambivalência rítmica gerada pela evocação do blank verse, aspectos implicados no ato de re-visão da tradição dos sonetos de amor ingleses performada pela sequência. Com base nos trabalhos de Alice Templeton, Sheila Black, Alicia Ostriker, dentre outras, busca-se mostrar como a postura ambivalente em relação à tradição poética é constituinte do desafio de Rich em sua busca por uma linguagem feminista que alinharia o estético e o político. Para a abordagem da recriação de traços formais, mobilizam-se trabalhos de Paulo Henriques Britto, Mário Laranjeira e Derek Attridge. O conceito de ambivalência que amarra o trabalho recai, por fim, sobre o uso de dêiticos para demarcar espaços, nomear o corpo e fundar a subjetividade autocrítica da voz poemática. Veicula-se a opacidade dos dêiticos, conforme abordada por Giorgio Agamben, a uma postura ambígua frente ao ato adâmico de nomear. / This work presents and discusses a translation of Adrienne Rich\'s set of poems Twenty-One Love Poems (1974-1976) into Brazilian Portuguese. Based on Alice Templeton\'s criticism, it aims to explore the notion of dialogue as well as the re-vision (Rich\'s concept) of the love sonnets\' tradition performed by this sequence of lesbian poems, perhaps the first one written by a major North American poet. The work consists of two parts: the first one focuses on feminist translation studies and the balance between translator\'s cooperation and criticism. It also discusses gender marks on a case-by-case basis, considering the fallacy of neutrality and some possibilities related to grammatical gender, based on the works of Olga Castro and Myriam Diaz-Diocaretz. The second part outlines strategies of re-creation of rhetorical-formal traits such as the anti-aesthetic features and the rhythmic ambivalence given by the poems\' evocation of the blank verse. Formal traits such as these reiterate the challenge faced by Rich in her search for a feminist language in confrontation with the masculine canon, as she reworks traditional poetic forms from another perspective, looking for the dream of a common language, that would align the poetic and the political aspects. This act of translation deals not only with the recreation of traditional Portuguese verse forms, but with the transposition of the notion of tradition to another context as well. This approach is based on the works of Haroldo de Campos, Paulo Henriques Britto, Mário Laranjeira and Derek Attridge.
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Traduzindo Twenty-one love poems de Adrienne Rich: ambivalência rítmica como re-visão da tradição / Translating Adrienne Richs Twenty-One Love Poems into Brazilian Portuguese: rhythmic ambivalence as a re-vision of the tradition.

Sarah Valle Camargo 27 September 2018 (has links)
Este trabalho propõe uma primeira tradução do conjunto de poemas Twenty-One Love Poems (1974-1976) de Adrienne Rich para o português brasileiro e divide-se em dois eixos: o primeiro centra-se nos estudos feministas da tradução, revisando o projeto de Adrienne Rich e o balanço entre a cooperação da tradutora e a tradução como crítica. Discutem-se, caso a caso, as marcações de gênero na tradução, pensando a falácia da neutralidade e as possibilidades relacionadas ao gênero gramatical, com base nos trabalhos de Olga Castro e Myriam Diaz-Diocaretz. O segundo eixo centra-se nas estratégias de recriação de aspectos retórico-formais tais como o contraste entre características antiestéticas e a ambivalência rítmica gerada pela evocação do blank verse, aspectos implicados no ato de re-visão da tradição dos sonetos de amor ingleses performada pela sequência. Com base nos trabalhos de Alice Templeton, Sheila Black, Alicia Ostriker, dentre outras, busca-se mostrar como a postura ambivalente em relação à tradição poética é constituinte do desafio de Rich em sua busca por uma linguagem feminista que alinharia o estético e o político. Para a abordagem da recriação de traços formais, mobilizam-se trabalhos de Paulo Henriques Britto, Mário Laranjeira e Derek Attridge. O conceito de ambivalência que amarra o trabalho recai, por fim, sobre o uso de dêiticos para demarcar espaços, nomear o corpo e fundar a subjetividade autocrítica da voz poemática. Veicula-se a opacidade dos dêiticos, conforme abordada por Giorgio Agamben, a uma postura ambígua frente ao ato adâmico de nomear. / This work presents and discusses a translation of Adrienne Rich\'s set of poems Twenty-One Love Poems (1974-1976) into Brazilian Portuguese. Based on Alice Templeton\'s criticism, it aims to explore the notion of dialogue as well as the re-vision (Rich\'s concept) of the love sonnets\' tradition performed by this sequence of lesbian poems, perhaps the first one written by a major North American poet. The work consists of two parts: the first one focuses on feminist translation studies and the balance between translator\'s cooperation and criticism. It also discusses gender marks on a case-by-case basis, considering the fallacy of neutrality and some possibilities related to grammatical gender, based on the works of Olga Castro and Myriam Diaz-Diocaretz. The second part outlines strategies of re-creation of rhetorical-formal traits such as the anti-aesthetic features and the rhythmic ambivalence given by the poems\' evocation of the blank verse. Formal traits such as these reiterate the challenge faced by Rich in her search for a feminist language in confrontation with the masculine canon, as she reworks traditional poetic forms from another perspective, looking for the dream of a common language, that would align the poetic and the political aspects. This act of translation deals not only with the recreation of traditional Portuguese verse forms, but with the transposition of the notion of tradition to another context as well. This approach is based on the works of Haroldo de Campos, Paulo Henriques Britto, Mário Laranjeira and Derek Attridge.

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