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Tuberculose no idoso: reatividade ao teste tuberculínico e níveis de células T regulatóriasMichele Gondim de Brito, Cintia 31 January 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010 / Faculdade de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco / Considerada uma das principais doenças infecciosas em saúde publica, a tuberculose
(TB) alcança níveis de alta endemicidade em países em desenvolvimento. Em 2008, o
Brasil ocupava o 19º lugar entre os 22 países considerados de maior incidência. Neste
mesmo ano o Estado de Pernambuco apresentava o mais alto coeficiente de incidência
da região Nordeste e a Cidade do Recife (PE) a capital brasileira com mais casos novos
de TB. Nos últimos 20 anos, a incidência de TB na população de idosos com idade igual
ou acima de 60 anos, residentes no Recife, permaneceu sempre alta ao longo dos anos.
Com o envelhecimento da população brasileira, a doença TB pode vir a constituir um
grave problema, principalmente se considerarmos que as taxas de letalidade tendem a
aumentar com a idade. Apesar disso, poucos estudos investigando o comportamento da
tuberculose nessa população têm sido realizados no Brasil. A presente dissertação
constou de três estudos abordando a tuberculose no idoso. No primeiro, realizou-se uma
revisão bibliográfica acerca dos estudos publicados sobre fatores imunológicos
relacionados ao desenvolvimento da TB no idoso, particularmente o papel das células T
regulatórias (T regs), e sua relação com a reatividade ao teste tuberculínico (TT). A
revisão bibliográfica foi realizada mediante uma busca on-line nas bases de dados
Medline-PubMed, Science-Direct, Lilacs, Bireme e Scielo, com foco nas publicações
dos últimos dez anos, nos idiomas português e inglês. Os resultados do primeiro artigo
demonstram que poucos estudos têm avaliado o nível das células T regs na população
idosa e a informação sobre essas células nesse grupo é limitada e controversa. Concluíse
com essa revisão que existe uma lacuna de informação no contexto da resposta ao TT
e produção de células T regs em idosos com tuberculose. O segundo é um estudo tipo
série de casos cujo objetivo foi descrever o padrão de reatividade ao TT e características
dos indivíduos idosos com e sem TB doença e adultos com TB, assim como identificar
o ponto de corte da curva ROC (Receiver Operating Characteristic) que melhor
descrimina idosos com e sem TB doença. Foram estudados 87 pacientes residentes da
cidade do Recife, no período de janeiro de 2008 a dezembro de 2009. Os resultados do
artigo 2 mostra que ao comparar a média em milímetros do valor do TT dos três
grupos, essas são diferentes e a diferença foi estatisticamente significante (p=0,001).
Além disso, ter idade entre 60 a 69 anos, ser do sexo masculino, está desnutrido, beber e
fumar são características presentes no idoso com TB. A curva ROC identificou o ponto
de corte de 5 mm como aquele que apresenta os valores de sensibilidade (0,61) e
especificidade (0,78) mais elevados para discriminar os idosos com TB doença dos
idosos sem TB doença. Com base nos resultados encontrados, sugerimos que o critério
de positividade do TT nos indivíduos idosos seja revisto. O objetivo do terceiro estudo
foi verificar a correlação entre os níveis de células T regs e a reatividade ao TT em
idosos e adultos com TB e idosos sem TB. A expressão de FOXP3 por PCR em tempo
real foi realizada em 61 pacientes, enquanto que quantificação das células Treg por
citometria de fluxo em 25. Ao analisar a correlação do TT e células T regs observou-se
que só houve correlação estatisticamente significativa no grupo de adultos com TB
doença. Verificou-se ainda, uma correlação positiva entre o TT e os níveis de FOXP3
nos grupos de adultos e idosos com TB e uma correlação negativa no grupo de idosos
sem TB. Os resultados encontrados no artigo 3 indicam uma diminuição dos níveis de
células T regulatórias na circulação periférica de pacientes idosos com TB em atividade,
sugerindo existir uma imunodepressão nesse grupo que pode ser responsável pela menor
reatividade ao TT quando comparado aos adultos com tuberculose
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