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Marcadores bioquímicos e de estresse oxidativo no fígado e nos rins de ratos submetidos a diferentes protocolos de utilização de esteroides anabolizantes / Biochemical and oxidative stress markers in the liver and kidneys of rats submitted to different protocols of anabolic steroidsDornelles, Guilherme Lopes 18 February 2016 (has links)
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Anabolic androgenic steroids (AAS) are synthetic substances derived from testosterone that promote greater muscle mass and strenght. Thus, they are used illegally to improve athletic performance of horses, dogs or athletes or to improve meat production. The doses, ranging from 10 to100 times the therapeutic recommendation, enhances the deleterious effects on various organs. The objective of this study was to evaluate the effects of different protocols (P1, P2 and P3) of boldenone undecylenate (BU) and stanozolol (ST) on markers of liver and kidney function and variables of oxidative stress in these organs. For this, 54 male Wistar rats were divided into nine groups of six animals each. Each animal received intramuscularly 5.0 mg kg-1 of BU or ST once a week for four weeks (P1); 2.5 mg kg-1 of BU or ST once a week for eight weeks (P2); and 1.25 mg kg-1 of BU or ST once a week for 12 weeks (P3). For each protocol, a control group was used (CG), and they received 0.1 ml of olive oil intramuscularly. Blood, and fragments of liver and kidney were collected for alanine aminotransferase activity (ALT), alkaline phosphatase (ALP), albumin, creatinine, cholesterol, total protein, triglycerides, urea, reactive oxygen species (ROS), thiobarbituric acid reactive substances (TBARS), total thiols (T-SH), and glutathione (GSH) evaluation. Seric ALT activity and cholesterol concentration were significantly (p<0.05) higher compared to CG when BU of protocol P1 was used. ALT activity was significantly higher (p<0.05) compared to the CG in protocol P2 when ST was used. Liver samples showed higher levels (p<0.05) of ROS and TBARS in protocols P1 and P3 when BU was used, and lower GSH activity (p<0.05) on group treated with protocol P3. Rats that have received ST under protocol P1 and P3 showed higher levels (p<0.05) of ROS, as well as increased TBARS levels in P3 but lower GSH activity in P3 (p<0.05) when compared to the CG. In the liver, the T-SH concentration was lower (p<0.05) in P2 when compared BU and ST of the CG. In renal tissues, ROS and TBARS levels were significantly higher (p<0.05) in animals that received BU under protocols P1 and P2; and GSH activity and T-SH levels were reduced in the three protocols (P1, P2 and P3). In addition, animals treated with ST occurred showed reduced renal levels of GSH levels (p<0.05) in P2 and P3. The treatment with ST also led to higher ROS levels (p<0.05) in P2 and P3, and TBARS levels in P3, but reduced concentration (p<0.05) of GSH levels in P2 and P3, and T-SH in P2 and P3. In conclusion, anabolic steroids are harmful even when used in low doses or in a few applications, since in all evaluated protocols was possible to observe changes in the redox balance in the liver and kidneys. / Esteroides anabólicos androgênicos (EAA) são substâncias sintéticas derivadas da testosterona que promovem crescimento muscular e ganho de força. Devido a isso, são utilizadas ilegalmente para melhora da performance atlética de equinos, caninos ou atletas ou para maior produção de carne. As doses variam de 10 a 100 vezes a recomendação terapêutica, o que potencializa os efeitos deletérios em diversos órgãos. O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos de diferentes protocolos de administração (P1, P2 e P3) de undecilenato de boldenona (UB) e estanozolol (EST) em indicadores da função e lesão, bem como, parâmetros oxidativos hepático e renal. Para isso, foram utilizados 54 ratos Wistar, machos, distribuídos em nove grupos com seis animais cada que receberam por via intramuscular 5 mg/kg de UB ou EST uma vez por semana durante 4 semanas (P1); 2,5mg/kg de UB ou EST uma vez por semana durante 8 semanas (P2) e 1,25mg/kg de UB ou EST uma vez por semana durante 12 semanas (P3). Cada protocolo teve um grupo controle (GC) que recebeu 0,1 mL de azeite de oliva intramuscular. Posteriormente a eutanásia, realizada uma semana após o último tratamento, foi avaliada a atividade sérica da alanina aminotransferase (ALT) e fosfatase alcalina (FA), os níveis séricos de albumina, creatinina, colesterol, proteínas totais, triglicerídeos, ureia, espécies reativas de oxigênio (ERO), substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS), glutationa reduzida (GSH) e tiois totais (T-SH). No protocolo P1 obteve-se atividade sérica de ALT e concentração de colesterol significativamente (p<0,05) maiores comparando-se o grupo UB com o grupo GC. O grupo EST obteve aumento significativo (p>0,05) da ALT em relação ao grupo controle no protocolo P2. No tecido hepático, comparando-se os grupos UB e GC, obteve-se níveis maiores (p<0,05) de ERO e TBARS em P1 e P3 e concentração menor (p<0,05) de GSH em P3. O grupo EST apresentou valores maiores (p<0,05) de ERO no P1 e P3, de TBARS no P3 e níveis menores (p<0,05) de GSH no P3 quando comparado ao grupo GC. A concentração hepática de T-SH foi menor (p<0,05) no P2 comparando UB e EST ao grupo GC. No tecido renal, ao comparar o grupo UB com o grupo GC obteve-se níveis significativamente maiores (p<0,05) de ERO e TBARS nos protocolos P1 e P2 e menores (p<0,05) de GSH e T-SH nos protocolos P1, P2 e P3. Comparando-se os grupos EST e GC os níveis de GSH foram menores (p<0,05) no P2 e P3. O grupo EST apresentou níveis maiores (p<0,05) de ERO nos protocolos P2 e P3, de TBARS no P3, concentração menor (p<0,05) de GSH no P2 e P3 e níveis menores de T-SH no P2 e P3 quando comparado ao grupo GC. Neste estudo foi possível concluir que os anabolizantes são prejudicias mesmo quando utilizados em baixas doses ou em poucas aplicações, visto que em todos os protocolos avaliados foi possível observar alterações do balanço redox no fígado e rins dos ratos.
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