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Os (des)encontros da loucura com as cidades : serviços residenciais terapêuticos - narrativas do processo de desinstitucionalização no território brasileiro

Frichembruder, Simone Chandler January 2009 (has links)
Iniciei a escrita desta pesquisa inspirada na obra de James Cowan “O Sonho do Cartógrafo: meditações de Fra Mauro na Corte de Veneza do Século XVI”, com a intenção de, assim como Fra Mauro, o cartógrafo veneziano que buscava através de seus informantes desenhar o mapa perfeito que contemplasse a dimensão da criação, traçar o Mapa da Reforma Psiquiátrica, no Brasil, os des(encontros) da loucura com as cidades. Para tanto, parti em busca das experiências de (des)institucionalização da loucura, nas cinco regiões do território brasileiro, através das narrativas dos cuidadores, gestores, usuários e vizinhos sobre a vida nos Serviços Residenciais Terapêuticos. Com esse percurso, tive como objetivo trazer elementos para pensarmos sobre as práticas implicadas nos processos de (des)institucionalização da “loucura” no país. Para iniciar os primeiros traços do mapa e do lugar de onde falamos da loucura, apresentei e discuti situações cotidianas, trazendo as maneiras de agir em relação à “loucura”, vivenciadas em diferentes culturas. Com tais experiências, visei problematizar a sua pretensa universalidade e os jogos de exclusão que (des)configuram os tracejos do mapa da Reforma no País. A seguir, apresento os (Des)caminhos da Construção desta Pesquisa, em que discuto as ferramentas teórico-metodológicas deste estudo. Em um terceiro momento, realizo um traçado dos principais movimentos, conferências e dispositivos legais que delinearam a constituição do Residencial Terapêutico no Brasil, debatendo a partir destes tracejos do mapa possíveis interstícios do morar em um Residencial cadastrado junto ao Sistema Único de Saúde. Na seqüência da tese, ingresso nas práticas vigentes da constituição do Hospital Psiquiátrico tecidas através das narrativas de profissionais, que atuaram nestas instituições e, hoje, trabalham nos Residenciais, e dos usuários que viviam e vivem nesses lugares, buscando analisar e tencionar possíveis tramas que se prolonguem na constituição dos Residenciais Terapêuticos nas cidades. Na continuidade dos traços do mapa, analiso o percurso da chegada dos “escolhidos” para ingressar nos Residenciais Terapêuticos, delineando as diferentes vias que se constituem na vida dos usuários de Saúde Mental em tempos de Reforma Psiquiátrica. Dentre aqueles a quem foi permitida a “volta para casa”, como uma sucateira, catei as narrativas dos usuários, cuidadores e gestores neste atribulado percurso em que se dão os (des)encontros da loucura com as cidades. Para ampliar as formas do mapa, narro momentos de minha passagem por um residencial do sudeste, entremeadas pelas narrativas de outros fazeres que testemunhei nas diferentes regiões do país, dando “visibilidade” as formas de agir e escutar os moradores, chamando a atenção para a possibilidade de delinear outros traços na construção do “Mapa da Reforma” no Brasil. Finalizo meu percurso, com o encontro com Riobaldo, ex-jagunço e fazendeiro personagem de Grande Sertões Veredas e outros atores, numa conversa/pensamento em que busco outros “acabamentos” para possíveis desenhos futuros da Reforma Brasileira. / I started writing this paper inspired by James Cowan’s book “A Mapmaker's Dream: The Meditations of Fra Mauro, Cartographer to the Court of Venice” and, much like Fra Mauro, the Venetian cartographer who, through his informants, sought to draw a perfect map that represented the full breadth of Creation, planning to draw the map of Psychiatric Reform in Brazil, the (mis)understandings between insanity and the cities. To that end, I set off in search of insanity (de)institutionalization experiences across Brazil, gathering accounts by caregivers, managers, users, and neighbors about life in Psychiatric Homes. My goal for that journey was to bring elements for us to think about the practices involved in the country’s “insanity” (de)institutionalization processes. To start outlining the map and the place from where we talk about insanity, I presented and discussed everyday situations, bringing the attitudes toward “insanity” taken by different cultures. Through such experiences I sought to discuss their alleged universal character and the exclusion games that (de)form the traces of the Reform in the Country map. Next, I will present the (By-)Ways taken to Construct this Paper, in which I discuss the theoretical-methodological tools used. Then, I will recap the main movements, conferences, and legal provisions that set up the creation of Psychiatric Homes in Brazil, discussing, based on such draw lines on the map, the possible interstices of living in a Home accredited by the Brazilian federal health system. Moving further along, I approach the practices involved in establishing Psychiatric Hospitals through the accounts of people who used to work at such institutions and now work at the Homes, and the accounts of users who used to live or currently live in those places, in an effort to analyze and contemplate possible webs that extend into the creation of Psychiatric Homes in cities. As I keep on drawing the map, I analyze the journey taken by those “chosen” for admittance to the Psychiatric Homes, and lay out the different pathways traveled by Mental Health users in times of Psychiatric Reform. From those allowed to “go back home”, like a dumpster diver I sifted through the accounts of users, caregivers, and managers along this troubled course on which the (mis)understandings between insanity and the cities take place. To enlarge the shapes on the map, I recount some of my visit to a home in southeastern Brazil, interspersed with chronicles of other doings I have witnessed in the country’s various regions, giving “visibility” to the ways of acting and listening to the residents, drawing attention to the possibility of drawing other traces to put together the “map of Reform” in Brazil. I end my travels as I meet former hired hoad and farmer Riobaldo, a character in Grande Sertões Veredas and other actors, in a talk/thought in which I search for other “finishings” for possible future sketches of the Brazilian Reform.
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Os (des)encontros da loucura com as cidades : serviços residenciais terapêuticos - narrativas do processo de desinstitucionalização no território brasileiro

Frichembruder, Simone Chandler January 2009 (has links)
Iniciei a escrita desta pesquisa inspirada na obra de James Cowan “O Sonho do Cartógrafo: meditações de Fra Mauro na Corte de Veneza do Século XVI”, com a intenção de, assim como Fra Mauro, o cartógrafo veneziano que buscava através de seus informantes desenhar o mapa perfeito que contemplasse a dimensão da criação, traçar o Mapa da Reforma Psiquiátrica, no Brasil, os des(encontros) da loucura com as cidades. Para tanto, parti em busca das experiências de (des)institucionalização da loucura, nas cinco regiões do território brasileiro, através das narrativas dos cuidadores, gestores, usuários e vizinhos sobre a vida nos Serviços Residenciais Terapêuticos. Com esse percurso, tive como objetivo trazer elementos para pensarmos sobre as práticas implicadas nos processos de (des)institucionalização da “loucura” no país. Para iniciar os primeiros traços do mapa e do lugar de onde falamos da loucura, apresentei e discuti situações cotidianas, trazendo as maneiras de agir em relação à “loucura”, vivenciadas em diferentes culturas. Com tais experiências, visei problematizar a sua pretensa universalidade e os jogos de exclusão que (des)configuram os tracejos do mapa da Reforma no País. A seguir, apresento os (Des)caminhos da Construção desta Pesquisa, em que discuto as ferramentas teórico-metodológicas deste estudo. Em um terceiro momento, realizo um traçado dos principais movimentos, conferências e dispositivos legais que delinearam a constituição do Residencial Terapêutico no Brasil, debatendo a partir destes tracejos do mapa possíveis interstícios do morar em um Residencial cadastrado junto ao Sistema Único de Saúde. Na seqüência da tese, ingresso nas práticas vigentes da constituição do Hospital Psiquiátrico tecidas através das narrativas de profissionais, que atuaram nestas instituições e, hoje, trabalham nos Residenciais, e dos usuários que viviam e vivem nesses lugares, buscando analisar e tencionar possíveis tramas que se prolonguem na constituição dos Residenciais Terapêuticos nas cidades. Na continuidade dos traços do mapa, analiso o percurso da chegada dos “escolhidos” para ingressar nos Residenciais Terapêuticos, delineando as diferentes vias que se constituem na vida dos usuários de Saúde Mental em tempos de Reforma Psiquiátrica. Dentre aqueles a quem foi permitida a “volta para casa”, como uma sucateira, catei as narrativas dos usuários, cuidadores e gestores neste atribulado percurso em que se dão os (des)encontros da loucura com as cidades. Para ampliar as formas do mapa, narro momentos de minha passagem por um residencial do sudeste, entremeadas pelas narrativas de outros fazeres que testemunhei nas diferentes regiões do país, dando “visibilidade” as formas de agir e escutar os moradores, chamando a atenção para a possibilidade de delinear outros traços na construção do “Mapa da Reforma” no Brasil. Finalizo meu percurso, com o encontro com Riobaldo, ex-jagunço e fazendeiro personagem de Grande Sertões Veredas e outros atores, numa conversa/pensamento em que busco outros “acabamentos” para possíveis desenhos futuros da Reforma Brasileira. / I started writing this paper inspired by James Cowan’s book “A Mapmaker's Dream: The Meditations of Fra Mauro, Cartographer to the Court of Venice” and, much like Fra Mauro, the Venetian cartographer who, through his informants, sought to draw a perfect map that represented the full breadth of Creation, planning to draw the map of Psychiatric Reform in Brazil, the (mis)understandings between insanity and the cities. To that end, I set off in search of insanity (de)institutionalization experiences across Brazil, gathering accounts by caregivers, managers, users, and neighbors about life in Psychiatric Homes. My goal for that journey was to bring elements for us to think about the practices involved in the country’s “insanity” (de)institutionalization processes. To start outlining the map and the place from where we talk about insanity, I presented and discussed everyday situations, bringing the attitudes toward “insanity” taken by different cultures. Through such experiences I sought to discuss their alleged universal character and the exclusion games that (de)form the traces of the Reform in the Country map. Next, I will present the (By-)Ways taken to Construct this Paper, in which I discuss the theoretical-methodological tools used. Then, I will recap the main movements, conferences, and legal provisions that set up the creation of Psychiatric Homes in Brazil, discussing, based on such draw lines on the map, the possible interstices of living in a Home accredited by the Brazilian federal health system. Moving further along, I approach the practices involved in establishing Psychiatric Hospitals through the accounts of people who used to work at such institutions and now work at the Homes, and the accounts of users who used to live or currently live in those places, in an effort to analyze and contemplate possible webs that extend into the creation of Psychiatric Homes in cities. As I keep on drawing the map, I analyze the journey taken by those “chosen” for admittance to the Psychiatric Homes, and lay out the different pathways traveled by Mental Health users in times of Psychiatric Reform. From those allowed to “go back home”, like a dumpster diver I sifted through the accounts of users, caregivers, and managers along this troubled course on which the (mis)understandings between insanity and the cities take place. To enlarge the shapes on the map, I recount some of my visit to a home in southeastern Brazil, interspersed with chronicles of other doings I have witnessed in the country’s various regions, giving “visibility” to the ways of acting and listening to the residents, drawing attention to the possibility of drawing other traces to put together the “map of Reform” in Brazil. I end my travels as I meet former hired hoad and farmer Riobaldo, a character in Grande Sertões Veredas and other actors, in a talk/thought in which I search for other “finishings” for possible future sketches of the Brazilian Reform.
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Os (des)encontros da loucura com as cidades : serviços residenciais terapêuticos - narrativas do processo de desinstitucionalização no território brasileiro

Frichembruder, Simone Chandler January 2009 (has links)
Iniciei a escrita desta pesquisa inspirada na obra de James Cowan “O Sonho do Cartógrafo: meditações de Fra Mauro na Corte de Veneza do Século XVI”, com a intenção de, assim como Fra Mauro, o cartógrafo veneziano que buscava através de seus informantes desenhar o mapa perfeito que contemplasse a dimensão da criação, traçar o Mapa da Reforma Psiquiátrica, no Brasil, os des(encontros) da loucura com as cidades. Para tanto, parti em busca das experiências de (des)institucionalização da loucura, nas cinco regiões do território brasileiro, através das narrativas dos cuidadores, gestores, usuários e vizinhos sobre a vida nos Serviços Residenciais Terapêuticos. Com esse percurso, tive como objetivo trazer elementos para pensarmos sobre as práticas implicadas nos processos de (des)institucionalização da “loucura” no país. Para iniciar os primeiros traços do mapa e do lugar de onde falamos da loucura, apresentei e discuti situações cotidianas, trazendo as maneiras de agir em relação à “loucura”, vivenciadas em diferentes culturas. Com tais experiências, visei problematizar a sua pretensa universalidade e os jogos de exclusão que (des)configuram os tracejos do mapa da Reforma no País. A seguir, apresento os (Des)caminhos da Construção desta Pesquisa, em que discuto as ferramentas teórico-metodológicas deste estudo. Em um terceiro momento, realizo um traçado dos principais movimentos, conferências e dispositivos legais que delinearam a constituição do Residencial Terapêutico no Brasil, debatendo a partir destes tracejos do mapa possíveis interstícios do morar em um Residencial cadastrado junto ao Sistema Único de Saúde. Na seqüência da tese, ingresso nas práticas vigentes da constituição do Hospital Psiquiátrico tecidas através das narrativas de profissionais, que atuaram nestas instituições e, hoje, trabalham nos Residenciais, e dos usuários que viviam e vivem nesses lugares, buscando analisar e tencionar possíveis tramas que se prolonguem na constituição dos Residenciais Terapêuticos nas cidades. Na continuidade dos traços do mapa, analiso o percurso da chegada dos “escolhidos” para ingressar nos Residenciais Terapêuticos, delineando as diferentes vias que se constituem na vida dos usuários de Saúde Mental em tempos de Reforma Psiquiátrica. Dentre aqueles a quem foi permitida a “volta para casa”, como uma sucateira, catei as narrativas dos usuários, cuidadores e gestores neste atribulado percurso em que se dão os (des)encontros da loucura com as cidades. Para ampliar as formas do mapa, narro momentos de minha passagem por um residencial do sudeste, entremeadas pelas narrativas de outros fazeres que testemunhei nas diferentes regiões do país, dando “visibilidade” as formas de agir e escutar os moradores, chamando a atenção para a possibilidade de delinear outros traços na construção do “Mapa da Reforma” no Brasil. Finalizo meu percurso, com o encontro com Riobaldo, ex-jagunço e fazendeiro personagem de Grande Sertões Veredas e outros atores, numa conversa/pensamento em que busco outros “acabamentos” para possíveis desenhos futuros da Reforma Brasileira. / I started writing this paper inspired by James Cowan’s book “A Mapmaker's Dream: The Meditations of Fra Mauro, Cartographer to the Court of Venice” and, much like Fra Mauro, the Venetian cartographer who, through his informants, sought to draw a perfect map that represented the full breadth of Creation, planning to draw the map of Psychiatric Reform in Brazil, the (mis)understandings between insanity and the cities. To that end, I set off in search of insanity (de)institutionalization experiences across Brazil, gathering accounts by caregivers, managers, users, and neighbors about life in Psychiatric Homes. My goal for that journey was to bring elements for us to think about the practices involved in the country’s “insanity” (de)institutionalization processes. To start outlining the map and the place from where we talk about insanity, I presented and discussed everyday situations, bringing the attitudes toward “insanity” taken by different cultures. Through such experiences I sought to discuss their alleged universal character and the exclusion games that (de)form the traces of the Reform in the Country map. Next, I will present the (By-)Ways taken to Construct this Paper, in which I discuss the theoretical-methodological tools used. Then, I will recap the main movements, conferences, and legal provisions that set up the creation of Psychiatric Homes in Brazil, discussing, based on such draw lines on the map, the possible interstices of living in a Home accredited by the Brazilian federal health system. Moving further along, I approach the practices involved in establishing Psychiatric Hospitals through the accounts of people who used to work at such institutions and now work at the Homes, and the accounts of users who used to live or currently live in those places, in an effort to analyze and contemplate possible webs that extend into the creation of Psychiatric Homes in cities. As I keep on drawing the map, I analyze the journey taken by those “chosen” for admittance to the Psychiatric Homes, and lay out the different pathways traveled by Mental Health users in times of Psychiatric Reform. From those allowed to “go back home”, like a dumpster diver I sifted through the accounts of users, caregivers, and managers along this troubled course on which the (mis)understandings between insanity and the cities take place. To enlarge the shapes on the map, I recount some of my visit to a home in southeastern Brazil, interspersed with chronicles of other doings I have witnessed in the country’s various regions, giving “visibility” to the ways of acting and listening to the residents, drawing attention to the possibility of drawing other traces to put together the “map of Reform” in Brazil. I end my travels as I meet former hired hoad and farmer Riobaldo, a character in Grande Sertões Veredas and other actors, in a talk/thought in which I search for other “finishings” for possible future sketches of the Brazilian Reform.
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A politíca da saúde no município de Ponta Grossa a partir da constitucionalização do sistema único de saúde

Balestrin, Maria de Fátima 15 December 2006 (has links)
Made available in DSpace on 2017-07-21T14:42:55Z (GMT). No. of bitstreams: 1 mariaf.pdf: 1319862 bytes, checksum: 60bdd3893cbf7da36a187cd7ee7a67c3 (MD5) Previous issue date: 2006-12-15 / This work has as objective to analyze the process of constitutionalization of Unique System of Health (SUS) in the Municipality of Ponta Grossa, from the municipal government immediately previous to the constitutionalization of that policy and the governments that followed until the current one, corresponding to the period from 1985 to 2005. It’s about qualitative research, whose information of the empirical reality was collected through the semi-structured interview. To reach the objectives, we departed from the historical route of medical science development on the purport to understand the concepts and views of health/illness in the history, which determined or determine the elaboration and execution of the policy for the sector. We also search an approximation with health policy in Brazil in the different historical contexts, from the assistancial medical privatist model, passing by the Sanitary Reform Movement, reaching to the plural model instituted with SUS in 1988. As result, we perceive the difficulty of consolidation of SUS being a policy founded on values as the universality, the integrality, the decentralization, the equity and participation of society, in Brazil’s level. In the specific case of Municipality of Ponta Grossa, in relation to the Unique System of Health principles, in the governments here studied, it perceives moments of advance and moments of retrocession; sometimes searching new practices, at attempt to exceed the hegemonic assistancial-medical model, investing also in prevention and promotion of health; sometimes prevailing the view centered on the hospital resulted from the flexnerian model. In this purport, the view centered on the illness still persists strongly among managers, professionals, and population in general; what demands practices that seek to change, progressively, the form to conceive the process health/illness. There is also the necessity of strengthenment of the principal canals of participation and social control: the Health Councils, for the SUS principles being effective in a democratic form, in other words, in favor of society and not of the individualist interests. Keywords: Health Policy. Unique System of Health (SUS). Family’s Health Program. / Este trabalho tem por objetivo analisar o processo de constitucionalização do Sistema Único de Saúde no Município de Ponta Grossa, a partir da administração municipal imediatamente anterior à constitucionalização dessa política e as administrações que se seguiram até a atual, compreendendo o período de 1985 a 2005. Trata-se de pesquisa qualitativa, cujos dados da realidade empírica foram coletados através de entrevista semi-estruturada. Para atingirmos os objetivos, partimos do percurso histórico do desenvolvimento da ciência médica no sentido de compreender os conceitos e visões de saúde/doença na história, que determinaram ou determinam a elaboração e execução da política para o setor. Também buscamos uma aproximação com política de saúde no Brasil nos diferentes contextos históricos, do modelo médico assistencial privatista, passando pelo Movimento de Reforma Sanitária, chegando ao modelo plural instituído com o SUS em 1988. Como resultado, percebemos a dificuldade de consolidação do SUS enquanto uma política alicerçada em valores como a universalidade, a integralidade, a descentralização, a eqüidade e participação da sociedade, em nível de Brasil. No caso específico do Município de Ponta Grossa, em relação aos princípios do Sistema Único de Saúde, nas administrações aqui estudadas, percebe-se momentos de avanços e momentos de retrocessos; ora buscando novas práticas, na tentativa de ultrapassar o modelo médico-assistencial hegemônico, investindo também na prevenção e promoção da saúde; ora prevalecendo a visão hospitalocêntrica advinda com o modelo flexneriano. Nesse sentido, a visão centrada na doença ainda persiste fortemente entre gestores, profissionais e população em geral; o que demanda práticas que busquem mudar, progressivamente, a forma de conceber o processo saúde/doença. Põe-se também a necessidade de fortalecimento dos principais canais de participação e controle social: os Conselhos de Saúde, para que os princípios dos SUS sejam efetivados de forma democrática, ou seja, em prol da sociedade e não de interesses individualistas.
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Acesso e acessibilidade aos serviços de saúde em três quilombos na Amazônia paraense: um olhar antropológico

Cavalcante, Inara Mariela da Silva 25 February 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-22T22:06:19Z (GMT). No. of bitstreams: 1 INARA CAVALCAANTE.pdf: 3883238 bytes, checksum: 8ee251556494013f2f879216e196df45 (MD5) Previous issue date: 2011-02-25 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The quilombola populations are among the most vulnerable groups of Brazil related to health services. This qualitative study aimed to know the access and accessibility to the health services in quilombos in the Paraense Amazonia, in three communities, África/Lanranjituba in Abaetetuba, Santo Antonio/Foz do Cravo in Concórdia do Pará and Mangueiras, in Salvaterra in the Marajó island. The subjects of the research were the residents and the managers and health professionals of the municipal district. Other sources were: the primary data of the socioeconomic conditions of the families and documental analysis of reports and information from the Ministry of Health. The research describes the access to the health services from four dimensions, Geographical, Functional, Cultural and Economical, and presents a transverse analysis of the access while analytical category of the planning and administration of the services in agreement with the re-interpretation of welfare care models in health. It was detected the difficulty and/or impossibility of the quilombolas in having access and accessibility to all the levels of complexity of health attendance, being this a result of a group of processes that involve several aspects as the distance of the urban centers and the lack of services that offer access by land and fluvial; the high financial costs (transport, feeding, medicines, permanence in the city, etc.) of the search for health services; the adaptation lack to the afro-descending habits from the managers and health professionals that assist them; and the functionality of the health services offered. We concluded that the health services are just offered by the municipal managers that adopt the Economic and ―Planificador‖ Models due to the Brazilian system of allocation of budgets for health, so there is not a National Politics of access and accessibility to health services that allows the National Politics of Integral Health of the Black Population to become real. Therefore it is fundamental the planning of health public politics of access and accessibility starting from a participative and promoter of the health equity logic, compatible with the geographical and socio-cultural dynamics of the Brazilian Amazonia. / As populações quilombolas estão entre os grupos em situação de vulnerabilidade no Brasil, no que diz respeito a serviços de saúde. Este estudo qualitativo se desenvolveu com o objetivo de conhecer o acesso e a acessibilidade aos serviços de saúde em quilombos na Amazônia Paraense, em três comunidades: África/Lanranjituba, em Abaetetuba, Santo Antonio/Foz do Cravo, em Concórdia do Pará e Mangueiras, em Salvaterra, na ilha do Marajó. Os sujeitos da pesquisa foram os moradores, os gestores e os profissionais de saúde dos municípios. Outras fontes foram os dados das condições socioeconômicas das famílias do ―Projeto Corpo Presente‖ e análise documental de relatórios e informações do Ministério da Saúde. A pesquisa descreve o acesso aos serviços de saúde a partir de quatro dimensões, Geográfica, Funcional, Cultural e Econômica. Faz uma análise transversal do acesso enquanto categoria do planejamento e gestão dos serviços de acordo com a re-interpretação de modelos assistenciais em saúde. Constatou-se a dificuldade e/ou impossibilidade dos quilombolas em terem acesso e acessibilidade a todos os níveis de complexidade de assistência em saúde, sendo isto, resultado de um conjunto de processos que envolvem vários aspectos como: a distância dos centros urbanos; a falta de serviços que ofereçam acesso a estes por via terrestre e fluvial; os elevados custos financeiros (transporte, alimentação, medicamentos, estadia na cidade, etc.) da busca por serviços de saúde; a falta de adequação aos hábitos e costumes afrodescendentes por parte dos gestores e profissionais de saúde que os atendem e a funcionalidade dos serviços de saúde ofertados. Conclui-se que os serviços de saúde são apenas ofertados pelos gestores municipais a partir dos Modelos Economista e Planificador em virtude do sistema brasileiro de alocação de verbas para saúde, portanto, não existe uma Política Nacional de acesso e acessibilidade aos serviços de saúde que permita concretizar a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra. Assim, é fundamental o planejamento de políticas públicas de saúde de acesso e acessibilidade a partir de uma lógica participativa e promotora da equidade em saúde, compatíveis coma a dinâmica geográfica e sócio-cultural da Amazônia Brasileira.

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