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Aspectos sócio-dialetais da língua falada em Fortaleza: as realizações dos fonemas /r/ e /rr/

Alencar, Maria Silvana Militão de January 2007 (has links)
ALENCAR, Maria Silvana Militão. Aspectos sócio-dialetais da língua falada em Fortaleza: as realizações dos fonemas /r/ e /rr/. 185f. Tese (Doutorado em Linguística) – Universidade Federal do Ceará, Departamento de Letras Vernáculas, Programa de Pós-graduação em Linguística, Fortaleza-CE, 2007. / Submitted by Liliane oliveira (morena.liliane@hotmail.com) on 2012-09-05T14:17:38Z No. of bitstreams: 1 2007_TESE_SMALENCAR.pdf: 966787 bytes, checksum: 66fcf946b3b71301ab8437bd285d88db (MD5) / Approved for entry into archive by Maria Josineide Góis(josineide@ufc.br) on 2013-10-10T14:02:58Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2007_TESE_SMALENCAR.pdf: 966787 bytes, checksum: 66fcf946b3b71301ab8437bd285d88db (MD5) / Made available in DSpace on 2013-10-10T14:02:58Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2007_TESE_SMALENCAR.pdf: 966787 bytes, checksum: 66fcf946b3b71301ab8437bd285d88db (MD5) Previous issue date: 2007 / Ce travail a pour but décrire et analyser les marques sócio-dialectiques de la langue portugaise parlée à Fortaleza, afin de mettre en évidence les différentes manifestations des phonèmes /r/ et /ɾ/. Il est ancré sur les bases théoriques-méthodologiques fondées sur la Phonétique et la Phonologie et une approche issue de la Dialectologie et de la Sociolinguistique, vu qu’une étude des aspects sonores, a été réalisée, simultanément, concernant les variations diatopiques (régionales) et les variations déastratiques (sociales). Le choix du thème se justifie par plusieurs raisons, étant donné que l’aspect phonétique en tant qu’objet d’étude, à notre sens, c’est celui qui révèle, le plus facilement voire rapidement, les variations linguistiques, puisqu’à qu’à ce niveau-là, les différences régionales et/ou sociales, deviennent plus évidentes et, notamment, où généralement, débutent les changements. Par la suite, si la langue est perçue comme un système qui possède une hétérogéneité systématique, il sera possible d’accorder la priorité à l’analyse linguistique vers un aspect déterminé et, pour ce, les réalisations du « r » fortalézien. Nous soulignons aussi l’évidence du rôle dans les recherches empiriques qui ont pour but la description de la langue portugaise dans ses variantes, afin de préciser ce qu’en réalité constitue le portugais du Brésil. La méthodologie de ce travail suit les lignes générales du Projet Atlas Linguistique du Brésil – ALiB, en faisant les adaptations nécessaires. Le relevé des données provenant de l’analyse, nous conduit vers huit composants: trois sociaux (tranche d’âge, scolarité et sexe) et cinq structuraux (l’aspect tonique de la syllabe qui contient le phonème, la dimension du vocable, la catégorie grammaticale, la nature du contexte phonologique précedent et la nature du contexte phonologique subséquent), qui postérieurement ont été distribués dans quatre contextes qui se sont prêtés à l’analyse des variantes du r dans le parler fortalézien. Selon l’analyse générale des données, les résultats démontrent que: dans le contexte initial prévaut la friction glottal [h]; dans le contexte intervocalique survient le contraste phonémique parmi /r/ et /ɾ/; dans les contextes postvocalique médial et final, selon la nature variable du contexte phonologique subséquent, peuvent avoir lieu les variantes [h], [ɦ], [ɾ] et [Ø]; l’effacement en position post-vocalique finale est plus forte qu’en position post-vocalique médiale; dans le contexte vocalique médial, la variable qui favorise le plus l’effacement est provoquée par les frictions obstruées, même si la vibration révèle aussi, la tendance à la suppression, lorsqu’elle est suivie par des sonnants (nasaux). Ces résultats nous mènent à conclure que, dans les études qui ont des rapports avec la variation des róticos dans la langue portugaise, ne sont soulignés que l’aspect contrastif. Les différences phonétiques doivent être analysées, selon le contexte sur lequel ils ont lieu, tout en prenant en compte les composants linguistiques et/ou sociaux / Este trabalho tem por objetivo descrever e analisar as marcas sócio-dialetais da língua falada em Fortaleza, com enfoque particular nas diferentes realizações dos fonemas /r/ e /ɾ/. Utiliza como suporte as bases teórico-metodológicas da Fonética e da Fonologia, com abordagem da Dialetologia e da Sociolingüística, uma vez que, foi feito, além do estudo dos aspectos sonoros, o estudo das variações diatópicas (regionais) e diastráticas (sociais). A escolha desse tema justifica-se por vários motivos, dentre os quais, acreditamos que o aspecto fonético, como objeto de estudo, seja um dos que mais fácil e rapidamente denotam as variações lingüísticas, pois é neste nível que as diferenças, tanto regionais quanto sociais, tornam-se mais evidentes e onde as mudanças, geralmente, têm início. Depois, se a língua é vista como um sistema que possui uma heterogeneidade sistemática torna-se possível priorizar uma análise lingüística voltada para um aspecto determinado, no caso, as realizações do r fortalezense. Destacamos, também, o papel relevante das pesquisas empíricas que têm por finalidade a descrição da língua portuguesa em suas variantes, no sentido de definir o que de fato constitui o português do Brasil. A metodologia do trabalho segue as linhas gerais do Projeto Atlas Lingüístico do Brasil – ALiB, com as devidas adaptações. No levantamento dos dados para a análise, foram considerados oito fatores, sendo três sociais (faixa etária, grau de escolaridade e sexo) e cinco estruturais (tonicidade da sílaba que contém o fonema, dimensão do vocábulo, categoria gramatical, natureza do contexto fonológico precedente e natureza do contexto fonológico subseqüente) que, posteriormente, foram distribuídos em quatro contextos para análise das variantes do r no falar fortalezense. No cômpito geral dos dados, os resultados mostraram que: no contexto inicial, prevalece a fricativa glotal [h]; no contexto intervocálico, dá-se o contraste fonêmico entre /r/ e /ɾ/; nos contextos pós-vocálico medial e final, dependendo da variável natureza do contexto fonológico subseqüente, podem ocorrer as variantes [h], [ɦ], [ɾ] e [Ø]; o apagamento em posição pós-vocálica final é mais forte do que em posição pós-vocálica medial; no contexto pós-vocálico medial a variável que mais favorece o apagamento é preenchida por obstruintes fricativos, mas a consoante rótica manifesta, também, uma tendência a ser suprimida quando seguida de soantes (nasais). Tais resultados nos levaram a concluir que, nos estudos relacionados à variação dos róticos, em língua portuguesa, não podemos enfatizar apenas o aspecto contrastivo. As diferenças fonéticas devem ser analisadas segundo o contexto em que ocorrem, levando-se em conta fatores lingüísticos e/ou sociais

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