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O mundo nÃo à tÃo grande: uma etnografia entre viajantes independentes de longa duraÃÃoIgor Monteiro Silva 16 April 2015 (has links)
Conselho Nacional de Desenvolvimento CientÃfico e TecnolÃgico / CoordenaÃÃo de AperfeÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / Viajantes independentes de longa duraÃÃo â conhecidos como backpackers, notadamente, pela indÃstria turÃstica internacional e como mochileiros, no Brasil â podem ser caracterizados, em linhas gerais, em relaÃÃo à qualidade nÃo-institucionalizada de sua prÃtica (COHEN, 1972). Eles assumem a organizaÃÃo independente de sua viagem, evitando, assim, a compra de pacotes e demais mediaÃÃes prÃprias das agÃncias turÃsticas. Ao configurar independentemente seus deslocamentos, buscam mobilizar valores como autonomia e flexibilidade, o que os permite, por exemplo, trocar itinerÃrios, desfazer planos e extender sua mobilidade por longos perÃodos. Saber quem, concretamente, sÃo os sujeitos desses deslocamentos, que posiÃÃes sociais assumem em suas sociedades de origem, compreender por quais motivos desejam experimentar perÃodos tÃo alargados em trÃnsito, como atribuem sentido a essa forma especÃfica de viajar e como vivenciam o retorno a seus paÃses de origem, sÃo algumas das disposiÃÃes que conformam os objetivos deste trabalho. Mais claramente, a presente tese tem por objetivo apresentar uma etnografia de viagens independentes de longa duraÃÃo, considerando para tanto o movimento material, bem como as polÃticas de significado (CRESWELL, 2006), empreendidas por seus sujeitos. Por movimento material deve-se entender os deslocamentos fÃsicos dos viajantes, a maneira crua, como define Creswell (2006), de atingir um ponto partindo de outro. Jà no que concerne Ãs polÃticas de significado, tem-se como horizonte de reflexÃo tanto as representaÃÃes partilhadas pelos sujeitos no que se refere Ãs suas jornadas quanto a prÃtica das mesmas, a experiÃncia do movimento sendo incorporada e valorada individualmente. O que apresenta-se aqui, portanto, à uma pesquisa cuja construÃÃo teve como matÃria empÃrica privilegiada as situaÃÃes concretas de interaÃÃo, as configuraÃÃes de relaÃÃes de troca, de tensÃo, de conflito, e, igualmente, os momentos de invenÃÃo, de criaÃÃo e de elaboraÃÃo de discursos presentes em uma â alegada â maneira singular de viajar.
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