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Vida feliz na filosofia de Santo AgostinhoSouza, Josemar Jeremias Bandeira de 01 November 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006-11-01 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Based on a little text by Saint Augustine, named De Beata Vita, written during a
cultural retreat in 388 B.C., this paper aimed at comprehending the reasons that
drive the mankind, in a universal attitude, to seek a happy life, as well as
understanding the ways proposed by Augustine to reach what is, according to
himself, the only purpose for which people think philosophically (Conf. I, I, 1). It
was possible to verify, then, that the Bishop of Hippo, entirely submissive to
Christian faith and under great influence of the eudemonistic Greeck tradition,
developed a practica, fundamentally ethical and moral philosophy, which, by
exalting virtue and disengaging from merely temporal values, sought happiness in
what was not perishable. For all that is subject to time may have its nature corrupted
by the evil, which, in his comprehension, is the lack or distortion of what is good.
Acknowledging then that only God is eternal and not subject to time, and that He
could not be lost or modified, Augustine inferred that seeking happiness was,
inevitably, seeking God. However, he knew that men could not reach God by their
own effort, given that He is infinite. So, some divine helpe becomes necessary:
grace. At this point, Augustine separated from the Greek, as he substituted human
knowledge whith divine knowledge. Thus, without abandoning intelligible
comprehensio, necessary for recognizing what coud be called beata vita, he tries,
through conscience experience and auto comprehension, to find spiritual plenitude,
in which would be perfect Truth and true freedom, without which living true
happiness would be impossible. / Foi a partir do pequeno texto de Santo Agostinho, intitulado De Beata Vita, obra
escrita em um retiro cultural no ano de 388 d.C., que o presente trabalho procurou
compreender as razões que levam a humanidade, em uma atitude universal, a buscar
a vida feliz, bem como entender os caminhos propostos por Agostinho para alcançar
este que é, segundo ele mesmo, o único propósito para o qual se pensa
filosoficamente (Conf. I, I, 1). Verificou-se, então, que o Bispo de Hipona,
inteiramente submisso à fé cristã e sob forte influência da tradição grega
eudemonista, desenvolveu uma filosofia prática, fundamentalmente ético-moral,
que, exaltando a virtude e se desvencilhando dos valores meramente temporais,
buscava a felicidade naquilo que não é perecível. Pois, tudo que é sujeito ao tempo
pode ter a sua natureza afetada pelo mal, que, em seu entendimento, é ausência ou
distorção daquilo que é bom. Reconhecendo, então, que somente Deus é eterno e
não está sujeito ao tempo, não podendo ser perdido ou modificado, entendia que
buscar a felicidade era, inevitavelmente, buscar a Deus, porém, sabia não ser
através dos próprios esforços que o homem chega a Deus, posto que Ele é infinito,
então, necessário se faz o auxílio divino: a graça. Neste ponto separou-se dos
gregos, pois substituiu a sabedoria humana, pela sabedoria divina. E assim, sem
prescindir das compreensões inteligíveis, necessárias para o reconhecimento
daquilo que pode ser chamado de beata vita, tenta por intermédio das experiências e
da autocompreensão da consciência, encontrar a plenitude espiritual, na qual estaria
a perfeita Verdade e a verdadeira liberdade, sem as quais seria impossível vivenciar
a verdadeira felicidade.
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