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Infovigilância e controle: violência invisível na cibercultura / Surveillance and control: invisible violence in cyberculture

Silva, Mario Finotti 08 August 2018 (has links)
Submitted by Filipe dos Santos (fsantos@pucsp.br) on 2018-10-05T12:06:59Z No. of bitstreams: 1 Mario Finotti Silva.pdf: 792880 bytes, checksum: a193e053fab14eec3fda2229d0a166a5 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-10-05T12:06:59Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Mario Finotti Silva.pdf: 792880 bytes, checksum: a193e053fab14eec3fda2229d0a166a5 (MD5) Previous issue date: 2017-08-08 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The purpose of this Doctoral Thesis is to investigate surveillance and control within the cyberculture and to observe the modus operandi that – through the using of electronic equipment – has settled the invisible violence that silently watches over society and – at the same time – is accepted by many as a necessity of our time. Currently, the technological wonder determined by the technology giants through hardware, software and the speech of bringing people together, puts the user in the basic condition of use, since, this way, there is a guarantee of freedom. The reality is opposite though. The more freedom of choice, the more technological control. Through this slant, a violence that goes unnoticed by all operates. The technological progress – allied with innovation – has enabled mankind to be able to adapt to the new features embedded in electronic gadgets; tools that are always at hand. The urgency in learning is a crucial factor for permanence in this territory of continuous updating. Users who are not able to keep pace with this progress tend to stay at the marginality and, consequently, to be excluded. Companies – aware of this condition – hurry to release products with novelty features that will probably never be used. Not because of them, but because this modality allows them to settle and to deposit all the wounds of life in devices that can determine and guarantee their future. It also allows them to give up their natural state and to understand the benefit of the devices, such as security, even if being monitored twenty-four hours a day. What is the limit of this proposal for autonomy, which, while offering choices, can bump into the freedom once much before promoted by an array of thinkers? Since there is more security and justice ensured, the rate of freedom lowers. The fascination promoted and the progress stipulated / manipulated by the big corporations impose the feeling of protection as a preponderant factor for the existence and the maintenance of the sedation of the people. In a world troubled by speculations of surveillance, power and control, this research is focused on authors that justify its reading and that lead to a more in-depth reflection on the proposed theme. Some of them, more relevant, significantly contribute to this given Thesis: Virilio (1996), Bauman (2013), Rüdiger (2002), Lyon (1994) and Trivinho (2007), all of which have sought to study the impact of the digital technologies on social life. On another vertent are: Castells (1999), Bourdieu (2012), Deleuze (1992) and Foucault (1987), which analyze the condition of surveillance and control, from the social to the technological point of view. Wiener (1978) verifies its unfolding in a society marked by cybernetics. Other authors, equally important, such as Toynbee (1971), already verified in the 1970s the technological power on the hands of the companies. In contemporaneity, authors like Postman (1994) and Assange (2013) observe that the technological condition is favorable towards the one who holds the power, given that the rules are not egalitarian. In view of that, we conclude that while ordinary users require privacy, governments and corporations violate this condition to be able to exercise control closely. However, for the microsphere of power, information must be crystal clear with the purpose of maintaining and supporting surveillance on the bodies of living beings / A proposta desta Tese de Doutorado é investigar a infovigilância e o controle, inseridos na cibercultura e observar o modus operandi pelo qual a violência invisível instaurou-se por meio de uso dos equipamentos eletrônicos que silenciosamente vigiam toda uma sociedade e ao mesmo tempo é aceito por muitos como uma necessidade de época. Atualmente, o deslumbramento tecnológico determinado pelos gigantes da tecnologia, com seus hardwares e softwares e com o discurso de aproximar pessoas, coloca o usuário na condição básica de uso, já que, por esse meio, há garantia de liberdade. A realidade, porém, é oposta. Quanto maior liberdade de escolha, mais controle tecnológico. Por esse viés, opera-se uma violência que passa despercebida por todos. O progresso tecnológico, aliado à inovação, possibilitou ao homem poder adequar-se aos novos recursos embutidos nos gadgets eletrônicos; uma ferramentaria sempre à mão. A premência no aprendizado é fator crucial de permanência nesse território em contínua atualização. Os utilizadores, que não conseguirem acompanhar esse progresso, tendem a ficar na marginalidade e, consequentemente, serem excluídos. As empresas – cientes dessa condição – apressam-se em dispor no mercado produtos com novidades embutidas que provavelmente nunca serão usadas. Não por culpa delas, mas porque essa modalidade lhes permite acomodar-se e depositar todas as mazelas da vida em aparelhos que possam determinar e garantir seu futuro. Propicia ainda que elas abram mão de seu estado natural e compreendam como valor agregado dos dispositivos o fator segurança, mesmo que sejam vigiadas 24 horas por dia. Qual o limite dessa proposta de autonomia que, ao mesmo tempo em que oferece escolhas, pode esbarrar na liberdade já promovida muito anteriormente por diversos pensadores? Considerando que, quanto mais segurança e justiça asseguradas, menor será a taxa de liberdade. O fascínio promovido e o progresso estipulado/manipulado pelas grandes corporações impõem a sensação de proteção como fator preponderante para a existência e a manutenção da sedação nas pessoas. Com um mundo conturbado por especulações acerca de vigilância, poder e controle, fundamenta-se a pesquisa em autores que justificam a leitura e orientam para a reflexão mais aprofundada acerca do tema proposto. Alguns deles, mais relevantes, contribuem sobremaneira para a presente Tese: Virilio (1996), Bauman (2013), Rüdiger (2002), Lyon (1994) e Trivinho (2007), que procuraram estudar o impacto das tecnologias digitais na vida social. Por outro lado, Castells (2005), Bourdieu (2012), Deleuze (1992) e Foucault (1987), analisam a condição da vigilância e do controle, desde o âmbito social ao tecnológico. Wiener (1978) verifica o desdobramento na sociedade marcada pela cibernética. Outros autores, igualmente importantes, como Toynbee (1971), já verificavam na década de 1970 o poder tecnológico nas mãos das empresas. Na contemporaneidade, autores como Postman (1994) e Julian Assange (2013) observam que a condição tecnológica é favorável àquele que detém o poder, uma vez que as regras não são igualitárias. Diante disso, propomos que, apesar de os usuários comuns exigirem a privacidade, os governos e as corporações violam essa condição para poder exercer o controle de perto. Entretanto, para a microesfera do poder, as informações devem ser cristalinas com o propósito de manter e sustentar a infovigilância sobre os corpos dos seres viventes

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