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Mythos e logos no poema de ParmênidesConte, Bruno Loureiro 04 November 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-11-04 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / It is widely known that Parmenides Poem, which is considered a fundamental work in Greek
philosophical thought, presents a plurality of mythical elements, and that its clarification constitutes
an issue to the interpreters. This research is an investigation of the historical and
philosophical meaning of mythos and logos in the Poem, considering the work in its cultural
contexts. Our analysis begins by bringing to the foreground the presence of mythos, understood
in its original sense of authorized way of speaking, pointing out its interweaving with logos,
in such a manner that without the former the argument of the latter would remain incomprehensible.
On the other hand, we aim to determine the specificity of logos in Parmenides:
it shows up as a reflexive, refutative logos, but not, as some interpreters have sustained, a
strict demonstration . Having established this point, Parmenides work shows itself as productive
of a plurality of mythical assemblages, appropriating images of the traditional inspired
poet, of initiation in cults of mystery, of divinity figures and of the Archaic Lyric conception of
human existence. Furthermore, the Poem deploys itself in multiple discursive configurations:
narration, argument, oracular speaking. In accordance to that, we introduce an interpretative
hypothesis associating the Goddess speech in the Poem to a particular kind of oracle, similar
to that of the mantic healer. Such associations or assemblages, nonetheless, are not simple reproductions
of aspects already present in Greek culture: they are, as a matter of fact, subverted
in the direction of the philosophically instituted radical reflection, which collects signals from
visible and invisible, leading to thinking / Como é bem sabido, o poema de Parmênides, considerado uma das obras fundamentais
do pensamento filosófico grego, apresenta uma pluralidade de elementos míticos, seu esclarecimento
constituindo um problema para os intérpretes. Trata-se, neste trabalho, de
investigar o significado histórico-filosófico do mythos e do logos no poema, a partir da inserção
da obra em seus contextos culturais. Nossa análise inicia-se destacando a presença
do mythos, entendido em seu sentido original de maneira autorizada de falar, mostrando-o
de tal modo entrelaçado ao logos que o argumento , sem ele, sequer seria compreensível.
De outro lado, procuramos determinar a especificidade do logos de Parmênides: trata-se
de um logos reflexivo, refutativo , mas não, como pretendem alguns intérpretes, de uma
estrita demonstração . Estabelecido esse ponto, surge a obra de Parmênides como produtora
de agenciamentos míticos diversos, apropriando-se das imagens do poeta tradicional
inspirado, da iniciação nos cultos de mistérios, de figuras de divindades e da concepção da
existência humana presente na Lírica arcaica, efetuando-se o poema em múltiplas configurações discursivas (narrativa, argumento, fala oracular). Nesse sentido, introduzimos a
hipótese interpretativa da associação da fala da deusa no poema a um tipo específico de oráculo,
similar ao do médico-adivinho. Tais associações ou agenciamentos, todavia, não se
revelam como simples reproduções de aspectos presentes na cultura grega: eles são mesmo
subvertidos em direção à instauração filosófica de uma reflexão radical, que recolhe sinais
do visível e do invisível, conduzindo ao pensar
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