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Universo feminino, pobreza e Aids : um estudo sobre a vulnerabilidade para o HIV/AIDS.Ceci Rodrigues de Melo Facó, Maria 31 January 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011 / A epidemia de aids no Brasil se caracteriza por apresentar um perfil epidemiológico
notadamente marcado por um processo de feminização e particularmente entre
mulheres com relacionamento estável, marcadas pelo pertencimento entre as mais
pobres do país. Este estudo, cujo título é Universo Feminino, Pobreza e Aids: um
estudo sobre a vulnerabilidade para o HIV/aids em mulheres pobres usuárias do
SUS em Teresina (Piauí) na contemporaneidade , objetivou investigar a influência
das relações de gênero na adoção de práticas de sexo e/ou vulnerabilidade para o
HIV/aids, por mulheres pobres usuárias do Sistema Único de Saúde. Para tanto, foi
utilizado como estratégia metodológica o estudo exploratório, descritivo, de natureza
qualitativa, com recursos do tipo: pesquisa bibliográfica, observação participante e
seu registro em diário de campo, entrevistas. Os dados foram obtidos através de
entrevistas semi-estruturado, o que possibilitou os sujeitos falar sobre os diferentes
momentos de sua vida: experiências, impressões e expectativas na construção de
seu novo mundo, após conhecimento da soropositividade para o HIV/aids. Tais
dados foram agrupados por temas para análise posterior. Os sujeitos estudados
foram mulheres que buscavam o serviço especializado para tratamento do HIV/aids
da Secretaria Estadual da Saúde do Piauí, o Instituto de Doenças Tropicais Natan
Portela IDTNP, pertencente à rede SUS, campo empírico do estudo. A amostra foi
intencional e composta por dez mulheres, com até dois anos de diagnóstico
confirmado da infecção pelo HIV ou aids e faixa etária entre 20 e 49 anos. Para
análise dos dados foi utilizada a análise de conteúdo, apoiada nas contribuições do
conceito de gênero no contexto do HIV/aids. O argumento central desenvolvido foi
que, para as mulheres, a aids tem revelado que os laços conjugais, em sua maioria,
são determinados por relações de força, de dominação, em que se incluem
dependência, inferioridade e obediência. A pesquisa mostrou que o contágio deu-se
em relações heterossexuais estáveis, espaço limitado para medidas preventivas no
enfrentamento do HIV e regulado pela naturalização, no que diz respeito às
relações de poder desiguais entre os gêneros
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