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WebuniversitÃrios: um estudo sobre as relaÃÃes constitutivas de identidades no ciberespaÃo da educaÃÃo superior a distÃncia

Carlos Alberto dos Santos Bezerra 00 December 2017 (has links)
nÃo hà / A pesquisa partiu da hipÃtese de que a identidade do webuniversitÃrio teria a dimensÃo indivi- dual como a chave de sua interpretaÃÃo, marcadamente descomprometida: embora esteja em uma comunidade, a ela pouco ou em nada quer estar ligado. Tratou-se de uma pesquisa analÃtica, indutiva e qualitativa, cujos procedimentos e tÃcnicas foram os levantamentos bibliogrÃfico e documental, e as observaÃÃes participante e nÃo participante em campo ou on-line, tanto na modalidade lucker quanto na modalidade insider. O primeiro momento da pesquisa foi a observaÃÃo direta extensiva, entre setembro de 2014 e junho de 2015, com questionÃrio de trinta e duas questÃes, construÃdo na ferramenta virtual google forms, encaminhado aos alunos via e-mail. A amostragem da observaÃÃo extensiva foi nÃo probabilÃstica, arbitrÃria e por conveniÃncia: aproximadamente 4,1 mil alunos foram estimulados à participaÃÃo, tendo respondido 256. O dados foram tabulados pelo google forms e tambÃm importados em excel. O segundo momento da pesquisa de campo foi a observaÃÃo direta intensiva com 13 sujeitos. Na pesquisa, a hipÃtese inicial foi confirmada: o webuniversitÃrio pesquisado nÃo toma como relevantes ou essenciais as interaÃÃes com seus tutores ou colegas: nÃo hà o ânÃsâ em sua fala; tambÃm nÃo percebe como relevantes ou essenciais as prÃticas nos lugares presenciais da cibereducaÃÃo, disponibilizados em seu polo; o webuniversitÃrio privilegia o AVA, as interaÃÃes estritamente virtuais. O principal monumento da cibereducaÃÃo està fora dela: o diploma; o lugar à o AVA e o nÃo lugar mais importante à a fila para realizar as provas. O pÃblico mapeado foi composto predominantemente por ânativo digitalâ, portanto, por jovem que possui familiaridade com o mundo virtual; ele escolheu a EaD por se adaptar à sua rotina, Ãs suas obrigaÃÃes familiares ou de trabalho; ele nÃo se và como um âcomprador de diplomasâ e se defende como um estudante, elegendo a disciplina, a determinaÃÃo e a dedicaÃÃo como virtudes essenciais para aqueles que querem aprender a distÃncia; embora nÃo se sinta integrado à comunidade acadÃmica, nÃo se sente desvalorizado diante do aluno presencial, mas de igual valor, porque sua relaÃÃo à âde consumoâ; ele indica, jà indicou, pretende fazer novos cursos em EaD e nÃo pretende trocar pela educaÃÃo presencial; ele està em constantes interaÃÃes com simulacros de professores, simulacros de coordenadores, simulacros de colegas, pois nÃo lhe sÃo reais, mas projeÃÃes de imagens idealizadas de personagens reais, cujo distanciamento resulta no ensimesmamento: fortalece-se a identidade-eu em detrimento de uma percepÃÃo coletiva da identidade-nÃs. Observou-se ainda importante receio de ter sua condiÃÃo de portador de um diploma em EaD descoberta, pairando sobre ele o estigma do âdiploma simulacroâ. Os desafios da empregabilidade do diploma em EaD foram compreendidos a partir do espaÃo da formaÃÃo profissional, marcado por um complexo jogo de lutas ou interesses entre organizaÃÃes de classe, compradores de trabalho, sistemas formais de ensino e poder pÃblico, ou seja, entre os que defendem, os que compram, os que produzem e os que regulam os diplomas. / The research started from the hypothesis that the identity of the web-university student would have the individual dimension as the key of their interpretation, thoroughly uncompromised: despite being in a community, they hardly want to be connected to it. It was an analytical, inductive and qualitative research, whose procedures and techniques included bibliographic and documentary surveys, and observations were participant and nonparticipant in campus or online, both for lucker and insider modes. The first moment of the research was the extensive direct observation between September 2014 and June 2015, with a questionnaire of 32 questions, virtually available as a tool on google forms, sent to students via e-mail. Extensive observation sampling was probabilistic, not arbitrary and by convenience: approximately 4100 students were encouraged to participate, 256 having answered. The data was tabulated by google forms and also imported into Excel. The second moment of the field research was the intensive direct observation with 13 people. In the survey, the initial hypothesis was confirmed: the web-university student approached does not take as relevant or essential interactions with their mentors or colleagues: there is no "us" in their speech; also, they do not consider as relevant or essential practices in the classroom of ciber-education, available in their campus; the web-university student highlights the AVA (Student Virtual Environment), the strictly virtual interactions. The main monument of cyber-education is out of it: the diploma; AVA is the place and the most important non-place is in the queue to take the tests. The audience was composed predominantly by "virtual-native peopleâ, that is to say, by young people who are familiar with the virtual world; they have chosen Distant Learning once it adjusts to their routine, their family or work obligations. They donât see themselves as a "buyer of diplomas" and defend themselves as a student, with discipline, determination and dedication as essential virtues for those who want to learn online, although they do not feel integrated in the academic community, not feeling devalued before the student who attends classes, but of equal value, because their relationship is that of "consumption". They recommend, have already recommended and intend to take other E-learning courses and do not intend to change the classroom education profile. They are constantly interacting with simulacra of teachers and coordinators, simulacra of their colleagues, for they are not real to them, but projections of idealized images of real characters, whose distance results in self-absorbed reaction: the I-identity is strengthened at the expense of a collective perception of the we-identity. Another relevant aspect noticed was the fear of having people discovering that they had a diploma from a distant learning course, hovering over them the stigma of possessing a "simulacrum" of a diploma. The challenges of employability of the diploma from adistant learning course were understood from the professional training environment, marked by a complex game of fights or interest among organizations of class, work buyers, formal teaching systems and public authorities, i.e. among those who defend, those who buy, those who produce and those who regulate the diplomas.

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