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Obtenção e avaliação de linhagens de Saccharomyces cerevisiae e de Wickerhamomyces anomalus com potencial para aplicação na produção de etanol de segunda geração / Obtainment and evaluation of Saccharomyces cerevisiae and Wickerhamomyces anomalus straits with potential to second-generation ethanol production

Sehnem, Nicole Teixeira January 2013 (has links)
Nos últimos anos, é crescente a busca por tecnologias que permitam que a produção de álcool gerado a partir de fontes renováveis substitua os principais combustíveis utilizados atualmente, que são provenientes do petróleo. A utilização dos resíduos gerados a partir dos processos agrícolas, que são ricos em açúcares, é uma alternativa para a produção de bioetanol pela levedura Saccharomyces cerevisiae. Os processos utilizados com esse fim, como a hidrólise ácida diluída, geram uma diversidade de açúcares (pentoses e hexoses), como glicose, manose, xilose e arabinose. Além dos açúcares, ocorre a geração de compostos tóxicos às células, como furfural, 5-hidroximetilfurfural (HMF), compostos fenólicos e ácidos orgânicos, e também alta pressão osmótica. Além disso, S. cerevisiae não é capaz de utilizar pentoses como fonte de carbono para fermentação, e a viabilidade econômica desse processo depende da conversão quase total de todos os açúcares a etanol. Com isso é necessário o uso de linhagens fermentadoras de pentoses e hexoses que sejam resistentes às toxinas geradas, para que o hidrolisado seja utilizado sem um processo prévio de destoxificação. Nesse trabalho, foi obtida por engenharia evolutiva uma linhagem de de S. cerevisiae resistente ao HMF, nomeada P6H9. Foi avaliada a indução da expressão gênica na presença de HMF e observou-se que os genes ADH7 E ARI1 são responsáveis pela resistência a esse composto. Também foi possível observar que as mudanças no metabolismo dessa levedura para destoxificação do meio não possibilitam o aumento na produção de etanol. Também foi obtida uma linhagem da levedura fermentadora de pentoses Wickerhamomyces anomalus resistente a furfural e HMF, nomeada WA-HF5,5. Foi possível definir a grande importância das enzimas álcool desidrogenases na destoxificação desses compostos. Finalmente, essas duas leveduras foram avaliadas quanto à capacidade de produção de etanol em hidrolisados lignocelulósicos de casca de soja e casca de arroz, isoladamente, ou em sistemas de co-cultivos em frascos agitados. As melhores produtividades em etanol foram apresentadas em hidrolisado de casca de arroz, e os cultivos foram escalonados para sistemas de biorreatores. Foi observado que o sistema de co-cultivo possui vantagens e grande potencial para a produção de etanol de segunda geração. / In recent years, there is a crescent interest for technologies that enable the production of alcohol originated from renewable sources, in replacement of the fossil fuels. The use of waste generated from agricultural processes, which are rich in sugars, is an alternative for the production of bioethanol by the yeast Saccharomyces cerevisiae. The processes used for this purpose, such as dilute acid hydrolysis, releases a diversity of sugars (pentoses and hexoses), such as glucose, mannose, xylose and arabinose. In addition to sugars, toxic compounds to cells are also generated, such as furfural, 5-hydroxymethylfurfural (HMF), phenolic compounds, organic acids, and also high osmotic pressure. The economic feasibility of the process depends of the complete conversion of major sugars present ih the medium to ethanol. As S. cerevisiae is not able to metabolize pentoses, it is necessary to use strains that ferment pentoses and hexoses to ethanol, which are resistant to the toxins formed, in order to the hydrolyzate be fermented without previous detoxification processes.In this work, a strain of S. cerevisiae resistant to HMF, named P6H9, was obtained by evolutionary engineering. It was observed that the ARI1 and ADH7 genes are responsible for HMF resistance. It was also observed that the detoxification process causes changes in the metabolism of this yeast. Because of that, it is not possible increase the ethanol production. A strain of the fermenting pentoses yeast Wickerhamomyces anomalus was also obtained by evolutionary engineering, that is resistant to furfural and HMF. This strain is named WA-HF5, 5. On physiological evaluations, it was clear that alcohol dehydrogenase activity possesses importance in furaldehydes detoxification. Finally, the ability of these two strains produce ethanol in lignocellulosic hydrolysates was investigated. Best yields of ethanol were presented in rice hull hydrolysate. It was observed that the co-culture system shows advantages and have potential for the production of second generation ethanol.
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Obtenção e avaliação de linhagens de Saccharomyces cerevisiae e de Wickerhamomyces anomalus com potencial para aplicação na produção de etanol de segunda geração / Obtainment and evaluation of Saccharomyces cerevisiae and Wickerhamomyces anomalus straits with potential to second-generation ethanol production

Sehnem, Nicole Teixeira January 2013 (has links)
Nos últimos anos, é crescente a busca por tecnologias que permitam que a produção de álcool gerado a partir de fontes renováveis substitua os principais combustíveis utilizados atualmente, que são provenientes do petróleo. A utilização dos resíduos gerados a partir dos processos agrícolas, que são ricos em açúcares, é uma alternativa para a produção de bioetanol pela levedura Saccharomyces cerevisiae. Os processos utilizados com esse fim, como a hidrólise ácida diluída, geram uma diversidade de açúcares (pentoses e hexoses), como glicose, manose, xilose e arabinose. Além dos açúcares, ocorre a geração de compostos tóxicos às células, como furfural, 5-hidroximetilfurfural (HMF), compostos fenólicos e ácidos orgânicos, e também alta pressão osmótica. Além disso, S. cerevisiae não é capaz de utilizar pentoses como fonte de carbono para fermentação, e a viabilidade econômica desse processo depende da conversão quase total de todos os açúcares a etanol. Com isso é necessário o uso de linhagens fermentadoras de pentoses e hexoses que sejam resistentes às toxinas geradas, para que o hidrolisado seja utilizado sem um processo prévio de destoxificação. Nesse trabalho, foi obtida por engenharia evolutiva uma linhagem de de S. cerevisiae resistente ao HMF, nomeada P6H9. Foi avaliada a indução da expressão gênica na presença de HMF e observou-se que os genes ADH7 E ARI1 são responsáveis pela resistência a esse composto. Também foi possível observar que as mudanças no metabolismo dessa levedura para destoxificação do meio não possibilitam o aumento na produção de etanol. Também foi obtida uma linhagem da levedura fermentadora de pentoses Wickerhamomyces anomalus resistente a furfural e HMF, nomeada WA-HF5,5. Foi possível definir a grande importância das enzimas álcool desidrogenases na destoxificação desses compostos. Finalmente, essas duas leveduras foram avaliadas quanto à capacidade de produção de etanol em hidrolisados lignocelulósicos de casca de soja e casca de arroz, isoladamente, ou em sistemas de co-cultivos em frascos agitados. As melhores produtividades em etanol foram apresentadas em hidrolisado de casca de arroz, e os cultivos foram escalonados para sistemas de biorreatores. Foi observado que o sistema de co-cultivo possui vantagens e grande potencial para a produção de etanol de segunda geração. / In recent years, there is a crescent interest for technologies that enable the production of alcohol originated from renewable sources, in replacement of the fossil fuels. The use of waste generated from agricultural processes, which are rich in sugars, is an alternative for the production of bioethanol by the yeast Saccharomyces cerevisiae. The processes used for this purpose, such as dilute acid hydrolysis, releases a diversity of sugars (pentoses and hexoses), such as glucose, mannose, xylose and arabinose. In addition to sugars, toxic compounds to cells are also generated, such as furfural, 5-hydroxymethylfurfural (HMF), phenolic compounds, organic acids, and also high osmotic pressure. The economic feasibility of the process depends of the complete conversion of major sugars present ih the medium to ethanol. As S. cerevisiae is not able to metabolize pentoses, it is necessary to use strains that ferment pentoses and hexoses to ethanol, which are resistant to the toxins formed, in order to the hydrolyzate be fermented without previous detoxification processes.In this work, a strain of S. cerevisiae resistant to HMF, named P6H9, was obtained by evolutionary engineering. It was observed that the ARI1 and ADH7 genes are responsible for HMF resistance. It was also observed that the detoxification process causes changes in the metabolism of this yeast. Because of that, it is not possible increase the ethanol production. A strain of the fermenting pentoses yeast Wickerhamomyces anomalus was also obtained by evolutionary engineering, that is resistant to furfural and HMF. This strain is named WA-HF5, 5. On physiological evaluations, it was clear that alcohol dehydrogenase activity possesses importance in furaldehydes detoxification. Finally, the ability of these two strains produce ethanol in lignocellulosic hydrolysates was investigated. Best yields of ethanol were presented in rice hull hydrolysate. It was observed that the co-culture system shows advantages and have potential for the production of second generation ethanol.
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Obtenção e avaliação de linhagens de Saccharomyces cerevisiae e de Wickerhamomyces anomalus com potencial para aplicação na produção de etanol de segunda geração / Obtainment and evaluation of Saccharomyces cerevisiae and Wickerhamomyces anomalus straits with potential to second-generation ethanol production

Sehnem, Nicole Teixeira January 2013 (has links)
Nos últimos anos, é crescente a busca por tecnologias que permitam que a produção de álcool gerado a partir de fontes renováveis substitua os principais combustíveis utilizados atualmente, que são provenientes do petróleo. A utilização dos resíduos gerados a partir dos processos agrícolas, que são ricos em açúcares, é uma alternativa para a produção de bioetanol pela levedura Saccharomyces cerevisiae. Os processos utilizados com esse fim, como a hidrólise ácida diluída, geram uma diversidade de açúcares (pentoses e hexoses), como glicose, manose, xilose e arabinose. Além dos açúcares, ocorre a geração de compostos tóxicos às células, como furfural, 5-hidroximetilfurfural (HMF), compostos fenólicos e ácidos orgânicos, e também alta pressão osmótica. Além disso, S. cerevisiae não é capaz de utilizar pentoses como fonte de carbono para fermentação, e a viabilidade econômica desse processo depende da conversão quase total de todos os açúcares a etanol. Com isso é necessário o uso de linhagens fermentadoras de pentoses e hexoses que sejam resistentes às toxinas geradas, para que o hidrolisado seja utilizado sem um processo prévio de destoxificação. Nesse trabalho, foi obtida por engenharia evolutiva uma linhagem de de S. cerevisiae resistente ao HMF, nomeada P6H9. Foi avaliada a indução da expressão gênica na presença de HMF e observou-se que os genes ADH7 E ARI1 são responsáveis pela resistência a esse composto. Também foi possível observar que as mudanças no metabolismo dessa levedura para destoxificação do meio não possibilitam o aumento na produção de etanol. Também foi obtida uma linhagem da levedura fermentadora de pentoses Wickerhamomyces anomalus resistente a furfural e HMF, nomeada WA-HF5,5. Foi possível definir a grande importância das enzimas álcool desidrogenases na destoxificação desses compostos. Finalmente, essas duas leveduras foram avaliadas quanto à capacidade de produção de etanol em hidrolisados lignocelulósicos de casca de soja e casca de arroz, isoladamente, ou em sistemas de co-cultivos em frascos agitados. As melhores produtividades em etanol foram apresentadas em hidrolisado de casca de arroz, e os cultivos foram escalonados para sistemas de biorreatores. Foi observado que o sistema de co-cultivo possui vantagens e grande potencial para a produção de etanol de segunda geração. / In recent years, there is a crescent interest for technologies that enable the production of alcohol originated from renewable sources, in replacement of the fossil fuels. The use of waste generated from agricultural processes, which are rich in sugars, is an alternative for the production of bioethanol by the yeast Saccharomyces cerevisiae. The processes used for this purpose, such as dilute acid hydrolysis, releases a diversity of sugars (pentoses and hexoses), such as glucose, mannose, xylose and arabinose. In addition to sugars, toxic compounds to cells are also generated, such as furfural, 5-hydroxymethylfurfural (HMF), phenolic compounds, organic acids, and also high osmotic pressure. The economic feasibility of the process depends of the complete conversion of major sugars present ih the medium to ethanol. As S. cerevisiae is not able to metabolize pentoses, it is necessary to use strains that ferment pentoses and hexoses to ethanol, which are resistant to the toxins formed, in order to the hydrolyzate be fermented without previous detoxification processes.In this work, a strain of S. cerevisiae resistant to HMF, named P6H9, was obtained by evolutionary engineering. It was observed that the ARI1 and ADH7 genes are responsible for HMF resistance. It was also observed that the detoxification process causes changes in the metabolism of this yeast. Because of that, it is not possible increase the ethanol production. A strain of the fermenting pentoses yeast Wickerhamomyces anomalus was also obtained by evolutionary engineering, that is resistant to furfural and HMF. This strain is named WA-HF5, 5. On physiological evaluations, it was clear that alcohol dehydrogenase activity possesses importance in furaldehydes detoxification. Finally, the ability of these two strains produce ethanol in lignocellulosic hydrolysates was investigated. Best yields of ethanol were presented in rice hull hydrolysate. It was observed that the co-culture system shows advantages and have potential for the production of second generation ethanol.
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Atividade de micocinas produzidas por Wickerhamomyces anomalus frente às cepas multirresistentes de Acinetobacter baumannii / Mycocin activity produced by Wickerhamomyces anomalus against multidrug-resistance strains of Acinetobacter baumannii

Junges, Daniele Schaab Boff 08 March 2018 (has links)
Submitted by Rosangela Silva (rosangela.silva3@unioeste.br) on 2018-05-25T12:38:46Z No. of bitstreams: 2 Daniele Schaab Boff Junges.pdf: 1381190 bytes, checksum: 1006e297cb0095fbdf1ae5c2a265f559 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Made available in DSpace on 2018-05-25T12:38:46Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Daniele Schaab Boff Junges.pdf: 1381190 bytes, checksum: 1006e297cb0095fbdf1ae5c2a265f559 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Previous issue date: 2018-03-08 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The killer system is the production of substances by yeast killer able to inhibit other microorganisms, this occurs in the natural environment as a way of competition between species by ensuring nutrients. Wickerhamomyces anomalus is a producer of yeast mycocin widely distributed in the environment and resistant to extremes of pH, temperature and osmolarity. Due to these characteristics, this yeast has been used in various industrial processes, especially in the food industry to control contaminants microorganisms. Its action is considered to be minimally toxic to human cells and low potential to induce microorganisms resistance, characteristics that makes the mycocins of W. anomalus an interesting candidate for medical application. Acinetobacter baumannii is a worldwide concern due to its multiresistance, having a high mortality rate and morbidity, especially in hospital environments. This study had as objective to determine the antimicrobial action of mycocins produced by W. anomalus against multiresistant strains of A. baumannii and to evaluate the toxicity of these compounds. The supernatants of WA40, WA45 and WA92 were tested on A. baumannii using the methods of broth microdilution, solid medium test and viability of A. baumannii. To evaluate the toxicity, was made the test of hemolysis and brine shrimp toxicity test. Results evidenced the antimicrobial activity of mycocins of W. anomalus, since even at high dilutions they were able to inhibit A. baumannii. In solid medium, it was possible to observe the formation of zone of inhibition when testing WA40, WA45 and WA92 on A. baumannii, and finally, the viability test showed that in only 3 hours the mycocins of WA45 were able inhibit 100% of the multidrug-resistant cells of A. baumannii followed by 4 h for WA40 and 6 h for WA92. The three supernatants were not cytotoxic when tested on human erythrocytes and Artemia salina. Thus, the micocins of W. anomalus were effective in this study and can be used in the development of new antimicrobial substances. / O sistema killer consiste na produção de substâncias por leveduras killer capazes de inibir outros microrganismos. Isso ocorre no habitat natural como uma forma de competição entre as espécies pela garantia de nutrientes. Wickerhamomyces anomalus é uma levedura produtora de micocinas amplamente distribuída no ambiente e resistente a condições extremas de pH, temperatura e osmolaridade. Devido a essas características, esta levedura vem sendo utilizada em vários processos industriais, principalmente na indústria alimentícia como controle de microrganismos contaminantes. Sua ação é considerada minimamente tóxica às células humanas e de baixo potencial à indução de resistência aos microrganismos, características que tornam as micocinas de W. anomalus interessantes candidatas à aplicação médica. Acinetobacter baumannii é uma preocupação mundial devido à sua multirresistência, tendo por isso alta taxa de mortalidade e morbidade, principalmente em ambientes hospitalares. Este trabalho teve como objetivo verificar a ação antimicrobiana de micocinas produzidas por W. anomalus frente a cepas multirresistentes de A. baumannii e avaliar a toxicidade destes compostos. Os sobrenadantes de WA40, WA45 e WA92 foram testados sobre A. baumannii utilizando os métodos de microdiluição em caldo, testes em meio sólido e viabilidade de A. baumannii. Para avaliar a toxicidade, fez-se os testes de hemólise e de toxicidade em Artemia salina Leach. Resultados evidenciaram a atividade antimicrobiana de micocinas de W. anomalus, uma vez que, mesmo altamente diluídas, elas foram capazes de inibir A. baumannii. Em meio sólido, foi possível observar a formação de zona de inibição ao testar micocinas de WA40, WA45 e WA92 sobre A. baumannii. E por fim, o teste de viabilidade mostrou que em apenas 3 h as micocinas de WA45 foram capazes de inibir 100% das células multirresistentes de A. baumannii, seguido de 4 h para WA40 e 6 h para WA92. Os três sobrenadantes não foram citotóxicos quando testados sobre hemácias e Artemia salina. Sendo assim, as micocinas de W. anomalus mostraram-se efetivas neste estudo e podem ser utilizadas no desenvolvimento de novas substâncias antimicrobianas.

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