Spelling suggestions: "subject:"yanomami anguage"" "subject:"yanomami 1anguage""
1 |
Educação escolar yanomami e potiguaraSimas, Hellen Cristina Picanço 31 July 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2015-05-14T12:43:12Z (GMT). No. of bitstreams: 1
arquivototal.pdf: 16861282 bytes, checksum: 9cbf011404629041662194da37ec6621 (MD5)
Previous issue date: 2013-07-31 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This research aimed to examine the model of school education and the main factors that
hinder the implementation of the National Language Policy in the Potiguara school
from Monte Mor community, located in the town of Rio Tinto (PB), and in the
Yanomami school from Maturacá region, located in the town of São Gabriel da
Cachoeira (AM). We list the following specific objectives: identify the sociolinguistic
situation of the Potiguara community from Monte Mor and the Yanomami community
from Maturacá region; analyze the model of school education developed in the
communities; analyze the teaching and learning of writing and orality of the indigenous
languages of the communities surveyed, in order to describe how to process the
Intercultural Bilingual Education and discuss the National Language Policy from the
forms of language planning performed on each indigenous community. In general, this
research is based in two theoretical axes: those that deal with the concepts of literacy
and language as interaction: Bakhtin (2000), Marcuschi (2001), Smith (2006);
Schneuwly and Dolz (2004) and those that deal with language policy and indigenous
education: Butler and Hakuta (2006), Edwards (2006), Hamers and Blanc (1989),
Mackey (2000), Saer (1922), Maher (2007), Barros (1994), Cavalcante (1999),
D'Angelis (2005), Monte (1994), National Curriculum for Indigenous Schools (1998).
The research, characterized as an ethnographic and qualitative-interpretive one, led us to
the following results: the Yanomami Language among the Yanomami from Maturacá
region is L1 and the Portuguese language is L2, being bilingual the group between 17
and 55 years of age; the children and the elderly, in their turn, are monolingual in the
indigenous language. The Yanomami and Potiguara, for different reasons, adopt the
National Language Policy which predict, among other things, the bilingual and
intercultural education, however, in practice, the national model of school education is
still in force completely among the Yanomami and partially among Potiguara. Some
aspects that hinder the development of the National Language Policy among the
Yanomami were recorded, as follows: lack of knowledge of the sociolinguistic reality of
the community or not take it into account during the preparation of projects for teaching
languages; overvaluation of the teaching and learning of writing, in Portuguese and in
Yanomami languages; literacy in unwritten community; incompatibility between the
teaching of oral and written in Portuguese language; the teaching and writing being
made initially in Portuguese; lack of written material in the Yanomami language. In the
Potiguara Community, beyond the factors that hinder the development of the National
Language Policy, there are the following ones: the choosing of a dead language to be
taught in the Potiguara community and the deployment of Tupi language motivated by
political issues linked to the issue of indigenous identity and not for sociocommunicative
reasons, revealing the lack of a Language Planning for the
implementation of the language. In summary, both the model of Bilingual and
Intercultural Education as the National Language Policy developed in these
communities deserve to be adjusted in order to build an indigenous education more
consistent with each linguistic reality. / Esta pesquisa teve como objetivo geral analisar o modelo de educação escolar e
os principais fatores que dificultam a implementação da Política Linguística nacional na
escola Potiguara da comunidade Monte Mor, localizada no município de Rio Tinto
(PB), e na escola Yanomami da região de Maturacá, localizada no município de São
Gabriel da Cachoeira (AM). Elencamos os seguintes objetivos específicos: identificar a
situação sociolinguística da comunidade Potiguara, de Monte Mor, e Yanomami, da
região de Maturacá; analisar o modelo de educação escolar desenvolvido nas
comunidades; analisar o ensino-aprendizagem da escrita e da oralidade das línguas
indígenas das comunidades pesquisadas, a fim de descrever como se processa o Ensino
Bilíngue Intercultural e discutir a Política Linguística nacional a partir das formas de
planejamento linguístico executadas em cada comunidade indígena. Em linhas gerais,
respaldamo-nos em dois eixos teóricos: os que tratam das concepções de letramento e
de linguagem como interação: Bakhtin (2000), Marcuschi (2001); Soares (2006);
Schneuwly e Dolz (2004) e os que tratam de políticas linguísticas e educação escolar
indígena: Butler e Hakuta (2006), Edwards (2006), Hamers e Blanc (1989), Mackey
(2000), Saer (1922); Maher (2007); Barros (1994), Cavalcante (1999), D Angelis
(2005), Monte (1994), Referencial Curricular Nacional para as Escolas Indígenas
(1998). A pesquisa, de caráter etnográfico e qualitativo-interpretativista, nos conduziu
aos seguintes resultados: a Língua Yanomami entre os Yanomami da região de
Maturacá é L1 e o português é L2, sendo bilíngue o grupo entre 17 e 55 anos; as
crianças e idosos são monolíngues em língua indígena. Os Yanomami e Potiguara, por
motivos distintos, adotam a Política Linguística nacional que prevê, entre outras coisas,
o ensino bilíngue e intercultural, no entanto, na prática, o modelo nacional de educação
escolar ainda vigora totalmente entre os Yanomami e parcialmente entre os
Potiguara.Foram registrados alguns aspectos que dificultam o desenvolvimento da
Política Linguística nacional entre os Yanomami: desconhecimento,por parte do
Governo,da realidade sociolinguística da comunidade ou não levá-la em consideração
durante a elaboração de projetos voltados para o ensino de línguas;supervalorização do
ensino-aprendizagem da escrita: em Língua Portuguesa e em Língua
Yanomami;letramento em comunidade ágrafa; descompasso entre o ensino da oralidade
e da escrita da língua portuguesa; alfabetização sendo feita primeiramente em Língua
Portuguesa;falta de material escrito em Língua Yanomami. Na comunidade Potiguara,
dentre os fatores que dificultam o desenvolvimento da Política Linguística nacional
destacam-se: escolha de uma língua morta para ser ensinada na comunidade Potiguara; a
implantação da Língua Tupi motivada por questões políticas ligadas à questão da
identidade indígena e não por razões sociocomunicativas, revelando a falta de um
Planejamento Linguístico para a implantação da língua. Em síntese, tanto o modelo de
educação Bilíngue e Intercultural quanto a Política Linguística nacional desenvolvidos
nessas comunidades merecem ser reajustados no sentido de se construir uma educação
escolar indígena mais condizente com cada realidade linguística.
|
Page generated in 0.0298 seconds