Made available in DSpace on 2014-07-29T15:32:03Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Reuvia de Oliveira Geografia na EJA.pdf: 2114505 bytes, checksum: 7b9947f67ee3da2325806a9738502663 (MD5) Previous issue date: 2011-03-15 / Esta pesquisa tem como objetivo investigar o papel da Geografia no cotidiano dos jovens trabalhadores e estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Busca-se com o presente trabalho entender de que maneira a Geografia auxilia os jovens no mercado de trabalho, na compreensão da cidade e no desenvolvimento da participação cidadã. São temas discutidos nesse estudo: a cidade espaço de reprodução do capital, de desigualdades sociais e de oportunidades, que pode ser melhor entendida por meio do ensino e a juventude, como etapa de transformações e de conflitos em que a cidadania é algo a ser compreendido e exercido. São apresentadas reflexões sobre o trabalho, como direito de todos e meio de transformação social que por vezes auxilia ou atrapalha no rendimento escolar. O ensino aqui investigado trata-se da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e os sujeitos são os jovens trabalhadores ou em processo de inserção no mercado de trabalho. Cuida-se de uma investigação que abrange uma abordagem qualitativa e quantitativa para a análise e observação de aulas, entrevistas e questionários. Assim, a primeira parte deste estudo apresenta uma discussão sobre cidadania, juventude e trabalho. Enfatiza-se que a amplitude desses temas e as diversas contribuições de pesquisas sobre cidadania colaboram sensivelmente para o ensino da Geografia. Em seguida apresentam-se informações documentais sobre Educação de Jovens e Adultos no Brasil e as leis que regem essa modalidade de ensino, assim como a organização do ensino de Geografia na EJA. Nesse contexto, volta-se também para descrição das escolas campo e o perfil dos jovens estudantes da EJA de Goiânia e Região Metropolitana, sendo apresentados os dados de questionários aplicados em diferentes turmas de EJA. Os resultados mostraram que esses jovens têm baixa renda familiar, muitos são responsáveis pelo próprio sustento, trabalham em média oito horas por dia e reconhecem na escola uma possibilidade de ascensão profissional e pessoal. Neste trabalho são, ainda, ouvidas e discutidas as vozes dos jovens trabalhadores e estudantes de EJA, sujeitos desta pesquisa, observados durante as aulas de Geografia e submetidos a entrevistas. Faz-se a apresentação das considerações dos entrevistados sobre os conteúdos geográficos e a ligação desses com o cotidiano. Apresentam-se reflexões sobre o ensino de Geografia e a formação para a cidadania e o trabalho, a relação entre conteúdo e prática na visão do jovem trabalhador e as indicações para a educação geográfica na Educação de Jovens e Adultos. Os resultados apontam que os educandos conseguem fazer associações entre o que aprendem nas aulas de geografia e o seu cotidiano; segundos eles, os conteúdos que têm mais ligação com mundo do trabalho são: ambiente e natureza, política, geografia regional, globalização e urbanização. Constata-se que os professores procuram considerar as especificidades dos alunos e realizam um ensino voltado para a sua realidade e que o ensino de Geografia na EJA pode ser melhorado com maior investimento nas escolas, em materiais didáticos, capacitação profissional e aplicação da legislação referente a essa modalidade de ensino. / Esta pesquisa tem como objetivo investigar o papel da Geografia no cotidiano dos jovens trabalhadores e estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Busca-se com o presente trabalho entender de que maneira a Geografia auxilia os jovens no mercado de trabalho, na compreensão da cidade e no desenvolvimento da participação cidadã. São temas discutidos nesse estudo: a cidade espaço de reprodução do capital, de desigualdades sociais e de oportunidades, que pode ser melhor entendida por meio do ensino e a juventude, como etapa de transformações e de conflitos em que a cidadania é algo a ser compreendido e exercido. São apresentadas reflexões sobre o trabalho, como direito de todos e meio de transformação social que por vezes auxilia ou atrapalha no rendimento escolar. O ensino aqui investigado trata-se da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e os sujeitos são os jovens trabalhadores ou em processo de inserção no mercado de trabalho. Cuida-se de uma investigação que abrange uma abordagem qualitativa e quantitativa para a análise e observação de aulas, entrevistas e questionários. Assim, a primeira parte deste estudo apresenta uma discussão sobre cidadania, juventude e trabalho. Enfatiza-se que a amplitude desses temas e as diversas contribuições de pesquisas sobre cidadania colaboram sensivelmente para o ensino da Geografia. Em seguida apresentam-se informações documentais sobre Educação de Jovens e Adultos no Brasil e as leis que regem essa modalidade de ensino, assim como a organização do ensino de Geografia na EJA. Nesse contexto, volta-se também para descrição das escolas campo e o perfil dos jovens estudantes da EJA de Goiânia e Região Metropolitana, sendo apresentados os dados de questionários aplicados em diferentes turmas de EJA. Os resultados mostraram que esses jovens têm baixa renda familiar, muitos são responsáveis pelo próprio sustento, trabalham em média oito horas por dia e reconhecem na escola uma possibilidade de ascensão profissional e pessoal. Neste trabalho são, ainda, ouvidas e discutidas as vozes dos jovens trabalhadores e estudantes de EJA, sujeitos desta pesquisa, observados durante as aulas de Geografia e submetidos a entrevistas. Faz-se a apresentação das considerações dos entrevistados sobre os conteúdos geográficos e a ligação desses com o cotidiano. Apresentam-se reflexões sobre o ensino de Geografia e a formação para a cidadania e o trabalho, a relação entre conteúdo e prática na visão do jovem trabalhador e as indicações para a educação geográfica na Educação de Jovens e Adultos. Os resultados apontam que os educandos conseguem fazer associações entre o que aprendem nas aulas de geografia e o seu cotidiano; segundos eles, os conteúdos que têm mais ligação com mundo do trabalho são: ambiente e natureza, política, geografia regional, globalização e urbanização. Constata-se que os professores procuram considerar as especificidades dos alunos e realizam um ensino voltado para a sua realidade e que o ensino de Geografia na EJA pode ser melhorado com maior investimento nas escolas, em materiais didáticos, capacitação profissional e aplicação da legislação referente a essa modalidade de ensino.