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Gestão ambiental no setor sucroalcooleiro de Pernambuco : entre a inesgotabilidade dos recursos naturais e os mecanismos de regulação

MELO, Maiara Gabrielle de Souza 31 January 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T16:25:14Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo1274_1.pdf: 3435781 bytes, checksum: 81fcde837d8dec0ec503a3e94a36d774 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2011 / Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco / Para tratar do setor sucroalcooleiro é indispensável considerar que esta atividade econômica marcou e marca profundamente a paisagem e as relações sociais existentes no Nordeste brasileiro. Conseqüência de um projeto de desenvolvimento equivocado e constantemente incentivada pelo Estado, a atividade sucroalcooleira está relacionada a importantes impactos ambientais, tanto em número quanto em intensidade, que ocorrem nas etapas agrícola e industrial da produção de açúcar e álcool. Com o advento das preocupações ambientais, sobretudo a partir da promulgação da Política Nacional de Meio Ambiente em 1981, o setor empresarial tem sido incentivado a se adequar as exigências legais e a novos padrões de mercado. Mas, como mudar estruturas protegidas pelo Estado que surgiram dentro do paradigma da inesgotabilidade de recursos naturais? Neste sentido, esta pesquisa tem como objetivo analisar os mecanismos de gestão ambiental aplicados ao setor sucroalcooleiro de Pernambuco, a partir dos instrumentos de regulação formal e informal, com enfoque na gestão dos resíduos dos processos sucroalcooleiros. O objeto de estudo são dezoito usinas sucroalcooleiras, situadas na Zona da Mata de Pernambuco, e filiadas ao Sindicato dos produtores de açúcar e álcool do Estado. Para esta análise a principal fonte de dados utilizada foi à documentação, referente ao setor, do arquivo da CPRH, órgão de controle ambiental de Pernambuco. Observou-se que há predominância de aplicação dos instrumentos de caráter formal, sobretudo com relação à poluição hídrica e atmosférica, mas que esta ainda não ocorre de maneira eficiente. Dentre os problemas constantes destaca-se a falta de fiscalização e de controle sobre as exigências feitas pelo órgão estadual de controle ambiental. Com relação aos mecanismos de regulação informal, poucas empresas da região o adotam. Destaca-se o fato de nenhuma empresa sucroalcooleira do Estado possuir certificação ISO 14.001, nem estar interessada em obtê-la em curto e médio prazo. Os principais efeitos desta gestão ambiental ineficiente podem ser visto na gestão dos resíduos agroindustriais do setor. Aliado ao problema da grande quantidade de resíduos gerados está o armazenamento e a destinação final, em grande parte dos casos, inadequados. Observa-se a permanência de velhos problemas, como a poluição hídrica causada pelo vinhoto e águas residuárias, e a poluição atmosférica causada pelas queimadas da palha da cana e pelo funcionamento de caldeiras sem controle de poluição, causando perca da qualidade ambiental. Apesar das falhas, não se pode negar a importância deste processo de controle ambiental relativo ao setor sucroalcooleiro, visto que além das ações impactantes ao ambiente ressalta-se o poder político do setor sustentado no arcabouço histórico do qual Pernambuco foi e continua sendo cenário
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Mulheres (des) cobertas, histórias reveladas : relações de trabalho, práticas cotidianas e lutas políticas das trabalhadoras canavieiras na zona da mata sul de Pernambuco (1980-1988)

BEZERRA, Marcela Heráclio 31 January 2012 (has links)
Submitted by Marcelo Andrade Silva (marcelo.andradesilva@ufpe.br) on 2015-03-06T12:51:39Z No. of bitstreams: 2 Marcela Heráclio Bezerra - Mulheres (Des) cobertas, Histórias Reveladas. PPGH-UFPE-2012.pdf: 4566773 bytes, checksum: 71e6374c6e2e708367673bcf150fe3b7 (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-03-06T12:51:39Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Marcela Heráclio Bezerra - Mulheres (Des) cobertas, Histórias Reveladas. PPGH-UFPE-2012.pdf: 4566773 bytes, checksum: 71e6374c6e2e708367673bcf150fe3b7 (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Previous issue date: 2012 / CNPq / As trabalhadoras canavieiras da Zona da Mata Sul de Pernambuco, desde a tenra infância, foram obrigadas a sobreviver em miseráveis condições de vida e degradantes relações de trabalho inerentes ao sistema agrícola implantada na região desde os tempos de Duarte Coelho. A lógica da produção canavieira, fundamentada na tríade latifúndio, monocultura do açúcar e exploração da mão-de-obra, imprimia às mulheres canavieiras, assim como os demais trabalhadores, à exploração extensiva das classes patronais. Para as trabalhadoras, a exploração de classe somava-se à opressão de gênero, recaindo sob elas, a dupla ou tripla jornada de trabalho. A partir do reconhecimento e da valorização das mulheres canavieiras como partícipes da classe trabalhadora, característica nem sempre considerada pela historiografia relativa aos movimentos sociais no campo, a presente pesquisa buscou dar visibilidade histórica às trabalhadoras canavieiras, através da reflexão acerca das práticas políticas e das relações estabelecidas por elas nos distintos âmbitos de atuação social, ao longo do decênio de 1980. Ao problematizar a presença ou a ausência das mulheres canavieiras nos diferentes espaços de sociabilidade, analisou-se3.074 fichas de trabalhadores associados ao Sindicato de Trabalhadores Rurais do Cabo de Santo Agostinho, entre os anos de 1963 e 1989, os documentos produzidos pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Pernambuco e pelo Centro das Mulheres do Cabo. Realizou-se também um estudo pormenorizado dos 525 processos trabalhistas impetrados na 1ª Junta de Conciliação Justiça do Cabo de Santo Agostinho, de 1980 a 1985 e das 15 entrevistas realizadas com trabalhadores canavieiros, assessores sindicais e líderes de movimentos sociais. Longe de constituírem-se como apêndices históricos, constatou-se: o protagonismo das trabalhadoras canavieiras no ambiente do trabalho assalariado e no espaço doméstico; o gradativo aumento da participação feminina nas campanhas salariais e nos movimentos sindicais e de mulheres trabalhadoras rurais; a presença das trabalhadoras canavieiras na Justiça do Trabalho através dos processos trabalhistas que reivindicação o cumprimento dos direitos conquistados através das Convenções e Dissídios Coletivos. Ao eleger como objeto de estudo as relações de trabalho, as lutas políticas e os embates travados no cotidiano das trabalhadoras canavieiras da zona da Mata Sul de Pernambuco, ao longo da década de 1980, visa-se dar visibilidade histórica a sujeitos pouco contemplados pela historiografia - as mulheres canavieiras – sem os quais, torna-se incompleta qualquer análise sobre a história dos trabalhadores canavieiros de Pernambuco bem como da classe trabalhadora rural brasileira como um todo.
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Função Ambiental das Propriedades Rurais das Usinas Sucroalcooleiras do Estado de Pernambuco: Desdobramentos da Operação Engenho Verde

de Abreu Momesso, Mariana 31 January 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T16:25:03Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo1273_1.pdf: 1647139 bytes, checksum: f5c549b60c7b529458ce45b9cd8ca7ea (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2011 / Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis / Apesar do reconhecimento do direito ao meio ambiente como direito fundamental, do debate sobre a sustentabilidade e do conteúdo ambiental da função social da propriedade rural, o Brasil enfrenta grandes dificuldades em implementar as leis ambientais que incidem sobre a propriedade privada da terra. Tal fato decorre das contradições inerentes ao sistema capitalista, da persistência da idéia de propriedade como um direito absoluto e da política desenvolvimentista do Estado, em contraposição à fragilidade das políticas ambientais. Mas esta dificuldade é ainda maior quando se exige o cumprimento das normas ambientais das propriedades rurais das usinas sucroalcooleiras de Pernambuco, que têm na base de sua ocupação o poder sobre a terra e a exploração da natureza no sistema capitalista, através da instituição da plantação colonial (plantation). No ano de 2008, já no contexto de incentivo à produção do etanol, o IBAMA realizou a operação denominada Engenho Verde, através da qual autuou todas as usinas sucroalcooleiras de Pernambuco por ausência de licença ambiental do cultivo da cana-de-açúcar e interpôs ações civis públicas, requerendo a adequação ambiental legal das propriedades rurais usineiras. Este trabalho discute o contexto e os desdobramentos da operação Engenho Verde, procurando analisar os avanços e entraves na tentativa de adequação ambiental legal dessas propriedades até o presente momento
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A constituição de territórios-rede através de processos de re-existência da agricultura familiar na mata sul de Pernambuco

BRASILEIRO, Robson Soares 31 January 2012 (has links)
Submitted by Marcelo Andrade Silva (marcelo.andradesilva@ufpe.br) on 2015-03-05T18:45:56Z No. of bitstreams: 2 TeseRobsonBrasileiroDoutoradoGeografiaUFPE.pdf: 6892858 bytes, checksum: ec6c78a77ec132e19d03dba07b1d98f8 (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-03-05T18:45:56Z (GMT). No. of bitstreams: 2 TeseRobsonBrasileiroDoutoradoGeografiaUFPE.pdf: 6892858 bytes, checksum: ec6c78a77ec132e19d03dba07b1d98f8 (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Previous issue date: 2012 / FACEPE / A tese procura investigar o desenvolvimento de iniciativas agroecológicas em região de predominância do setor sucro-energético na Zona da Mata Sul de Pernambuco. Procura-se, através de uma perspectiva geográfica, analisar a trajetória e os obstáculos que dificultam a construção de redes territorializantes para a agricultura familiar de base agroecológica e seu viés de comercialização alimentar diferenciado. As unidades de produção integradas na região em apreço são fortalecidas mediante processos de intercâmbios e articulação entre sujeitos sociais (pessoas) e atores sociais (instituições) viabilizando estratégias de inovação ao mesmo tempo em que revalorizam saberes tradicionais e uma relação mais harmoniosa entre os sistemas de produção agrícola e a natureza. Através da aplicação de entrevistas semi-estruturadas e dados coletados durante os trabalhos de campo elaborou-se um banco de dados que possibilitou subsídios para construção do material cartográfico, bem como pensar a espacialidade da agricultura familiar em termos da construção de territórios-rede. Foram reconhecidas estratégias territorializantes de integração em diversas escalas, com base no sentimento de pertencimento à agroecologia. Apoiados sobretudo pelo Centro em de Desenvolvimento Agroecológico – SABIÁ uma ONG que desenvolve trabalhos na perspectiva agroecológica em algumas regiões de Pernambuco, agricultores são empoderados na sua base, proporcionando visibilidade e expressividade às iniciativas locais. Os territórios-rede da agroecologia, enquanto hipótese deste trabalho, se configuram não apenas através dos permutas e processos interativos, mas também enquanto espaços de comercialização e diálogos – onde a produção ganha expressividade geográfica através das feiras agroecológicas, sobretudo em Recife. Nesta comercialização procura-se trabalhar no sentido de construir um mercado mais justo e solidário que aproxime produtores e consumidores, estimulando não apenas o consumo de alimentos ecológicos, mas desmistificando a relação campo/cidade e fortalecendo a agricultura familiar de base agroecológica. Os territórios-rede da agroecologia são espaços conectados em várias escalas territoriais e quase imperceptíveis na imensidão do “deserto verde da cana-de-açúcar” na Mata Sul, constituem-se como uma forma de contestação da produção familiar perante o capital hegemônico na região, materializando-se enquanto um processo de “re-existência”, isto é, novas estratégias territorializantes dos sujeitos e atores sociais aqui estudados. Os resultados obtidos demonstram que as iniciativas agroecológicas em região de monocultivo de cana-de-açúcar são fortalecidas na sua base através do processo de organização e articulação espacial dos envolvidos, que por sua vez, possibilita a construção de territórios-rede da agroecologia, garantido um espaço de integração prioritário na busca de canais estáveis de formação e comercialização. Uma geograficidade da agricultura familiar em busca de outra forma de produzir e de relacionar-se ao meio.
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Diversificação produtiva em assentamentos rurais na Zona da Mata de Pernambuco. / Productive diversification in rural settlements in the Zona da Mata of Pernambuco.

VASCONCELOS, Jefferson Oliveira de. 17 September 2018 (has links)
Submitted by Johnny Rodrigues (johnnyrodrigues@ufcg.edu.br) on 2018-09-17T17:25:15Z No. of bitstreams: 1 JEFFERSON OLIVEIRA DE VASCONCELOS - DISSERTAÇÃO PPGCS 2011..pdf: 3996225 bytes, checksum: 58e39e6cba6476d95a063791d74b3d9b (MD5) / Made available in DSpace on 2018-09-17T17:25:15Z (GMT). No. of bitstreams: 1 JEFFERSON OLIVEIRA DE VASCONCELOS - DISSERTAÇÃO PPGCS 2011..pdf: 3996225 bytes, checksum: 58e39e6cba6476d95a063791d74b3d9b (MD5) Previous issue date: 2011-11 / CNPq / Esta dissertação é o resultado de uma pesquisa sobre o assentamento Chico Mendes III, localizado no município de São Lourenço da Mata, Zona da Mata Norte de Pernambuco. Podemos dizer que está em curso um processo de reconversão produtiva, com a diversificação de culturas, como a mandioca, o feijão, o milho, as hortaliças, a revegetação com fruteiras, plantas nativas da mata atlântica e exóticas, e, concomitantemente, a emergência de novos atores e relações sociais. Esse processo se diferencia da prática produtiva de alguns assentamentos na região da Zona da Mata de Pernambuco, os quais se têm dedicado à produção da cana-de-açúcar e de lavoura branca. A região da Zona da Mata pernambucana tem sido historicamente dominada pela produção da cana-de-açúcar e pelo processamento industrial de açúcar e álcool. Nos anos 1990, a atividade sucroalcooleira na região sofreu uma crise que tem como origem a conjuntura do mercado internacional, mas também a abertura comercial proveniente da política neoliberal adotada pelo Governo Federal. O resultado da crise foi o desemprego de trabalhadores canavieiros e a falência dos fornecedores de cana, especialmente dos pequenos produtores. As usinas de açúcar e álcool solicitaram ações imediatas para salvar a atividade na região, e o movimento sindical e os movimentos sociais reivindicaram ações que amenizassem a situação de pobreza dos trabalhadores rurais e dos agricultores familiares, dentre elas a reforma agrária. A partir da luta pela terra, o MST, o movimento sindical pernambucano (STRs) a FETAPE e outros movimentos sociais têm buscado pressionar os Governos Federal e Estadual para a desapropriação de áreas improdutivas. O engenho São João, pertencente à usina Tiúma, no município de São Lourenço da Mata, é um retrato da crise. Após o encerramento das atividades da usina do Grupo Empresarial Votorantim, nos anos 1980, o engenho se dedica a fornecer cana a usinas da região. Nos anos 1990, como não mais havia produção de cana, o MST iniciou um processo de luta pela terra com a organização de famílias, ocupação e reinvindicação da área para fins de reforma agrária. As famílias acampadas e depois assentadas experimentam mudanças sociais e produtivas, que caracterizamos como reconversão social, pois se trata de deslocamentos no espaço social, ou seja, trabalhadores da cana ou ex-moradores de engenho passam a ser assentados da reforma agrária, e vivenciam uma reconversão produtiva quando aceitam implantar nos lotes uma proposta de trabalho e de relações sociais, qualificada por técnicos e acadêmicos da Universidade Federal Rural de Pernambuco como Projeto de transição agroecológica. Assim, é modificada a forma de organizar a produção e a comunidade, inserindo-se novas culturas agrícolas na sua área e interagindo com novos atores sociais. / This thesis is the result of a survey conducted concerning the settlement of Chico Mendes III, located in São Lourenço da Mata, North Zona da Mata of Pernambuco. An ongoing process of restructuring the production as well as the emergence of new actors and social relations is notable, where the diversification of crops such as cassava, beans, corn, vegetables, fruit trees vegetation, native atlantic forest and exotic plants can be seen. This process of productive practice differs from the ones seen in some settlements in Zona da Mata of Pernambuco, where they have dedicated themselves to the production of sugarcanes and white crops. The region of Zona da Mata has historically been taken by the strong production of sugarcane and the industrial processing of sugar and alcohol. In the 1990s, the sugar and ethanol activity in the region suffered a crisis that had its origins in both the international market situation, and trade liberalization from the neoliberal policies adopted by the Federal Government. As a result, the crisis caused unemployment among the sugarcane workers and failure for sugarcane suppliers, especially small producers. The sugar and alcohol factory requested immediate action to save the activity in the region. As for the trade unions and social movements, they demanded actions in order to ameliorate the poverty of rural workers and farmers, as well as the land reform. Since the struggle for land, the landless workers movement (or MST), the trade union movement from Pernambuco (STRs), the federação dos trabalhadores na agricultura do Estado de Pernambuco (or FETAPE) and other social movements have sought to pressure the Federal and State governments to expropriate unproductive areas. The mill São João belonging to the Tiúma factory in São Lourenço da Mata, is a picture of this crisis. After the closing of activities performed by the factory Grupo Empresarial Votorantim in the 1980s, the mill is dedicated to providing the canes to factories in the region. In the year 1990 as there were no more cane production, the MST began a struggle process for land with families organization, occupation and demand of area for purposes of land reform. Families that camped and were then settled experienced social and productive changes, which can be characterized as social conversion, thus this is a case of displacement in social space. That is, sugarcane workers or even former residents of mills, become involved in land reform, and experience a productive conversion once they accept to deploy in lots, a work and social relationship proposal, qualified by technicians and academics from the Federal Rural University of Pernambuco as Projeto de transição agroecológica (or Transition agroecological project). Therefore, the way of organizing the production and community is modified by inserting new crops in its area and interacting with new social actors.

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