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Consumo alimentar: uma análise dos condicionantes comportamentais associados ao consumo de produtos ultraprocessadosSerafim, Monalisa da Costa 23 August 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-08-23 / This paper goal was to identify which are the behavioral conditionings that influence the buying intention of ultraprocessed food and beverage, under the social marketing optics. The literature review made possible, through analysis of food consumption researches, to comprehend the factors and their relationship with the dimensions of interest in this paper (ultraprocessed buy-intention, attitude toward the ultraprocessed, subjective norm, self-efficacy and perceived control), resulting in nine hypotheses to empirical verification. The methodological procedures involved the creation of a questionnaire with scales that have been validated in other studies, being just adapted to this one. With the available data, we made an initial exploratory analysis, followed up by descriptive analysis, factor analysis and the use of structural equation modeling in order to verify the hypotheses. We found that convenience and sensorial appeal are the main factors that significantly contribute to a positive attitude regarding ultraprocessed food, and that they influence the buying intention of these products. This last one gets a strong negative influence from the self-efficacy construct, pointing out the importance of the individual's intern control to avoid the consumption of harmful to health food. Another important finding of the paper is the significantly interference of the facilitators construct to self-efficacy, showing that the impossibility to cook and the fact of eating by itself hinders the individual's control over its feeding choices. / Este trabalho objetivou identificar quais são os condicionantes comportamentais que influenciam a intenção de compra de alimentos e bebidas ultraprocessados, sob a óptica do marketing social. A revisão de literatura possibilitou, através da análise de pesquisas sobre o consumo alimentar, compreender os fatores e sua relação com as dimensões de interesse desse estudo (Intenção de compra de ultraprocessados, atitude sobre os ultraprocessados, norma subjetiva, auto-eficácia e controle percebido), resultando em nove hipóteses para a verificação empírica. Os procedimentos metodológicos envolveram a construção de um questionário com escalas que já haviam sido validadas em outros estudos, sendo apenas adaptadas para essa pesquisa. Com os dados disponíveis, realizamos uma análise exploratória inicial, seguido de análises descritivas, fatoriais e, por fim, a utilização da modelagem de equações estruturais para verificar as hipóteses da pesquisa. Nos resultados encontramos que a conveniência e o apelo sensorial são os principais fatores que contribuem, significativamente, para uma atitude positiva em relação aos alimentos ultraprocessados e que, por sua vez, influência a intenção de compra desses produtos. Este último, recebe forte influência negativa do construto auto-eficácia, indicando a importância do controle interno do indivíduo para evitar o consumo de alimentos prejudiciais para a sua saúde. Outro achado importante da pesquisa é a interferência significativa do construto facilitadores para a auto-eficácia, demostrando que a impossibilidade de cozinhar e o fato de comer sozinho dificulta o controle do indivíduo sobre as suas escolhas alimentares.
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Consumo de alimentos ultraprocessados e sua relação com o perfil lipídico aos 18 anos de idade: Coorte de nascimentos de 1993, Pelotas, RS, Brasil. / Ultraprocessed food consumption and its relationship with the lipid profile at 18 years of age: Birth cohort 1993, Pelotas, RS, BrazilKarnopp, Ediana Volz Neitzke 01 April 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-04-01 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / Introdução: Evidencia-se um consumo alarmante de alimentos com elevada densidade energética e baixa qualidade nutricional - denominados ultraprocessados - em todas as faixas etárias da população brasileira. Entretanto, os adolescentes são considerados um grupo de risco nutricional, por serem vulneráveis a escolhas de alimentos não saudáveis. O presente estudo teve como objetivo avaliar o consumo de alimentos ultraprocessados e sua relação com o perfil lipídico sérico de adolescentes com 18 anos de idade. Métodos: Estudo transversal aninhado a uma coorte de nascimentos de base populacional. A amostra do estudo foi composta pelos participantes da coorte de nascimentos de 1993 da cidade de Pelotas, RS acompanhados aos 18 anos de idade. A informação de consumo alimentar foi obtida por questionário de frequência alimentar semi-quantitativo, autoplicado em versão eletrônica, com período recordatório de um ano. O grau de processamento dos alimentos foi avaliado conforme a classificação proposta pelo Guia Alimentar para População Brasileira de 2014. O consumo de ultraprocessados foi analisado como percentual de contribuição energética da ingestão diária, categorizado em quintis. Foram obtidas informações sobre o sexo, cor da pele, renda familiar, escolaridade materna ao nascimento, fumo atual, atividade física no lazer, peso e altura. Resultados: 3.846 indivíduos foram incluídos no estudo. Quanto à contribuição no total energético, os alimentos in natura ou minimamente processados contribuíram com 54%, seguido pelos alimentos ultraprocessados (41,4%), ingredientes culinários processados (3,3%) e alimentos processados (2%). As proteínas e as fibras dietéticas apresentaram uma tendência ao declínio conforme o aumento nos quintis de contribuição energética dos alimentos ultraprocessados. O contrário foi observado para a ingestão total de energia, carboidratos e gorduras totais. Em relação aos níveis médios de CT, LDL e HDL foram mais elevados em adolescentes do sexo feminino. Tanto o CT, HDL, LDL e TG associaram-se aos maiores quintis de contribuição energética dos alimentos ultraprocessados. Conclusão: Os resultados deste estudo revelam um impacto negativo do consumo de alimentos ultraprocessados, sobretudo nos níveis de CT e TG e na qualidade nutricional da dieta dos adolescentes aos 18 anos idade. Entende-se que a redução no consumo de alimentos ultraprocessados é um dos caminhos para a promoção da alimentação saudável e da saúde. / Introduction: This study highlights an alarming consumption of foods with high energy density and low nutritional quality - called ultraprocessados - in all age groups of the population. However, teenagers are considered a nutritional risk group because they are vulnerable to unhealthy food choices. This study aimed to evaluate the consumption of ultraprocessados food and its relationship with serum lipid profile in adolescents 18 years of age. Methods: Cross-sectional study nested in a cohort of births. The study sample was composed by participants of the 1993 Birth Cohort in Pelotas, RS followed up to 18 years old. The information of food consumption was obtained by questionnaire semi-quantitative food frequency autoplicado in electronic version, with recall period of one year. The degree of food processing was evaluated according to the classification proposed by the Food Guide for the Brazilian Population 2014. The consumption of ultraprocessados was analyzed as energy contribution percentage of the daily intake, categorized into quintiles. They obtained information about sex, skin color, family income, maternal education at birth, current smoking, physical activity during leisure time, weight and height. Results: 3846 subjects were included in the study. As the contribution to the total energetic, foods fresh or minimally processed contributed 54%, followed by ultraprocessados food (41.4%), processed cooking ingredients (3.3%) and processed foods (2%). Protein and dietary fiber showed a tendency to decline as the increase in energy contribution quintiles of ultraprocessados food. The opposite was observed for total energy intake, carbohydrates and total fat. In relation to average levels of TC, LDL and HDL were higher in female adolescents. Both TC, HDL, LDL and TG were associated to higher quintiles of energy contribution of ultraprocessados food. Conclusion: The results of this study show a negative impact of consumption ultraprocessados food, particularly the levels of TC and TG and nutritional quality of the diet of adolescents to 18 years old. It is understood that the reduction in the consumption of ultraprocessados food is one of the ways to promote healthy eating and health.
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O ambiente alimentar, os indivíduos e suas práticas: um estudo no município de São Paulo / The food environment, individuals and their practices: a survey in São PauloAlmeida, Luara Bellinghausen 06 November 2015 (has links)
Introdução Evidências sugerem impacto das características do ambiente nas taxas de obesidade, por mediadores em nível comunitário, como acesso a comércios, disponibilidade e custo de alimentos. Porém, há insuficiente compreensão sobre a interação do meio nas práticas alimentares. Objetivos Ampliar a compreensão a respeito das relações entre o ambiente e as práticas alimentares em diferentes contextos socioeconômicos e de acesso à alimentação em que vivem indivíduos no município de São Paulo. Métodos Estudo de abordagem qualitativa baseado em dados de auditoria de ambiente alimentar, inquérito e entrevistas individuais. A amostragem propositiva abrangeu diversos estratos do ambiente socioeconômico e alimentar no município de São Paulo e incluiu 48 indivíduos adultos de ambos os sexos. O roteiro de entrevistas semiestruturadas foi elaborado a partir de duas perguntas norteadoras: Como é a percepção dos indivíduos sobre os estabelecimentos de comercialização de alimentos no bairro em que vivem e a sua influência nas práticas alimentares? e Como é a rotina de aquisição, preparo e consumo dos alimentos no bairro em que vivem e como isso se relaciona ao consumo de frutas e hortaliças e de alimentos ultraprocessados?. Para a categorização dos discursos aplicou-se análise de conteúdo proposta por Bardin. A trajetória interpretativa foi conduzida sob o referencial teórico das representações sociais. A análise de clusters hierárquica foi utilizada para o agrupamento dos indivíduos, retendo-se dois grupos: cluster 1 e cluster 2, diferenciados pelo nível socioeconômico e pela disponibilidade de alimentos saudáveis nos locais avaliados. Resultados As representações sociais sobre os ambientes alimentares estudados corresponderam às características aferidas em auditoria, revelando desigualdades entre os locais estudados. No cluster 1, caracterizado pelo maior nível socioeconômico e pelo melhor acesso à alimentação saudável, prevaleceu a percepção favorável sobre a disponibilidade de feiras, sacolões e supermercados, destacando oportunidades para a aquisição de alimentos com qualidade, variedade e preços acessíveis, dentre os quais as frutas e hortaliças. Os indivíduos do cluster 2 viviam em locais de menor nível socioeconômico e de menor acesso à alimentação saudável e representaram a falta de acesso à estabelecimentos de comércio de alimentos e a indisponibilidade de frutas e hortaliças. Nos dois clusters verificou-se a representação social: refrigerantes, salgadinhos, biscoitos recheados e fast-food se encontra em todo lugar, sobre a disponibilidade de alimentos ultraprocessados. A preocupação com a saúde foi a principal motivação para o consumo de frutas e hortaliças entre os dois clusters, e o gosto, a falta de hábito e o custo foram identificados como barreiras. Sobre o consumo de alimentos ultraprocessados, no cluster 1 ocorreu maior percepção sobre as barreiras, como a preocupação com a saúde. Já no cluster 2, se destacaram as motivações para este consumo, como o gosto e a presença de crianças. Conclusão A forma como conhecem e compreendem as características do ambiente alimentar está refletida em algumas ações dos sujeitos sobre as suas práticas de aquisição e consumo de alimentos. / Background Evidences suggest an impact of environmental characteristics on obesity and non-communicable diseases rates, by mediators at the community level such as access to markets, cost and availability of food. However, there is insufficient comprehension about the interaction of the environment in food pratices. Objective Enhancing knowledge about the relations between the environment and eating habits in different socioeconomic and food access contexts, whereupon São Paulos individuals live. Methods This is a qualitative study based on food environment audit data, inquiry and individual interviews. The purposeful sampling comprised different strata of the socioeconomic and food environments in São Paulo and included 48 adults of both genders.The script for semi-structured interviews was drawn from two guiding questions: How is the perception of the individuals on the food establishments in the neighborhood they live in, and their influence on eating habits? and How is the acquisition routine, preparation and consumption of foods in their neighborhood, and how does it relate to the consumption of fruits and vegetables, and ultra-processed food?. For categorizing the speeches Bardins content analisys was applied. The interpretative trajectory was conducted under the theoretical framework of social representations. The hierarchical clusters analisys was used for grouping individuals, retaining two groups: cluster 1 and cluster 2, differentiated by the socioeconomic level and by the availability of healthy foods at the locations assessed. Results The social representations about the food environments investigated corresponded to the characteristics measured in audit, revealing disparities between the locations assessed. In cluster 1,characterized by higher socioeconomic level and better access to healthy food, prevailed favorable perception about the availability of fairs, grocery stores and supermarkets, standing out opportunities to food acquisition with quality, variety and affordable prices, among which are fruits and vegetables.Individuals from cluster 2 lived in places of lower socioeconomic level and less access to healthy food, and they accounted for the lack of access to food establishments and the unavailability of fruits and vegetables.In both clusters there was the social representation: soft drinks, snacks, cookies and fast food are everywhere, about the availability of ultra-processed food. The concern about healthcare was the main motivation for fruits and vegetables consumption among both clusters, and the taste, the lack of habit and costs were identified as barriers. Regarding to ultra-processed food consumption, in cluster 1 there was a greater awareness about the barriers, like the concern for healthcare. On the other hand, in cluster 2, the motivations for this consumption were highlighted, such as the taste and the presence of children. ConclusionThe way individuals know and understand the environmental characteristics is reflected in some of their actions about the purchasing practices and food consumption.
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Avaliação da alimentação de lactentes menores de um ano nascidos com baixo peso: estudo transversal em 64 municípios brasileiros / Evaluation of the feeding of infants under one year old born with low birth weight: a cross-sectional study in 64 Brazilian municipalitiesOrtelan, Naiá 26 September 2018 (has links)
Introdução: O baixo peso ao nascer (BPN) representa risco crucial para as crianças. Em contrapartida, a amamentação é considerada a estratégia de maior impacto na redução da mortalidade em crianças menores de cinco anos. O aleitamento materno exclusivo (AME) é recomendado até o sexto mês de vida, devendo ser complementado até dois anos de idade ou mais. Crianças com consumo alimentar inadequado desde a infância tendem ao desenvolvimento precoce de sobrepeso e obesidade, além de outras doenças crônicas associadas. Objetivo: Verificar o padrão de aleitamento materno (AM) e as práticas de alimentação complementar de lactentes menores de um ano nascidos com baixo peso e analisar a influência de determinantes individuais e contextuais. Métodos: Estudo transversal com dados de 64 municípios brasileiros (incluindo as capitais e Distrito Federal) que abrangeu 5115 lactentes menores de um ano com BPN da Pesquisa de Prevalência de Aleitamento Materno (PPAM) em Municípios Brasileiros, 2008. O questionário continha questões sobre a prática de AM e sobre o consumo de todos os grupos alimentares nas últimas 24 horas. A tese gerou três manuscritos: 1) Descreve as práticas de aleitamento materno, o consumo de líquidos e alimentos semi-sólidos nas últimas 24 horas e os indicadores de consumo alimentar de lactentes entre seis e 11,9 meses segundo estratos de BPN. 2) Avalia os determinantes individuais e contextuais do AME. 3) Analisa a influência de determinantes individuais e contextual sobre a dieta diversificada e sobre o consumo de alimentos ultraprocessados em lactentes de seis a 11,9 meses com BPN. Nos manuscritos 2 e 3, os determinantes individuais corresponderam às características socioeconômicas (representadas pela proxy escolaridade materna), dos lactentes (idade; sexo), maternas (faixa etária; situação de trabalho; paridade) e aos serviços de saúde (local de acompanhamento ambulatorial). No manuscrito 2 foi incluído também o \'nascimento em Hospital Amigo da Criança (HAC)\'. Os determinantes contextuais corresponderam às características dos municípios, representadas pelas variáveis \'número de Bancos de Leite Humano (BLH) por mil nascidos vivos\' e \'Índice de Desenvolvimento Humano do município\' no manuscrito 2, e \'prevalência estimada de desnutrição infantil\' como proxy de pobreza, no manuscrito 3. Para análise, utilizou-se regressão de Poisson com estrutura multinível e adotou-se nível de significância de 5%. Resultados: Descritos de acordo com cada manuscrito produzido: 1) No estrato de muito BPN o AME até 60 dias e 90 dias foi mais elevado do que nos demais, mas com intervalos de confiança superpostos. A prevalência de AME em menores de seis meses apresentou patamar semelhante nos três estratos de peso ao nascer. A prevalência de AM na primeira hora de vida e o AM foram mais prevalentes entre os nascidos com 2000 a 2499g. Observou-se consumo elevado de alimentos ultraprocessados (AUP) em lactentes de 6|-9 e de 9|-12 meses, sendo esta prevalência maior quanto maior o PN. As prevalências dos indicadores de consumo alimentar estão aquém do recomendado. 2) O AME foi mais prevalente entre lactentes cujas mães tinham de 20 a 35 anos (RP=1,35; IC95%=1,09-1,69), não trabalhavam fora (RP=1,36; IC95%=1,08-1,71) ou estavam em licença maternidade(RP=1,30; IC95%=1,06-1,59); lactentes que nasceram em HAC (RP=1,22; IC95%=1,09-1,37) e que residiam em municípios com maior número de BLH por mil nascidos vivos (RP=1,42; IC95%=1,14-1,76). 3) Aproximadamente 59% dos lactentes consumiram alimentos ultraprocessados, enquanto 29% apresentaram dieta diversificada. Crianças cujas mães residiam em municípios com prevalência de desnutrição infantil inferior a 10% (RP=1,66; IC95%=1,23-2,24), tinham escolaridade superior (RP=1,37; IC95%=1,18-1,60) e trabalhavam fora de casa (RP=1,29; IC95%=1,12-1,49) foram mais propensas a oferecer uma alimentação diversificada. O consumo de alimentos ultraprocessados foi maior entre lactentes cujas mães residiam em municípios com prevalência de desnutrição infantil inferior a 10% (RP=1,17; IC95%=1,04-1,31), eram mais jovens (RP=1,30; IC95%=1,15-1,46) e multíparas (RP=1,16; IC95%=1,03-1,30). Conclusões: A tese evidenciou o efeito independente de estratégias que integram a Política Nacional de Aleitamento Materno. Nascer em HAC, residir em município com maior disponibilidade de BLH e o direito à licença maternidade remunerada exercem influência positiva sobre a prática de AME. Este resultado aponta para a necessidade de expansão da cobertura dessas estratégias com vistas ao cumprimento das metas de AM propostas pela OMS. Foi detectado impacto de fatores individuais e contextuais sobre a qualidade da dieta que demandam o desenvolvimento de estratégias eficazes para aumentar o consumo de alimentos in natura ou minimamente processados e diminuir o consumo de ultraprocessados nesta população vulnerável. / Introduction: Low birth weight (LBW) represents a major risk to children. On the other hand, breastfeeding is recognized as the strategy with the greatest impact on reducing childhood mortality. Thus, exclusive breastfeeding (EBF) is recommended up to the sixth month of the child\'s life and should be complemented up to two years of age or more. Inadequate nutrition during early childhood is associated with early development of overweight, obesity, and other chronic diseases. Objectives: 1) To verify the breastfeeding pattern and complementary feeding practices of infants under one year of age who were born with low weight and, 2) to assess the influence of its individual and contextual determinants. Methods: This cross-sectional analysis included 5,115 infants less than one year of age born with LBW from the Second National Survey of Breastfeeding Prevalence (IIPPAM). The survey evaluated the situation of breastfeeding and complementary feeding in 64 Brazilian municipalities (including capitals and the Federal District). Dietary data was collected using a questionnaire with dichotomous questions about breastfeeding practices and consumption of foods from all food groups in the previous 24 hours. The thesis generated three manuscripts as follows: 1) The first one describes breastfeeding practices, consumption of any liquids (including non-human milk) and semi-solid foods in the last 24 hours, and indicators of young child feeding practices of infants between six and 11.9 months according to birth weight strata. 2) The second manuscript evaluates individual and contextual determinants of exclusive breastfeeding. 3) The third one assesses the influence of individual and contextual factors on dietary diversity and on consumption of ultraprocessed foods in LBW infants between six and 11.9 months of age. The individual-level-factors studied on manuscripts 2 and 3 were: socioeconomic (represented by the proxy maternal education), infants (age, sex), maternal (age range, work situation, parity), and health services (type of outpatient follow-up). The individual-level-factor \'being born in a Baby-Friendly Hospital (BFH)\' was also studied on manuscript 2. The community-level factors studied at the second level in the manuscript 2 included municipalities\' characteristics (number of Human Milk Banks (HMB) per thousand live births in each municipality in 2007, and Human Development Index of the municipality, used as proxy of poverty). The community-level factor studied at the second level in manuscript 3 was municipal prevalence of childhood malnutrition, used as a proxy for poverty. The individualized effect of the study factors on the outcome was evaluated using multilevel Poisson regression analysis. For all manuscripts, a significance level of 5% was adopted. Results: Summary of the findings of each manuscript produced: 1) In the stratum of very LBW, the rates EBF up to 60 and 90 days were higher among very LBW infants compared to others, however with overlapping confidence intervals. The overall prevalence of breastfeeding in infants under six months was similar among the groups. The rates of breastfeeding in the first hour of life and total breastfeeding were both higher among those born with weight between 2000 and 2499g. A high consumption of ultraprocessed foods was observed among infants aged 6|-9 and 9|-12 months, and it was noted that the higher the birth weight the higher was the prevalence of consumption. The prevalence of food groups consumption indicators are below the recommended. 2) EBF was more prevalent among infants born with LBW whose mothers were 20-35 years old, those who did not work outside the home or were on paid maternity leave; those born in a BFH; and those who lived in municipalities with the highest number of HMB per thousand live births. 3) Approximately 59% of infants consumed ultraprocessed foods, while 29% achieved dietary diversity. Mothers with the highest education level, those who worked outside the home, and who lived in municipalities with a prevalence of child malnutrition below 10% were more likely to offer a diverse diet. Consumption of ultra-processed foods was higher among infants whose mothers were younger, multiparous, and who lived in municipalities with a prevalence of child malnutrition below 10%. Conclusions: The thesis augments the evidence that integrated actions of the National Breastfeeding Program already implemented in Brazil - BFH Initiative, Brazilian Network of HMB, and adoption of labor laws for paid maternity leave - are associated with EBF even in the vulnerable population of infants born with LBW. Our results also suggest the need to expand and intensify the coverage of these strategies in order to meet the goals of breastfeeding proposed by the World Health Organization. Our findings also indicate the effects of individual and community-level factors on the dietary quality of this population, suggesting a need for developing effective strategies to increase consumption of unprocessed or minimally processed foods, while decreasing the ultra-processed counterpart for this vulnerable population.
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Consumo de alimentos ultraprocessados fora de domicílio no Brasil / Ultra-processed food eaten out in BrazilAndrade, Giovanna Calixto 28 June 2017 (has links)
Introdução: Comer fora de casa tem sido relacionado com o aumento no consumo de alimentos caracterizados pelo alto grau de processamento, tal como refrigerantes, doces e fast food. Embora indiquem uma associação entre alimentação fora do domicilio e o consumo de alimentos ultraprocessados, estudos realizados até o momento não consideraram o grau e extensão de processamento industrial dos alimentos na avaliação da dieta fora de casa. Objetivo: Avaliar o consumo de alimentos fora de casa e verificar sua associação com características socioeconômicas e indicadores nutricionais. Métodos: Trata-se de um estudo transversal utilizando o Módulo de Consumo Pessoal da Pesquisa de Orçamentos Familiares realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística entre maio de 2008 e maio de 2009. Os alimentos foram agrupados de acordo com a extensão e propósito do processamento industrial. O hábito de comer fora de casa foi avaliado por meio de dois indicadores: o percentual de calorias consumidas fora e a frequência de dias em que cada indivíduo relatou realizar refeições fora de domicílio, ambos descritos segundo características sociodemográficas. Foi estimado o percentual de participação dos grupos e subgrupos alimentares no total de calorias e segundo local de consumo. Adicionalmente, o percentual de participação de alimentos ultraprocessados dentro e fora de casa foi descrito segundo características sociodemográficas. Modelo multinível foi aplicado para avaliar a associação entre comer fora de casa e a participação de alimentos ultraprocessados na dieta. Análise fatorial foi conduzida para identificar padrões de alimentação fora de casa e modelos de regressão linear foram utilizados para explorar associação entre os padrões encontrados e indicadores nutricionais. Resultados: Observa-se uma maior contribuição de alimentos ultraprocessados fora de casa, destacando a participação de itens alimentares como refrigerantes e refeições prontas. Quando comparado com o consumo exclusivamente dentro do domicílio, realizar refeições fora de casa aumenta em 51% o consumo de alimentos ultraprocessados. A análise de componentes principais, no entanto, monstra que existem padrões de alimentação fora de casa que podem ter ou não um impacto negativo na dieta. Foram encontrados três padrões de alimentação na população que explicam conjuntamente 13,6% da variância. O primeiro padrão, denominado refeição tradicional, inclui em sua composição arroz, feijão, legumes e verduras, raízes e tubérculos, macarrão e outras massas, carne bovina, aves e ovos. O segundo padrão, nomeado lanche, é composto por manteiga, leite, café e chás, pão francês, queijos processados e margarina. O terceiro padrão, denominado alimentos de conveniência por ser composto exclusivamente por alimentos ultraprocessados, inclui doces, refeições prontas (tais como fast food, salgados, pizza, entre outras) e refrigerantes. De maneira geral, observou-se uma associação direta entre o padrão de refeições tradicionais e nutrientes saudáveis na dieta, enquanto o padrão lanches e alimentos de conveniência foram associados diretamente com nutrientes não saudáveis. Conclusão: Os resultados apresentados indicam que no Brasil, comer fora de casa está associado ao aumento na participação de alimentos ultraprocessados na dieta. Existem, porém, padrões de alimentação fora de casa. Quando baseada em lanches e alimentos de conveniência, comer fora de casa acarreta em um impacto negativo na dieta. É, no entanto, possível manter uma alimentação saudável fora de casa quando se adere a padrões tradicionais da culinária brasileira / Introduction: Eating out has been related to the increase on the consumption of food characterized by high degree of processing, such as soft drinks, sweets and fast food. Although they indicate an association between eating out and ultra-processed food consumption, studies do not consider the extent and purpose of food processing to evaluate eating out diet. Objective: Evaluate eating out food and verify its association with socioeconomic characteristics and nutritional indicators. Method: Cross-sectional study using the Individual Food Intake Survey, carried out with 34,003 individuals aged 10 or more, between May 2008 and May 2009. All food items were classified according to the extent and purpose of food processing. The habit of eating out was evaluated through two indicators: the percentage of calories eating out and the frequency of days in which each individual reported eating out, both indicators are described according to the sociodemographic characteristics. The percentage of food calories per group and subgroups was estimated according to the place of consumption. In addition, the ultra-processed food percentage eaten at home and out was described according to sociodemographic characteristics. Multilevel model was applied to evaluate an association between eating out and the participation of ultra-processed food on diet. Factor analysis was used to identify the eaten out food consumption patterns and linear regression models were used to explore the association between patterns and the nutrient content of the diet. Results: It is possible to observe a higher contribution of ultra-processed food out home, emphasizing the participation of food items such as soft drinks and ready-to-eat meals. When compared to consumption exclusively at home, eating meals out increases the consumption of ultra-processed foods by 51%. Principal component analysis, however, demonstrates that there are eating out patterns, whether or not may have a negative impact on the diet. We identified three food patterns. The first pattern, called traditional meal, was positive for rice, beans, vegetables and greens, roots and tubers, pasta, beef, poultry and eggs. The second pattern, called snack, was positive for butter, milk, coffee and tea, processed bread, processed cheese and margarine. The third pattern, called convenience food because it consists exclusively of ultra-processed food, was positive for sweet, ready to eat meals and soft drinks. In general, there was a positive association between traditional meal pattern and healthy dietary markers, while snacks and the convenience pattern were positively associated to unhealthy dietary markers. Conclusion: In Brazil, eating out is directly associated to ultra-processed food consumption. There is, however, eating out patterns. When based on snacks and convenience food, eating out has a negative impact in diet. It is, however, possible to maintain a healthy diet out when adhering to traditional Brazilian patterns
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Consumo de alimentos ultraprocessados fora de domicílio no Brasil / Ultra-processed food eaten out in BrazilGiovanna Calixto Andrade 28 June 2017 (has links)
Introdução: Comer fora de casa tem sido relacionado com o aumento no consumo de alimentos caracterizados pelo alto grau de processamento, tal como refrigerantes, doces e fast food. Embora indiquem uma associação entre alimentação fora do domicilio e o consumo de alimentos ultraprocessados, estudos realizados até o momento não consideraram o grau e extensão de processamento industrial dos alimentos na avaliação da dieta fora de casa. Objetivo: Avaliar o consumo de alimentos fora de casa e verificar sua associação com características socioeconômicas e indicadores nutricionais. Métodos: Trata-se de um estudo transversal utilizando o Módulo de Consumo Pessoal da Pesquisa de Orçamentos Familiares realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística entre maio de 2008 e maio de 2009. Os alimentos foram agrupados de acordo com a extensão e propósito do processamento industrial. O hábito de comer fora de casa foi avaliado por meio de dois indicadores: o percentual de calorias consumidas fora e a frequência de dias em que cada indivíduo relatou realizar refeições fora de domicílio, ambos descritos segundo características sociodemográficas. Foi estimado o percentual de participação dos grupos e subgrupos alimentares no total de calorias e segundo local de consumo. Adicionalmente, o percentual de participação de alimentos ultraprocessados dentro e fora de casa foi descrito segundo características sociodemográficas. Modelo multinível foi aplicado para avaliar a associação entre comer fora de casa e a participação de alimentos ultraprocessados na dieta. Análise fatorial foi conduzida para identificar padrões de alimentação fora de casa e modelos de regressão linear foram utilizados para explorar associação entre os padrões encontrados e indicadores nutricionais. Resultados: Observa-se uma maior contribuição de alimentos ultraprocessados fora de casa, destacando a participação de itens alimentares como refrigerantes e refeições prontas. Quando comparado com o consumo exclusivamente dentro do domicílio, realizar refeições fora de casa aumenta em 51% o consumo de alimentos ultraprocessados. A análise de componentes principais, no entanto, monstra que existem padrões de alimentação fora de casa que podem ter ou não um impacto negativo na dieta. Foram encontrados três padrões de alimentação na população que explicam conjuntamente 13,6% da variância. O primeiro padrão, denominado refeição tradicional, inclui em sua composição arroz, feijão, legumes e verduras, raízes e tubérculos, macarrão e outras massas, carne bovina, aves e ovos. O segundo padrão, nomeado lanche, é composto por manteiga, leite, café e chás, pão francês, queijos processados e margarina. O terceiro padrão, denominado alimentos de conveniência por ser composto exclusivamente por alimentos ultraprocessados, inclui doces, refeições prontas (tais como fast food, salgados, pizza, entre outras) e refrigerantes. De maneira geral, observou-se uma associação direta entre o padrão de refeições tradicionais e nutrientes saudáveis na dieta, enquanto o padrão lanches e alimentos de conveniência foram associados diretamente com nutrientes não saudáveis. Conclusão: Os resultados apresentados indicam que no Brasil, comer fora de casa está associado ao aumento na participação de alimentos ultraprocessados na dieta. Existem, porém, padrões de alimentação fora de casa. Quando baseada em lanches e alimentos de conveniência, comer fora de casa acarreta em um impacto negativo na dieta. É, no entanto, possível manter uma alimentação saudável fora de casa quando se adere a padrões tradicionais da culinária brasileira / Introduction: Eating out has been related to the increase on the consumption of food characterized by high degree of processing, such as soft drinks, sweets and fast food. Although they indicate an association between eating out and ultra-processed food consumption, studies do not consider the extent and purpose of food processing to evaluate eating out diet. Objective: Evaluate eating out food and verify its association with socioeconomic characteristics and nutritional indicators. Method: Cross-sectional study using the Individual Food Intake Survey, carried out with 34,003 individuals aged 10 or more, between May 2008 and May 2009. All food items were classified according to the extent and purpose of food processing. The habit of eating out was evaluated through two indicators: the percentage of calories eating out and the frequency of days in which each individual reported eating out, both indicators are described according to the sociodemographic characteristics. The percentage of food calories per group and subgroups was estimated according to the place of consumption. In addition, the ultra-processed food percentage eaten at home and out was described according to sociodemographic characteristics. Multilevel model was applied to evaluate an association between eating out and the participation of ultra-processed food on diet. Factor analysis was used to identify the eaten out food consumption patterns and linear regression models were used to explore the association between patterns and the nutrient content of the diet. Results: It is possible to observe a higher contribution of ultra-processed food out home, emphasizing the participation of food items such as soft drinks and ready-to-eat meals. When compared to consumption exclusively at home, eating meals out increases the consumption of ultra-processed foods by 51%. Principal component analysis, however, demonstrates that there are eating out patterns, whether or not may have a negative impact on the diet. We identified three food patterns. The first pattern, called traditional meal, was positive for rice, beans, vegetables and greens, roots and tubers, pasta, beef, poultry and eggs. The second pattern, called snack, was positive for butter, milk, coffee and tea, processed bread, processed cheese and margarine. The third pattern, called convenience food because it consists exclusively of ultra-processed food, was positive for sweet, ready to eat meals and soft drinks. In general, there was a positive association between traditional meal pattern and healthy dietary markers, while snacks and the convenience pattern were positively associated to unhealthy dietary markers. Conclusion: In Brazil, eating out is directly associated to ultra-processed food consumption. There is, however, eating out patterns. When based on snacks and convenience food, eating out has a negative impact in diet. It is, however, possible to maintain a healthy diet out when adhering to traditional Brazilian patterns
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O ambiente alimentar, os indivíduos e suas práticas: um estudo no município de São Paulo / The food environment, individuals and their practices: a survey in São PauloLuara Bellinghausen Almeida 06 November 2015 (has links)
Introdução Evidências sugerem impacto das características do ambiente nas taxas de obesidade, por mediadores em nível comunitário, como acesso a comércios, disponibilidade e custo de alimentos. Porém, há insuficiente compreensão sobre a interação do meio nas práticas alimentares. Objetivos Ampliar a compreensão a respeito das relações entre o ambiente e as práticas alimentares em diferentes contextos socioeconômicos e de acesso à alimentação em que vivem indivíduos no município de São Paulo. Métodos Estudo de abordagem qualitativa baseado em dados de auditoria de ambiente alimentar, inquérito e entrevistas individuais. A amostragem propositiva abrangeu diversos estratos do ambiente socioeconômico e alimentar no município de São Paulo e incluiu 48 indivíduos adultos de ambos os sexos. O roteiro de entrevistas semiestruturadas foi elaborado a partir de duas perguntas norteadoras: Como é a percepção dos indivíduos sobre os estabelecimentos de comercialização de alimentos no bairro em que vivem e a sua influência nas práticas alimentares? e Como é a rotina de aquisição, preparo e consumo dos alimentos no bairro em que vivem e como isso se relaciona ao consumo de frutas e hortaliças e de alimentos ultraprocessados?. Para a categorização dos discursos aplicou-se análise de conteúdo proposta por Bardin. A trajetória interpretativa foi conduzida sob o referencial teórico das representações sociais. A análise de clusters hierárquica foi utilizada para o agrupamento dos indivíduos, retendo-se dois grupos: cluster 1 e cluster 2, diferenciados pelo nível socioeconômico e pela disponibilidade de alimentos saudáveis nos locais avaliados. Resultados As representações sociais sobre os ambientes alimentares estudados corresponderam às características aferidas em auditoria, revelando desigualdades entre os locais estudados. No cluster 1, caracterizado pelo maior nível socioeconômico e pelo melhor acesso à alimentação saudável, prevaleceu a percepção favorável sobre a disponibilidade de feiras, sacolões e supermercados, destacando oportunidades para a aquisição de alimentos com qualidade, variedade e preços acessíveis, dentre os quais as frutas e hortaliças. Os indivíduos do cluster 2 viviam em locais de menor nível socioeconômico e de menor acesso à alimentação saudável e representaram a falta de acesso à estabelecimentos de comércio de alimentos e a indisponibilidade de frutas e hortaliças. Nos dois clusters verificou-se a representação social: refrigerantes, salgadinhos, biscoitos recheados e fast-food se encontra em todo lugar, sobre a disponibilidade de alimentos ultraprocessados. A preocupação com a saúde foi a principal motivação para o consumo de frutas e hortaliças entre os dois clusters, e o gosto, a falta de hábito e o custo foram identificados como barreiras. Sobre o consumo de alimentos ultraprocessados, no cluster 1 ocorreu maior percepção sobre as barreiras, como a preocupação com a saúde. Já no cluster 2, se destacaram as motivações para este consumo, como o gosto e a presença de crianças. Conclusão A forma como conhecem e compreendem as características do ambiente alimentar está refletida em algumas ações dos sujeitos sobre as suas práticas de aquisição e consumo de alimentos. / Background Evidences suggest an impact of environmental characteristics on obesity and non-communicable diseases rates, by mediators at the community level such as access to markets, cost and availability of food. However, there is insufficient comprehension about the interaction of the environment in food pratices. Objective Enhancing knowledge about the relations between the environment and eating habits in different socioeconomic and food access contexts, whereupon São Paulos individuals live. Methods This is a qualitative study based on food environment audit data, inquiry and individual interviews. The purposeful sampling comprised different strata of the socioeconomic and food environments in São Paulo and included 48 adults of both genders.The script for semi-structured interviews was drawn from two guiding questions: How is the perception of the individuals on the food establishments in the neighborhood they live in, and their influence on eating habits? and How is the acquisition routine, preparation and consumption of foods in their neighborhood, and how does it relate to the consumption of fruits and vegetables, and ultra-processed food?. For categorizing the speeches Bardins content analisys was applied. The interpretative trajectory was conducted under the theoretical framework of social representations. The hierarchical clusters analisys was used for grouping individuals, retaining two groups: cluster 1 and cluster 2, differentiated by the socioeconomic level and by the availability of healthy foods at the locations assessed. Results The social representations about the food environments investigated corresponded to the characteristics measured in audit, revealing disparities between the locations assessed. In cluster 1,characterized by higher socioeconomic level and better access to healthy food, prevailed favorable perception about the availability of fairs, grocery stores and supermarkets, standing out opportunities to food acquisition with quality, variety and affordable prices, among which are fruits and vegetables.Individuals from cluster 2 lived in places of lower socioeconomic level and less access to healthy food, and they accounted for the lack of access to food establishments and the unavailability of fruits and vegetables.In both clusters there was the social representation: soft drinks, snacks, cookies and fast food are everywhere, about the availability of ultra-processed food. The concern about healthcare was the main motivation for fruits and vegetables consumption among both clusters, and the taste, the lack of habit and costs were identified as barriers. Regarding to ultra-processed food consumption, in cluster 1 there was a greater awareness about the barriers, like the concern for healthcare. On the other hand, in cluster 2, the motivations for this consumption were highlighted, such as the taste and the presence of children. ConclusionThe way individuals know and understand the environmental characteristics is reflected in some of their actions about the purchasing practices and food consumption.
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[en] LEGAL REGIME OF ULTRA-PROCESSED FOODS ADVERTISEMENT IN BRAZIL: AN ANALYTICAL PERSPECTIVE IN LIGHT OF THE COMMERCIAL DETERMINANTS OF HEALTH / [pt] REGIME JURÍDICO DA PUBLICIDADE DE ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS NO BRASIL: UMA PERSPECTIVA CRÍTICA À LUZ DOS DETERMINANTES COMERCIAIS DA SAÚDECARLA DA SILVA DE BRITTO PEREIRA 30 June 2022 (has links)
[pt] O consumo de alimentos ultraprocessados, ao lado do consumo do tabaco e
do álcool, constitui uma das principais causas de doenças crônicas não
transmissíveis – principal causa de mortes em adultos no Brasil –, sendo a
publicidade de tais produtos considerada pela Organização Mundial da Saúde um
dos fatores comerciais determinantes deste problema de saúde pública. A situação
demanda a análise quanto a se o controle jurídico da publicidade no país tutela, de
forma suficiente, os direitos fundamentais à saúde e à proteção do consumidor
impactados pelas estratégias de marketing da indústria alimentícia. Neste sentido,
o trabalho se propõe a realizar esta análise, com o intuito de compreender o regime
jurídico de controle da publicidade no Brasil, por meio das normas do Código de
Defesa do Consumidor e da autorregulamentação publicitária, assim como a
natureza da proteção jurídica da publicidade no Direito brasileiro, a partir dos
conceitos de liberdade de expressão comercial e livre iniciativa, a fim de identificar
a legitimidade de restrições a estes direitos, com foco em estudos doutrinários e
pesquisas em Tribunais brasileiros, sobretudo no âmbito do Superior Tribunal de
Justiça e do Supremo Tribunal Federal; realizando, por fim, algumas proposições
críticas, com o objetivo de contornar os problemas verificados – em especial a
necessidade de regulação específica para estabelecer medidas restritivas à
publicidade destes alimentos. / [en] The consumption of ultra-processed foods, together with the consumption
of tobacco and alcohol, constitutes one of the main causes of non-communicable
diseases – the principal cause of deaths in adults in Brazil –, being the advertisement
of such products deemed by the World Health Organization as one of the
commercial determinants of such public health problem. The situation demands the
analysis of the sufficiency of the legal regulation of commercial speech in the
country, with a view to verify if it duly protects the fundamental rights to health
and consumer protection once impacted by marketing strategies adopted by the
food industry. Thus, this work proposes to carry on such analysis, with the intent to
understand the legal regime of commercial speech regulation in the country,
through the norms of the Consumer Protection Statute and the self-regulation code,
as well as the nature of the legal protection of commercial speech under Brazilian
law, related to the notions of rights to freedom of commercial speech and free
enterprise, with the purpose to identify the legitimacy of restrictions to such rights.
The work will focus in academic studies as well as research on Brazilian courts
decisions, specially under the Superior Court of Justice and the Constitutional
Supreme Court, finally, from an analytical perspective, aiming to identify existing
problems – mainly, the need to implement specific regulation establishing
restrictive measures to advertisements of ultra-processed foods.
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