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UMA ÁNALISE EXEGÉTICA DA PORÇÃO DE MIQUEIAS 2,1-5: A SITUAÇÃO SOCIOECONÔMICA EM JUDÁ E SUAS IMPLICAÇÕES NA HERANÇA DOS CAMPONESES NA SEFELÁ JUDAÍTA NO SÉCULO VIII A.C. / An Exegetical Analysis of the Portion of Micah 2,1-5: The Socioeconomic Situation in Judah and their Implications in the Farmers Inheritance in Jewish Shephelah in the Century VIII B.C.

Salgado, Samuel de Freitas 30 August 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-03T12:20:55Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Samuel.pdf: 484521 bytes, checksum: b8142a6c741b899e22da6e0bff1a85b1 (MD5) Previous issue date: 2009-08-30 / This research seeks to examine trough the exegetic methodology of the passage of Micah 2.1-5 in order to reconstruct the scenario in which emerged the harsh social criticism of the prophet. The text presents in its literary analysis, features of a prophetic speech united and framed within a poetic style. Its structure is divided into two units (denounces and punishments), where each unit has two other subunits (generic and specific). The literary genre harmonizes with a speech of a prophetic judgement generally known as "oracle hoy." The analysis of the historical dimension lies the founding event in 701 B.C. in Jewish Shephelah. An investigative analysis of the accusation contents was guided by a theoretical model of the Tributary Mode of Production observes a conflict between two groups. In this conflict Micah made an accusation to a group of power in Judah that used to plan and execute criminal acts against peasant heritage. The punishment describes the conspiracy and the divine plan against this group of power. Yahweh had planned an identical evil to what they had done, dishonor and deprive of their possessions. The cultural values of honor and shame underlie this oracle. For breaching their duties close to Yahweh and to the people, the criminals would lose all their rights and, above all, the honor before the own community. Based in the theoretical model from the Tributary Mode of production, it was verified in the social situation of Judah in the eighth century, a tension existed between village and city. The communities villages paid tribute to the city, as products and services. The excessive tribute s collection and the flaws in the system of mutual help forced the individuals and families to contract debts, to mortgage their inherited land of their parents and eventually to lose them. The prophet Micah was the spokesman of the protest of the peasant class that decides to react to the abuses practiced by city s elite. For him, Yahweh listens the complaint of those who are being oppressed and intervenes in the history, taking the oppressed side.(AU) / Esta pesquisa procura examinar, à luz da metodologia exegética, a perícope de Miqueias 2,1-5, a fim de reconstruir o cenário no qual emergiu a dura crítica social do profeta. O texto apresenta, em sua análise literária, características de um dito profético coeso, em estilo poético. Sua estrutura encontra-se dividida em duas unidades (denúncia e castigo), sendo que cada uma das unidades possui outras duas subunidades (genérica e específica). O gênero literário harmoniza-se com um dito profético de julgamento geralmente conhecido como oráculo ai . A análise da dimensão histórica situa o acontecimento fundante em 701 a.C., na Sefelá judaíta. Numa análise investigativa do conteúdo da denúncia norteado pelo modelo teórico do modo de produção tributário, observa-se um conflito entre dois grupos. Nesse conflito, Miqueias faz uma acusação a um grupo de poder em Judá que planeja e executa ações criminosas contra a herança camponesa. O castigo descreve a conspiração e o plano divino contra esse grupo de poder. Javé havia planejado um mal idêntico ao que eles haviam cometido, desonra e privação de suas possessões. Os valores culturais de honra e vergonha subjazem a esse oráculo. Por descumprirem seus deveres junto a Javé e ao povo, os criminosos perderiam todos os seus direitos e, sobretudo, a honra perante a própria comunidade. Com base no modelo teórico do modo de produção tributário, constata-se que, na situação social em Judá no oitavo século, prevalecia um conflito entre campo e cidade. As comunidades aldeãs pagavam tributo à cidade em forma de produtos e serviços. A excessiva arrecadação de tributo e as falhas no sistema de ajuda mútua forçaram os indivíduos e famílias a contrair dívidas, a hipotecar suas terras herdadas dos pais e eventualmente perdê-las. O profeta Miqueias é o porta-voz do protesto da classe campesina que resolve reagir aos desmandos praticados pela elite citadina. Para ele, Javé escuta a queixa dos que estão sendo oprimidos e intervém na história tomando o partido do oprimido.(AU)

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