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Avaliação neuropsicológica verbal versus não-verbal de crianças com epilepsiaQuesada, Andrea Amaro 20 November 2007 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Departamento de Processos Psicológicos Básicos, Programa de Pós-Graduação em Ciências do Comportamento, 2007. / Submitted by Luis Felipe Souza (luis_felas@globo.com) on 2008-11-18T16:09:58Z
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Dissertacao_2007_ AndreaQuesada.pdf: 449862 bytes, checksum: fc9ebf3cef5c99bb1ed6bac47be98736 (MD5) / O objetivo do presente estudo foi identificar as funções cognitivas afetadas pela epilepsia, os principais fatores associados a esses comprometimentos e comparar a sensibilidade para funções cognitivas de testes verbais e não-verbais de inteligência. Foram avaliadas 30 crianças com idades entre três anos e sete meses
e onze anos e oito meses, com diagnóstico de epilepsia, em acompanhamento pelo Ambulatório de Pediatria do Hospital Universitário de Brasília, Serviço de Neurologia Infantil. Além dos exames neurológicos clínicos, eletroencefalograma (EEG) e, em alguns casos, de neuroimagem, as crianças também foram submetidas a baterias verbais (WISC e WPPSI) e não-verbais (SON-R) de avaliação das funções cognitivas. As funções viso-perceptuais foram avaliadas utilizando-se o teste Gestáltico Visomotor Bender. De acordo com os resultados, em geral, a epilepsia afetou as funções cognitivas como um todo e de forma
homogênea. A média dos QIs (quocientes intelectuais) foi inferior à da população normal e, dentre os índices fatoriais, a média foi limítrofe para Resistência à Distração, o que pode estar relacionado ao uso de DAEs. Por outro lado, não
foram constatadas diferenças de desempenho intelectual entre crianças com epilepsia do tipo focal e generalizada e nem entre as tratadas com monoterapia e politerapia. Além disso, o modelo de avaliação usado nesse estudo se mostrou eficaz para a intervenção multidisciplinar em ambulatório hospitalar ao possibilitar uma compreensão maior das relações entre as variáveis estudadas e oferecer subsídios para as ações interventivas da equipe junto aos pacientes.
___________________________________________________________________________-____ ABSTRACT / The aim of the present study was to identify the cognitive functions affected by
epilepsy, the main factors associated to these functions decays and to compare the
sensitiveness to cognitive functions of verbal and non-verbal tests of intelligence.
Thirty children with diagnosed epilepsy, aged between three years, seven months
and eleven years, eight months old and under the supervision of the Pediatric
Neurological Service of Hospital University of Brasília were analyzed. The
children were submitted to clinic neurological exams, electroencephalograms
(EEG) and, in some cases, neuroimage exams. Besides, the cognitive functions of
these children were assessed by verbal (WISC-III e WPPSI-III) and non-verbal
tests of intelligence (SON-R). The visual perception was analysed by the Bender
test (Gestaltic Visualmotor Test). In general, the subjects diagnosed with epilepsy
had a global and homogeneous demotion in all investigated cognitive functions.
The mean IQ of (intelligence quotient) these children was lower than that of
normal children. The mean of Distraction Resistance, among the fatorial index,
was borderline, which can be associated to use of antiepileptic drugs. On the other
hand, no differences were found in the intellectual performance of children
diagnosed with generalized epilepsy and of those children diagnosed parcial
epilepsy and nor between children treated with one antiepileptic drug and two or
more antiepileptic drugs. Besides, the neuropsychological evaluation model of
this work showed itself effective to multidisciplinary intervention in hospital
context with great demand, allowing the comprehension about relations among
analyzed variables and offering subsidies to interventive actions of staff to these
children.
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Maconheirinhos : cuidado, solidariedade, e ativismo de pacientes e seus familiares, em torno do óleo de maconha rico em canabidiol (CBD)Oliveira, Fabiana Santos Rodrigues de 11 March 2016 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Antropologia, Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, 2016. / Submitted by Raquel Viana (raquelviana@bce.unb.br) on 2017-02-23T16:56:49Z
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2016_FabianaSantosRodriguesOliveira.pdf: 29750735 bytes, checksum: 2915cba291e3e3a44c2c6b0655a20fc2 (MD5) / Approved for entry into archive by Ruthléa Nascimento(ruthleanascimento@bce.unb.br) on 2017-02-24T18:21:22Z (GMT) No. of bitstreams: 1
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2016_FabianaSantosRodriguesOliveira.pdf: 29750735 bytes, checksum: 2915cba291e3e3a44c2c6b0655a20fc2 (MD5) / Haja vista a indústria incipiente da maconha medicinal e os efeitos terapêuticos do óleo de maconha rico em canabidiol (CBD) entre as crianças com epilepsia de difícil controle, familiares dessas crianças buscaram no medicamento o controle das convulsões numerosas sofridas ao longo do dia e melhora da qualidade de vida de seus filhos. A partir de entrevistas semi-estruturados com 16 (dezesseis) famílias em três regiões do Brasil (Distrito Federal, Rio de Janeiro e Paraíba) que procuraram no óleo de maconha rico em canabidiol uma alternativa terapêutica para o bem=estar de seus filhos, este trabalho reflete o ativismo político dessas famílias para terem acesso a uma substancia que era proscrita no Brasil. Entretanto, tendo em vista o ativismo político dessas famílias, a Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) mudou a substancia canabidiol de uma lista de substancias proscritas (F1) para uma lista de substancias sujeitas a controle especial (C1) em 14 de janeiro de 2015. Este trabalho reflete a maneira como essas famílias se organizaram e puderam ser precursoras de um tratamento inovador ate para os neurologistas, que acompanhavam essas crianças, apontando para uma lógica contraria a prescrição convencional. Proponho que o cuidado com seus filhos e a solidariedade dessas famílias possibilitaram a formação de uma rede terapêutica em torno do medicamento e que os efeitos percebidos do CBD atuando no corpo das crianças e sua eficácia bem como a continuidade da adesão ao tratamento também foram possíveis por causa da união e forca política dos familiares pelo acesso ao medicamento. / Given the emerging medical marijuana industry and the therapeutic effects of cannabis oil rich in cannabidiol (CBD) among children with intractable epilepsy, the families of these children sought the drug to control the numerous convulsions that happen throughout the day and improve their children’s quality of life. Based on semi=structured interviews with 16 (sixteen) families living in three regions of Brazil (Federal District, Rio de Janeiro and Paraiba) that have sought CBD=rich cannabis oil as a therapeutic alternative for the well being of their children, this study addresses the political activism of these families to gain access to a substance that was banned in Brazil. However, in response to the political activism of these families, the Brazilian Health Surveillance Agency (ANVISA) moved cannabidiol from a list of proscribed substances (F1) to a list of substances subject to special control (C1) at the meeting of ANVISA’s Collegiate Board on January 14, 2015. This paper presents the way the families organized themselves and became pioneers for a treatment that neurologists themselves did not have much experience with, given that the families suggested the prescription of CBD=rich cannabis oil. This is the opposite of the conventional prescription rationale. I propose that the care of their children and solidarity of these families resulted in the creation of a therapeutic network around the drug, and that the perceived effects of CBD acting in the children’s bodies and its effectiveness and continuous compliance to treatment were also possible because of the union and political strength of the families in their struggle to gain access to the medication.
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O uso da vigabatrina como droga de adição no controle de crises epilépticas neonatais / The use of vigabatrin as a drug antiepileptic drug in the control of neonatal epileptic seizuresDamasceno, Patrícia Gomes 26 June 2017 (has links)
Introdução: A vigabatrina (VGB - Gama-Vinil-GABA) é um fármaco que eleva os níveis de GABA no organismo, por inibição irreversível da GABA transaminase, cuja eficácia foi bem demonstrada no controle dos espasmos epilépticos em lactentes, especialmente na síndrome de West secundária à esclerose tuberosa. Há escassez de estudos clínicos evidenciando um possível papel deste fármaco no controle de crises epilépticas neonatais e pouco se sabe sobre o potencial impacto do seu uso nessa faixa etária, seus possíveis efeitos adversos, ou se sua introdução teria associações positivas com controle mais adequado das crises na evolução e melhor desenvolvimento neuropsicomotor da criança. A VGB foi introduzida em nosso serviço como terapia de adição para o controle de crises neonatais refratárias, há vários anos, instigando nossa impressão sobre a eficácia deste medicamento no período neonatal. Objetivos: Avaliar a efetividade do uso da VGB como adjuvante no controle das crises eletrográficas e eletroclínicas do período neonatal e seus efeitos sobre o padrão do eletroencefalograma (EEG); Avaliar a evolução clínica e eletrográfica das crianças durante seguimento ambulatorial; Pesquisar associação entre \"controle de crises neonatais com introdução de VGB\" e diversas características demográficas, clínicas e evolutivas destes recém nascidos; Quantificar e caracterizar a ocorrência de efeitos adversos precoces e durante o seguimento. Pacientes e métodos: Estudo transversal retrospectivo, envolvendo o levantamento dos prontuários de uma amostra de recém-nascidos que receberam VGB como tratamento para crises neonatais refratárias aos fármacos convencionais e status epilepticus, no período de janeiro de 2007 a março de 2014, no Serviço de Neonatologia e Terapia Intensiva Neonatal do HCFMRP-USP, mantendo seguimento ambulatorial por pelo menos 1 ano. Foram avaliados os dados demográficos, etiologia e semiologia clínico-eletroencefalográfica das crises, esquema terapêutico prescrito, indicação da introdução da VGB, tempo de internação e tempo para atingir o controle das crises, evolução clínica e eletrencefalográfica durante a internação e no seguimento ambulatorial, época da suspensão da VGB, além de seus efeitos adversos. Resultados: De 48 recém-nascidos avaliados, 34 (79,2 %) obtiveram controle de crises eletrográficas e/ou clínicas durante o período neonatal, havendo melhora no padrão eletrográfico após a introdução da VGB em 79%. Quanto aos critérios para sua indicação, 33,3% (16 indivíduos) iniciaram VGB devido a falha terapêutica no controle das crises com fenobarbital e/ou fenitoína; 27,1% (13 recém nascidos), pela presença de estado de mal epilético e, em 12 crianças (25%), por falha terapêutica do midazolam. Ao final do primeiro ano de vida, a atividade de base do EEG mostrou-se desorganizada em 58,1% (18 de 29 pacientes que o realizaram aos 12 meses de vida). No seguimento ambulatorial de 38 pacientes, algum grau de atraso do desenvolvimento neuropsicomotor foi detectado em 20 crianças (52,6%); 19 lactentes (39,5%) mantiveram o uso da VGB em politerapia, tendo 22 crianças (57,9%) evoluído com persistência das crises epilépticas. Já 37,8% (14 pacientes) enquadraram-se em um padrão de encefalopatia epiléptica, que correspondeu à síndrome de West em 13,9% (5 de 36 crianças). Quanto ao EEG realizado em 34 crianças nessa fase, 17,6% (6 casos) demonstraram a presença de hipsarritmia, enquanto anormalidades focais ou multifocais foram detectadas em 50% (17 lactentes). A taxa de óbito ao final do primeiro ano foi de 23,3% (10 de 43 crianças analisadas quanto a este dado). Não foi possível comprovar déficit visual relacionado diretamente ao uso da VGB. A variável \"controle de crises no período neonatal com o uso da VGB\" foi associada aos seguintes desfechos clínicos favoráveis: melhora no padrão eletrográfico (92,1%), proporção menor de crianças evoluindo para síndrome de West e outras encefalopatias epilépticas (71,9% não tiveram tal desfecho); menor frequência de hipsarritmia no EEG (92,9% sem hipsarritmia), maior alcance de desenvolvimento neuropsicomotor normal (56,2% com bom desenvolvimento neurológico), menor índice de óbito neonatal (97,4% vivos nesta fase) e durante os primeiros doze meses de vida (87,9%). Conclusão: Acreditamos que a VGB seja uma opção terapêutica efetiva e com adequada relação custo-benefício, a ser implementada no controle de crises epilépticas neonatais refratárias como fármaco adjuvante aos convencionais. Entretanto, estudos randomizados e controlados são necessários para confirmar sua eficácia quando comparada a outros medicamentos disponíveis para uso nesta população, bem como para avaliar seus possíveis efeitos adversos a longo prazo. / Introduction: Vigabatrin (VGB - Gama-Vinil-GABA) is an antiepileptic drug which increases systemic GABA levels by irreversibly inhibiting GABA transaminase, with well demonstrated efficacy in the control of infantile epileptic spasms, specially related to West syndrome due to tuberous sclerosis. Clinical studies demonstrating a possible role of VGB in the control of neonatal seizures are still very scarce and very little is known on the impact of its use at this early age, as well as on its possible side effects or eventual positive associations from its use with more adequate seizure control or better neuropsychomotor development in the outcome. VGB has been used in our service as an add-on therapy for refractory neonatal seizures arising the impression that this could be an effective antiepileptic medication in the neonatal period. Objectives: To evaluate the use of VGB as an add-on medication regarding its effectiveness for the control of neonatal electrographic and electroclinical seizures, as well as its effects over the EEG pattern; To evaluate clinical and electrographic evolution of the children in follow-up; To estimate VGB efficacy on the control of neonatal seizures in relation to the demographical and clinical characteristics of those newborns; To quantify and characterize the occurrence of early and late side effects of this medication along follow-up. Patients and methods: This is a transverse retrospective study carried out through charts analysis from a sample of newborns who received VGB as add-on medication for seizures and/or status epilepticus refractory to conventional drugs, from January 2007 through March 2014, at the Neonatal Intensive Care Service of HCFMRP-USP, keeping follow-up in our institution for at least 1 year. Demographical and etiological data were analyzed, as well as clinical-electrographical semiology, VGB prescription indication, therapeutic schedule, time to reach seizure control, clinical and electrographical evolution while in hospital and at the follow-up, age at VGB withdrawal, besides adverse effects. Results: Among 48 newborns evaluated, 34 (79.2%) reached control of electrographic and/or clinical seizures during neonatal period, with improvement of the EEG pattern after VGB introduction in 79%. As for drug introduction criteria, 33.3% (16 children) were started on VGB due to therapeutic failure of phenobarbital and/or phenytoin; 27.1% (13 newborns), due to status epilepticus and, in 12 babies (25%), due to therapeutic failure of midazolam. By the end of the first year of life, EEG background activity was disorganized in 58.1% (18 out of 29 children who had EEG registered at 12 month of life). Along the one year follow-up of 38 patients, 20 infants (52.6%) showed some degree of neurodevelopmental delay; 19 children (39.5%) remained on VGB in polytherapy, with seizure persistence in 22 (57.9%). Evolution to an epileptic encephalopathy was found in 14 kids (37.8%), with West Syndrome being characterized in 13.9% (5 out of 36 kids). As for the EEG carried out in 34 children at the follow-up, 17.6% (6 cases) showed hypsarrhythmia while focal or multifocal abnormalities were seen in 50% (17 infants). Up to 12 month of life, the death rate was 23.3% (10 out of 43 children evaluated for such endpoint). Visual deficit directly related to VGB use could not be determined. The variable \"seizure control during the neonatal period after VGB use\" was associated to the following endpoints: improvement of the EEG pattern (92,1% of children with seizure control after VGB), lower proportion of children evolving into West syndrome and other epileptic encephalopathies (71.9% did not show such endpoint), lower frequency of hypsarrhythmia in the EEG (92.9% without hypsarrhythmia), better milestones reached regarding neuropsychomotor development (56.2% with good neurological outcome), lower rate of neonatal death (97.4% alive by the end of neonatal period) and along the first year of life (87.9%). Conclusion: VGB is an effective therapeutic option with adequate cost-benefit relationship which should be implemented for the control of refractory neonatal seizures as add-on therapy to conventional drugs. However, controlled randomized studies are necessary to confirm such efficacy as compared to other drugs available for use in the neonatal period, as well as to evaluate its possible long term side effects.
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O uso da vigabatrina como droga de adição no controle de crises epilépticas neonatais / The use of vigabatrin as a drug antiepileptic drug in the control of neonatal epileptic seizuresPatrícia Gomes Damasceno 26 June 2017 (has links)
Introdução: A vigabatrina (VGB - Gama-Vinil-GABA) é um fármaco que eleva os níveis de GABA no organismo, por inibição irreversível da GABA transaminase, cuja eficácia foi bem demonstrada no controle dos espasmos epilépticos em lactentes, especialmente na síndrome de West secundária à esclerose tuberosa. Há escassez de estudos clínicos evidenciando um possível papel deste fármaco no controle de crises epilépticas neonatais e pouco se sabe sobre o potencial impacto do seu uso nessa faixa etária, seus possíveis efeitos adversos, ou se sua introdução teria associações positivas com controle mais adequado das crises na evolução e melhor desenvolvimento neuropsicomotor da criança. A VGB foi introduzida em nosso serviço como terapia de adição para o controle de crises neonatais refratárias, há vários anos, instigando nossa impressão sobre a eficácia deste medicamento no período neonatal. Objetivos: Avaliar a efetividade do uso da VGB como adjuvante no controle das crises eletrográficas e eletroclínicas do período neonatal e seus efeitos sobre o padrão do eletroencefalograma (EEG); Avaliar a evolução clínica e eletrográfica das crianças durante seguimento ambulatorial; Pesquisar associação entre \"controle de crises neonatais com introdução de VGB\" e diversas características demográficas, clínicas e evolutivas destes recém nascidos; Quantificar e caracterizar a ocorrência de efeitos adversos precoces e durante o seguimento. Pacientes e métodos: Estudo transversal retrospectivo, envolvendo o levantamento dos prontuários de uma amostra de recém-nascidos que receberam VGB como tratamento para crises neonatais refratárias aos fármacos convencionais e status epilepticus, no período de janeiro de 2007 a março de 2014, no Serviço de Neonatologia e Terapia Intensiva Neonatal do HCFMRP-USP, mantendo seguimento ambulatorial por pelo menos 1 ano. Foram avaliados os dados demográficos, etiologia e semiologia clínico-eletroencefalográfica das crises, esquema terapêutico prescrito, indicação da introdução da VGB, tempo de internação e tempo para atingir o controle das crises, evolução clínica e eletrencefalográfica durante a internação e no seguimento ambulatorial, época da suspensão da VGB, além de seus efeitos adversos. Resultados: De 48 recém-nascidos avaliados, 34 (79,2 %) obtiveram controle de crises eletrográficas e/ou clínicas durante o período neonatal, havendo melhora no padrão eletrográfico após a introdução da VGB em 79%. Quanto aos critérios para sua indicação, 33,3% (16 indivíduos) iniciaram VGB devido a falha terapêutica no controle das crises com fenobarbital e/ou fenitoína; 27,1% (13 recém nascidos), pela presença de estado de mal epilético e, em 12 crianças (25%), por falha terapêutica do midazolam. Ao final do primeiro ano de vida, a atividade de base do EEG mostrou-se desorganizada em 58,1% (18 de 29 pacientes que o realizaram aos 12 meses de vida). No seguimento ambulatorial de 38 pacientes, algum grau de atraso do desenvolvimento neuropsicomotor foi detectado em 20 crianças (52,6%); 19 lactentes (39,5%) mantiveram o uso da VGB em politerapia, tendo 22 crianças (57,9%) evoluído com persistência das crises epilépticas. Já 37,8% (14 pacientes) enquadraram-se em um padrão de encefalopatia epiléptica, que correspondeu à síndrome de West em 13,9% (5 de 36 crianças). Quanto ao EEG realizado em 34 crianças nessa fase, 17,6% (6 casos) demonstraram a presença de hipsarritmia, enquanto anormalidades focais ou multifocais foram detectadas em 50% (17 lactentes). A taxa de óbito ao final do primeiro ano foi de 23,3% (10 de 43 crianças analisadas quanto a este dado). Não foi possível comprovar déficit visual relacionado diretamente ao uso da VGB. A variável \"controle de crises no período neonatal com o uso da VGB\" foi associada aos seguintes desfechos clínicos favoráveis: melhora no padrão eletrográfico (92,1%), proporção menor de crianças evoluindo para síndrome de West e outras encefalopatias epilépticas (71,9% não tiveram tal desfecho); menor frequência de hipsarritmia no EEG (92,9% sem hipsarritmia), maior alcance de desenvolvimento neuropsicomotor normal (56,2% com bom desenvolvimento neurológico), menor índice de óbito neonatal (97,4% vivos nesta fase) e durante os primeiros doze meses de vida (87,9%). Conclusão: Acreditamos que a VGB seja uma opção terapêutica efetiva e com adequada relação custo-benefício, a ser implementada no controle de crises epilépticas neonatais refratárias como fármaco adjuvante aos convencionais. Entretanto, estudos randomizados e controlados são necessários para confirmar sua eficácia quando comparada a outros medicamentos disponíveis para uso nesta população, bem como para avaliar seus possíveis efeitos adversos a longo prazo. / Introduction: Vigabatrin (VGB - Gama-Vinil-GABA) is an antiepileptic drug which increases systemic GABA levels by irreversibly inhibiting GABA transaminase, with well demonstrated efficacy in the control of infantile epileptic spasms, specially related to West syndrome due to tuberous sclerosis. Clinical studies demonstrating a possible role of VGB in the control of neonatal seizures are still very scarce and very little is known on the impact of its use at this early age, as well as on its possible side effects or eventual positive associations from its use with more adequate seizure control or better neuropsychomotor development in the outcome. VGB has been used in our service as an add-on therapy for refractory neonatal seizures arising the impression that this could be an effective antiepileptic medication in the neonatal period. Objectives: To evaluate the use of VGB as an add-on medication regarding its effectiveness for the control of neonatal electrographic and electroclinical seizures, as well as its effects over the EEG pattern; To evaluate clinical and electrographic evolution of the children in follow-up; To estimate VGB efficacy on the control of neonatal seizures in relation to the demographical and clinical characteristics of those newborns; To quantify and characterize the occurrence of early and late side effects of this medication along follow-up. Patients and methods: This is a transverse retrospective study carried out through charts analysis from a sample of newborns who received VGB as add-on medication for seizures and/or status epilepticus refractory to conventional drugs, from January 2007 through March 2014, at the Neonatal Intensive Care Service of HCFMRP-USP, keeping follow-up in our institution for at least 1 year. Demographical and etiological data were analyzed, as well as clinical-electrographical semiology, VGB prescription indication, therapeutic schedule, time to reach seizure control, clinical and electrographical evolution while in hospital and at the follow-up, age at VGB withdrawal, besides adverse effects. Results: Among 48 newborns evaluated, 34 (79.2%) reached control of electrographic and/or clinical seizures during neonatal period, with improvement of the EEG pattern after VGB introduction in 79%. As for drug introduction criteria, 33.3% (16 children) were started on VGB due to therapeutic failure of phenobarbital and/or phenytoin; 27.1% (13 newborns), due to status epilepticus and, in 12 babies (25%), due to therapeutic failure of midazolam. By the end of the first year of life, EEG background activity was disorganized in 58.1% (18 out of 29 children who had EEG registered at 12 month of life). Along the one year follow-up of 38 patients, 20 infants (52.6%) showed some degree of neurodevelopmental delay; 19 children (39.5%) remained on VGB in polytherapy, with seizure persistence in 22 (57.9%). Evolution to an epileptic encephalopathy was found in 14 kids (37.8%), with West Syndrome being characterized in 13.9% (5 out of 36 kids). As for the EEG carried out in 34 children at the follow-up, 17.6% (6 cases) showed hypsarrhythmia while focal or multifocal abnormalities were seen in 50% (17 infants). Up to 12 month of life, the death rate was 23.3% (10 out of 43 children evaluated for such endpoint). Visual deficit directly related to VGB use could not be determined. The variable \"seizure control during the neonatal period after VGB use\" was associated to the following endpoints: improvement of the EEG pattern (92,1% of children with seizure control after VGB), lower proportion of children evolving into West syndrome and other epileptic encephalopathies (71.9% did not show such endpoint), lower frequency of hypsarrhythmia in the EEG (92.9% without hypsarrhythmia), better milestones reached regarding neuropsychomotor development (56.2% with good neurological outcome), lower rate of neonatal death (97.4% alive by the end of neonatal period) and along the first year of life (87.9%). Conclusion: VGB is an effective therapeutic option with adequate cost-benefit relationship which should be implemented for the control of refractory neonatal seizures as add-on therapy to conventional drugs. However, controlled randomized studies are necessary to confirm such efficacy as compared to other drugs available for use in the neonatal period, as well as to evaluate its possible long term side effects.
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