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Mimetismo em anfíbios: Colorido, morfologia cutânea e veneno em Ameerega picta, Leptodactylus lineatus e Leptodactylus andreae / Mimicry in amphibians: color pattern, skin morphology and poison in Ameerega picta, Leptodactylus lineatus and Leptodactylus andreaePrates, Ivan [UNIFESP] 25 August 2010 (has links) (PDF)
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Previous issue date: 2010-08-25 / A pele dos anfíbios atua em muitas funções vitais, relacionadas à atividade de dois tipos de glândulas cutâneas: mucosas e granulosas. As glândulas granulosas (de veneno) atuam na defesa química que caracteriza os anfíbios, secretando uma grande diversidade de compostos. A presença de secreções de alta toxicidade está frequentemente associada a padrões de colorido chamativos, ditos apossemáticos, reconhecidos e evitado por predadores. O colorido de espécies apossemáticas pode estar presente também em certas espécies indefesas, que assim adquirem proteção, um fenômeno designado mimetismo batesiano. Por outro lado, um conjunto de espécies tóxicas pode apresentar colorido semelhante, caracterizando o chamado mimetismo mulleriano. Dentre os anfíbios, muitos casos de mimetismo envolvem rãs tóxicas e apossemáticas da família Dendrobatidae. A rã Leptodactylus lineatus (família Leptodactylidae) possui colorido similar ao de vários dendrobatídeos, em especial ao de Ameerega picta. Embora assumido como um mímico de A. picta, dentre outros dendrobatídeos, não há de fato evidências de que L. lineatus não secrete toxinas. Uma terceira espécie, Leptodactylus andreae, guarda semelhanças com essas duas no padrão de colorido. Essa investigação tencionou esclarecer a síndrome mimética envolvendo essas três espécies. Objetivou-se determinar: há mimetismo entre elas? Se sim, ele é de natureza batesiana ou mulleriana? Para tanto, atentou-se para a morfologia cutânea, com foco na estrutura e distribuição das glândulas de veneno, assim como para a bioquímica das secreções, o colorido da pele e informações de sua história natural. Foi observado que L. lineatus possui grande número de glândulas granulosas, que se apresentam concentradas em regiões de acúmulo na face dorsal e ventral do corpo. No dorso, esses acúmulos apresentam notável correlação com a posição de listas e manchas, sugerindo que o colorido sinaliza regiões onde o veneno está concentrado. Essas regiões são enfatizadas por um conjunto de posturas defensivas, que podem aumentar as chances de contato do predador com as toxinas ou favorecer o reconhecimento de L. lineatus. A distribuição glandular de L. andreae é semelhante, mas os acúmulos são mal definidos e possuem muito baixa densidade. A. picta, por outro lado, possui distribuição de glândulas uniforme no dorso e ventre. A caracterização histoquímica, bioquímica e ultraestrutural sugerem grande quantidade e diversidade de proteínas nas secreções de L. lineatus, dotadas de significativa atividade enzimática proteolítica. Por outro lado, as proteínas estão praticamente ausentes das secreções de A. picta, nas quais foram detectadas mucossubstâncias de caráter glicídico, que podem contribuir para a toxicidade da espécie. Os dados sugerem que, assim como A. picta, L. lineatus é uma espécie tóxica, que parece atuar como um co-mímico mulleriano desse e possivelmente de outros dendrobatídeos. Em contraste, a morfologia cutânea sugere que L. andreae apresenta baixa toxicidade, possivelmente atuando como um mímico batesiano de A. picta e L. lineatus. São apresentados dados sobre outros atributos da pele, como as glândulas mucosas e a presença de uma camada calcificada na derme. Os resultados são discutidos no contexto de diferenças entre as espécies com relação ao comportamento e ecologia. / TEDE / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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Uso de compostos repelentes produzidos por cães resistentes ao Rhipicephalus sanguineus sensu lato para o seu controle em cães susceptiveis / Use of repellent compounds produced by dogs resisting to Rhipicephalus sanguineus sensu lato for its control in susceptiple dogsOliveira Filho, Jaires Gomes de 21 February 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018-02-21 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Rhipicephalus sanguineus sensu lato, the "brown dog tick", preferentially parasite the domestic
dog, in the latter can parasite others mammals species including humans. This tick demonstrates a
hunting behavior by its host, being widely attracted by the bark and the CO2 among other signs
related to the presence of its hosts. Despite being commonly found parasite on dogs, it is known
that some breeds such as beagles are less parasitic than other breeds like English Cocker Spaniel
which can present a parasitic load about up to 11.5 times higher than mongrel dogs. It is notable a
capacity of ticks and other arthropods in their hosts in relation to desirable or undesirable
characteristics that can perceive these by means of chemoreception of volatile compounds
emanated by these hosts. This adaptive tool is called olfactory aposematism. Olfactory apostotism
is capable of an ectoparasite in avoiding its hosts through a perception of a volatile chemical
emanated by it that signals a negative adaptive response to the arthropod. Usually this response
may be linked to immune factors, excessive grooming, inaccessibility or other factors. One of the
big problems nowadays undoubtedly is the control of ticks and diseases that are transmitted to their
hosts during the blood repast. One of the alternatives for control of parasitism in order to deter ticks
from the search for their hosts is a use of compounds found in resistant hosts that are interpreted
by these arthropods as non-hosts. These compounds demonstrate a more specific activity between
arthropod parasites and their hosts, since they were selected during an adaptation between species
involved in this parasite-host relationship forging bases of parasite selection by susceptible and
resistant hosts. / Rhipicephalus sanguineus sensu lato, também conhecido como “carrapato marrom do cão”,
parasita preferencialmente o cão doméstico, no entanto pode parasitar inúmeras outras espécies
mamíferas inclusive seres humanos. Este carrapato demonstra um comportamento de busca ativa
por seu hospedeiro, sendo amplamente atraído pelo latido e pelo CO2 e outros sinais relacionados
a presença de seus hospedeiros. Apesar de parasitar preferencialmente cães sabe-se que algumas
raças como o beagle são menos parasitadas que outras raças como Cocker spaniel inglês que podem
apresentar uma carga parasitaria cerca de até 11,5 vezes maior que cães mestiços. É notável a
capacidade de carrapatos e demais artrópodes tem em selecionar seus hospedeiros em relação a
características desejáveis ou indesejáveis que conseguem perceber destes, por meio da
quimiorrecepção de compostos voláteis emanados pelos hospedeiros. A esta ferramenta adaptativa
damos o nome aposematismo olfativo que é capacidade de um de parasito em evitar seus
hospedeiros mediante a percepção de um químico emanado por este que sinalize uma resposta
adaptava negativa ao artrópode. Geralmente esta resposta pode estar ligada a fatores imunes,
excesso de grooming ou inacessibilidade ou demais fatores. Um dos grandes problemas na
atualidade sem dúvida e o controle de carrapatos e doenças que são transmitem a seus hospedeiros
durante o repasto sanguíneo. Uma das alternativas para o controle de parasitismo afim de dissuadir
os carrapatos da busca por seus hospedeiros é uma utilização de compostos encontrados em
hospedeiros resistentes que são interpretados por estes artrópodes como não hospedeiros. Estes
compostos demonstram atividade mais especifica entre artrópode parasitos e seus hospedeiros, pois
foram selecionados durante uma adaptação entre espécies envolvidas nesta relação parasitohospedeiro
forjando bases da seleção de parasitos por hospedeiros suscetíveis e resistentes.
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O papel da interação com presas e predadores na variação cromática de Gasteracantha cancriformis (Araneidae) / The role of interaction with prey and predators on the chromatic variation of Gasteracantha cancriformis (Araneidae)Gonçalves, Nathalia Ximenes 18 August 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-08-18 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The sensory drive theory predicts that signals, sensory systems, and signaling behavior should
coevolve. Variation in the sensory systems of prey and predators may explain the diversity of color
signals, such as color polymorphism. The spider Gasteracantha cancriformis (Araneidae)
possesses several conspicuous color morphs. The aim of the present study was to assess whether
the color polymorphism of G. cancriformis may be maintained by pressure from multiple signal
receivers, such as prey and predators with distinct color vision systems. In orb-web spiders, the
prey attraction hypothesis states that conspicuous colors are prey lures that increase spider foraging
success via flower mimicry. However, in highly defended species, conspicuous colors could also
be a warning signal to predators. We used color vision modelling to estimate chromatic and
achromatic contrast of G. cancriformis morphs as perceived by potential prey and predator taxa. To
assess the role of prey, we conducted a prey capture experiment in the field, in which webs were
assigned to four treatments: yellow, red, and black models, or no model. For each treatment, we
counted the number of prey trapped on the webs and the calculated webs damaged area. To assess
the role of predators on the evolution of conspicuous color patterns and polymorphism, we
conducted a second field experiment, allocating yellow, red and black spider models in nylon
threads along the vegetation, and observed the number of attack markings for each of them. Our
results revealed that individual prey and predator taxa perceive the conspicuousness of morphs
differently. Therefore, the multiple prey and multiple predator hypotheses may explain the
evolution of color polymorphism in G. cancriformis. The results of prey capture experiment did
not corroborate the prey attraction hypothesis nor the prey specific adaptation of color
polymorphism. On the predation experiment, we found that black spider models presented more
markings, which indicates that yellow and red models were less preferred, possibly suggesting that
spider coloration may play a role on predator avoidance. Our results, however, do not corroborate
the hypothesis that multiple predators influence polymorphism evolution. Color polymorphism in
this species is possibly a multi-functional attribute, where some morphs benefits from
aposematism, whereas others may alternative fitness advantages. Non-adaptive explanation should
also be considered in future experiments of the evolution and maintenance of color
polymorphisms. / A teoria de “sensory drive” prediz que sinais, sistemas sensoriais e comportamentos de sinalização
devem coevoluir. Variação no sistema sensorial de presas ou predadores pode explicar a
diversidade de colorações existentes e polimorfismos de cores. A aranha de teia orbicular
Gasteracantha cancriformis apresenta padrões de coloração conspícuos e polimorfismo de cor. A
evolução e manutenção de tal variação cromática pode ser influenciada por presas e predadorescom sistemas visuais diferentes, já que um mesmo morfo é percebido distintamente por potenciais
presas e predadores. A coloração conspícua, entretanto, não se assemelha à coloração de flores.
Tampouco influencia na captura de presas, visto que modelos dessa aranhas apresentaram números
similares de presas nas teias. Portanto, ao contrário de outras aranhas de teia orbicular, para as
quais a coloração chamativa é atribuída ao mimetismo floral, para G. cancriformis, esta hipótese
não é corroborada. Os morfos amarelo e vermelho apresentam coloração típica de organismos
aposemáticos e são conspícuos para a visão de uma ave. O morfo vermelho apesar de não ser
conspícuo na visão de vespas, ainda assim poderia estar protegido de predação por camuflagem.
Dessa forma, esses morfos poderiam ser mantidos na população devido à pressão de diferentes
predadores, morfos vermelhos sinalizariam impalatabilidade para aves, enquanto morfos amarelos,
para vespas. Porém, essas diferenças não foram observadas experimentalmente. Em campo,
modelos pretos de aranha apresentaram mais marcas de predação do que modelos amarelos e
vermelhos, também sugerindo que em G. cancriformis a coloração chamativa pode ser um sinal de
advertência para predadores. Porém, a multiplicidade de predadores por si só não explica a
variação cromática em populações dessa espécie de aranha. Consequentemente, o polimorfismo de
cor em G. cancriformis pode ser uma característica multi-funcional, onde morfos não aposemáticos
seriam mantidos nas populações devido a outras funções adaptativas, como camuflagem ou
termorregulação.
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