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Da crítica à Nova Crítica: as múltiplas incursões do crítico-criador Frederico MoraisCHAGAS, T. S. 23 August 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-08-23 / Em 1969, Frederico Morais, então crítico de arte e agitador cultural de prestígio, elaborou suas primeiras reflexões sobre a urgência de uma atualização do papel da crítica de arte, que passava por um momento de crise evidente. À época, a arte brasileira atravessava um período de intensas transformações, com destaque para a atuação das vanguardas, as quais, desde o início dos anos 1960, assumiram o processo de renovação das artes plásticas no âmbito local. Essa situação chegou ao seu limite quando, no final dessa década, surgiram os artistas da chamada arte-guerrilha, que formaram a primeira geração de artistas conceituais do Brasil. Paralelamente, Frederico Morais, defensor da arte de vanguarda e curador de importantes manifestações artísticas ligadas a ela, encontrou na própria criação a possibilidade de um novo fundamento norteador para a atividade crítica. Nesse contexto, surgiu a "Nova Crítica", proposta por Morais como alternativa à crítica tradicional, que, olhando a nova arte a partir das convenções do passado, recusava-a. Morais dedicou-se, então, a realizar trabalhos de arte contemporânea em diálogo com outras obras, como comentários críticos. Tendo em vista esse panorama, buscou-se, com este trabalho, analisar a "Nova Crítica" e as principais questões atreladas às ideias de Frederico Morais sobre o ofício crítico, por meio, sobretudo, da análise das definições delineadas por ele acerca de tal assunto, postas, quando necessário, em confronto com o referencial teórico (Dewey, Barthes e Marcuse). Conforme será mostrado, o projeto de Morais para a crítica de arte esteve profundamente ligado à abertura de espaços para a vanguarda e, ainda, à perspectiva da arte como instrumento de contestação e transformação social.
Palavras-chave: Nova Crítica, Frederico Morais, crítica de arte, arte-guerrilha, arte conceitual.
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