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Aproveitamento hidroeléctrico do Lindoso. Um ensaio de valorização do património

Cristina Joana Dias Lopes 22 April 2015 (has links)
A indústria dos aproveitamentos hidroeléctricos constitui um caso singular deapropriação do território, privilegiando a sua localização a proximidade à fonte deprodução, as características morfológicas do terreno e o potencial energético existente,em detrimento de aspectos como a acessibilidade ou a presença de infra-estruturas deapoio. Assim, situam-se geralmente em áreas rurais, afastadas do desenvolvimento eurbanização das cidades, regiões caracterizadas por uma evolução muito própria,assente em sistemas sócio-económicos de subsistência, vinculados à terra e aos seusrecursos naturais.Estas condições tornavam assim necessário o desenvolvimento paralelo àestrutura industrial, de um edificado de índole social e habitacional que garantisse aostrabalhadores e a todos os intervenientes, condições de permanência, ainda quetemporária, no local.O aproveitamento hidroeléctrico do Lindoso apresenta-se como particularmenteinteressante tanto pelo pioneirismo da sua construção, executada nas duas primeirasdécadas do séc. XX, quando esta indústria se encontrava ainda relativamentesubdesenvolvida no nosso país, como pela sua localização, na região serrana de Peneda-Gerês, território marcado pela morfologia contrastante e vasta rede hidrográfica.A dualidade indústria/paisagem constituída estabeleceu ao longo do tempo ocarácter identificativo da população, hoje praticamente desaparecido, resultado daconstrução do novo aproveitamento do Alto Lindoso e dos novos sistemasautomatizados que dispensam a existência de um núcleo trabalhador residente, e quederam origem a progressivos movimentos migratórios.A necessidade de preservação desta memória colectiva, aliada à singularidadedeste Aproveitamento, sustentam assim o desenvolvimento de processos de valorizaçãoe reutilização do edificado sócio-industrial existente, considerando a sua integração epapel no território, e passando este a funcionar como motor de desenvolvimento erevitalização dos espaços rurais e paisagísticos no âmbito de iniciativas turísticoculturais. / The hydropower industry is a singular case of territory appropriation since, forits positioning, it considers mainly the proximity to the production source, the terrain'smorphological characteristics and the existing energy potential, rather than aspects suchas accessibility or the presence of support infrastructures. Thus it is usually located onrural areas, far from the cities development and urbanization, in regions characterizedby its distinctive evolution, based on socioeconomic subsistence systems, tied to the soiland its natural resources.Due to this conditions, social and housing buildings had to be developed,parallel to the industrial structure, assuring the workers and other players the conditionsto stay on site, even if temporarily.The Lindoso hydroelectric exploitation presents itself as particularly interestingnot only due to the pioneering of its construction, executed in the first two decades ofthe twentieth century, when this industry was still relatively undeveloped in ourcountry, but also for its location, at the mountain region of Peneda-Gerês, a landcharacterized by its contrasting morphology and vast hydrographic system.The created industry/landscape duality defined, throughout time, the identifyingcharacter of the local population. However this character is almost extinct today as aresult of the construction of the new Alto Lindoso facility and of the new automatedsystems that make unnecessary the existence of a resident working core, what, by itsturn, gave origin to progressive migratory flows.In this way, the need to preserve this collective memory, associated to thisExploitation's singularity, support the development of enhancement and reutilizationprojects on the existing socio-industrial buildings, considering their integration and rolein the territory, and making them work as a development and revitalization engine ofrural and landscape spaces in the framework of touristic and cultural initiatives.
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Casa-Pátio. Unidade / Privacidade

Carlos Viegas Rebelo Peres 22 April 2015 (has links)
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A construção da cidade na segunda metade do século XX: a forma e o processo

Dinis José Sottomayor Pinto de Oliveira 24 April 2015 (has links)
Este estudo procura perceber o processo urbano a partir do entendimento dosmecanismos de produção do espaço físico e social, tendo como base o processo deacumulação e circulação de capitais e suas dinâmicas espaciais e temporais. Estaabordagem preliminar, tem como objectivo construir um quadro interpretativo deobservação de casos concretos de estudo onde se avaliará o processo de construção dacidade - na última metade do séc.XX - e sua formalização numa forma específica.Na primeira parte, começa-se por analisar a teoria da acumulação desenvolvida porMarx em "O Capital", e suas crises de realização. Prossegue-se com o estudo dacorrespondência física do processo de acumulação e circulação do capital e como ele setorna urbanizado, através da transferência - por intermédio de operações financeiras -de capitais para a criação de estruturas físicas e sociais como caminho lucrativo paraabsorver o excedente produzido numa etapa anterior. Termina-se o quadro teórico,com a análise do mercado do solo e como ele 'desenha' a localização do capitalanteriormente transferido para o ambiente construído.Na segunda parte, completando a abordagem ao tema proposto, procede-se àanálise de quatro casos de estudo (Viana do Castelo, Vila do Conde, Guimarães e SantoTirso) relacionando a teoria com situações existentes. A partir da observaçãocomparada das cidades seleccionadas e tendo por base uma periodização de três fasesda expansão urbana, procura-se identificar a evolução dos processos da construção dacidade e das relações das forças intervenientes nesse processo, que culmina na fixaçãoda forma, ou melhor, diferentes formas que no seu conjunto compõe a cidade. / This work seeks to understand the urban process and its mechanisms of social andphysical space, based on the process of accumulation and circulation of capital and itsspatial and temporal dynamics. This preliminary approach aims to construct aninterpretive framework of observation of actual cases studies, where the process ofconstruction of the city in the last half of the 20th century will be evaluated, as well asits formalisation in a specific shape.In the first part it is developed an analysis of the accumulation theory developedby Marx in "The Capital", and its realisation crises. The work continues with the studyof the physical correspondence of the process of accumulation and capital circulationand how it becomes urbanised, through the transfer of capital - having financialoperations as intermediaries - for the creation of physical and social structures as alucrative way to absorb the surplus produced in a previous step. The theoreticalframework ends up with an analysis of the land market and the way it "designs" thelocation of the capital previously transferred to the constructed environment.In the second half, completing the approach to the proposed topic, it is developedan analysis of four case studies (the cities of Viana do Castelo, Vila do Conde,Guimarães e Santo Tirso), linking theory with existing situations. From the comparedobservation of the selected cities based on a timeline of three phases of urbanexpansion, this final part of the work aims to identify the evolution of the city'sconstruction process and of the relations between the forces that intervene in thatprocess, culminating in the fixation of the form, or rather different forms, whichtogether compose the city.
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John Hejduk. O confim do limite

Maria Marques de Castro 28 April 2015 (has links)
Este trabalho, motivado pela obra de John Hejduk, uma personagem que atuava de forma particular e reveladora na Nova Iorque dos anos 60 e 70, divide-se em duas grandes partes que se fundem no estudo das neo-vanguardas da altura, do qual o arquiteto fazia parte.Estas neo-vanguardas, extremamente críticas, confrontadas com a atuação do devorador capitalismo perante a arte, colocam-se à margem do processo produtivo da arquitetura, contra o funcionalismo. O desejo desta elite teórica, o da substituição da relação Forma/Função pela relação Forma/Figura - autonomia e máscara -, converge para a prática da chamada arquitetura de papel; uma arquitetura que não se faz a construir, mas a pensar, a escrever ou a desenhar; uma arquitetura para colecionador, cuidadosamente feita em refinados laboratórios.É este ambiente intelectual que evoca o objeto de debate do primeiro capítulo: autonomia. Através dela pretende-se fazer um recuo no tempo pondo a par contextos separados por mais de 150 anos; volta-se atrás para perceber como a autonomia do ser rapidamente se estendeu à autonomia da forma - porque a uma forma de ser corresponde sempre uma forma de pensar e, consequentemente, de fazer. No entanto, esta forma tão direta de definição do tema não deve ofuscar a compreensão desta autonomia como representação de um ambiente coerente, ainda que fragmentário, onde diferentes protagonistas - tempo, homem, forma, arquitetura - convergem. Reconhece-se a importância desta reflexão para perceber a projeção de alguns enredos na prática das vanguardas, testemunhada por relações estabelecidas entre Ledoux e Rossi ou Hejduk, ou entre Piranesi e Eisenstein.Se o trabalho se constrói através do estudo de temas que os enredos percorridos por John Hejduk vão desvelando, na primeira fase há espaço para abordagens mais diluídas, enquanto a segunda lida mais diretamente com a obra do arquiteto. A construção e o comportamento da máscara determinam o caminho percorrido pela segunda parte do trabalho. Sabendo que a sua construção termina o processo de captura e formalização da aura dos lugares, da sua representação, demonstra um profundo desejo de renovação; testemunha de uma obra encarada como uma crítica devastadora à prática contemporânea. / The impulse for this thesis is the work of John Hejduk, a central and revealing character of New York's neo-avant-garde environment of the 1960s and 1970s. Its two main sections converge in a more articulated picture of this neo-avant-garde.This extremely critical neo-avant-gardes, confronted with capitalism's voracious relation with art, marginalized themselves from the productive process of architecture and charged against functionalism. This theoretical elite attempted the replacement of the Form/Function relation with a Form/Figure one - autonomy and mask - converging in the practice of the so-called paper architecture; an architecture made through reflection, thought, representation, not through its physical construction. These were collector's items carefully made in refined laboratories.This is the intellectual environment that engenders the debate of the first chapter: autonomy. Setting the beginning of this debate 150 years ago, it is possible to understand how the autonomy of the self was extended to the autonomy of form - to a different self corresponds a different thought and consequently a different way of acting and doing things. Such a straight forward enunciation should not overshadow the understanding of this autonomy as the representation of a coherent yet fragmentary environment in which different protagonists - time, man, form, architecture - converge. This reflection is fundamental to understand the shadow of some plots cast in the practice of the neo-avant-garde, witnessed by the connections established between Ledoux and Aldo Rossi or Hejduk, or between Piranesi and Eisenstein.The work unfolds through the study of the many paths John Hejduk's work reveals. The first part makes space for more contextual and intellectual problems, the second addresses more directly his architectural work. The mask, in its behavior and construction, structures this section. Acknowledging that the construction of the mask closes the process of capture and formalization of the aura of a place, of its representation, this mask demonstrates a deep desire for renovation, a desire that witnesses the face Hejduk projected in his work: a devastating criticism of contemporary production.
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Casa da Deveza: reconversão de estruturas agrícolas

Sara Maria Marques dos Santos Feio 11 November 2015 (has links)
A Dissertação aqui apresentada define-se como a revisitação de uma metodologia de intervençãonuma estrutura tradicional agrícola para a concretização de um projeto. Este surgiu com a propostade reabilitação de uma propriedade situada no concelho de Felgueiras, para habitação sazonal, quefoi solicitada pelos meus pais no passado ano de 2014. Assim, expõe-se neste trabalho uma viagempelos longos caminhos da Arquitetura, da História, da Geografia e de tantas outras disciplinas asquais, em conjunto, foram exploradas com o objetivo principal de contribuir para a aproximação aum método de intervenção em estruturas tradicionais agrícolas, que faça jus ao valor imenso destasconstruções vernaculares, tantas vezes ainda ignorado. De forma a apoiar este estudo, recorreu-sea diferentes métodos de investigação e análise, abrangendo o máximo de oportunidades de recolhae ensaio, com o intuito de o tornar o mais completo possível. Este revelou-se mesmo fundamental,em primeiro lugar na compreensão da matéria em questão e em segundo lugar na elaboração de umprojeto seguro e esclarecido. Por fim, com esta Dissertação pretende-se não só colaborar para o jávasto domínio da arquitetura vernacular portuguesa mas também se procura (se a ambição não fordemasiada) divulgar a enorme pertinência da reabilitação de estruturas tradicionais agrícolas parao panorama social, económico e cultural da atualidade."1. O arquiteto deverá estar munido de conhecimentos de muitos ramos de estudo e os mais variadostipos de aprendizado, para que possa julgar e testar o trabalho executado por outras artes. Esteconhecimento é fruto da prática e da teoria. Prática é o exercício do emprego regular e contínuodo trabalho manual que é feito com cada material necessário e de acordo com os desenhos de umprojeto. Teoria, por outro lado, é a habilidade em demonstrar e explanar a destreza nos princípios deproporção." (VITRÚVIO, séc.I a.C.,apud MACIEL, 2009, p.10) / This Dissertation is defined as a second look at an intervention method used in a pre-existingtraditional agricultural structure with a real and practical basis underneath it. Such work came froma seasonal housing rehabilitation (located in Felgueiras county) proposal by my parents in the pastyear of 2014.Therefore, in this paper the journey towards the paths of Architecture, History, Geography and manyother fields is exhibited and in which such subjects were explored together with one main goal: tocontribute as an approach to an intervention method for traditional agricultural structures that doesjustice to these enormously valuable and too many times unrecognized buildings.Several means of investigation and analysis were used in order for this thesis to be as thorough aspossible, research that became fundamental due to two reasons: first for the overall understanding ofthe topic itself and for the comprehension of the matter; second for the formulation of an enlightenedand safe project.Lastly, this work is intended not only to contribute to the existing vast studies regarding theportuguese vernacular architecture but also to unveil the tremendous relevance of rehabilitatingtraditional agricultural structures to the current social, economical and cultural panorama."1. The architect should be equipped with knowledge of many branches of study and varied kinds oflearning, for it is by his judgement that all work done by the other arts is put to test. This knowledge isthe child of practice and theory. Practice is the continuous and regular exercise of employment wheremanual work is done with any necessary material according to the design of a drawing. Theory, on theother hand, is the ability to demonstrate and explain the productions of dexterity on the principles ofproportion." (transl. VITRUVIO, I b.C., apud MACIEL, 2009, p.10)
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As Medianeras em Buenos Aires. O terceiro alçado como elemento de composição no espaço urbano

João Pedro Mesquita Amorim 02 February 2016 (has links)
A medianera é um elemento comum na imagem urbana de distintascidades. Surge como elemento efémero, contudo, no período de tempo emque o lote contíguo carece de edificação, adquire uma preponderância vital naimagem produzida no espaço público. As constantes alterações às normativasurbanísticas conferiram à medianera o valor de fachada principal, devido à suaperenidade, dimensão e exposição relativamente ao arruamento.Buenos Aires, cidade de estudo desta dissertação, desenvolve-seatravés de estrutura reticular com lotes justapostos, à imagem da época colonial.Apesar de, numa primeira fase, o desenvolvimento realizar-se em extensão,rapidamente se densificou a área central, emergindo a cidade através daexploração da vertical. Sendo este um traçado propenso ao poder especulativo,nos seus estreitos lotes, os diversos planeamentos permitiram uma construçãoimpulsiva do edificado, outorgando deste modo um caráter múltiplo aos seusquarteirões, onde a alternância de cércea é uma constante. Esta situaçãopermite o aparecimento, de forma explícita, da medianera, confrontando destemodo os utilizadores que percorrem diariamente a cidade. A medianera torna-seum testemunho da história da evolução do edificado, evidenciando condiçõesprecárias de habitabilidade que permitem, ainda que de forma ilegal, a aberturade vãos pelos seus habitantes, os quais se apropriam da medianera. A cidade,baseada num traçado com estrutura uniforme, ao crescer, propõe uma leituraheterogénea e específica de Buenos Aires.A reflexão desenvolvida neste trabalho sobre a medianera teve origemna vivência direta da cidade possibilitada pela realização de uma condição demobilidade como estudante na Facultad de Arquitectura, Diseño y Urbanismo deBuenos Aires. A aproximação com a arquitetura da cidade, que permitiu entenderquais as possibilidades de atuação face a esta preexistência, foi possibilitadapela realização de um estágio profissional, no estúdio Adamo-Faiden. / The sidewalls are a common element in the urban image of different cities.It appears as an ephemeral element, however, in the period of time when thereis no building in the next lot, it acquires a vital influence on the image producedin the public space. Constant amendments to town planning regulations havegiven the sidewalls the value of a main facade, because of its continuity, size andexposure concerning to the street.Buenos Aires, city of study of this thesis, develops itself through thereticular structure with juxtaposed lots, maintaining the colonial appearance.Although, initially, the development has been done in size, quickly the centralarea densified, emerging the city by exploring the vertical. Being this structureprone to speculative power, in its narrow lots, the diverse plannings allowed animpulsive building construction, giving this way a multiple character to its blocks,where the alternating height is a constant. This situation allows, in a clear way,the appearance of the sidewalls, confronting the users who walk around the cityevery day. The sidewalls becomes a witness of the building evolution history,showing precarious habitability conditions which boosts, although illegally, theopening of gaps by its inhabitants. The city, based on a uniform structure, bygrowing, proposes an heterogeneous and specific lecture of Buenos Aires.The reflection developed in this work about the sidewalls, was madepossible by the lived experience in the city, in the exchange programme asstudent at the Faculty of Architecture, Design and Urbanism of Buenos Aires.The approach to the city's architecture, which allowed an understanding of thepossibilities of action having in mind this pre-existence, was provided by thepossibility of carrying out an internship at the Adamo-Faiden studio.
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A Última Cidade

Marta Cecília Duarte Torres 11 February 2016 (has links)
Eu quero, quando morrer, ser enterradaAo pé do Oceano ingénuo e manso,Que reze à meia-noite em voz magoadaAs orações finais do meu descanso...1Arquitetura para a ausência. Uma despedida eterna, memórias e recordações. Casas do etéreo,espaços destinados aos mortos e vividos pelos vivos, conexão da realidade com alienação etranscendência. Percursos de meditação e recolhimento repletos de simbolismo e devoção,induzindo-nos no implacável rumo da final imposição celeste: o confronto com a morte.A relação do Homem Ocidental com a cessação da vida é a suma expressão da arquiteturafunerária. Um desenho para a morte, um espaço íntimo capaz de abreviar o processo decicatrização da dor, perpetuando memórias que constroem a própria cidade. Presentementeassistimos à dessacralização da nossa cultura, espelhada no processo da arquitetura funerária.A tentativa de esconder a explosão iminente de dor e sofrimento, da lembrança compadecidada perda, opera a conversão destes espaços em lugares neutros, passivos, minimizadores dochoque emocional, numa recusa quase compreensiva desse processo. Como se com esseprocedimento a própria morte desaparecesse, constroem-se lugares denunciadores do esforçode alienação da consciência frente à morte, de afastar o impacto que implica se defrontar comela. A arquitetura esfumaça a morte, distrai os vivos da realidade do passamento e amortece adificuldade de acompanhar o translado do corpo inerte pelos rituais prévios à exumação.2 Emsuma, trata-se de uma geometria emocional. O homem moderno desejou simplesmente omitira presença da morte no seu quotidiano, entendendo-a como uma transgressão e aliando-a aoesquecimento.Atualmente observamos um crescente aparecimento de novos complexos mortuários que seapresentam como resposta a este ultimato. Encontramo-los numa posição serena face aointerdito extremista da expurgação da morte no nosso quotidiano: definem espaços laicos easséticos, que recorrem à precisão de linhas assertivas no que respeita à função. No entanto,são dotados de grande expressividade simbólica; dignificam o espaço de significância, nãoabandonando a omnipresença da morte nem a admitindo em toda a sua severa expressão. Um1 ESPANCA, Florbela. A minha morte in Poesia Completa de Florbela Espanca, Lisboa: Dom Quixote, 2002, p.55.2 MASSAD, Fredy; YESTER, Alicia Guerrero. Cemitérios contemporâneos. Entre a vida e a morte. Revista on-line Vitruvius- Arquitextos, índice 060.02. Maio, 2005.A ÚLTIMA CIDADE 12equilíbrio balanceado permite-nos conviver com esta, consentindo-nos percorrer os espaçoscom tranquilidade na esperança que a sua elaboração neutra contribua para a construção dasnossas próprias memórias.No final, a morte contribui para este ensaio com uma presença duplamente facetada, umparadoxo que se resume para os sobreviventes com uma prestação dualista: a hostilidade damorte exerce-se não contra o defunto, que ela introduz em melhor sorte, mas contra aquelesque o lamentam, não os aniquilando, mas deixando-os viver, corpo social decapitado, seresprivados de suporte e de direção. Essa ambivalência reflete no fundo uma divisão, nos espíritos,entre duas atitudes cronologicamente distintas senão discretas: de um lado, o choque inicialdo luto, durante o qual a morte não pode ser senão madrasta, de outro, o recuo que impõe areflexão, induzindo a extrair um aspecto positivo - ainda que limitado a um só destinatário - deuma situação e tornando, no limite e sob certas condições rigorosas, a Morte semelhante a umamãe solícita.33 BRAET, Herman; VERBEKE, Werner. A Morte na Idade Média. São Paulo: EDUSP, 1996, p.254. / I want, when I die, to be buriedClose to the naïve and meek Ocean,Shall it pray at midnight on a hurt voiceThe final prayers of my rest ...1Architecture for the absence. An eternal farewell, bounded by several memories. Houses ofthe ethereal, with spaces for the faithful departed and for the living. Connection between realityand alienation, transcendence. Paths of meditation and recollection, filled with symbolism anddevotion, inducing us relentlessly toward the imposed celestial ending: the confrontation withdeath.The relationship between man and the cessation of life is the sum expression of funeraryarchitecture. A drawing inspired by death, its rituals and secrets, understood and conceived as anintimate space capable of soothing the healing process of a sore soul, by perpetuating memoriesthat will build the city itself. Currently, we witness the desecration of our culture, mirrored inthe process of funerary architecture. The attempt to hide the impending explosion of pain andsuffering due to the remembrance of a sudden loss tries to convert these spaces into neutrallocations, minimizing the emotional shock - a comprehensive rejection of that painful process.As if death itself would disappear by this procedure of building spaces that reveal the effort toalienate the consciousness when facing death; the attempt to distance the impact felt by thisconfrontation. Architecture blurs death by distracting the living from the harsh reality of passingaway. It smooths the difficulty related to the ceremonial rituals that preceed the exumation.2In short, it is all about an emotional geometry. Modern men wished to omit the presence ofdeath in their daily lives, understanding it as a transgression and allying it to oblivion. Nowadayswe witness the growing emergence of new mortuary complexes that present themselves as aresponse to this ultimatum. We found them in a rather quiet position towards the inaccessibleextremism of purging death away from our daily lives: they define aseptic and precise lines,recurring to the accuracy of statements regarding the function. However, they are endowedwith great symbolic expression; by dignifying the space of significance without abandoning theomnipresence of death nor admitting it across its stern expression. A balanced equilibrium allows51 ESPANCA, Florbela. A minha morte in Poesia Completa de Florbela Espanca, Lisboa: Dom Quixote, 2002, p.55. (free translation)2 MASSAD, Fredy; YESTER, Alicia Guerrero. Cemitérios contemporâneos. Entre a vida e a morte. Revista on-line Vitruvius- Arquitextos, índice 060.02. Maio, 2005.(free translation)A ÚLTIMA CIDADE67us to live with this, enabling us to quietly visit those spaces, hoping that its neutral developmentcontributes to the construction of our own memories.In the end, death contributes to this subject with a double faceted presence, a paradox thatcomes down to the survivors by providing a dualistic reading: the hostility of death is exercisednot against the deceased, to whom a better luck is given, but against those who mourn; notannihilating them, but letting them live, social decapitated body, beings deprived of support anddirection. This ambivalence reflects a deep spiritual division, between two chronologically distinctyet discreet attitudes: on one hand, the initial shock of mourning, during which death can only bestepmother. On the other, it appears as a retreat imposing religious reflection, inducing ourselvesto extract a positive aspect - albeit limited to a single recipient - of a situation and comparing(within the limits and under certain strict conditions) death to a caring mother.33 BRAET, Herman; VERBEKE, Werner. A Morte na Idade Média. São Paulo: EDUSP, 1996, p.254. (free translation)
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A temporalidade na obra de Shigeru Ban

Anna Siviero 02 June 2016 (has links)
Este estudo procura analisar a arquitetura de carácter temporário de Shigeru Ban, ligando-a aos conceitos de ecologia, reciclagem e sustentabilidade, com um especial enfoque na sua aplicação em contexto de emergência pós-catástrofe.A ideia de temporalidade, segundo a qual um elemento tem um ciclo de vida útil determinado, contrapõe-se aos princípios de permanência e de firmitas vitruviana normalmente associados à arquitetura. As construções temporárias são estruturas arquitectónicas criadas para permanecer por um determinado intervalo de tempo, ou com a capacidade de se transformarem no tempo através de poucas alterações estruturais. A palavra temporalidade ganha então um duplo sentido. Por um lado, a temporalidade de uso, também chamada transitoriedade, que implica a persistência da construção e a rápida e contínua modificação das funções ou das pessoas que a utilizam. Por outro lado, a temporalidade física, que implica um tempo limitado de vida do edifício, ou seja, a sua desmontagem ou destruição no término da função para a qual foi construído.A temporalidade que se pretende analisar, própria da arquitetura de Shigeru Ban, é do tipo físico e denota uma reversibilidade total do sistema, capaz de ocupar um território por um certo tempo e devolvê-lo "intacto", uma vez cumprida a sua função. Através do uso de um material não convencional - o papel - de sistemas construtivos inovadores e low-tech, baseados na montagem a seco, na rapidez construtiva e na possibilidade de desmontagem e reutilização das partes que constituem o edifício, Shigeru Ban evolui no sentido de uma arquitetura fortemente reversível, que minimiza o desperdício, maximiza a possibilidade de reutilização e a reciclagem de material.O uso de papel como material de construção, em forma de tubos, é explorado pelo arquiteto a partir de 1986 e simboliza a forte tendência de Shigeru Ban para a procura da leveza e liberdade criativa. Neste período, em que os conceitos de ecologia, reciclagem e sustentabilidade ainda não eram argumento significativo, o interesse de Ban pelo papel é justificado pelo seu desprezo pelo desperdício e pela vontade de utilizar um material estrutural económico e, ao mesmo tempo, resistente e durável.A utilização dos tubos de papel como material estrutural é aplicada na maioria das obras de carácter temporário do arquiteto, em particular em contextos de emergência pós-catástrofe.A atividade de socorro às catástrofes de Shigeru Ban, desenvolvida através da organização não governamental VAN (Voluntary Architects' Network), consiste na construção de resid�\xAAncias e equipamentos temporários em materiais económicos, duráveis, recicláveis/reutilizáveis e, sempre que possível, de origem local, que oferecem conforto, proteção e um nível adequado de privacidade às vitimas de desastres.Pelo valor da sua obra humanitária, o arquiteto foi reconhecido com a atribuição do Prémio Pritzker em 2014. Foi definido pelo júri como "um arquiteto extraordinário que, durante vinte anos, tem respondido com criatividade e um design de alta qualidade às situações extremas causadas por desastres naturais devastadores. Os seus edifícios fornecem abrigo, centros comunitários, e lugares espirituais para aqueles que sofreram terríveis perdas e destruição. Quando uma tragédia assombra, ele muitas vezes está lá desde o princípio, como no Ruanda, Turquia, Índia, China, Itália e Haiti, e o seu país natal, o Japão, entre outros." / This study aims to analyse Shigeru Ban's temporary architecture, connected with the concepts of ecology, recycle and sustainability, mainly focusing on its application in post disaster emergency contexts.The idea of temporality, in which an element has a determined life cycle, contrasts with the principles of permanence and Vitruvian firmitas commonly associated with architecture. Temporary constructions are architectonic structures designed to last for a determined arc of time, or with the capability of being transformed in time through little structural changings. The word temporality has a double meaning. On one hand, the temporality of usage, also called transience, that implies the persistency of the construction and the fast and continuous modification of the functions or of the people that use it. On the other hand, the physical temporality, that implies a limited life time of the building, and its dismantling or destruction at the end of the function for which it was built.The temporality that we aim to analyze, typical of the architecture of Shigeru Ban, is the physical one. It denotes a complete reversibility of the system, able to occupy a piece of land for a certain time and, once accomplished its function, return it "intact". Through the usage of a non convectional material - paper - , innovative and low-tech constructive systems based on dry assembling, the assembly speed and the possibility of dismantling and reusing the components that constitute the building, Shigeru Ban evolves towards a deeply reversible architecture, that minimizes waist and maximizes the chances of reusing and recycling material.The use of paper as a construction material, shaped in tubes, starts to be explored by the architect in 1986 and symbolizes Shigeru Ban's strong tendency for the pursue of lightness and creative freedom. In a period in which ecological, recyclable and sustainable concepts weren't yet object of frequent discussion, Ban's interest for paper is justified by his despise for waste and by his desire to use a cheap and, at the same time, resistant and durable structural material.The usage of paper tubes as structural material is applied to the majority of his temporary works, in particular in post disaster emergency contexts.The rescue activity of Shigeru Ban after disasters, carried out through the NGO VAN (Voluntary Architects' Network), consists in the construction of temporary residences and equipment made out of low cost, durable, recyclable/reusable and, whenever possible, local materials that offer comfort, protection and an adequate level of privacy to the victims of disasters.For the value of his humanitarian work, the architect has been recognized with the attribution of the Pritzker Prize in 2014. He was defined by the jury as "an outstanding architect who, for twenty years, has been responding with creativity and high quality design to extreme situations caused by devastating natural disasters. His buildings provide shelter, community centers, and spiritual places for those who have suffered tremendous loss and destruction. When tragedy strikes, he is often there from the beginning, as in Rwanda, Turkey, India, China, Italy, and Haiti, and his home country of Japan, among others."
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Esch-sur-Alzette: A Metrópole do ferro. Do assentamento industrial à construção de uma nova imagem urbana contemporânea

Filipa Pinheiro Pereira 18 August 2016 (has links)
A presente dissertação de Mestrado Integrado em Arquitetura, intitulada "Esch-sur-Alzette: A Metrópole do Ferro. Do Assentamento Industrial à Construção de uma nova Imagem Urbana Contemporânea" é o resultado de uma análise e reflexão em torno do complexo processo de regeneração urbana que se encontra em curso, desde os anos 1980, em Esch-sur-Alzette, uma cidade cujo crescimento, importância e declínio se relacionam diretamente, por um lado, com o forte desenvolvimento da indústria siderúrgica, observado nos séculos XIX e XX e, por outro lado, com o gradual e profundo processo de declínio das atividades industriais, em particular da produção siderúrgica, que afetou um conjunto significativo de cidades europeias no contexto da crise mundial - financeira e petrolífera - ocorrida nos finais 1970.Para compreender o processo de regeneração urbana que se encontra em curso na cidade de Esch-sur-Alzette, desenvolveu-se uma análise e reflexão sobre o que consideramos serem os principais momentos que marcam a evolução da forma da cidade no espaço geográfico europeu, desde as suas origens até à contemporaneidade, no contexto de uma consolidada cultura e prática de planeamento. Paralelamente,convocamos para a reflexão um conjunto de cidades europeias, nomeadamente Glasgow,Bilbao e Dortmund, por se constituírem como casos paradigmáticos de regeneração urbana, procurando identificar similaridades e eixos de transformação comuns entre si.Por último e com base numa leitura cronológica, procuramos caracterizar aevolução da forma urbana da cidade de Esch-sur-Alzette, identificando os principais momentos que marcam o seu processo de crescimento, consolidação e transformação e que se relacionam diretamente com as diferentes fases de desenvolvimento da produção siderúrgica, desde o assentamento das atividades industriais, passando pelo início declarado do seu processo de declínio, até ao processo de desindustrialização colocadoem marcha, na medida em que são indissociáveis. Destacamos neste contexto o processo de desindustrialização por se ter revelado propiciador de uma profunda transformação da forma, do desenho e da imagem urbana de Esch-sur-Alzette, que a cidade soube habilmente conduzir por meio de um conjunto de instrumentos de planeamento e gestão urbana que, sucessivamente, se foram formulando e reformulando, desde os anos 1980 até à contemporaneidade.Concluímos constatando que, ao longo das últimas três décadas, Esch-sur--Alzette soube identificar o timing, os eixos estratégicos de intervenção e as ações que orientaram a implementação do processo de regeneração em curso, assim como, ainda que de forma parcelar, soube convocar os instrumentos adequados e desenvolver o conjunto de planos e projetos necessários para fazer face aos diferentes problemas e desafios que se colocavam em diferentes zonas da cidade, os quais preservando o essencial da identidade de Esch-sur-Alzette, permitiram reconfigurar profundamente o seu tecido, fazer emergir uma nova vocação e perfil funcional e construir uma nova imagem urbana apelativa, moderna, inovadora e qualificada, capaz de resgatar a sua importância no contexto nacional e internacional. / In this Master Thesis, entitled "Esch-sur-Alzette: A Metrópole do Ferro. Do Assentamento Industrial à Construção de uma nova Imagem Urbana Contemporânea", it is developed an analysis and reflection on the urban regeneration process, since the 1980´s, formulated and implemented in Esch-sur-Alzette. Its growth, importance and decline are directly related with the development of the steel industry observed in the 19th and 20th centuries and with the gradual and deep decline process of the industrial activities, particulary of the steel production, which affected a significant ensemble of European cities in the context of the international financial and petroliferous crisis occurred in the 1970´s.In order to comprehend the ongoing urban regeneration process in the city of Esch-sur-Alzette, it is developed a reading and reflection on the main moments which appoint to the evolution of the city form in the geographic European space in the context of a consolidated planning culture and practice, since its origins until the contemporaneity. Parallel to this, we add to the reflection an ensemble of European cities, Glasgow, Bilbao and Dortmund, for being paradigmatic cases of urban regeneration, seeking to identify common similarities and transformation axes.Last of all and based on a chronological reading, we seek to characterize the evolution of the urban form of the city of Esch-sur-Alzette by identifying the main moments of its expansion and consolidation process in its relation to the different phases of the steel production development, as far as they are inseparable, which are observed since the settlement of the industrial activities until the beginning of its declared decline process. It was followed a de-industrialization process, which revealed itself ideal to a profound form, urban design and image transformation of Esch-sur-Alzette. This process was managed by the city by an ensemble of planning and urban management instruments that successively formulated a reformulated themselves, since the 1980´s until the contemporaneity.We bring to a conclusion observing that, over the last three decades, Eschsur-Alzette managed to identify the timing, the strategic axes of intervention and the actions, which lead to the implementation of the ongoing regeneration process, as well as, even in partial form, to develop an ensemble of necessary plans and projects to face the different problems that were placed in different city areas. Those plans and projects enabled to deeply reconfigure the tissue of Esch-sur-Alzette, to emerge a new vocation and functional profile and to build a new appellative, modern and innovative urban image, bt preserving the essence of the city´s identity and by rescuing its importance in the national and international context.
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Entre a arquitectura e a natureza. O abrigo de madeira na Serra do Soajo

Sara Canossa Ventura Gomes 17 November 2016 (has links)
Em áreas tão especiais como a do Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG), uma das 46 Áreas Protegidas portuguesas, o binómio arquitetura/natureza é posto em confronto de uma forma muito peculiar. Trata-se de um território repleto de história, culturas e tradições, também caracterizado por condicionantes climáticas e geográficas, que resultam no património construído e paisagístico que hoje se observa.O projeto apresentado no presente trabalho localiza-se no Parque de Campismo e de Caravanismo de Travanca que, por sua vez, se insere no PNPG em plena Serra do Soajo. Este empreendimento turístico foi construído numa antiga branda de gado e preserva algumas das estruturas de abrigo utilizadas na prática da pastorícia, uma das atividade tradicionais do território.-Além da proximidade com a Porta do Mezio - uma das cinco Portas de receção ao visitante existentes ao longo do limite do PNPG - a recente mudança de gestores e a necessidade de revitalizar o parque de campismo foram fatores que justificaram uma nova proposta para o espaço. Propõe-se a criação de um ou mais abrigos, um conceito que, desde tempos primitivos, está intimamente ligado à relação do Homem com a natureza. O projeto privilegiou o uso da madeira na construção dos abrigos, tirando partido das capacidades do material como a integração no meio, a flexibilidade, a leveza e a auto-montagem. / In areas as unique as the Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG), one of forty six protectedareas in Portugal, the binomial architecture/nature is brought into confrontation in a verypeculiar way. It is a territory full of history, culture and traditions, also characterized byclimatic and geographical conditions that combine to form the built and natural landscapethat is present today.The project presented in this work is located in the Camping and Caravanning site ofTravanca that is located in the PGNP in the Serra do Soajo. This tourist resort was builtat an old cattle branda and preserves some of the shelter structures used in the practice ofpastoralism, a traditional activity in this territory.Besides being close to Porta do Mezio - one of five Portas that welcomes visitors to the PNPG- the recente change in management and the need to revitalize the camping site where keyfactors to justify a new plan for the site. It is proposed to build one or more shelters, usinga concept that, since early times, is closely linked to human relationship with nature. Theproject focus on the use of wood as building material for shelters, taking advantage of itscapabilities to integrate into the environment, its flexibility, lightness and self-assembly.

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