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Percepção das pessoas com deficiência sobre a Atenção à Saúde e sua contribuição para a educação médicaLins, Valéria Cristina Montenegro Batista 13 April 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018-04-13 / A Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência orienta ações de promoção
da saúde, prevenção de incapacidades, melhoria dos mecanismos de informação,
capacitação profissional, e organização/funcionamento dos serviços de atenção à
saúde. No entanto, as pessoas com deficiência não se sentem assistidas em suas
necessidades quando procuram tais serviços. Adicionalmente, a educação médica,
em geral, não tem contemplado em seus conteúdos curriculares esse grupo de
pessoas, contribuindo assim, para o não reconhecimento das especificidades
relacionadas aos vários tipos de deficiência e de aspectos relevantes para o cuidado
integral. Esse estudo objetiva compreender a percepção das pessoas com deficiência
sobre o atendimento médico recebido nos serviços de saúde, de modo a contribuir
para uma formação profissional que atenda às necessidades dessa população
específica. O caminho teórico-metodológico percorrido foi a fenomenologia, utilizando
a abordagem qualitativa. As técnicas utilizadas para a coleta dos dados foram grupo
focal e entrevistas semiestruturadas, de onde emergiram três unidades temáticas:
Necessidades das pessoas com deficiência; Serviços de Saúde e Atenção integral à
saúde das pessoas com deficiência. Os resultados dessa pesquisa evidenciaram que
as pessoas com deficiência, quando recorrem aos serviços de saúde buscando
atendimento médico, muitas vezes, se deparam com barreiras presentes nas
instituições, tanto no que se refere ao aspecto atitudinal e de comunicação, quanto à
acessibilidade e à falta de equipamentos e materiais apropriados ao seu atendimento.
Observou-se também a necessidade de sensibilização e capacitação dos profissionais
médicos para melhor atendimento e acolhimento às pessoas com deficiência, no
sentido de contribuir para que elas se sintam incluídas socialmente e respeitadas na
sua condição. Reitera-se a importância do papel da atenção primária no cuidado
integral à saúde dessas pessoas, o que se constitui um desafio e provoca uma
reflexão sobre a eficácia das práticas atuais e sobre as possibilidades de melhorias
futuras. Conclui-se que é necessário que as escolas médicas se comprometam com
a temática e possibilitem um ensino voltado para as necessidades em saúde dessas
pessoas. / The National Policy on the Health of Persons with Disabilities guides actions of health
promotion, disability prevention, improvement of information mechanisms,
professional training, organization and operation of health care services. However,
persons with disabilities do not feel assisted in their needs when seeking such
services. In addition, medical education, in general, has not included in its curriculum
content this group of persons, thus contributing to the non-recognition of the
specificities related to the various types of disability and aspects relevant to integral
care. This study aims to understand the perception of persons with disabilities about
the medical care received in health services, so as to contribute to professional training
that meets the needs of this specific population. The theoretical-methodological path
covered was phenomenology, using the qualitative approach. The techniques used to
collect data were focal group and semi-structured interviews, from which emerged
three thematic units: Needs of persons with disabilities; Health Services and
Comprehensive health care for persons with disabilities. The results of this research
showed that persons with disabilities, when they use health services seeking medical
attention, often face barriers in the institutions, both at the level of attitudinal and
communication, accessibility, to the lack of equipment and materials appropriate to
their service. There was also a need for awareness and training of medical
professionals to better care and accommodate persons with disabilities, in order to
make them feel socially included and respected in their condition. The importance of
the role of primary care in the integral health care of these persons is reiterated, and it
is a challenge, reflecting on the effectiveness of current practices and the possibilities
for future improvements. It is concluded that it is necessary for medical schools to
commit themselves to the theme and to provide education aimed at the health needs
of these persons.
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