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Significados atribuídos ao corpo e ao comer experimentados por adolescentes com excesso de peso, estudantes do ensino médio de uma escola pública na cidade de Salvador –BaSão Pedro, Nádija Dessa January 2015 (has links)
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Dissertação_Nut_ Nádija Dessa São Pedro.pdf: 1054010 bytes, checksum: 3866541101da19a16fab7b4ab85657f4 (MD5) / A Organização Mundial de Saúde (OMS) alerta que, nas últimas décadas, os níveis de obesidade têm aumentado de forma significativa, sendo considerado um problema de saúde pública. Muitos fatores favorecem o ganho de peso, com destaque para os aspectos socioeconômicos, psicossociais, biológicos e culturais. O processo de transição nutricional intensificado nas últimas décadas repercute em mudanças no padrão alimentar da população, com destaque ao aumento do consumo de alimentos ricos em gordura, sódio e açúcar, bem como a redução da ingestão de frutas, legumes e cereais integrais. Associam-se ainda a este cenário a redução na prática de atividade física e de lazer. A adolescência, período compreendido entre os 10 e 19 anos de idade (WHO, 2013), é marcada por transformações biológicas, emocionais e sociais que podem implicar em alterações no tamanho, na aparência e na satisfação corporal. Este trabalho objetiva descrever como adolescentes com sobrepeso e obesidade significam seus corpos em seu cotidiano. Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa, concebido no campo da socioantropologia da alimentação e das ciências sociais da saúde. A fase exploratória do estudo contemplou a observação dos espaços de alimentação e convivência. O acolhimento dos estudantes ocorreu pelo método “bola de neve”, assim a partir de um indivíduo foram obtidos contatos de outros possíveis interlocutores. O número de entrevistados foi determinado em campo e considerado satisfatório quanto à intersubjetividade sobre o objeto de estudo. Foram realizadas duas entrevistas individuais. Além disso, os indivíduos foram estimulados a escrever um texto dissertativo, respondendo à provocação: “como você se sente com o seu corpo, no seu dia a dia?”. Todas as entrevistas foram transcritas na íntegra e posteriormente categorizadas. Baseado nos estudos de Gadamer (1997) o método utilizado para a análise dos dados foi a abordagem hermenêutica dialética, que dialoga com a realidade sociocultural do individuo. O estudo revelou a dualidade na forma em que se relacionavam com os seus corpos e com o comer. Os interlocutores conviviam com o excesso de peso desde a infância e relataram situações de estigma e isolamento social.O IMC amplamente utilizado pelos interlocutores pareceu sentenciar e transformar “gordinhos”, “inchadinhos” em obesos. E assim “diagnosticados”, acessavam a diferentes estratégias para perda de peso, preferencialmente rápida, com destaque às “dietas da moda”, aos shakes e chás emagrecedores. Paralelamente a essa tentativa do controle do comer, observou-se indícios de compulsão alimentar, principalmente em ambiente doméstico e os paradoxos do comer teórico baseado no discurso da nutrição e o comer real envolvido de simbologias como o “comer besteira”. Apesar do protagonismo materno em determinados momentos os interlocutores criticaram a postura dos pais, culpabilizando-os pelos hábitos alimentares adquiridos ou ainda pela forma que lidavam com os seus corpos.
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