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Comunicação organizacional e ethos discursivo : representações de infância em anúncios de bancos veiculados na revista Veja (1968-2011)

Stocker, Pâmela Caroline January 2013 (has links)
Na perspectiva da comunicação organizacional, a publicidade apresenta-se como meio profícuo para que as organizações atualizem os seus discursos e falem de si para os públicos de forma estratégica. Nessa direção, o acionamento de representações de infância por diversas empresas/marcas tem se ampliado significativamente na última década como eficiente fórmula para dar-se a ver aos públicos. No caso da mídia impressa, os bancos ocuparam lugar de destaque como as organizações que mais empregaram representações de infância em seus anúncios nos últimos 40 anos (ANDRADE, 2010). Esta pesquisa tem como objetivo verificar o ethos discursivo (MAINGUENEAU, 2008) ofertado pelas organizações bancárias em seus anúncios que empregaram representações de infância. O corpus do estudo compreende 59 anúncios veiculados nas edições da revista Veja que circularam no mês de outubro (mês da criança) entre 1968 e 2011. O referencial metodológico adotado compreende elementos da aproximação entre semiose peirceana e análise do discurso, desenvolvida por Verón (1980 e 2004). A análise final foi organizada por década e realizada a partir de 14 anúncios-tipo representantes do corpus. É possível evidenciar que, nos últimos 40 anos, foram registrados cinco diferentes tipos de representação de infância acionados nos anúncios: “Despesas e Gastos”, “Futuro da Nação”; “Amor incondicional”, “Vetor para o consumo” e “Desmitificação do Novo”. Ideias de responsabilidade, comprometimento, consciência, tranquilidade, eficiência, exclusividade, proximidade, entre outras, estiveram ligadas a constituição do ethos discursivo das organizações bancárias, de acordo com o cenário econômico e político de cada período. Pode-se afirmar que estes significados relacionam-se a importantes estratégias de apresentação de si e permitem compreender a comunicação organizacional como ordenadora e produtora de sentidos. Afirma-se assim a sua capacidade de influenciar na configuração da cultura, naturalizando e (re)afirmando modos de ser e estar no mundo. / In an organizational communication perspective, advertising represents itself as an efficient way for the organizations to update their speeches and strategically talk about themselves to the audiences. In this way, the triggering of childhood representations through many business/brands has significantly increased in the last decade as an efficient formula to expose itself to the audiences. In the press media case, banks hold a prominent place as the organizations that made most use of childhood representations in their ads in the last 40 years (ANDRADE, 2010).This research has the objective of verifying the discursive ethos (MAINGUENEAU, 2008) offered by bank organizations in their advertise which applied childhood representations. The study corpus covers 59 advertises served in the editions of Veja magazine that ran in the month of October. The methodologist references used comprises of approximating elements between peircean semiosis and speech analysis, developed by Verón (1980 e 2004). The final analysis was organized by decade and based on 14 representative type-ads from the corpus. It's possible to highlight that, in the last 40 years, five diferent types of childhood representations were registered in ads: "Costs and Expenses", "Nation’s Future", "Unconditional Love", "Vector for Consumption" and "Demythologizing of the New". Ideas of responsibility, commitment, consciousness, tranquility, efficiency, exclusivity, proximity, among others, have been linked to the discursive ethos constitution of bank companies, in accordance with the politic scenario from each period. It is possible to affirm that those meanings are related to important presentation strategies of themselves and allow understanding of the organizational communication as a sorter and producer of feelings. Therefore, its capacity of influencing the culture configuration is taken over, naturalizing and (re)affirming ways of being in the world.
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Comunicação organizacional e ethos discursivo : representações de infância em anúncios de bancos veiculados na revista Veja (1968-2011)

Stocker, Pâmela Caroline January 2013 (has links)
Na perspectiva da comunicação organizacional, a publicidade apresenta-se como meio profícuo para que as organizações atualizem os seus discursos e falem de si para os públicos de forma estratégica. Nessa direção, o acionamento de representações de infância por diversas empresas/marcas tem se ampliado significativamente na última década como eficiente fórmula para dar-se a ver aos públicos. No caso da mídia impressa, os bancos ocuparam lugar de destaque como as organizações que mais empregaram representações de infância em seus anúncios nos últimos 40 anos (ANDRADE, 2010). Esta pesquisa tem como objetivo verificar o ethos discursivo (MAINGUENEAU, 2008) ofertado pelas organizações bancárias em seus anúncios que empregaram representações de infância. O corpus do estudo compreende 59 anúncios veiculados nas edições da revista Veja que circularam no mês de outubro (mês da criança) entre 1968 e 2011. O referencial metodológico adotado compreende elementos da aproximação entre semiose peirceana e análise do discurso, desenvolvida por Verón (1980 e 2004). A análise final foi organizada por década e realizada a partir de 14 anúncios-tipo representantes do corpus. É possível evidenciar que, nos últimos 40 anos, foram registrados cinco diferentes tipos de representação de infância acionados nos anúncios: “Despesas e Gastos”, “Futuro da Nação”; “Amor incondicional”, “Vetor para o consumo” e “Desmitificação do Novo”. Ideias de responsabilidade, comprometimento, consciência, tranquilidade, eficiência, exclusividade, proximidade, entre outras, estiveram ligadas a constituição do ethos discursivo das organizações bancárias, de acordo com o cenário econômico e político de cada período. Pode-se afirmar que estes significados relacionam-se a importantes estratégias de apresentação de si e permitem compreender a comunicação organizacional como ordenadora e produtora de sentidos. Afirma-se assim a sua capacidade de influenciar na configuração da cultura, naturalizando e (re)afirmando modos de ser e estar no mundo. / In an organizational communication perspective, advertising represents itself as an efficient way for the organizations to update their speeches and strategically talk about themselves to the audiences. In this way, the triggering of childhood representations through many business/brands has significantly increased in the last decade as an efficient formula to expose itself to the audiences. In the press media case, banks hold a prominent place as the organizations that made most use of childhood representations in their ads in the last 40 years (ANDRADE, 2010).This research has the objective of verifying the discursive ethos (MAINGUENEAU, 2008) offered by bank organizations in their advertise which applied childhood representations. The study corpus covers 59 advertises served in the editions of Veja magazine that ran in the month of October. The methodologist references used comprises of approximating elements between peircean semiosis and speech analysis, developed by Verón (1980 e 2004). The final analysis was organized by decade and based on 14 representative type-ads from the corpus. It's possible to highlight that, in the last 40 years, five diferent types of childhood representations were registered in ads: "Costs and Expenses", "Nation’s Future", "Unconditional Love", "Vector for Consumption" and "Demythologizing of the New". Ideas of responsibility, commitment, consciousness, tranquility, efficiency, exclusivity, proximity, among others, have been linked to the discursive ethos constitution of bank companies, in accordance with the politic scenario from each period. It is possible to affirm that those meanings are related to important presentation strategies of themselves and allow understanding of the organizational communication as a sorter and producer of feelings. Therefore, its capacity of influencing the culture configuration is taken over, naturalizing and (re)affirming ways of being in the world.
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Comunicação organizacional e ethos discursivo : representações de infância em anúncios de bancos veiculados na revista Veja (1968-2011)

Stocker, Pâmela Caroline January 2013 (has links)
Na perspectiva da comunicação organizacional, a publicidade apresenta-se como meio profícuo para que as organizações atualizem os seus discursos e falem de si para os públicos de forma estratégica. Nessa direção, o acionamento de representações de infância por diversas empresas/marcas tem se ampliado significativamente na última década como eficiente fórmula para dar-se a ver aos públicos. No caso da mídia impressa, os bancos ocuparam lugar de destaque como as organizações que mais empregaram representações de infância em seus anúncios nos últimos 40 anos (ANDRADE, 2010). Esta pesquisa tem como objetivo verificar o ethos discursivo (MAINGUENEAU, 2008) ofertado pelas organizações bancárias em seus anúncios que empregaram representações de infância. O corpus do estudo compreende 59 anúncios veiculados nas edições da revista Veja que circularam no mês de outubro (mês da criança) entre 1968 e 2011. O referencial metodológico adotado compreende elementos da aproximação entre semiose peirceana e análise do discurso, desenvolvida por Verón (1980 e 2004). A análise final foi organizada por década e realizada a partir de 14 anúncios-tipo representantes do corpus. É possível evidenciar que, nos últimos 40 anos, foram registrados cinco diferentes tipos de representação de infância acionados nos anúncios: “Despesas e Gastos”, “Futuro da Nação”; “Amor incondicional”, “Vetor para o consumo” e “Desmitificação do Novo”. Ideias de responsabilidade, comprometimento, consciência, tranquilidade, eficiência, exclusividade, proximidade, entre outras, estiveram ligadas a constituição do ethos discursivo das organizações bancárias, de acordo com o cenário econômico e político de cada período. Pode-se afirmar que estes significados relacionam-se a importantes estratégias de apresentação de si e permitem compreender a comunicação organizacional como ordenadora e produtora de sentidos. Afirma-se assim a sua capacidade de influenciar na configuração da cultura, naturalizando e (re)afirmando modos de ser e estar no mundo. / In an organizational communication perspective, advertising represents itself as an efficient way for the organizations to update their speeches and strategically talk about themselves to the audiences. In this way, the triggering of childhood representations through many business/brands has significantly increased in the last decade as an efficient formula to expose itself to the audiences. In the press media case, banks hold a prominent place as the organizations that made most use of childhood representations in their ads in the last 40 years (ANDRADE, 2010).This research has the objective of verifying the discursive ethos (MAINGUENEAU, 2008) offered by bank organizations in their advertise which applied childhood representations. The study corpus covers 59 advertises served in the editions of Veja magazine that ran in the month of October. The methodologist references used comprises of approximating elements between peircean semiosis and speech analysis, developed by Verón (1980 e 2004). The final analysis was organized by decade and based on 14 representative type-ads from the corpus. It's possible to highlight that, in the last 40 years, five diferent types of childhood representations were registered in ads: "Costs and Expenses", "Nation’s Future", "Unconditional Love", "Vector for Consumption" and "Demythologizing of the New". Ideas of responsibility, commitment, consciousness, tranquility, efficiency, exclusivity, proximity, among others, have been linked to the discursive ethos constitution of bank companies, in accordance with the politic scenario from each period. It is possible to affirm that those meanings are related to important presentation strategies of themselves and allow understanding of the organizational communication as a sorter and producer of feelings. Therefore, its capacity of influencing the culture configuration is taken over, naturalizing and (re)affirming ways of being in the world.

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