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A presença da fábula, do lirismo e da narrativa em Le Bestiaire ou Cortège d'Orphée de Guillaume Apollinaire

Bernardo, Tais Gonçalves [UNESP] 14 March 2008 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-06-11T19:25:24Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2008-03-14Bitstream added on 2014-06-13T20:53:13Z : No. of bitstreams: 1 bernardo_tg_me_arafcl.pdf: 3516141 bytes, checksum: 81e4472936f273103d68636949bd47c2 (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Secretaria de Educação / Os bestiários modernos, de um modo geral, são textos líricos em que os animais são vistos como seres providos de inteligência e sensibilidade, projetam sentimentos e conflitos humanos, às vezes parodiando o estilo moralizador e o conteúdo ingenuamente maravilhoso dos bestiários medievais e produzem efeitos sutilmente humorísticos. Guillaume Apollinaire, leitor de obras medievais, cria suas “histórias”, recheia-as de lendas e mitos, e os recria mais uma vez, já que estes também não passam de histórias recontadas. Sua estrutura básica é constituída de um título, geralmente o nome do animal, uma imagem feita em xilogravura e o poema. Apollinaire escolheu um gênero literário tradicional, ao qual pertence o bestiário. Esse gênero vem acompanhado das ilustrações que fazem parte de uma longa tradição. É no que consiste o bestiário medieval: ele explica de maneira alegórica a criação e o poder de Deus apresentando as criaturas e interpretando-as, e devido a isso, é considerado um gênero didático. Apollinaire vivenciou em seu bestiário, intitulado Le Bestiaire ou cortège d’Orphée e publicado em 1911, a constante dualidade entre o antigo e o moderno, a narrativa e a poesia, o caráter mítico e simbólico, os elementos autobiográficos, a identificação do poeta com a imagem de Orfeu e os temas universais. O fio condutor dos poemas é a figura de Orphée, que é uma espécie de porta-voz do poeta que une os poemas e seus significados são enriquecidos com as gravuras de Raoul Dufy, muitas vezes sem nexo aparente entre elas. As possíveis analogias que se estabelecem entre os animais e suas respectivas lendas e simbologias harmonizam-se com a poesia e as inovações líricas trazidas pelo poeta moderno, dando-lhe, portanto um caráter narrativo. / Les bestiaires modernes sont généralement des textes lyriques où les animaux sont vus comme des êtres pourvus d’intelligence et de sensibilité, ils projettent des sentiments et des conflits humains, parodient parfois le style moralisateur et le contenu naïvement merveilleux des bestiaires médiévaux en produisant des effets subtilement humoristiques. Guillaume Apollinaire, lecteur d’oeuvres médiévales crée ses histoires les émaille de légendes et de mythes, et les recrée encore une fois, puisque ceux-ci ne sont que des histoires racontées à nouveau. Sa structure de base est constituée d’un titre, en général le nom de l’animal, une image faite en xylogravure et le poème lui-même. Apollinaire a choisi un genre littéraire traditionnel auquel appartient le bestiaire. Ce genre, est composé d´illustrations qui font partie d’une longue tradition. Le bestiaire médiéval consiste à expliquer de façon allégorique la création et le pouvoir de Dieu, en présentant les créatures et en les interprétant, c’est pourquoi, il est considéré un genre didactique. Apollinaire a éprouvé dans son bestiaire intitulé Le Bestiaire ou cortège d’Orphée, publié en 1911, la constante dualité entre l’ancien et le moderne, le récit et la poésie, le caractère mythique et symbolique, les éléments autobiographiques, l’identification du poète avec l’image d’Orphée et les thèmes universels. Le fil conducteur des poèmes est la figure d’Orphée une sorte de porte-parole du poète qui les unit et leur signification est enrichie par les gravures de Raoul Dufy, plusieurs fois n’ayant pas de liaison apparente entre elles.
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La incorporación de la mitología de los bestiarios del mundo antiguo grecorromano a la tradición histórico-religiosa del cristianismo altomedieval: Examen del libro XI Sobre el hombre y los seres prodigiosos de Las Etimologías, de San Isidoro de Sevilla (560-636 d.C.)

Rojas Aguilera, Gonzalo January 2008 (has links)
El contenido de este trabajo pretende esclarecer cuál es el sentido de la incorporación de ciertas figuras originadas en los bestiarios mitológicos de la Antigüedad grecorromana en el libro XI Sobre el hombre y los seres prodigiosos, del Originum sive etymologiarum libri viginti o Las Etimologías (o como también se le conoce: Sobre Los Orígenes1), de San Isidoro de Sevilla (Cartagena 560- Sevilla 636 d.C.). Autor reconocido por la historiografía occidental como una de las fuentes primordiales en la materia, razón por la cual hemos optado por su obra para realizar nuestro estudio en torno a esta incorporación de los mitos del “hombre diferente” -o bien como los denomina Isidoro, los seres prodigiosos- a la literatura cristiana altomedieval. En este contexto, buscamos delimitar nuestro estudio y precisar que para los efectos de este informe no abordaremos la mitología clásica en su totalidad, sino específicamente aquella que hemos denominado “bestiario”, vale decir, el conjunto de mitos elucubrados por autores grecolatinos durante lo que suele denominarse como la Antigüedad Tardía, posterior a la aparición de los primeros textos homéricos en torno al siglo IX a.C y hasta los inicios del cristianismo alrededor del siglo III d.C., en que se describen seres que de alguna forma transitan entre lo humano y lo animal.

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