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Eu sou, eu era, não sou mais : relatos de sujeitos fal(t)antes em suas vidas entre línguas / I am, I was, I am not anymore : Living in inter-languages spacesMegale, Antonieta Heyden 04 May 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-05-04 / There are over 200 languages spoken in Brazil. Moreover, one cannot ignore the impact of globalization. As McGrew and Held (1992) argue, it connects communities in new combinations of time-space, making the world more interconnected. Another triggering factor of the interest in foreign languages in Brazil was the economic rise of low income classes, which represent more than 90 million Brazilians with access to education and the labor market. Thus, the search for language schools has increased considerably, as well as the number of Brazilians who have the possibility to study abroad or who opt for bilingual or international schools. Faced with this data, the objective of this research is to study the functioning of language in the constitution of the subjectivity of individuals, pointing to identity shifts in the discourse of speakers of English and Portuguese. The corpus was gathered from questionnaires answered by simultaneous and sequential bilingual individuals. As to the analysis of the corpus a transdiciplinary approach is adopted. It includes concepts from French discourse analysis with theoretical contributions from psychoanalysis, as well as authors who study identity such as Hall (2005), Norton (1995), Bauman (2005) and Ciampa (1984, 1990, 2004). Thus, identity is here understood (i) as having its existence in the imagination of the subject which according to Coracini (2007) is built through and by overlapped discourses which constitute the subject; the discourse of science, of the colonized and of the media and (ii ) as a process of metamorphosis from an identity that is always assumed (Ciampa, 1984). The analysis of data suggests that there are different ways of living between languages, but it is impossible to deny that speaking more than one language prints, as Coracini (2007) states, indelible marks on the subjects identities which are (re) built all the time / No Brasil, são faladas mais de 200 línguas. Somando-se a isso, não se pode ignorar os impactos da globalização que, como argumentam McGrew e Held (1992), conectam comunidades em novas combinações de espaço-tempo, tornando o mundo mais interconectado. Outro fator desencadeante do interesse por línguas estrangeiras no Brasil foi a ascensão econômica da classe C, o que representa mais de 90 milhões de brasileiros com acesso à educação e ao mercado de trabalho. Com isso, a procura por escolas de idiomas aumentou consideravelmente, assim como o número de brasileiros que tem a possibilidade de estudar no exterior ou que opta por colégios internacionais ou bilíngues. Frente a estes dados, o objetivo deste trabalho é o de estudar o funcionamento da linguagem na constituição da subjetividade dos sujeitos, apontando deslocamentos identitários nos discursos de falantes de inglês e português. Para tanto, analiso recortes discursivos selecionados entre as respostas a um questionário de indivíduos bilíngues simultâneos e sequenciais, a fim de mostrar a irrupção de discursos em torno da identidade. Proponho uma interpretação discursiva destes recortes apoiada teoricamente na Análise de Discurso de linha francesa, com contribuições teóricas da psicanálise, de autores e de teóricos da identidade como Hall (2005), Norton (1995), Bauman (2005) e Ciampa (1984; 1990; 2004). Dentro deste quadro teórico, adoto a noção de sujeito como cindido, heterogêneo, atravessado pelo inconsciente e constituído no e pelo olhar do outro (LACAN, 1966/1998). Assim, a identidade é aqui entendida (i) como tendo sua existência no imaginário do sujeito, que, de acordo com Coracini (2007), constrói-se nos e pelos discursos imbricados que o constituem, o discurso da ciência, do colonizado e da mídia e (ii) como um processo de metamorfose a partir de uma identidade que é sempre pressuposta (CIAMPA, 1984). A análise dos dados sugere que há diversas maneiras de se viver entre línguas, mas que é impossível negar que saber mais de uma língua imprime, como afirma Coracini (2007), marcas indeléveis à subjetividade que se (re)constrói a todo o momento
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