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Esboço geocronológico da região de Cabo Frio, Estado do Rio de Janeiro / Not available.Fonseca, Ariadne do Carmo 20 April 1994 (has links)
A área de Cabo Frio foi escolhida para estudo por se tratar de região chave na correlação Brasil-África, tendo em vista sua possível associação com a porção mais ocidental do Cráton do Congo, que encontra-se exposta ao longo da costa de Angola. As principais unidades aflorantes são orto e paragnaisses. Os ortognaisses têm composição granítica-granodiorítica-tonalítica, com enclaves e intercalações anfibolíticas e são cortados por aplitos róseos. Os paragnaisses são metapelitos, com intercalações calciossilicáticas, quartzíticas e anfibolíticas, metamorfisados na fácies anfibolito alto, de pressão intermediária (paragênese granada-sillimanita-cianita). Todo conjunto de rochas metamórficas é cortado por diques de diabásio e intrudido por rochas alcalinas. Geoquimicamente os ortognaisses correspondem a uma série metaluminosa cálcio-alcalina de alto-K, de composição variando de monzogabro, quartzo-monzodiorito e monzonito, entretanto a petrografia indida ser uma série cálcio-alcalina de baixo-K, sugerindo uma série de granitoides pré-colisionais relacionada à subducção de crosta oceânica. Uma divergência entre a composição obtida pela petrografia e geoquímica deve resultar de problemas na análise dos álcalis. Os anfibolitos, associados aos ortognaisses, também apresentam um caráter metaluminosos cálcioalcalino, com composições basáltica a andesítica basáltica, sugestivo de ambiente orogênico. Os paragnaisses mostram composições variando entre litoarenitos e subordinadamente arcósios líticos e sub-arcósios, apresentando caráter peraluminoso, provavelmente depositados em ambiente de arco continental ou margem continental ativa. As idades modelo \'T IND. DM\' Sm-ND dos ortognaisses situam-se entre 2663 a 2343 Ma e podem ser interpretadas como a época máxima em que se formaram seus protolitos. As baixas razões iniciais de Sr e Nd caracterizam a contribuição de material juvenil para a formação desses protolitos. As idades isocrômicas Rb-Sr e mais jovens Sm-Nd do Proterozóico Inferior representariam a época do metamorfismo e migmatização desses protolitos. Com relação aos metassedimentos, a sua homogeneidade composicional (predominantemente litoarenitos), tipo e espessura das intercalações fazem pressupor um ambiente de arco continental ou margem continental ativa, de profundidade relativamente rasa, onde foi depositada uma sequência de sedimentos pelíticos (e subordinadamente psamíticos e calcários), proveniente da erosão do embasamento (provavelmente ensiálico). Metamorfismo de fácies anfibolito alto (há cerca de 540 Ma) dessa sequência sedimentar deu origem aos paragnaisses, com intercalações anfibolíticas e calciossilicáticas. As idades aparentes Rb-Sr e Sm-Nd intermediárias (1600-1200 Ma) obtidas nos ortognaisses, certamente aparentes, foram interpretadas como decorrentes do rejuvenescimento parcial causado pela superimposição do metamorfismo dos paragnaisses. As idades Ar-Ar de 600 a 500 Ma, obtidas em hornblenda e biotita, reforçam esta interpretação. Dois pulsos térmicos foram detectados pela datação pelo método dos traços de fissão em apatita e titanita: o primeiro no Mesozóico, há cerca de 190 Ma, e o segundo entre o Cretáceo e o Terciário, entre 84 e 34 Ma. As idades traços de fissão em torno de 190 Ma pré-datam o vulcanismo baséltico relacionado à formação dos \"\"ifts\" precursores da abertura do oceano Atlântico Sul. Tais idades foram obtidos num mega-enclave máfico no ortognaisse e demonstram que esse enclave se comportou como um sistema mais resistente ao \"annealing\" dos traços de fissão, não sendo assim o caso dos minerais rejuvenescidos pela intrusão das rochas alcalinas (magmatismo da fase pré-fift), que produziram as idades TF no intervalo de 84 a 34 Ma. É proposta a cronocorrelação dos ortognaisses estudados na área com o cinturão Oeste Congo, que bordeja o Cráton do Congo, Angola (embasamento rejuvenescido pela orogenia Pan-Africana) e com o cinturão Transamazônico Itabuna, no SE da Bahia, e com os granulitos do Complexo Juiz de Fora. Os paragnaisses seriam cronocorrelacionáveis às unidades Palmital, Casimiro-Quartéis e Trajano de Morais do Complexo Paraíba do Sul e aos Kinzigitos aflorantes na Cidade do Rio de Janeiro. Os intervalos de idades obtidos através dos métodos Sm-Nd, Ar-Ar e traços de fissão são detectados na áreas circunvizinhas noâmbito regional e nas áreas correlatas no continente africano. Com base nos dados geocronológicos obtidos nesta tese, é proposta a denominação de \"Fragmento Tectônico de Cabo Frio\" para a área em questão. Integrando os dados geocronológicos, geoquímicos e de geologia de campo, a evolução dos eventos tectono-magmático-metamóríficos se encaixa num modelo de Ciclo de Wilson sensu strictu, caracterizado por sucessivas aberturas e fechamentos de oceanos entre os protobrasis e protoáfricas. O provável mecanismo seria de colisão entre arco de ilha-continente para a formação dos ortognaisses Transamazônicos e entre continente - continente para os paragnaisses Brasilianos, sendo que para ambos com a implantação de uma zona de subducção-A mergulhando para noroeste. Os ortognaisses ter-se-iam compotado como \"antepais\" durante a orogenia Brasiliana. A compartimentação atual deve resultar primeiramente dos empurrões tardi-tecônicos de SW para NE, e posteriormente do tectonismo Meso-Cenozóico. / The area of Cabo Frio was chosen because it\'s a key region within the Brazil-Africa correlation, considering the possible association with a western portion of the Congo Craton, which is exposed along the Angola coast. The main lithological units which occur in are orthogneisses and paragneisses. The orthogneisses have granitic-granodioritic-tonalitic compositions, with amphibolitic enclaves and intercalations and are cutted by granitic aplites. The paragneisses are metapelites, with intercalations of amphibolite, quartzites and calc-silicate rocks, metamorphosed in upper amphibolite facies, in intermediate pressure conditions. Dykes of basalt and diabase and intrusive alkaline rocks related to Mesozoic tectonism also occur in the area. Geochemically, the orthogneisses correspond to a metaluminous high-k calc-alkalic series, with monzogabbro, quartz-monzodiorite and monzonite compositions. Otherwise, the petrography indicates a low-k calc-alkalic series, suggesting a pre-collisional granitoids series related to oceanic crust subduction. A divergence between the compositions obtained by the petrography and geochemistry can be the result of problems in the analyses of alkalies. The amphibolites, associated to the orthogneisses, also present calc-alkalic metaluminous character, with basaltic and andesitic compositions, suggestive of orogenic emplacement. The paragneisses show compositions varying between lithoarenite and arkoses, with peraluminous character, probably deposited in a continental arc or active continental margin environment. The \'T IND. DM\' Sm-Nd model ages of the orthogneisses between 2600 and 2300 Ma can be related to the epoch in which the protoliths were formed. The low Sr and Nd initial ratios suggest a mantelic origin. Sm-Nd and Rb-Sr isochron ages of the Lower Proterozoic date the high-grade metamorphism of this sequence. In regard to the metasediments, the compositional homogeneity (mainly lithoarenites), type and thickness of the intercalations suggest an environment of shallow-water continental arc or ative continental margin, where was desposited a politic sequence (and subordinately psamites and calcareous rocks), due to the erosion of basement rocks (probably ensialic). Metamorphism of upper amphibolite facies (540 Ma) of this sedimentary sequence generated the paragneisses, with amphibolitic and calc-silicate intercalations. The Rb-Sr and Sm-Nd apparent intermediate ages (1600 to 1200 Ma) obtained in the orthogneisses are interpreted as resulting of the partial isotopic rehomogeneization of the Sr and Nd caused by the metamorphism of the paragneisses. The Ar-Ar ages of 600 to 500 Ma obtained in hornblende and biotite of the orthogneisses reinforce this interpretation. Two thermal pulses are detected by the fission - tracks dating in apatite and titanite. The first pulse in the Mesozoic, around 190 Ma, predates the basaltic volcanism related to the South Altantic ocean opening. The second pulse between Cretaceous and Terciary, between 84 and 34 Ma, was due to alkaline rocks instrusion (post-rift magmatism). Is proposed a chronocorrelation between the orthogneisses of the studied region with the West Congo belt bordering the Congo Craton in Angola, Africa, and with the Itabuna belt, Southeastern Bahia, and with the granulites of the Juiz de For a Complex. The paragneisses would be chronocorrelated to the Palmital, Casimiro-Quartéis and Trajano de Morais formations of the Paraíba do Sul Complex and the kinzigites outcropping at the Rio de Janeiro city. The gap of the ages obtained in this work is also detected in the regional context and in correlated areas of the African continent. Based to the geochronological results obtained in this work, is proposed the denomination \"Cabo Frio Tectonic Fragment\" to the refered area. The evolution of the tectonic-magmatic-metamorphic events proposed to the area suggestes a model of Wilson Cycle sensu strictu, characterized by successive openings and closings of oceans between the protobrazils and protoafricas. The probable mechanism would be the collision between island arc-continent to generate the Transamazonic orthogneisses and between continent-continent to the Brazilian paragneisses, with an A-subduction towards northwest in both cases. The orthogneisses would be the \"foreland\" during the Brazilian orogeny. The actualy compartimentation would be due to SW to NE late-tectonic thrusting and the Meso-Cenozoic tectonism.
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Esboço geocronológico da região de Cabo Frio, Estado do Rio de Janeiro / Not available.Ariadne do Carmo Fonseca 20 April 1994 (has links)
A área de Cabo Frio foi escolhida para estudo por se tratar de região chave na correlação Brasil-África, tendo em vista sua possível associação com a porção mais ocidental do Cráton do Congo, que encontra-se exposta ao longo da costa de Angola. As principais unidades aflorantes são orto e paragnaisses. Os ortognaisses têm composição granítica-granodiorítica-tonalítica, com enclaves e intercalações anfibolíticas e são cortados por aplitos róseos. Os paragnaisses são metapelitos, com intercalações calciossilicáticas, quartzíticas e anfibolíticas, metamorfisados na fácies anfibolito alto, de pressão intermediária (paragênese granada-sillimanita-cianita). Todo conjunto de rochas metamórficas é cortado por diques de diabásio e intrudido por rochas alcalinas. Geoquimicamente os ortognaisses correspondem a uma série metaluminosa cálcio-alcalina de alto-K, de composição variando de monzogabro, quartzo-monzodiorito e monzonito, entretanto a petrografia indida ser uma série cálcio-alcalina de baixo-K, sugerindo uma série de granitoides pré-colisionais relacionada à subducção de crosta oceânica. Uma divergência entre a composição obtida pela petrografia e geoquímica deve resultar de problemas na análise dos álcalis. Os anfibolitos, associados aos ortognaisses, também apresentam um caráter metaluminosos cálcioalcalino, com composições basáltica a andesítica basáltica, sugestivo de ambiente orogênico. Os paragnaisses mostram composições variando entre litoarenitos e subordinadamente arcósios líticos e sub-arcósios, apresentando caráter peraluminoso, provavelmente depositados em ambiente de arco continental ou margem continental ativa. As idades modelo \'T IND. DM\' Sm-ND dos ortognaisses situam-se entre 2663 a 2343 Ma e podem ser interpretadas como a época máxima em que se formaram seus protolitos. As baixas razões iniciais de Sr e Nd caracterizam a contribuição de material juvenil para a formação desses protolitos. As idades isocrômicas Rb-Sr e mais jovens Sm-Nd do Proterozóico Inferior representariam a época do metamorfismo e migmatização desses protolitos. Com relação aos metassedimentos, a sua homogeneidade composicional (predominantemente litoarenitos), tipo e espessura das intercalações fazem pressupor um ambiente de arco continental ou margem continental ativa, de profundidade relativamente rasa, onde foi depositada uma sequência de sedimentos pelíticos (e subordinadamente psamíticos e calcários), proveniente da erosão do embasamento (provavelmente ensiálico). Metamorfismo de fácies anfibolito alto (há cerca de 540 Ma) dessa sequência sedimentar deu origem aos paragnaisses, com intercalações anfibolíticas e calciossilicáticas. As idades aparentes Rb-Sr e Sm-Nd intermediárias (1600-1200 Ma) obtidas nos ortognaisses, certamente aparentes, foram interpretadas como decorrentes do rejuvenescimento parcial causado pela superimposição do metamorfismo dos paragnaisses. As idades Ar-Ar de 600 a 500 Ma, obtidas em hornblenda e biotita, reforçam esta interpretação. Dois pulsos térmicos foram detectados pela datação pelo método dos traços de fissão em apatita e titanita: o primeiro no Mesozóico, há cerca de 190 Ma, e o segundo entre o Cretáceo e o Terciário, entre 84 e 34 Ma. As idades traços de fissão em torno de 190 Ma pré-datam o vulcanismo baséltico relacionado à formação dos \"\"ifts\" precursores da abertura do oceano Atlântico Sul. Tais idades foram obtidos num mega-enclave máfico no ortognaisse e demonstram que esse enclave se comportou como um sistema mais resistente ao \"annealing\" dos traços de fissão, não sendo assim o caso dos minerais rejuvenescidos pela intrusão das rochas alcalinas (magmatismo da fase pré-fift), que produziram as idades TF no intervalo de 84 a 34 Ma. É proposta a cronocorrelação dos ortognaisses estudados na área com o cinturão Oeste Congo, que bordeja o Cráton do Congo, Angola (embasamento rejuvenescido pela orogenia Pan-Africana) e com o cinturão Transamazônico Itabuna, no SE da Bahia, e com os granulitos do Complexo Juiz de Fora. Os paragnaisses seriam cronocorrelacionáveis às unidades Palmital, Casimiro-Quartéis e Trajano de Morais do Complexo Paraíba do Sul e aos Kinzigitos aflorantes na Cidade do Rio de Janeiro. Os intervalos de idades obtidos através dos métodos Sm-Nd, Ar-Ar e traços de fissão são detectados na áreas circunvizinhas noâmbito regional e nas áreas correlatas no continente africano. Com base nos dados geocronológicos obtidos nesta tese, é proposta a denominação de \"Fragmento Tectônico de Cabo Frio\" para a área em questão. Integrando os dados geocronológicos, geoquímicos e de geologia de campo, a evolução dos eventos tectono-magmático-metamóríficos se encaixa num modelo de Ciclo de Wilson sensu strictu, caracterizado por sucessivas aberturas e fechamentos de oceanos entre os protobrasis e protoáfricas. O provável mecanismo seria de colisão entre arco de ilha-continente para a formação dos ortognaisses Transamazônicos e entre continente - continente para os paragnaisses Brasilianos, sendo que para ambos com a implantação de uma zona de subducção-A mergulhando para noroeste. Os ortognaisses ter-se-iam compotado como \"antepais\" durante a orogenia Brasiliana. A compartimentação atual deve resultar primeiramente dos empurrões tardi-tecônicos de SW para NE, e posteriormente do tectonismo Meso-Cenozóico. / The area of Cabo Frio was chosen because it\'s a key region within the Brazil-Africa correlation, considering the possible association with a western portion of the Congo Craton, which is exposed along the Angola coast. The main lithological units which occur in are orthogneisses and paragneisses. The orthogneisses have granitic-granodioritic-tonalitic compositions, with amphibolitic enclaves and intercalations and are cutted by granitic aplites. The paragneisses are metapelites, with intercalations of amphibolite, quartzites and calc-silicate rocks, metamorphosed in upper amphibolite facies, in intermediate pressure conditions. Dykes of basalt and diabase and intrusive alkaline rocks related to Mesozoic tectonism also occur in the area. Geochemically, the orthogneisses correspond to a metaluminous high-k calc-alkalic series, with monzogabbro, quartz-monzodiorite and monzonite compositions. Otherwise, the petrography indicates a low-k calc-alkalic series, suggesting a pre-collisional granitoids series related to oceanic crust subduction. A divergence between the compositions obtained by the petrography and geochemistry can be the result of problems in the analyses of alkalies. The amphibolites, associated to the orthogneisses, also present calc-alkalic metaluminous character, with basaltic and andesitic compositions, suggestive of orogenic emplacement. The paragneisses show compositions varying between lithoarenite and arkoses, with peraluminous character, probably deposited in a continental arc or active continental margin environment. The \'T IND. DM\' Sm-Nd model ages of the orthogneisses between 2600 and 2300 Ma can be related to the epoch in which the protoliths were formed. The low Sr and Nd initial ratios suggest a mantelic origin. Sm-Nd and Rb-Sr isochron ages of the Lower Proterozoic date the high-grade metamorphism of this sequence. In regard to the metasediments, the compositional homogeneity (mainly lithoarenites), type and thickness of the intercalations suggest an environment of shallow-water continental arc or ative continental margin, where was desposited a politic sequence (and subordinately psamites and calcareous rocks), due to the erosion of basement rocks (probably ensialic). Metamorphism of upper amphibolite facies (540 Ma) of this sedimentary sequence generated the paragneisses, with amphibolitic and calc-silicate intercalations. The Rb-Sr and Sm-Nd apparent intermediate ages (1600 to 1200 Ma) obtained in the orthogneisses are interpreted as resulting of the partial isotopic rehomogeneization of the Sr and Nd caused by the metamorphism of the paragneisses. The Ar-Ar ages of 600 to 500 Ma obtained in hornblende and biotite of the orthogneisses reinforce this interpretation. Two thermal pulses are detected by the fission - tracks dating in apatite and titanite. The first pulse in the Mesozoic, around 190 Ma, predates the basaltic volcanism related to the South Altantic ocean opening. The second pulse between Cretaceous and Terciary, between 84 and 34 Ma, was due to alkaline rocks instrusion (post-rift magmatism). Is proposed a chronocorrelation between the orthogneisses of the studied region with the West Congo belt bordering the Congo Craton in Angola, Africa, and with the Itabuna belt, Southeastern Bahia, and with the granulites of the Juiz de For a Complex. The paragneisses would be chronocorrelated to the Palmital, Casimiro-Quartéis and Trajano de Morais formations of the Paraíba do Sul Complex and the kinzigites outcropping at the Rio de Janeiro city. The gap of the ages obtained in this work is also detected in the regional context and in correlated areas of the African continent. Based to the geochronological results obtained in this work, is proposed the denomination \"Cabo Frio Tectonic Fragment\" to the refered area. The evolution of the tectonic-magmatic-metamorphic events proposed to the area suggestes a model of Wilson Cycle sensu strictu, characterized by successive openings and closings of oceans between the protobrazils and protoafricas. The probable mechanism would be the collision between island arc-continent to generate the Transamazonic orthogneisses and between continent-continent to the Brazilian paragneisses, with an A-subduction towards northwest in both cases. The orthogneisses would be the \"foreland\" during the Brazilian orogeny. The actualy compartimentation would be due to SW to NE late-tectonic thrusting and the Meso-Cenozoic tectonism.
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Aspectos ecológicos e zoogeográficos dos Ostracodes da região de Cabo Frio, Rio de JaneiroMachado, Cláudia Pinto January 2002 (has links)
O presente trabalho teve por objetivo avaliar alguns aspectos relacionados à zoogeografia e ecologia dos ostracodes da plataforma interna norte do Rio de Janeiro, próximo à cidade de Cabo Frio. O material de estudo resultou da análise de 43 amostras sedimentológicas coletadas durante a expedição GEOCOSTA RIO II. Este estudo permitiu o reconhecimento de 16 famílias, 49 gêneros, 66 espécies e dois gêneros que permaneceram em nomenclatura indeterminada. A descrição de uma nova espécie, Actinocythereis brasiliensis sp. n., também foi realizada no âmbito do presente trabalho. As famílias mais representativas quanto à abundância e o número de espécies foram Thaerocytheridae e Cytheruridae, respectivamente. A espécie mais constante na área foi Caudites ohmerti e, dentre as com maior dominância estão, Caudites ohmerti, Meridionalicythere? dubia, Callistocythere litoralensis, Paracytheridea bulbosa, Urocythereis dimorphica, Henryhowella inflata, Oculocytheropteron delicatum, Xestoleberis umbonata, Henryhowella macrocicatricosa e Brasilicythere reticulispinosa. As preferências sedimentológicas e batimétricas das espécies são também discutidas neste trabalho. É sugerido que se estenda a distribuição zoogeográfica, um pouco mais ao norte, para sete espécies: Cushmanidea variopunctata, Neocytherideis impudicus, Hemingwayella advena, Hemingwayella sp., Urocythereis dimorphica, Munseyella cornuta e Basslerites costata. A grande maioria das espécies são características da plataforma continental sul, sendo que destas o maior percentual pertence à Subprovíncia Sul-Brasileira. De acordo com a fauna registrada, predominantemente de águas frias, chegamos a conclusão que a sua presença se deve, em grande parte, à influência da ressurgência marinha na área de estudo.
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A evolução das receitas provenientes dos royalties do petróleo e seus impactos na arrecadação dos tributos de competência municipal (2002 – 2007): o caso do município de Cabo Frio/RJVillas Bôas, Bruno Fonseca January 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008 / There are about ten years the municipal districts bordering with Campos' Basin is registering continuous and vigorous increase of the incomes originating from the incident government participations on the exploration and production of petroleum and natural gas in function of the Law Federal n° 9.478/98 that, among another measured, it enlarged the basic brackets of royalties of 5% for up to 10% of the value of the production as well as it instituted the payment of special participations on the profit obtained in fields of great production or profitability. In that work we looked for to analyze the behavior, in the Municipal City hall of Cabo Frio, of the incomes in epigraph during the period understood among the financial exercises from 2002 to 2007, verifying the effects produced in the tributes collected by that Executive, as well as evaluating the administrations, through the analysis of the collected data, in the sense of to determine in which there was larger effectiveness in the outturn of them. The study in screen intends to be a source of information for futures managers, aiding them in the transport of fiscal and administrative politics that they seek to increase the collection. / Há cerca de dez anos os municípios confrontantes com a Bacia de Campos vem registrando contínuo e vigoroso aumento das receitas oriundas das participações governamentais incidentes sobre a exploração e produção de petróleo e gás natural em função da Lei Federal n° 9.478/98 que, entre outras medidas, ampliou as alíquotas básicas de royalties de 5% para até 10% do valor da produção bem como instituiu o pagamento de participações especiais sobre o lucro obtido em campos de grande produção ou rentabilidade. Nesse trabalho buscamos analisar o comportamento, na Prefeitura Municipal de Cabo Frio, das receitas em epígrafe durante o período compreendido entre os exercícios financeiros de 2002 a 2007, verificando os efeitos quantitativos produzidos nos tributos arrecadados por aquele Executivo, bem como avaliando as gestões, através da análise dos dados coletados, no sentido de determinar em qual delas houve maior efetividade na arrecadação tributária. O estudo em tela pretende ser uma fonte de informações para futuros gestores, auxiliando-os na condução de políticas fiscais e administrativas que visem incrementar a arrecadação.
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Aspectos ecológicos e zoogeográficos dos Ostracodes da região de Cabo Frio, Rio de JaneiroMachado, Cláudia Pinto January 2002 (has links)
O presente trabalho teve por objetivo avaliar alguns aspectos relacionados à zoogeografia e ecologia dos ostracodes da plataforma interna norte do Rio de Janeiro, próximo à cidade de Cabo Frio. O material de estudo resultou da análise de 43 amostras sedimentológicas coletadas durante a expedição GEOCOSTA RIO II. Este estudo permitiu o reconhecimento de 16 famílias, 49 gêneros, 66 espécies e dois gêneros que permaneceram em nomenclatura indeterminada. A descrição de uma nova espécie, Actinocythereis brasiliensis sp. n., também foi realizada no âmbito do presente trabalho. As famílias mais representativas quanto à abundância e o número de espécies foram Thaerocytheridae e Cytheruridae, respectivamente. A espécie mais constante na área foi Caudites ohmerti e, dentre as com maior dominância estão, Caudites ohmerti, Meridionalicythere? dubia, Callistocythere litoralensis, Paracytheridea bulbosa, Urocythereis dimorphica, Henryhowella inflata, Oculocytheropteron delicatum, Xestoleberis umbonata, Henryhowella macrocicatricosa e Brasilicythere reticulispinosa. As preferências sedimentológicas e batimétricas das espécies são também discutidas neste trabalho. É sugerido que se estenda a distribuição zoogeográfica, um pouco mais ao norte, para sete espécies: Cushmanidea variopunctata, Neocytherideis impudicus, Hemingwayella advena, Hemingwayella sp., Urocythereis dimorphica, Munseyella cornuta e Basslerites costata. A grande maioria das espécies são características da plataforma continental sul, sendo que destas o maior percentual pertence à Subprovíncia Sul-Brasileira. De acordo com a fauna registrada, predominantemente de águas frias, chegamos a conclusão que a sua presença se deve, em grande parte, à influência da ressurgência marinha na área de estudo.
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Aspectos ecológicos e zoogeográficos dos Ostracodes da região de Cabo Frio, Rio de JaneiroMachado, Cláudia Pinto January 2002 (has links)
O presente trabalho teve por objetivo avaliar alguns aspectos relacionados à zoogeografia e ecologia dos ostracodes da plataforma interna norte do Rio de Janeiro, próximo à cidade de Cabo Frio. O material de estudo resultou da análise de 43 amostras sedimentológicas coletadas durante a expedição GEOCOSTA RIO II. Este estudo permitiu o reconhecimento de 16 famílias, 49 gêneros, 66 espécies e dois gêneros que permaneceram em nomenclatura indeterminada. A descrição de uma nova espécie, Actinocythereis brasiliensis sp. n., também foi realizada no âmbito do presente trabalho. As famílias mais representativas quanto à abundância e o número de espécies foram Thaerocytheridae e Cytheruridae, respectivamente. A espécie mais constante na área foi Caudites ohmerti e, dentre as com maior dominância estão, Caudites ohmerti, Meridionalicythere? dubia, Callistocythere litoralensis, Paracytheridea bulbosa, Urocythereis dimorphica, Henryhowella inflata, Oculocytheropteron delicatum, Xestoleberis umbonata, Henryhowella macrocicatricosa e Brasilicythere reticulispinosa. As preferências sedimentológicas e batimétricas das espécies são também discutidas neste trabalho. É sugerido que se estenda a distribuição zoogeográfica, um pouco mais ao norte, para sete espécies: Cushmanidea variopunctata, Neocytherideis impudicus, Hemingwayella advena, Hemingwayella sp., Urocythereis dimorphica, Munseyella cornuta e Basslerites costata. A grande maioria das espécies são características da plataforma continental sul, sendo que destas o maior percentual pertence à Subprovíncia Sul-Brasileira. De acordo com a fauna registrada, predominantemente de águas frias, chegamos a conclusão que a sua presença se deve, em grande parte, à influência da ressurgência marinha na área de estudo.
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"Variação espaço-temporal do ictioplâncton e condições oceanográficas na Região de Cabo Frio (RJ)" / Spatio-temporal variation of ichthyopalnkton and oceanographic confitions in Cabo Frio (RJ)Lopes, Clarice Leão 30 August 2006 (has links)
O presente trabalho teve como objetivo principal descrever a distribuição espaço-temporal do ictioplâncton da região do cabo Frio (RJ) em relação aos processos físicos de mesoescala, com ênfase na distribuição vertical. A amostragem foi realizada em verão e inverno de 2001, com o N/Oc. Prof. W. Besnard, durante dois cruzeiros do projeto DEPROAS. O ictioplâncton foi coletado com rede Multinet, com 5 redes de 333 m, sendo que cada estrato amostrado teve 20 m, até os 100 m de profundidade. Em laboratório, foram realizadas a triagem do ictioplâncton e identificação das larvas. A análise dos dados foi realizada através de testes estatísticos paramétricos e não paramétricos e análises multivariadas. Não houve um padrão claro de distribuição vertical das larvas em função das classes de comprimento, salvo em alguns casos particulares, como Bregmaceros cantori que teve maior frequência de larvas em pré-flexão associadas à termoclina e também baixa frequência de larvas em pós-flexão próximas à superfície. O padrão de distribuição do ictioplâncton foi determinado, em parte, pelas porcentagens de ACAS, de AC e a concentração de clorofila-a, tanto nos dois períodos. Com base nos resultados obtidos, foi possível demonstrar a influência direta dos processos físicos de mesoescala (i.e. ressurgência e subsidência) e dos padrões de distribuição de clorofila-a sobre a distribuição vertical do ictioplâncton na região do cabo Frio. / The aim of the present work was to describe the spatial and temporal distributions of the ichthyoplankton in the cabo Frio (RJ) region in relation to mesoscale physical processes, with emphasis on its vertical distribution. Samples were taken in the summer and winter 2001 onboard the R/V Prof. W. Besnard, during the two sampling surveys of the DEPROAS project. The ichthyoplankton was collected using a Multinet device with 5 nets of 333 mm meshed; being that each layer had 20 m up to 100m depth. Ichthyoplankton sorting and larvae identification were done in the laboratory. Data analyses were performed using parametric and non-parametric statistical tests, and also multivariate analyses. A clear vertical distributional pattern of larvae in relation to their length classes was not observed, except in some particular cases such as Bregmaceros cantori, which had a higher frequency of pre-flexion larvae associated to the thermocline and also a low frequency of pos-flexion larvae near the surface. The distributional pattern of ichthyoplankton was determined in part, by the percentages of SACW, CW and chlorophyll-a concentration in both periods. Based on these results, it was possible to demonstrate the direct influence of mesoscale physical processes (i.e. upwelling and downwelling) and chlorophyll-a distribution patterns on the vertical distribution of the ichthyoplankton in the cabo Frio region.
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"Variação espaço-temporal do ictioplâncton e condições oceanográficas na Região de Cabo Frio (RJ)" / Spatio-temporal variation of ichthyopalnkton and oceanographic confitions in Cabo Frio (RJ)Clarice Leão Lopes 30 August 2006 (has links)
O presente trabalho teve como objetivo principal descrever a distribuição espaço-temporal do ictioplâncton da região do cabo Frio (RJ) em relação aos processos físicos de mesoescala, com ênfase na distribuição vertical. A amostragem foi realizada em verão e inverno de 2001, com o N/Oc. Prof. W. Besnard, durante dois cruzeiros do projeto DEPROAS. O ictioplâncton foi coletado com rede Multinet, com 5 redes de 333 m, sendo que cada estrato amostrado teve 20 m, até os 100 m de profundidade. Em laboratório, foram realizadas a triagem do ictioplâncton e identificação das larvas. A análise dos dados foi realizada através de testes estatísticos paramétricos e não paramétricos e análises multivariadas. Não houve um padrão claro de distribuição vertical das larvas em função das classes de comprimento, salvo em alguns casos particulares, como Bregmaceros cantori que teve maior frequência de larvas em pré-flexão associadas à termoclina e também baixa frequência de larvas em pós-flexão próximas à superfície. O padrão de distribuição do ictioplâncton foi determinado, em parte, pelas porcentagens de ACAS, de AC e a concentração de clorofila-a, tanto nos dois períodos. Com base nos resultados obtidos, foi possível demonstrar a influência direta dos processos físicos de mesoescala (i.e. ressurgência e subsidência) e dos padrões de distribuição de clorofila-a sobre a distribuição vertical do ictioplâncton na região do cabo Frio. / The aim of the present work was to describe the spatial and temporal distributions of the ichthyoplankton in the cabo Frio (RJ) region in relation to mesoscale physical processes, with emphasis on its vertical distribution. Samples were taken in the summer and winter 2001 onboard the R/V Prof. W. Besnard, during the two sampling surveys of the DEPROAS project. The ichthyoplankton was collected using a Multinet device with 5 nets of 333 mm meshed; being that each layer had 20 m up to 100m depth. Ichthyoplankton sorting and larvae identification were done in the laboratory. Data analyses were performed using parametric and non-parametric statistical tests, and also multivariate analyses. A clear vertical distributional pattern of larvae in relation to their length classes was not observed, except in some particular cases such as Bregmaceros cantori, which had a higher frequency of pre-flexion larvae associated to the thermocline and also a low frequency of pos-flexion larvae near the surface. The distributional pattern of ichthyoplankton was determined in part, by the percentages of SACW, CW and chlorophyll-a concentration in both periods. Based on these results, it was possible to demonstrate the direct influence of mesoscale physical processes (i.e. upwelling and downwelling) and chlorophyll-a distribution patterns on the vertical distribution of the ichthyoplankton in the cabo Frio region.
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Paleoprodutividade costeira da região de Cabo Frio, Rio de Janeiro, ao longo dos últimos 13.000 anos cal APAndrade, Michelle Morata de 06 March 2018 (has links)
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Tese-Michelle Morata de Andrade.pdf: 19367705 bytes, checksum: 7bea88b50582d74bbf35080fdd61b1e0 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-03-06T16:06:38Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Tese-Michelle Morata de Andrade.pdf: 19367705 bytes, checksum: 7bea88b50582d74bbf35080fdd61b1e0 (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Universidade Federal Fluminense. Instituto de Química. Programa de Pós-Graduação em Geoquímica, Niterói, RJ / O sistema de ressurgência de Cabo Frio é considerado de proporção local/regional, com
um aspecto intermitente e de baixa amplitude. Apesar disto, tem grande importância
sócio-econômica, por induzir o aumento da produtividade pesqueira, e também pelo
contexto climático do Estado do Rio de Janeiro. A interação de fatores oceanográficos e
atmosféricos, em Cabo Frio, provoca um efeito no clima local, conhecido como enclave
climático. Assim, na tentativa de entender os mecanismos de interconexão entre ventos
e temperatura da superfície do mar (TSM) desta região, em tempos pretéritos, foi
necessário conhecer melhor as relações recentes e seus efeitos sobre este sistema. Como
ponto de partida para interpretar os resultados pretéritos, dados diários de TSM e direção
e intensidade dos ventos regionais, durante a década de 70, foram utilizados no sentido
de apontar relações entre freqüência, persistência e intensidade dos ventos sobre a
ressurgência de Cabo Frio. Assim, o objetivo geral deste trabalho foi verificar as
mudanças da paleoprodutividade na região de Cabo Frio durante o Holoceno,
correlacionado-as com mecanismos sedimentares, oceanográficos e atmosféricos que
possam explicá-las. Os resultados pretéritos foram obtidos com base em dois perfis
sedimentares, coletados a 124m e 115m na plataforma continental de Cabo Frio.
Indicadores orgânicos (COT, Fluxo de COT, C/N e palinofácies) e inorgânicos (minerais e
metais) foram combinados no intuito de observar mudanças na paleoprodutividade do
sistema de Cabo Frio, ao longo dos últimos 13.000 anos cal AP. O estudo da relação atual
entre os eventos de ressurgência e os ventos regionais mostrou que a freqüência dos
ventos NE não estabeleceu uma relação clara com estes eventos e que as advecções
polares, representadas pelos ventos SW, pode não aumentar durante o outono-inverno.
Eventos de ressurgência apresentaram distribuição unimodal tanto durante esta década,
como durante os períodos sazonais, o que indicaria os ventos SW como principal
controlador da ressurgência, considerando que a ação destes ventos persistiu por até 5
dias consecutivos durante o outono-inverno, suficiente para enfraquecer os ventos NE.
No entanto, a intensidade dos ventos regionais parece ser o fator controlador da
ressurgência em Cabo Frio. De outro modo, a evolução da plataforma continental, aliada
à elevação do nível do mar, durante o Holoceno, influenciou de forma determinante a
ocorrência dos eventos de ressurgência na região de Cabo Frio. Desta forma, com base
nas mudanças registradas simultaneamente pelos multi-proxies ao longo das colunas
sedimentares foram caracterizadas três fases: Fase 1 - entre 13.000 e 9.000 anos cal AP
– quando ocorreu uma rápida ascensão do nível do mar, porém, com estabilizações. Este
fato acarretou uma diminuição da contribuição terrígena, ao longo do tempo, registrada
fortemente pelo decréscimo dos metais e palinomorfos figurados. Ocorreu uma
transformação de um ambiente mais raso e dominado por águas oligotróficas (CB), para um ambiente mais profundo e com reflexos primários de águas frias, ricas em nutrientes
(ACAS). Assim, a matéria orgânica oriunda do continente, trazida por meio fluvial e/ou
eólico, foi substituída gradativamente pelo material de origem marinho. Neste sentido, o
material alcançava o fundo cada vez menos refratário, o que pode ter condicionado um
ambiente sedimentar mais óxico ao longo desta fase. Esta situação indicaria um aumento
na produtividade do sistema, em virtude do reflexo da ACAS na região; Fase 2 – entre
9.000 e 5.000 anos cal AP – em que o ambiente tornou-se mais profundo e efetivamente
marinho. Foi marcada pelo estabelecimento da ACAS no fundo da plataforma continental
de Cabo Frio, apontado pelos indicadores orgânicos e inorgânicos. Em seguida, ciclos de
maior ou menor produtividade se alternaram, marcando condições de ressurgência e
subsidência, com o predomínio da ACAS e da CB, respectivamente, na plataforma
continental de Cabo Frio, o que induziu mudanças no metabolismo do sistema e teve um
papel fundamental nas alterações climáticas regionais. Eventos de ressurgência e fatores
atmosféricos interagem por feedback, ou seja, ao mesmo tempo em que o padrão de
ventos regionais pode influenciar os eventos de ressurgência, águas superficiais mais
frias podem determinar um clima local mais seco. Desta forma, o sistema de Cabo Frio
nesta fase já poderia responder aos efeitos climáticos das advecções polares e da ZCIT,
por exemplo, condicionado períodos de ressurgência mais ou menos fortalecidos. No
entanto, apesar da variabilidade da ressurgência nesta fase, a produtividade aumentou
relativamente; e Fase 3 – entre 5.000 e 700 anos cal AP – em que a ressurgência
pareceu estar ainda mais fortalecida, ainda que o sistema tenha apresentado alguma
oscilação. A partir de 2.500 anos cal AP foram observados ciclos regulares, de cerca de
500 anos, nos registros dos metais e da razão C/N. Registros similares também
observados em sedimentos do Golfo da Califórnia, Peru e Venezuela foram relacionados
aos ciclos climáticos com a mesma periodicidade, apontando a variabilidade dos eventos
ENSO como principal causa deste processo. Para Cabo Frio, é possível sugerir que
eventos de dimensões globais possam interferir e perturbar registros regionais e/ou
locais. Neste sentido, o fortalecimento da ressurgência pode ter acarretado uma fase,
relativamente, ainda mais produtiva que a anterior, mesmo que com alguma curta
perturbação cíclica, que poderia estar relacionado com a ocorrência de eventos El Niño
e/ou pela ação de forçantes climáticas regionais, como a ZCAS. / Le système d’upwelling à Cabo Frio est considéré de proportion locale/régionale,
avec un aspect intermittent et une basse amplitude. Malgré ceci, il a une grande
importance économique pour induire l'augmentation de la productivité de la pêche, aussi
bien que pour son influence dans le contexte climatique de l'État de Rio de Janeiro.
L'interaction de facteurs océanographiques et atmosphériques à Cabo Frio provoque un
effet dans le climat local, connu comme une enclave climatique. Ainsi, dans l’essai de
comprendre les mécanismes d'interconnexion entre les vents et la température de la
surface de la mer (TSM) de cette région, dans les temps passés, il a fallu mieux connaître
les relations récentes et leurs effets sur ce système. Comme point de départ pour
interpréter les résultats passés, des données quotidiennes de TSM et de la direction et de
l’intensité des vents régionaux, pendant la décennie de 70, ont été utilisées dans le but
d'indiquer des relations entre fréquence, persistance et intensité des vents sur l’upwelling
à Cabo Frio. Ainsi, l'objectif général de ce travail a été de vérifier les changements de la
paléoproductivité dans la région de Cabo Frio pendant l’Holocène, corrélés avec des
mécanismes sédimentaires, océanographiques et atmosphériques qui puissent les
expliquer. Les résultats passés ont été obtenus sur la base de deux profils sédimentaires,
rassemblés à 124m et 115m dans le plateau continental à Cabo Frio. Des indicateurs
organiques (COT, Flux de COT, C/N et palynofaciès) et inorganiques (minéraux et des
métaux) ont été combinés avec l'intention d'observer des changements dans la
paléoproductivité du système de Cabo Frio, au cours des 13.000 dernières années.
L'étude de la relation actuelle entre les événements d’upwelling et les vents régionaux a
montré que la fréquence des vents NE n'a pas établi une relation claire avec ces
événements et que les advections polaires, représentées par les vents SW, qui peut ne
pas augmenter pendant les mois d'automne et d’hiver. Des événements d’upwelling ont
présenté une distribution uni modale aussi bien pendant cette décennie que pendant les
périodes saisonnières, ce qui pourrait indiquer les vents SW comme le principal
contrôleur d’upwelling, en considérant que l'action de ces vents persiste par jusqu'à 5
jours consécutifs pendant les mois d'automne et d’hiver, assez pour affaiblir les vents NE.
Néanmoins, l'intensité des vents régionaux semble être le facteur contrôleur de
l’upwelling à Cabo Frio. En outre, l'évolution du plateau continental, alliée à la hausse du
niveau de la mer pendant l’Holocène, a influencé de forme déterminante la présence des
événements d’upwelling dans la région de Cabo Frio. Ainsi, sur la base des changements
enregistrés simultanément par des multi-proxies au long des colonnes sédimentaires,
trois phases ont été caractérisées: Phase 1 - entre 13.000 et 9.000 ans cal AP - quand
une rapide ascension du niveau de la mer s'est produite, mais avec des stabilisations. Ce
fait a causé une diminution de la contribution continentale au long du temps, fortement enregistrée par la diminution des métaux et des palynomorphes figurés. Cette situation a
produit une transformation d'un environnement moins profond et dominé par des eaux
chaudes du Courant du Brésil (CB) vers un environnement plus profond et avec des
réflexes primaires d'eaux froides, riches en éléments nutritifs des Eaux Centrales
d’Atlantique Sud (ECAS). Ainsi, la matière organique en provenance du continent,
apportée par moyen fluvial et/ou éolien, a été substituée graduellement par le matériel
d'origine marine. Dans ce sens, le matériel atteignait le fond à chaque fois moins
réfractaire, ce qui a pu avoir conditionné un environnement sédimentaire plus oxygéné
au cours de cette phase. Cette situation indiquerait une augmentation dans la
productivité du système, due au réflexe de l’ECAS dans la région; Phase 2 - entre 9.000
et 5.000 ans cal AP - où l'environnement s'est rendu plus profond et efficacement marin.
Elle a été marquée par l'établissement de l’ECAS dans le fond du plateau continental de
Cabo Frio, indiqué par les indicateurs organiques et inorganiques. Ensuite, des cycles de
plus grande ou moindre productivité se sont alternés, en marquant des conditions
d’upwelling et downwelling, avec la prédominance de l’ECAS et du CB, respectivement,
dans le plateau continental de Cabo Frio, ce qui a induit des changements dans le
métabolisme du système et a eu une fonction fondamentale dans les modifications
climatiques régionales. Des événements d’upwelling et des facteurs atmosphériques
interagissent par feedback, c'est-à-dire, en même temps que la norme de vents
régionaux peut influencer les événements d’upwelling, les eaux superficielles plus froides
peuvent déterminer un climat local plus sec. De cette forme, le système de Cabo Frio
dans cette phase pourrait déjà répondre aux effets climatiques des advections polaires et
de la ZCIT, par exemple, conditionnés à des périodes d’upwelling plus ou moins fortifiées.
Néanmoins, malgré la variabilité de l’upwelling pendant cette phase, la productivité a
relativement augmenté; et Phase 3 - entre 5.000 et 700 ans cal AP - où l’upwelling
semble avoir été davantage fortifié, malgré quelques oscillations subies par le système. À
partir de 2.500 ans cal AP des cycles réguliers d'environ 500 ans ont été observés dans
les registres des métaux et de la raison C/N. Des registres semblables observés dans
d’autres régions de l’Amérique du Sud et du Golfe de la Californie ont été aussi rapportés
aux cycles climatiques avec la même régularité, en indiquant la variabilité des
événements ENSO comme la principale cause de ce processus. Dans ce sens, la
fortification de l’upwelling à Cabo Frio, même avec quelques courtes perturbations
cycliques, pourrait être rapportée avec des événements El Niño et/ou d’autres facteurs
climatiques régionaux, comme la ZCAS.
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Variabilidade da ressurgência na região de Cabo Frio (RJ) durante os últimos 1000 anos com base n a associação de foraminíferos PlanctônicosLessa, Douglas Villela de Oliveira 28 June 2017 (has links)
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Dissertacao_Mestrado_Douglas_Lessa.pdf: 3403575 bytes, checksum: c2258dd694038b2de4cd788d914d41c4 (MD5) / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Universidade Federal Fluminense. Instituto de Química. Programa de Pós-Graduação em Geoquímica, Niterói, RJ / Dois
box-cores
e 15 amostras de sedimento de superfície de fundo
foram coletadas na
plataforma continental ao largo de Cabo Frio, com o
s objetivos de reconstituir a variabilidade
do sistema de ressurgência da Água Central do Atlân
tico Sul (ACAS) durante o último,
milênio utilizando foraminíferos planctônicos; e em
um gradiente batimétrico, estudar os
efeitos da profundidade sobre a assembléia de foram
iníferos planctônicos e bentônicos. Seis
espécies de foraminíferos planctônicos foram domina
ntes sendo
Globigerinoides ruber
a mais
abundante em todas as amostras. Além de
G. ruber
,
Globoturborotalita rubescens
e
Globigerinella calida
foram associadas à oligotrófica Água Tropical (AT)
, enquanto
Globigerina bulloides
,
Turborotalita quinqueloba
e
Globigerinita glutinata
foram associadas
à produtiva ACAS. O estudo da assembléia de foramin
íferos no gradiente batimétrico revelou
um forte aumento da razão planctônico/bentônico (P/
B) com a profundidade a partir de 86
metros, e um crescimento muito acelerado das abundâ
ncias absolutas a partir de 110 metros.
Também houve uma diferenciação das assembléias de f
oraminíferos planctônicos entre
profundidades mais rasas (55 – 100 metros) e mais p
rofundas (100 – 125 m), sendo que as
espécies indicadoras de águas frias e produtivas te
nderam a ocupar o intervalo entre as
isóbatas de 100 e 115 metros. O perfil BCCF06-03 re
gistrou um período de quase 1.200 anos,
com taxa de sedimentação variando entre 0,011 a 0,0
32 cm.ano
-1
, enquanto o perfil BCCF06-
05 registrou o intervalo entre 960 e 540 anos AP co
m taxa de sedimentação constante de
0,025 cm.ano
-1
, e três principais fases de produtividade foram ob
servadas. Os períodos
correspondentes as fase I e II (1160 – 500 anos AP)
foram marcados por uma anomalia
negativa dos eventos El Niño, sendo que a primeira
fase foi a mais produtiva na qual a
associação entre
G. bulloides
e
T. quinqueloba
indicou ressurgências fortes, associadas a
presença de fatores oceanográficos diferentes dos a
tuais. Na segunda fase, estes fatores
perderam importância, fazendo aumentar a freqüência
dos foraminíferos associados a AT. Por
fim a fase III (últimos 500 anos) foi caracterizada
por um fortalecimento gradual da
ressurgência na Pequena Idade do Gelo (PIG), indica
das pelo aumento das abundâncias
relativas de
Neogloboquadrina dutertrei
e
Globigerina falconensis
, no início da PIG e
aumento das espécies
G. bulloides
e
G. glutinata
no auge da PIG, seguido por uma mudança
significativa na oscilação da ressurgência a partir
de 170 anos AP. A ressurgência na fase III
foi associada a fatores atmosféricos: migração para
o sul da Zona de Convergência
Intertropical (ZCIT) durante a PIG e um aumento na
variabilidade dos eventos El Niño nos
últimos 170 anos. / Two
box-cores
and 15 bottom surface sediment samples were collec
ted at continental shelf
off Cabo Frio, with the purposes of reconstruct the
variability of South Atlantic Central Water
(SACW) upwelling system during the last millennium,
using planktonic foraminifera; and in
the bottom surface sediment, studying the depth eff
ects upon benthic and planktonic
foraminiferal assemblages. Six planktonic foraminif
er’s species were dominant being
Globigerinoides ruber
the most abundant in all sediment samples. In addi
ction to
G. ruber
,
Globoturborotalita rubescens
and
Globigerinella calida
were associated to oligothrophic
Tropical Water (TW), while
Globigerina bulloides
,
Turborotalita quinqueloba
and
Globigerinita glutinata
were associated to SACW which is rich in nutrients
. The study of
foraminiferal assemblages through the bathymetric g
radient revealed a strong growth of
planktonic/benthic ratio (P/B) from 86 metres to 12
5 metres of depth, and an abrupt growth of
absolute abundances starting at 110 metres. There w
as also a difference in planktonic
foraminiferal assemblages among the 100 and 115 iso
baths. The box-core BCCF06-03
covered a period of 1.200 cal years, with sedimenta
tion rate varying among 0,011 and 0,032
cm.ano
-1
, while the box-core BCCF06-05 covered a period amo
ng 960 and 540 cal years BP
with constant sedimentation rate of 0,025 cm.ano
-1
, and three main phases were observed. The
correspondent period to phases I and II (1160 – 500
cal years BP) were marked by a negative
anomaly of El Niño events, where the first phase wa
s the most productive of box-cores, where
the association between
G. bulloides
and
T. quinqueloba
indicated strong upwelling,
associated to presence of different oceanographic f
actors in relation to recent. The second
phase, these oceanographic factors lost importance,
doing rise the frequency of associated
foraminifers to TW. In the latter, phase III (lasts
500 years) was characterized by a gradual
strength of upwelling during the Little Ice Age (LI
A), indicated by the relative abundances of
Neogloboquadrina dutertrei
and
Globigerina falconensis
in the beginning of LIA, and a
increasing of
G. bulloides
and
G. glutinata
relative abundances at the maximum of LIA,
followed by a significative change in the oscillati
on from 170 cal years BP. The upwelling in
the phase III was associated to atmospheric factors
: south migration of Intertropical
Convergence Zone (ITCZ) during the LIA, and a incre
asing of El Niño events in the lasts 170
years.
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