Spelling suggestions: "subject:"campinas (como) Grande""
1 |
Enredando Campina Grande nas teias da cultura : (des)inventando festas e (re)inventando a cidade. 1965-2002Geminiano dos Santos, Wagner 31 January 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T18:32:25Z (GMT). No. of bitstreams: 2
arquivo3386_1.pdf: 2189122 bytes, checksum: 418e911359dc9eeabbea62662eedc024 (MD5)
license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5)
Previous issue date: 2008 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O presente estudo objetiva historicizar um problema, qual seja: como foi possível
que Campina Grande deixasse de ser nomeada como a Capital do Trabalho para
passar a ser dita e vista como Capital cultural , cidade vocacionada para o turismo
de eventos num curto período de tempo que compreende dos anos finais da década
de 60 do século passado ao ano 2002 deste século? Neste sentido, o presente
trabalho busca apresentar quais foram as condições históricas de possibilidade
deste deslocamento. E para tanto, elegemos como porta de entrada para narrar esta
história as festas de matriz carnavalesca o carnaval e a Micarande, carnaval fora
de época produzidos na cidade neste período. Fazemos isto por acreditarmos que
estas festas, juntamente com os festejos de São João na cidade, a partir de um
determinado momento da história de Campina Grande passam a ser apresentadas
como acontecimentos espetaculares da e na história da cidade, ou pelo menos é isto
que alguns discursos querem fazer crer. Buscamos, portanto, historicizar a invenção
destas festas, tentando mostrar as relações de e entre poder e saber que se
encontram na sua fundação. Buscando mostrar que são produtos de interesses
políticos, econômicos, sociais e culturais de variadas instituições e segmentos da
sociedade local, que são efeitos de relações de forças que põe em jogo e
movimentam estratégias que tentam articulá-las ao nome e a imagem da própria
cidade. E que para se instituírem tentam a todo custo silenciar, mascarar, embotar
ou até mesmo matar aqueles que se colocam como o outro nas correlações de
força com que se defrontam. Tentamos assim, apresentar também os outros
projetos e significados atribuídos e construídos para a cidade, mas que no acaso da
luta foram silenciados, vencidos, incorporados pelo projeto vencedor ou que até
mesmo continuam as expensas dos discursos e projetos vencedores, a margem das
práticas aceitas e legitimadas pela sociedade local. E fazemos isto enovelando nesta
narrativa determinadas fontes, como, por exemplo, os jornais escritos, Diário da
Borborema e Jornal da Paraíba, livros de memória, depoimentos orais, discursos
oficiais etc. Enfim, é com e a partir deste material que historicizamos este problema
e tentamos apontar respostas satisfatórias para o mesmo
|
Page generated in 0.0763 seconds