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Suplementação da população de bugios-pretos (Alouatta caraya) no campus da Universidade de São Paulo em Ribeirão Preto pela soltura de indivíduos cativos - estudo do comportamento / Supplementation of the population of black howler-monkey (Alouatta caraya) on the campus of campus of University of São Paulo in Ribeirão Preto for the release of captive individuals the study of behaviorRossi, Marcelí Joele 09 September 2011 (has links)
O campus da Universidade de São Paulo em Ribeirão Preto consiste em uma área de 450 ha, caracterizada por um mosaico de remanescentes de mata e construções, sendo uma das maiores áreas verdes do município. Para suplementar a população de bugios-pretos (Alouatta caraya) existente no campus, este estudo realizou a soltura de um casal cativo. O grupo residente, composto por quatro bugios, foi rastreado seis dias por mês num período de seis meses para verificação da área de vida com finalidade de definir uma área para a soltura do casal. Um macho adulto e uma fêmea subadulta foram unidos em cativeiro no Parque Municipal Morro de São Bento. A formação do casal foi realizada em três fases (familiarização, junção e pós-junção) com gradativo aumento de aproximação. O padrão de atividades foi registrado pelo método de varredura a cada 5 minutos por 2 horas durante 10 dias (para cada fase). Os valores obtidos ficaram próximos ao relatado para o gênero, com aumento do comportamento social no decorrer das fases: 4,4 16 e 35,2% (p<0,001). O casal foi transferido para um cativeiro na área de soltura, onde permaneceu por 44 dias. Neste período foi realizada a avaliação pré-soltura e a reeducação alimentar. Na avaliação pré-soltura foi verificado que a mudança de área não afetou significativamente o comportamento social do casal, cujo valor obtido foi de 29% (p=0,083 em comparação com o valor obtido na última fase da formação do casal). Na reeducação alimentar, gradativamente a dieta inicial de 2000 g de frutas por dia, teve 1200 g substituídas por folhas de cinco espécies vegetais. A soltura do casal foi realizada no dia 10 de novembro de 2009. O casal foi acompanhado das 6 às 18 h, quatro dias por mês num período de um ano novembro/09 à outubro/10, com exceção de janeiro/10 com total de 528 h de observação. O padrão de atividades foi registrado pelo método de varredura a cada 20 minutos. Durante o ano, o casal dedicou 61,7% do tempo para descanso, 5,9% para locomoção não-direcional, 6,1% para locomoção direcional, 10,9% para alimentação e 15,4% para comportamento social. A locomoção direcional, comportamento que melhor expressa a exploração da área, teve os registros de cada mês comparados com sua média anual (18,6). Os meses dezembro, fevereiro e março apresentaram registros acima da média, sendo o mês de dezembro significativamente maior (p<0,001). Os meses maio, junho, julho, agosto, setembro e outubro, apresentaram registros menores, sendo o mês de julho significativamente menor (p=0,032). A alimentação foi registrada pelo método 1-0 a cada 5 minutos. Durante o ano, o casal utilizou 146 indivíduos (árvores e lianas) de 38 espécies pertencentes a 18 famílias. As seis espécies mais consumidas correspondem a 61,3% do total de registros: Maclura tinctoria (14,8%), Leucaena leucocephala (13,3%), Ficus insipida (11,8%), Handroanthus impetiginosus (7,6%), Poincianella pluviosa (7%) e Terminalia catappa (6,8%). O total de espécies consumidas em cada mês foi comparado com a média anual de 9,8. Os meses de dezembro, fevereiro, março, abril e maio apresentaram mais espécies consumidas que a média. Os meses junho, julho, agosto, setembro e outubro apresentaram menos espécies que a média, sendo o mês de julho significativamente menor (p=0,033). A área de vida foi registrada pelo método de varredura a cada 1 hora. Durante o ano, o casal utilizou 50 quadrantes de 50 x 50 m (0,25 ha), totalizando uma área de 12,5 ha. O total de quadrantes utilizados por mês foi comparado com a média anual de 9. Os meses de dezembro, fevereiro e março apresentaram maior quantidade de quadrantes utilizados que a média, sendo os meses de dezembro e março significativamente maiores (p=0,039 e p=0,025). Os meses junho, julho, agosto, setembro e outubro apresentaram menor quantidade de quadrantes utilizados que a média. Foram encontradas duas áreas centrais (utilização > 10%), ambas correspondem à localização dos recursos alimentares mais utilizados e bambuzais altos e densos utilizados como árvores-dormitório. Com esses resultados, foi possível verificar que o casal explorou a área desconhecida até o 5° - 6° mês de soltura. A partir daí, espécies vegetais e quadrantes foram selecionados, evidenciando que o casal se organizou para atingir o equilíbrio das suas necessidades energéticas. Portanto, podemos concluir que já no primeiro ano o casal de bugios se adaptou ao campus, pois garantiu sua sobrevivência. Com um ano e meio de soltura ocorreu o nascimento do primeiro filhote, acrescentado que, além da sobrevivência o casal também garantiu sua reprodução. / The University of São Paulo campus in Ribeirão Preto is an area of 450 hectares, characterized by a mosaic of forest remnants and buildings, one of the largest green areas of the city. For this study a captive couple of black howler monkeys (Alouatta caraya) was released to supplement the existing campus population. In order to define an area for the release of the couple the resident group, composed of four monkeys, was tracked six days per month for a period of six months to determine their home range adult male and a sub-adult female were united in captivity in the Municipal Park Morro de Sao Bento. The couple formation was accomplished in three phases (familiarization, junction and post-junction) with gradual proximity increase. The activity pattern was recorded using the scanning method, every 5 minutes for 2 hours for 10 days (for each phase). Recorded values were close to those reported for the genus, with increased social behavior during the phases: from 4.4 to 16 and 35.2% (p<0.001). The couple was moved to a cage at the release site, where they stayed for 44 days. During this time the pre-release assessment and rehabilitation diet were implemented. During the pre-release it was verified that the change of area did not significantly affect the social behavior of the couple, whose value was 29% (p = 0.083 compared with the value obtained in the last phase of formation the couple). In the rehabilitation diet, of the initial 2000 g of fruit per day, 1200 g were gradually replaced by leaves of five plant species. The couple was release on November 10, 2009. The couple was followed from 6 am to 18 pm, four days per month for a period of one year - November/09 to October/10, except January/10 - a total of 528 observation hours. The activity pattern was recorded by the scanning method every 20 minutes. During the year they spent 61.7% of the time at rest, 5.9% non-directional movement, 6.1%directional movement, 10.9% feeding and 15.4% in social behavior. The directional movement, behavior that best expresses the exploration of the area, monthly records were compared to the annual average (18.6). December, February and March had above-average results with the month of December significantly higher (p<0.001). May, June, July, August, September and October, showed lower results, with the month of July being significantly lower (p=0.032). The feeding was recorded by the method 1-0 every 5 minutes. During the year the couple used 146 individuals (trees and vines) of 38 species belonging to 18 families. The six most consumed species account for 61.3% of total records: Maclura tinctoria (14.8%), Leucaena leucocephala (13.3%), Ficus insipida (11.8%), Handroanthus impetiginosus (7.6%) Poincianella rainfall (7%) and Terminalia catappa (6.8%). The total number of species consumed in each month was compared with the annual average of 9.8. More species than average were consumed during the months of December, February, March, April and May. Fewer species than the average were consumed during the months of June, July, August, September and October, July was significantly lower (p=0.033). The home range was recorded by the scanning method every 1 hour. During the year the couple used 50 quadrants of 50 x 50 m (0.25 ha), totaling an area of 12.5 hectares. The total number of quadrants used per month was compared with the annual average of 9. The months of December, February and March had a higher number of quadrants that the medium used, with December and March significantly higher (p=0.039 and p=0.025). June, July, August, September and October had fewer quadrants used than average. We found two core areas (use > 10%), both correspond to the most used food resources locations and dense tall bamboo ares used as dormitory trees. The results showed that the couple had explored the new area by the 5th - 6th month of release. Thereafter, plant species and quadrants were selected, showing that the couple had organized itself to balance its Therefore, we conclude that in the first year the couple adapted to the campus, ensuring its survival. After a year and a half of release the birth of first infant occurred. Thus, beyond survival, the couple also assured its reproduction.
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Suplementação da população de bugios-pretos (Alouatta caraya) no campus da Universidade de São Paulo em Ribeirão Preto pela soltura de indivíduos cativos - estudo do comportamento / Supplementation of the population of black howler-monkey (Alouatta caraya) on the campus of campus of University of São Paulo in Ribeirão Preto for the release of captive individuals the study of behaviorMarcelí Joele Rossi 09 September 2011 (has links)
O campus da Universidade de São Paulo em Ribeirão Preto consiste em uma área de 450 ha, caracterizada por um mosaico de remanescentes de mata e construções, sendo uma das maiores áreas verdes do município. Para suplementar a população de bugios-pretos (Alouatta caraya) existente no campus, este estudo realizou a soltura de um casal cativo. O grupo residente, composto por quatro bugios, foi rastreado seis dias por mês num período de seis meses para verificação da área de vida com finalidade de definir uma área para a soltura do casal. Um macho adulto e uma fêmea subadulta foram unidos em cativeiro no Parque Municipal Morro de São Bento. A formação do casal foi realizada em três fases (familiarização, junção e pós-junção) com gradativo aumento de aproximação. O padrão de atividades foi registrado pelo método de varredura a cada 5 minutos por 2 horas durante 10 dias (para cada fase). Os valores obtidos ficaram próximos ao relatado para o gênero, com aumento do comportamento social no decorrer das fases: 4,4 16 e 35,2% (p<0,001). O casal foi transferido para um cativeiro na área de soltura, onde permaneceu por 44 dias. Neste período foi realizada a avaliação pré-soltura e a reeducação alimentar. Na avaliação pré-soltura foi verificado que a mudança de área não afetou significativamente o comportamento social do casal, cujo valor obtido foi de 29% (p=0,083 em comparação com o valor obtido na última fase da formação do casal). Na reeducação alimentar, gradativamente a dieta inicial de 2000 g de frutas por dia, teve 1200 g substituídas por folhas de cinco espécies vegetais. A soltura do casal foi realizada no dia 10 de novembro de 2009. O casal foi acompanhado das 6 às 18 h, quatro dias por mês num período de um ano novembro/09 à outubro/10, com exceção de janeiro/10 com total de 528 h de observação. O padrão de atividades foi registrado pelo método de varredura a cada 20 minutos. Durante o ano, o casal dedicou 61,7% do tempo para descanso, 5,9% para locomoção não-direcional, 6,1% para locomoção direcional, 10,9% para alimentação e 15,4% para comportamento social. A locomoção direcional, comportamento que melhor expressa a exploração da área, teve os registros de cada mês comparados com sua média anual (18,6). Os meses dezembro, fevereiro e março apresentaram registros acima da média, sendo o mês de dezembro significativamente maior (p<0,001). Os meses maio, junho, julho, agosto, setembro e outubro, apresentaram registros menores, sendo o mês de julho significativamente menor (p=0,032). A alimentação foi registrada pelo método 1-0 a cada 5 minutos. Durante o ano, o casal utilizou 146 indivíduos (árvores e lianas) de 38 espécies pertencentes a 18 famílias. As seis espécies mais consumidas correspondem a 61,3% do total de registros: Maclura tinctoria (14,8%), Leucaena leucocephala (13,3%), Ficus insipida (11,8%), Handroanthus impetiginosus (7,6%), Poincianella pluviosa (7%) e Terminalia catappa (6,8%). O total de espécies consumidas em cada mês foi comparado com a média anual de 9,8. Os meses de dezembro, fevereiro, março, abril e maio apresentaram mais espécies consumidas que a média. Os meses junho, julho, agosto, setembro e outubro apresentaram menos espécies que a média, sendo o mês de julho significativamente menor (p=0,033). A área de vida foi registrada pelo método de varredura a cada 1 hora. Durante o ano, o casal utilizou 50 quadrantes de 50 x 50 m (0,25 ha), totalizando uma área de 12,5 ha. O total de quadrantes utilizados por mês foi comparado com a média anual de 9. Os meses de dezembro, fevereiro e março apresentaram maior quantidade de quadrantes utilizados que a média, sendo os meses de dezembro e março significativamente maiores (p=0,039 e p=0,025). Os meses junho, julho, agosto, setembro e outubro apresentaram menor quantidade de quadrantes utilizados que a média. Foram encontradas duas áreas centrais (utilização > 10%), ambas correspondem à localização dos recursos alimentares mais utilizados e bambuzais altos e densos utilizados como árvores-dormitório. Com esses resultados, foi possível verificar que o casal explorou a área desconhecida até o 5° - 6° mês de soltura. A partir daí, espécies vegetais e quadrantes foram selecionados, evidenciando que o casal se organizou para atingir o equilíbrio das suas necessidades energéticas. Portanto, podemos concluir que já no primeiro ano o casal de bugios se adaptou ao campus, pois garantiu sua sobrevivência. Com um ano e meio de soltura ocorreu o nascimento do primeiro filhote, acrescentado que, além da sobrevivência o casal também garantiu sua reprodução. / The University of São Paulo campus in Ribeirão Preto is an area of 450 hectares, characterized by a mosaic of forest remnants and buildings, one of the largest green areas of the city. For this study a captive couple of black howler monkeys (Alouatta caraya) was released to supplement the existing campus population. In order to define an area for the release of the couple the resident group, composed of four monkeys, was tracked six days per month for a period of six months to determine their home range adult male and a sub-adult female were united in captivity in the Municipal Park Morro de Sao Bento. The couple formation was accomplished in three phases (familiarization, junction and post-junction) with gradual proximity increase. The activity pattern was recorded using the scanning method, every 5 minutes for 2 hours for 10 days (for each phase). Recorded values were close to those reported for the genus, with increased social behavior during the phases: from 4.4 to 16 and 35.2% (p<0.001). The couple was moved to a cage at the release site, where they stayed for 44 days. During this time the pre-release assessment and rehabilitation diet were implemented. During the pre-release it was verified that the change of area did not significantly affect the social behavior of the couple, whose value was 29% (p = 0.083 compared with the value obtained in the last phase of formation the couple). In the rehabilitation diet, of the initial 2000 g of fruit per day, 1200 g were gradually replaced by leaves of five plant species. The couple was release on November 10, 2009. The couple was followed from 6 am to 18 pm, four days per month for a period of one year - November/09 to October/10, except January/10 - a total of 528 observation hours. The activity pattern was recorded by the scanning method every 20 minutes. During the year they spent 61.7% of the time at rest, 5.9% non-directional movement, 6.1%directional movement, 10.9% feeding and 15.4% in social behavior. The directional movement, behavior that best expresses the exploration of the area, monthly records were compared to the annual average (18.6). December, February and March had above-average results with the month of December significantly higher (p<0.001). May, June, July, August, September and October, showed lower results, with the month of July being significantly lower (p=0.032). The feeding was recorded by the method 1-0 every 5 minutes. During the year the couple used 146 individuals (trees and vines) of 38 species belonging to 18 families. The six most consumed species account for 61.3% of total records: Maclura tinctoria (14.8%), Leucaena leucocephala (13.3%), Ficus insipida (11.8%), Handroanthus impetiginosus (7.6%) Poincianella rainfall (7%) and Terminalia catappa (6.8%). The total number of species consumed in each month was compared with the annual average of 9.8. More species than average were consumed during the months of December, February, March, April and May. Fewer species than the average were consumed during the months of June, July, August, September and October, July was significantly lower (p=0.033). The home range was recorded by the scanning method every 1 hour. During the year the couple used 50 quadrants of 50 x 50 m (0.25 ha), totaling an area of 12.5 hectares. The total number of quadrants used per month was compared with the annual average of 9. The months of December, February and March had a higher number of quadrants that the medium used, with December and March significantly higher (p=0.039 and p=0.025). June, July, August, September and October had fewer quadrants used than average. We found two core areas (use > 10%), both correspond to the most used food resources locations and dense tall bamboo ares used as dormitory trees. The results showed that the couple had explored the new area by the 5th - 6th month of release. Thereafter, plant species and quadrants were selected, showing that the couple had organized itself to balance its Therefore, we conclude that in the first year the couple adapted to the campus, ensuring its survival. After a year and a half of release the birth of first infant occurred. Thus, beyond survival, the couple also assured its reproduction.
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Bioacústica e bem-estar em cativeiro: rugidos de Alouatta caraya (Primates, Atelidae) como elemento de enriquecimento ambiental / Bioacoustics and welfare in captivity: roars of Alouatta caraya (Primates, Atelidae ) as environmental enrichment element.Martins, Débora Silveira 21 September 2015 (has links)
A Bioacoustica oferece ferramentas úteis para diversas ciências e práticas na utilização acadêmica, científica, aplicada e conservação da vida animal. Nossa hipótese é que as chamadas naturais, como o rugido de longo alcance do bugios preto, atuam como elemento de enriquecimento ambiental, se a sua execução aumenta a exibição de um comportamento natural em cativeiro. O bugio faz um uso diário do rugido e sua emissão é conhecida por evocar respostas de outros bandos de bugio em vida livre. Para testar a eficácia dos rugidos em melhorar o bem-estar foi realizado um experimento no Bosque e Zoológico Fábio Barreto, no município de Ribeirão Preto, onde treze indivíduos (6 fêmeas e 7 machos) viviam em cinco recintos adjacentes. Eles tiveram contato visual e acústico entre eles e com outras duas espécies de primatas e outros grupos de vida livre de bugio preto. Adotoamos o delineamento experimental ABABA, em que fases controle A foram intercaladas com o tratamento (playback de rugido) nas fases B, duas vezes ao dia (manhã e tarde). Na primeira fase B, o estímulo foi sempre tocado no mesmo horário (previsível) e, na segunda fase tratamento, horários aleatórios foram adotados (imprevisível). Nós avaliamos as alterações na duração relativa de 6 comportamentos entre as fases A e B, entre sexo e em ambos os períodos, com o teste ANOVA de medidas repetidas. Nós notamos um aumento no comportamento natural da espécie em fases de tratamento, como alerta, atenção dirigida, e interações sociais, juntamente com a diminuição de comportamentos estereotipados, sugerindo melhoria do bem-estar. As emissões naturais de rugidos também aumentaram. Concluímos que ambos os tratamentos, previsível e imprevisível, melhoraram o bem-estar e propomos a utilização da reprodução de chamadas específicas de especies como uma nova categoria de enriquecimento ambiental. A resposta dos outros primatas nos levou a concluir que houve um efeito sobre animais vizinhos que pode ser benéfico ou prejudicial de acordo com a espécie e a condição psicológica dos animais. / The Bioacoustics offers useful tools for diverse academic, scientific and applied sciences and practices in use and conservation of animal life. We hypothesized that natural call, as the loud roar of the black-howler monkey, would act as environmental enrichment element if its execution increased the display of natural behavior in captivity. The howler-monkey makes an everyday use of the roar and its emission is known to evoke free-living howler-monkeys to call back in response. To test the effectiveness of roars in improving welfare we conducted an experiment in Bosque e Zoológico Fábio Barreto, in the municipality of Ribeirão Preto where thirteen individuals (6 females and 7 males) were living in five adjacent enclosures. They had visual and acoustic contact between them and with two other primate species and a free-living black-howler monkey group. We adopted the ABABA experimental design, in which control phases A were interspersed with treatment (roar playback) phases B, two times a day (morning and afternoon). In the first B phase, the stimulus was always played at the same time (predictable) and, in the other different random schedules were adopted (unpredictable). We evaluate changes in relative duration of 6 behaviors from A to B phases, between sex and in both periods with a repetitive factorial ANOVA. We reported increase in natural behavior of the species in treatment phases, as alert, oriented attention, and social interactions, coupled with the decrease of stereotyped behaviors, suggesting welfare improvement. Thus, natural emissions of roars also increased. We concluded that both predictable and unpredictable routines improved welfare and we propose the use of playback of specie-specific calls as a new category of environmental enrichment. The answer of the other primates led us to conclude that there was a neighborhood effect that can be beneficial or harmful according to the species and the psychological condition of the animals.
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Bioacústica e bem-estar em cativeiro: rugidos de Alouatta caraya (Primates, Atelidae) como elemento de enriquecimento ambiental / Bioacoustics and welfare in captivity: roars of Alouatta caraya (Primates, Atelidae ) as environmental enrichment element.Débora Silveira Martins 21 September 2015 (has links)
A Bioacoustica oferece ferramentas úteis para diversas ciências e práticas na utilização acadêmica, científica, aplicada e conservação da vida animal. Nossa hipótese é que as chamadas naturais, como o rugido de longo alcance do bugios preto, atuam como elemento de enriquecimento ambiental, se a sua execução aumenta a exibição de um comportamento natural em cativeiro. O bugio faz um uso diário do rugido e sua emissão é conhecida por evocar respostas de outros bandos de bugio em vida livre. Para testar a eficácia dos rugidos em melhorar o bem-estar foi realizado um experimento no Bosque e Zoológico Fábio Barreto, no município de Ribeirão Preto, onde treze indivíduos (6 fêmeas e 7 machos) viviam em cinco recintos adjacentes. Eles tiveram contato visual e acústico entre eles e com outras duas espécies de primatas e outros grupos de vida livre de bugio preto. Adotoamos o delineamento experimental ABABA, em que fases controle A foram intercaladas com o tratamento (playback de rugido) nas fases B, duas vezes ao dia (manhã e tarde). Na primeira fase B, o estímulo foi sempre tocado no mesmo horário (previsível) e, na segunda fase tratamento, horários aleatórios foram adotados (imprevisível). Nós avaliamos as alterações na duração relativa de 6 comportamentos entre as fases A e B, entre sexo e em ambos os períodos, com o teste ANOVA de medidas repetidas. Nós notamos um aumento no comportamento natural da espécie em fases de tratamento, como alerta, atenção dirigida, e interações sociais, juntamente com a diminuição de comportamentos estereotipados, sugerindo melhoria do bem-estar. As emissões naturais de rugidos também aumentaram. Concluímos que ambos os tratamentos, previsível e imprevisível, melhoraram o bem-estar e propomos a utilização da reprodução de chamadas específicas de especies como uma nova categoria de enriquecimento ambiental. A resposta dos outros primatas nos levou a concluir que houve um efeito sobre animais vizinhos que pode ser benéfico ou prejudicial de acordo com a espécie e a condição psicológica dos animais. / The Bioacoustics offers useful tools for diverse academic, scientific and applied sciences and practices in use and conservation of animal life. We hypothesized that natural call, as the loud roar of the black-howler monkey, would act as environmental enrichment element if its execution increased the display of natural behavior in captivity. The howler-monkey makes an everyday use of the roar and its emission is known to evoke free-living howler-monkeys to call back in response. To test the effectiveness of roars in improving welfare we conducted an experiment in Bosque e Zoológico Fábio Barreto, in the municipality of Ribeirão Preto where thirteen individuals (6 females and 7 males) were living in five adjacent enclosures. They had visual and acoustic contact between them and with two other primate species and a free-living black-howler monkey group. We adopted the ABABA experimental design, in which control phases A were interspersed with treatment (roar playback) phases B, two times a day (morning and afternoon). In the first B phase, the stimulus was always played at the same time (predictable) and, in the other different random schedules were adopted (unpredictable). We evaluate changes in relative duration of 6 behaviors from A to B phases, between sex and in both periods with a repetitive factorial ANOVA. We reported increase in natural behavior of the species in treatment phases, as alert, oriented attention, and social interactions, coupled with the decrease of stereotyped behaviors, suggesting welfare improvement. Thus, natural emissions of roars also increased. We concluded that both predictable and unpredictable routines improved welfare and we propose the use of playback of specie-specific calls as a new category of environmental enrichment. The answer of the other primates led us to conclude that there was a neighborhood effect that can be beneficial or harmful according to the species and the psychological condition of the animals.
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PERFIL HEMATOLÓGICO E BIOQUÍMICO DE Cebus libidinosus Spix, 1923 e Alouatta caraya Humboldt, 1812 DE VIDA LIVRE NO SUL DO ESTADO DO TOCANTINS.Ribeiro, Cynthia Leão Baldini 01 August 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-08-01 / To determine the hematological reference values for various blood dosages in
healthy and free-living adults of Cebus libidinosus (bearded capuchin monkeys) and
Alouatta caraya (black howler), and to investigate the possible variations related to
sex, blood samples were collected from 15 bearded capuchin monkeys (5 males and
10 females) and 47 from black howler monkeys (28 males and 19 females), all
manually captured during the fauna rescue of the São Salvador hydroelectric plant
located south of the State of Tocantins, in the upper Tocantins River. Therefore, 26
variables were evaluated and divided into the following groups: lipid profile (five
variables), hematological profile (nine variables), biochemical (ten variables) and
hormonal dosages (two variables). The results for each variable are presented and
compared by sex, using descriptive statistics considering the minimum and maximum
values, the mean and standard deviation. Significant differences were observed for
C. libidinosus in only three variables (body weight, creatinin and T3 hormone) and
significant sex difference in only one group of variables (hormones), whereas for A.
caraya, significant difference was observed in eight variables (body weight, VLDL,
triglycerides, total proteins, RDW, platelet count, LDH and alkaline phosphatase), and
only the group of variables related to general biochemistry showed significant sex
difference. The importance of this scientific work is due to its unprecedented nature
related to the assessment and sexual variation of hematological and biochemical
profile of free-living Cebus libidinosus and Alouatta caraya. / Com o objetivo de determinar os valores hematológicos de referência para
várias dosagens sanguíneas em Cebus libidinosus (macacos-prego) e Alouatta
caraya (bugios pretos) adultos, sadios, de vida livre e investigar as possíveis
variações relacionadas ao sexo, foram colhidas amostras de sangue de 15
macacos-prego (5 machos e 10 fêmeas) e 47 bugios pretos (28 machos e 19
fêmeas), todos capturados manualmente durante o resgate de fauna da usina
hidrelétrica São Salvador situada ao sul do Estado do Tocantins, no alto rio
Tocantins. Foram avaliadas 26 variáveis distribuídas nos seguintes grupos: perfil
lipídico (cinco variáveis), perfil hematológico (nove variáveis), dosagens bioquímicas
(dez variáveis) e hormonais (duas variáveis). Os resultados obtidos para cada
variável foram apresentados e comparados por sexo usando estatística descritiva
considerando os valores mínimos, máximos, média e desvio padrão. Para C.
libidinosus foi observada diferenças significativas em apenas três variáveis (Peso
corporal, creatinina e hormônio T3), houve diferença significativa relacionada ao
sexo em apenas um grupo de variáveis (hormônios), enquanto que para A. caraya
foi observada diferença significativa em oito variáveis (peso corporal, VLDL,
triglicérides, proteínas totais, RDW, plaquetas, DHL e fosfatase alcalina), apenas o
grupo de variáveis relacionado à bioquímica geral apresentou variação relacionado
aos sexos. A importância deste trabalho científico deve-se ao seu caráter inédito
relacionado à avaliação e variação sexual do perfil hematológico e bioquímico de
Cebus libidinosus e Alouatta caraya de vida livre.
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Dispers?o da febre amarela entre primatas n?o-humanos durante epizootia no Rio Grande do Sul : entendendo o papel de fatores abi?ticos, da paisagem e da presen?a de animais imunes para propor cen?rios futuros de reemerg?ncia da doen?aAlmeida, Marco Ant?nio Barreto de 22 March 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018-03-22 / Coordena??o de Aperfei?oamento de Pessoal de N?vel Superior - CAPES / Nonhuman primates (NHP) are susceptible to many arboviruses, including the yellow fever (YF) virus. Although native to Africa, this virus found susceptible NHP and competent mosquito vectors for maintaining its transmission in American forests. A high sensitivity of NHP to YF led health agencies to monitor these animals as a way of monitoring the disease in Brazil. The State of Rio Grande do Sul (RS) began this surveillance in 2002, which has detected the arboviruses Oropouche and Saint Louis (SLEV) and a YF epizootic that killed more than 2,000 NHP (Alouatta caraya and A. guariba clamitans) between 2008 and 2009. The objectives of this PhD thesis research were to generate models of niche suitability for YF based on that epizootic and prospect arboviruses in NHP in northwestern RS. The maximum entropy algorithm - Maxent was used to generate distribution models of Alouatta spp. and the mosquito vector Haemagogus leucocelaenus. Together with climatic, topographic and vegetative variables, these models served as predictor layers to model the occurrence of the disease based on the points of death of NHP of YF. The most influential variables in the YF models were the variation in air humidity, distribution of Alouatta spp. and maximum wind speed followed by mean annual rainfall and maximum temperature. Therefore, support for the influence of the rainfall regime and the ambient temperature on the cycle of jungle YF was found. Wind speed and direction can play an important role in the dispersal of
infected mosquitoes and, consequently, the virus. The models based on the occurrence of dead NHP in the first months of the epizootic identified suitable areas to where the disease spread a few months later. In addition, 19 arboviruses were prospected in 40 blood (viral isolation and PCR) and serum (hemagglutination inhibition and neutralization tests [NT]) samples collected from 26 black howler monkeys (A. caraya) belonging to three populations in four field campaigns in the municipality of Santo Ant?nio das Miss?es, RS, between 2014 and 2016. There was no detection of circulating virus, but antibodies to Flavivirus SLEV and Ilh?us and Phlebovirus Icoaraci was found by NT. Evidence of the contact with Ilh?us and Icoaraci are the southernmost records in Brazilian NHP. An increase in antibodies to SLEV detected between two consecutive captures of the same individual is compatible with a recent contact with the virus. An adult male captured in one of the areas presented concomitant infection by the Oropouche, SLEV and YF viruses by NT. Further studies are necessary to understand the role played by NHP and other vertebrates in the circulation of arboviruses in the region, to assess potential risks to NHP and public health, and to
identify the driving forces responsible for the dispersal of the YF virus during epizootics in wildlife populations. / Os primatas n?o-humanos (PNH) s?o suscet?veis a diversos arbov?rus, incluindo o v?rus da febre amarela (FA). Embora origin?rio da ?frica, esse v?rus encontrou PNH suscet?veis e mosquitos vetores competentes para sua transmiss?o em matas nas Am?ricas. Uma alta sensibilidade dos PNH ? FA levou ?rg?os de sa?de a monitorar esses animais como forma de vigiar a doen?a no Brasil. O Estado do Rio Grande do Sul (RS) iniciou essa vigil?ncia em 2002, a qual detectou os arbov?rus Oropouche e Saint Louis (SLEV) e uma epizootia de FA que matou mais de 2000 PNH (Alouatta caraya e A. guariba clamitans) entre 2008 e 2009. A presente tese de doutorado teve como objetivos gerar modelos de adequabilidade ambiental para FA com base nessa epizootia e prospectar arbov?rus em PNH no noroeste do RS. Foi utilizado o algoritmo de m?xima entropia ? Maxent para gerar modelos de distribui??o de Alouatta spp. e do mosquito vetor Haemagogus leucocelaenus. Esses modelos serviram como camadas preditoras para, junto a vari?veis clim?ticas, topogr?ficas e vegetacionais, modelar a ocorr?ncia da doen?a baseada nos pontos de morte de PNH por FA. As vari?veis mais influentes nos modelos da FA foram a varia??o na umidade do ar, a distribui??o de Alouatta spp. e a velocidade m?xima dos ventos, seguidas pela precipita??o m?dia anual e a temperatura m?xima. Portanto, foi confirmado suporte para a influ?ncia do regime de chuvas e da temperatura ambiente no ciclo da FA silvestre. A velocidade
e a dire??o do vento devem desempenhar um importante papel na dispers?o de mosquitos infectados e, consequentemente, do v?rus. Os modelos baseados na distribui??o espacial de PNH mortos nos primeiros meses da epizootia identificaram ?reas adequadas para onde a doen?a avan?ou poucos meses mais tarde. Tamb?m foram prospectados 19 arbov?rus em 40 amostras de sangue (isolamento viral e PCR) e soro (inibi??o da hemaglutina??o e testes de neutraliza??o [NT]) coletadas em quatro campanhas de campo entre 2014 e 2016 de 26 bugios-pretos (A. caraya) de tr?s popula??es no munic?pio de Santo Ant?nio das Miss?es, RS. N?o houve detec??o de v?rus circulante, mas sim de anticorpos para os Flavivirus SLEV e Ilh?us e o Phlebovirus Icoaraci por NT. As evid?ncias de contato com Ilh?us e Icoaraci s?o as primeiras em PNH no extremo sul do Brasil. Um aumento de anticorpos para SLEV detectado entre duas capturas consecutivas do
mesmo indiv?duo ? compat?vel com um contato recente com o v?rus. Um macho adulto capturado em uma das ?reas apresentou infec??o concomitante pelos v?rus Oropouche, SLEV e FA por NT. Mais estudos s?o necess?rios para compreender o papel de PNH e outros vertebrados na circula??o de arbov?rus na regi?o, avaliar poss?veis riscos para PNH e a sa?de humana e identificar as for?as motrizes respons?veis pela dispers?o do v?rus da FA durante epizootias em popula??es selvagens.
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