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Análise cladística dos Bouchardiinae Allan, 1940 (Brachiopoda, Terebratellidae): implicações sistemáticas e paleozoogeográficas / Not available.Mello, Luiz Henrique Cruz de 07 June 2004 (has links)
Foi realizada a investigação cladística dos Bouchardiinae (Brachiopoda, Terebratellidae), braquiópodes comuns no registro fóssil cenozóico da Argentina, Uruguai, Antártica, Nova Zelândia e Austrália, bem como, atualmente, na plataforma brasileira. A história geológica do grupo remete ao limite Cretáceo/Terciário. O estudo teve como objetivo central demonstrar que a análise das feições morfológicas internas e externas de conchas fósseis e atuais de braquiópodes possibilita a realização de estudos cladísticos. Para atingir esse objetivo foram avaliadas as relações de parentesco e a sistemática dos Bouchardiinae (Família Terebratellidae), bem como o escopo de seus gêneros. A análise envolveu os gêneros Bouchardia, Bouchardiella, Neobouchardia e Malleia, tendo como grupo externo Adnatida, Aliquantula, Anakinetica, Australiarcula, Elderra, Magadina, Magadinella, Parakinetica, Pilkena, Pirothyris e Rhizothyris. A análise contou com 22 táxons (grupo interno e externo) e 43 caracteres. O cladograma (CI= 0,714; RI= 0889; RC= 0,635) escolhido como proposta de trabalho apresentou topologia bem resolvida, com dois clados bem distintos. Um deles, reúne todos os Bouchardiinae, tendo Malleia portlandica como táxon basal, o outro agrupa os Anakineticinae, incluindo Australiarcula artesiana. Entre os Bouchardiinae, a única indefinição ficou por conta das espécies Bouchardia rosea e Bouchardia transplatina, o que reforça a suspeita de serem sinônimos. Entre os táxons do grupo externo destaca-se a posição basal de Australiarcula artesiana. Os resultados obtidos permitiram considerar que: a) a análise morfológica interna e externa de conchas de braquiópodes fósseis e viventes fornece dados morfológicos adequados à análise cladística; b) existem 2 clados distintos no cladograma escolhido como hipótese de trabalho, um representativo dos Bouchardiinae e outro dos Anakineticinae, incluindo Australiarcula artesiana, o que esclarece, de momento, a dúvida quanto a posição desse gênero; c) a condição dos táxons enquanto gêneros válidos e distintos foi reavaliada e foi proposta a sinonímia entre Bouchardiella e Neobouchardia, em favor da primeira; d) Bouchardia rosea e Bouchardia transplatina não apresentaram diferenças morfológicas significativas e, somando-se a isso, sua posição na topologia obtida sugere sinonímia entre os táxons, em favor de Bouchardia rósea (Mawe), 1823; e) o monofiletismo dos Bouchardiinae foi corroborado; f) foram confirmadas as 3 sinapomorfias já sugeridas pela literatura, isto é, espessamento posterior, processo cardinal em forma de \'V\' e braquídio incompleto; g) a topologia obtida suporta a sugestão de que Bouchardia rosea e Anakinetica cumingi apresentam morfologia semelhante por compartilharem modos de vida similares e não por parentesco próximo; h) a proposta de classificação mais adequada para os Bouchardiinae parece combinar opiniões de RICHARDSON (1994) e BRUNTON(1996), tornando válida a Subfamília Bouchardiinae, composta por Bouchardia, Bouchardiella e Malleia; i) a despeito da falta do registro estratigráfico de parte da história evolutiva dos Bouchardiinae, foi identificada a evolução em paralelo de dois grupos, um deles, de duração mais curta e restrito à Austrália e Nova Zelândia, formado por Bouchardiella cretacea, Bouchardiella (Neobouchardia) minima e Malleia portlandica, e outro, formado por Bouchardiella patagonica, Bouchardiella jorgensis e as espécies de Bouchardia, persistindo até o Recente, tendo se desenvolvido entre a Península Antártica e a costa leste da América do Sul; j) além do padrão geral de migração das espécies de Bouchardia para o norte, foram identificados alguns passos intermediários nesse modelo, principalmente quanto à migração de Bouchardia da Terra do Fogo (Argentina) para a Península Antártica; assim, o modelo de \"contínua migração das espécies para o norte, sem retenção de suas localidades prévias\" estaria parcialmente descartado, não invalidando, contudo, o padrão geral de migração para o norte. / A cladistic investigation of Bouchardiinae (Brachiopoda, Terebratellidae) was carried out. These brachiopods are common in the Cenozoic fossil record of Argentina, Uruguay, Antarctica, New Zealand, Australia, as well as in the Brazilian shelf. The geological history of the group can be tracked back until de Cretaceous/Tertiary boundary. The main goal of present study was to verify the hypothesis that morphological analysis on internal/external features of extinct/extant brachiopod shells allow us to proceed a cladistics analysis for the group. In order to achieve this goal, the relationships and systematic of the Bouchardiinae (Family Terebratellidae) were evaluated, as well as the scope of their genera. The cladistics analysis involved the in-group taxa Bouchardia, Bouchardiella, Beobouchardia, Malleia, having Adnatida, Aliquantula, Anakinetica, Australiarcula, elderra, Magadina, Magadinella, Parakinetica, Pilkena, Pirothyris, Rhizothyris, as the out-group. A total of 22 taxa and 43 characters were evaluated. The cladogram used as work hypothesis (CI= 0,714; RI= 0,889; RC= 0,635) presented a well resolved topology with 2 distinct clades; one with all Bouchardiinae, being Malleia portlandica the basal taxon; the other presented all Anakineticinae, including Australiarcula artesiana. The only unresolved relationship was between Bouchardia rosea and Bouchardia transplatina, suggesting that both taxa are synonymous. Among the out-group taxa the basal position of Australiarcula artesiana is worthy to mention. The results allow us to consider that: a) the morphological analysis of internal/external features of extinct/extant brachiopod shells supply important morphological data for cladistics analysis; b) there are 2 distinct clades that are representative of the Bouchardiinae and Anakineticinae, the later including Australiarcula artersiana, bringing some new evidences on their systematic position; c) the status of the genera, while valid and distinct taxa was re-evaluated, and resulted on the proposition of the synonymy between Bouchardiella and Neobouchardia, favoring the former; d) Bouchardia rosea and Bouchardia transplatina did not share significant morphological differences to keep them as distinct taxa. Thus the synonymy in favor of Bouchardia rosea (Mawe), 1823 is proposed; e) the monophyletic status of Bouchardiinae was corroborated; f) 3 synapomorphies ever suggested by the literature were confirmed, as follow: posterior thickening of the shell, \"V\" shapped cardinal process, and incomplete brachidia; g) based on the topology the condition of Bouchardia rosea and Anakinetica cumingi as distinct taxa is reinforced. Thus, their morphological similarities are much more due to similar ecological pressures (or mode of life) than to their close relationships; h) the classification of bouchardiid brachiopods seems to combine the suggestions of RICHARDSON (1994) and BRUNTON (1996), validating the Subfamily Bouchardiinae, with Bouchardia, Bouchardiella, and Malleia; i) despite of the lack of stratigraphic record of part of bouchardiid history, the parallel evolution of 2 groups was identified; one presenting a short interval, restricted to Australia e New Zealand, and corresponding to Bouchardiella cretacea, Bouchardiella (Neobouchardia) minima e Malleia portlandica, and the other group corresponding to Bouchardiella patagonica, Bouchardiella jorgensis, and species of Bouchardia, with an almost continuous record since the Cretaceous. This group evolved around the Antarctic Peninsula and east coast of southern South America; j) in spite the general north migration pattern presented by species of Bouchardia, some intermediate steps could be recognized, specially the migration of Bouchardia towards the Tierra del Fuego coast (Argentina) and Antarctic Peninsula. Consequently, the previous pattern of continuous northward migration of bouchardiid species without the retention of previous locations is only partially supported by the current data.
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Geologia da área de Nuporanga-Batatais-SP: uma contribuição ao estudo do Cenozóico paulista / Not available.Cottas, Luiz Roberto 30 May 1977 (has links)
Os estudos de campo e de laboratório (granulometria, arredondamento e minerais pesados) evidenciaram, para a Formação Bauru, a presença de duas litofácies e dois tipos de deposições sedimentares de idade cenozóica, na área de Nuporanga - Batatais no NE do Estado de São Paulo. A litofácies Bauru Inferior, neocretácea, assenta-se em discordância erosiva sobre os basaltos eocretáceos da Formação Serra Geral. É caracterizada por arenitos finos e siltitos de cor preferencialmente bege, às vezes com estratificação plano-paralela e, na base, por níveis conglomeráticos locais, com alto teor de feldspatos. A litofácies Bauru Superior, neocretácea, ocorre na área sobre a litofácies Bauru Inferior. São arenitos de granulação fina a média, avermelhados, maciços, com grãos melhor arredondados que os da litofácies inferior. Os sedimentos de Fundo de Boçorocas, de idade cenozóica, ocorrem preenchendo paleo-vales da Formação Bauru. São sedimentos areno-argilosos, parcialmente consolidados, de cores branca, vermelha ou lilás, com nítida estratificação plano-paralela. Os sedimentos Inconsolidados Sobre Linha de Seixos, última deposição de idade cenozóica, são constituídos por sedimentos arenosos ricos em argila, de coloração marrom-avermelhada, assemelhando-se a solos. Apresentam, na base, nível de seixos de limonita, sílex e quartzito. No mapa geológico, apresentado na escala 1:150.000, são diferenciadas três unidades estratigráficas, ou seja, os basaltos da Formação Serra Geral, a Formação Bauru e a deposição de idade cenozóica. Estudos de tedtônica regional, juntamente com alguns dados sedimentológicos permitiram concluir, para a Formação Bauru (duas litofácies) e para os Sedimentos de Fundo de Boçorocas, uma origem a partir da contribuição dos arcos marginais da bacia (principalmente do Arco da Canastra). Para os Seimentos Inconsolidados Sobre Linha de Seixos, estes estudos evidenciaram uma origem a partir do ) retrabalhamento dos sedimentos pré-existentes (Bauru e Fundo de Boçorocas). / Not available.
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Geologia da formação Rio Claro na Folha Rio Claro (SP) /Zaine, José Eduardo. January 1994 (has links)
Orientador: Yociteru Hasui / Banca: Antonio Roberto Saad / Banca: Antonio Gonçalves Pires Neto / Resumo: Este trabalho consistiu no estudo e interpretação da Formação Rio Claro em um contexto de evolução morfo-tectônica do Cenozóico paulista. A Formação Rio Claro tem sua seção-tipo no Município de Rio Claro, capeia grandes interflúvios planos 50 a 60 m acima do Rio Corumbataí, entre as cotas de 580 a 670 m. A área de estudo abrangeu a Folha Rio Claro na escala 1: 50.000, onde a unidade ocupa cerca de 25% da folha. O estudo envolveu descrição e levantamento de seções colunares da unidade, definição do padrão estrutural, através do tratamento estatístico de 1.269 dados de lineamentos obtidos em fotografias aéreas, além de medidas de fraturas e falhas, tanto da Formação Rio Claro como da Formação Corumbataí, subjacente. A maior parte do sítio urbano de Rio Claro está assentada sobre a Formação Rio Claro, o que justificou um estudo mais detalhado sobre a unidade. Esta formação apresenta como características marcantes: fraca litificação e profunda alteração pedogenética, espesso solo arenoso e domínio de litotipos arenosos, esbranquiçados, amarelados a avermelhados, variando de areia fina a grossa, com intercalação de camadas de conglomerados e de sedimentos argilosos. A espessura máxima é da ordem de 40 m, predominando valores entre 25 e 30 m. A descoberta de novos fósseis vegetais, ainda inéditos na unidade, e mesmo em outras seqüências cenozóicas correlatas no Estado de São Paulo, amplia o conhecimento da tafoflora da unidade. A análise estrutural de falhas e de fraturas revela dois eventos tectônicos distintos: o primeiro, distensivo e o outro, transcorrente. Com base na tectônica, indica-se idade, no mínimo, miocênica, para a Formação Rio Claro. O conhecimento geológico-estrutural da Formação Rio Claro permitirá um melhor planejamento do uso do solo no Município de Rio Claro...(Resumo completo,clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: The Rio Claro Formation of Cenozoic age has its type section in the Municipio of Rio Claro, São Paulo, where it supports thick sandy soils on uplands well above the valley of the Corumbataí River. The formation was studied over an area of 600 km 2 , five sections were described in detail and structural studies were made of 1.269 lineaments and some of its outcrops. These studies were made because much of the city of Rio Claro is built on this formation. Characteristically, the Rio Claro Formation occurs on large flat interfluves 50 to 60 m above the Corumbataí River at elevations between 580 to 670 m, has a distinct disconformity at its base, and consists predominantly of fine to coarse sand with only a few thin beds of gravel and clay. Colors range from white to yellowish and redish at depth. Maximum thickness appears to be about 40 m, although thicknesses of 25 to 30 m are more typical. Fossils consist mostly of fragmental, poorly preserved plant remains, in clay lenses. Newly plants fossils described are very important to paleobotanical knowledge of this sedimentary unity. Structural analysis of faulted and fractured outcrops reveals two different tectonic events - the first was tensional and the second transcorrent. These are thought to indicate a pre Miocene age. The geological and structural knowledge on Rio Claro Formation will be enable to a better planning and management on soil employments in the Municipio of Rio Claro. So, more wells could be very helpful to a study foccused mainly on buildings, underground water and mining. / Mestre
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Geologia da área de Nuporanga-Batatais-SP: uma contribuição ao estudo do Cenozóico paulista / Not available.Luiz Roberto Cottas 30 May 1977 (has links)
Os estudos de campo e de laboratório (granulometria, arredondamento e minerais pesados) evidenciaram, para a Formação Bauru, a presença de duas litofácies e dois tipos de deposições sedimentares de idade cenozóica, na área de Nuporanga - Batatais no NE do Estado de São Paulo. A litofácies Bauru Inferior, neocretácea, assenta-se em discordância erosiva sobre os basaltos eocretáceos da Formação Serra Geral. É caracterizada por arenitos finos e siltitos de cor preferencialmente bege, às vezes com estratificação plano-paralela e, na base, por níveis conglomeráticos locais, com alto teor de feldspatos. A litofácies Bauru Superior, neocretácea, ocorre na área sobre a litofácies Bauru Inferior. São arenitos de granulação fina a média, avermelhados, maciços, com grãos melhor arredondados que os da litofácies inferior. Os sedimentos de Fundo de Boçorocas, de idade cenozóica, ocorrem preenchendo paleo-vales da Formação Bauru. São sedimentos areno-argilosos, parcialmente consolidados, de cores branca, vermelha ou lilás, com nítida estratificação plano-paralela. Os sedimentos Inconsolidados Sobre Linha de Seixos, última deposição de idade cenozóica, são constituídos por sedimentos arenosos ricos em argila, de coloração marrom-avermelhada, assemelhando-se a solos. Apresentam, na base, nível de seixos de limonita, sílex e quartzito. No mapa geológico, apresentado na escala 1:150.000, são diferenciadas três unidades estratigráficas, ou seja, os basaltos da Formação Serra Geral, a Formação Bauru e a deposição de idade cenozóica. Estudos de tedtônica regional, juntamente com alguns dados sedimentológicos permitiram concluir, para a Formação Bauru (duas litofácies) e para os Sedimentos de Fundo de Boçorocas, uma origem a partir da contribuição dos arcos marginais da bacia (principalmente do Arco da Canastra). Para os Seimentos Inconsolidados Sobre Linha de Seixos, estes estudos evidenciaram uma origem a partir do ) retrabalhamento dos sedimentos pré-existentes (Bauru e Fundo de Boçorocas). / Not available.
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Análise cladística dos Bouchardiinae Allan, 1940 (Brachiopoda, Terebratellidae): implicações sistemáticas e paleozoogeográficas / Not available.Luiz Henrique Cruz de Mello 07 June 2004 (has links)
Foi realizada a investigação cladística dos Bouchardiinae (Brachiopoda, Terebratellidae), braquiópodes comuns no registro fóssil cenozóico da Argentina, Uruguai, Antártica, Nova Zelândia e Austrália, bem como, atualmente, na plataforma brasileira. A história geológica do grupo remete ao limite Cretáceo/Terciário. O estudo teve como objetivo central demonstrar que a análise das feições morfológicas internas e externas de conchas fósseis e atuais de braquiópodes possibilita a realização de estudos cladísticos. Para atingir esse objetivo foram avaliadas as relações de parentesco e a sistemática dos Bouchardiinae (Família Terebratellidae), bem como o escopo de seus gêneros. A análise envolveu os gêneros Bouchardia, Bouchardiella, Neobouchardia e Malleia, tendo como grupo externo Adnatida, Aliquantula, Anakinetica, Australiarcula, Elderra, Magadina, Magadinella, Parakinetica, Pilkena, Pirothyris e Rhizothyris. A análise contou com 22 táxons (grupo interno e externo) e 43 caracteres. O cladograma (CI= 0,714; RI= 0889; RC= 0,635) escolhido como proposta de trabalho apresentou topologia bem resolvida, com dois clados bem distintos. Um deles, reúne todos os Bouchardiinae, tendo Malleia portlandica como táxon basal, o outro agrupa os Anakineticinae, incluindo Australiarcula artesiana. Entre os Bouchardiinae, a única indefinição ficou por conta das espécies Bouchardia rosea e Bouchardia transplatina, o que reforça a suspeita de serem sinônimos. Entre os táxons do grupo externo destaca-se a posição basal de Australiarcula artesiana. Os resultados obtidos permitiram considerar que: a) a análise morfológica interna e externa de conchas de braquiópodes fósseis e viventes fornece dados morfológicos adequados à análise cladística; b) existem 2 clados distintos no cladograma escolhido como hipótese de trabalho, um representativo dos Bouchardiinae e outro dos Anakineticinae, incluindo Australiarcula artesiana, o que esclarece, de momento, a dúvida quanto a posição desse gênero; c) a condição dos táxons enquanto gêneros válidos e distintos foi reavaliada e foi proposta a sinonímia entre Bouchardiella e Neobouchardia, em favor da primeira; d) Bouchardia rosea e Bouchardia transplatina não apresentaram diferenças morfológicas significativas e, somando-se a isso, sua posição na topologia obtida sugere sinonímia entre os táxons, em favor de Bouchardia rósea (Mawe), 1823; e) o monofiletismo dos Bouchardiinae foi corroborado; f) foram confirmadas as 3 sinapomorfias já sugeridas pela literatura, isto é, espessamento posterior, processo cardinal em forma de \'V\' e braquídio incompleto; g) a topologia obtida suporta a sugestão de que Bouchardia rosea e Anakinetica cumingi apresentam morfologia semelhante por compartilharem modos de vida similares e não por parentesco próximo; h) a proposta de classificação mais adequada para os Bouchardiinae parece combinar opiniões de RICHARDSON (1994) e BRUNTON(1996), tornando válida a Subfamília Bouchardiinae, composta por Bouchardia, Bouchardiella e Malleia; i) a despeito da falta do registro estratigráfico de parte da história evolutiva dos Bouchardiinae, foi identificada a evolução em paralelo de dois grupos, um deles, de duração mais curta e restrito à Austrália e Nova Zelândia, formado por Bouchardiella cretacea, Bouchardiella (Neobouchardia) minima e Malleia portlandica, e outro, formado por Bouchardiella patagonica, Bouchardiella jorgensis e as espécies de Bouchardia, persistindo até o Recente, tendo se desenvolvido entre a Península Antártica e a costa leste da América do Sul; j) além do padrão geral de migração das espécies de Bouchardia para o norte, foram identificados alguns passos intermediários nesse modelo, principalmente quanto à migração de Bouchardia da Terra do Fogo (Argentina) para a Península Antártica; assim, o modelo de \"contínua migração das espécies para o norte, sem retenção de suas localidades prévias\" estaria parcialmente descartado, não invalidando, contudo, o padrão geral de migração para o norte. / A cladistic investigation of Bouchardiinae (Brachiopoda, Terebratellidae) was carried out. These brachiopods are common in the Cenozoic fossil record of Argentina, Uruguay, Antarctica, New Zealand, Australia, as well as in the Brazilian shelf. The geological history of the group can be tracked back until de Cretaceous/Tertiary boundary. The main goal of present study was to verify the hypothesis that morphological analysis on internal/external features of extinct/extant brachiopod shells allow us to proceed a cladistics analysis for the group. In order to achieve this goal, the relationships and systematic of the Bouchardiinae (Family Terebratellidae) were evaluated, as well as the scope of their genera. The cladistics analysis involved the in-group taxa Bouchardia, Bouchardiella, Beobouchardia, Malleia, having Adnatida, Aliquantula, Anakinetica, Australiarcula, elderra, Magadina, Magadinella, Parakinetica, Pilkena, Pirothyris, Rhizothyris, as the out-group. A total of 22 taxa and 43 characters were evaluated. The cladogram used as work hypothesis (CI= 0,714; RI= 0,889; RC= 0,635) presented a well resolved topology with 2 distinct clades; one with all Bouchardiinae, being Malleia portlandica the basal taxon; the other presented all Anakineticinae, including Australiarcula artesiana. The only unresolved relationship was between Bouchardia rosea and Bouchardia transplatina, suggesting that both taxa are synonymous. Among the out-group taxa the basal position of Australiarcula artesiana is worthy to mention. The results allow us to consider that: a) the morphological analysis of internal/external features of extinct/extant brachiopod shells supply important morphological data for cladistics analysis; b) there are 2 distinct clades that are representative of the Bouchardiinae and Anakineticinae, the later including Australiarcula artersiana, bringing some new evidences on their systematic position; c) the status of the genera, while valid and distinct taxa was re-evaluated, and resulted on the proposition of the synonymy between Bouchardiella and Neobouchardia, favoring the former; d) Bouchardia rosea and Bouchardia transplatina did not share significant morphological differences to keep them as distinct taxa. Thus the synonymy in favor of Bouchardia rosea (Mawe), 1823 is proposed; e) the monophyletic status of Bouchardiinae was corroborated; f) 3 synapomorphies ever suggested by the literature were confirmed, as follow: posterior thickening of the shell, \"V\" shapped cardinal process, and incomplete brachidia; g) based on the topology the condition of Bouchardia rosea and Anakinetica cumingi as distinct taxa is reinforced. Thus, their morphological similarities are much more due to similar ecological pressures (or mode of life) than to their close relationships; h) the classification of bouchardiid brachiopods seems to combine the suggestions of RICHARDSON (1994) and BRUNTON (1996), validating the Subfamily Bouchardiinae, with Bouchardia, Bouchardiella, and Malleia; i) despite of the lack of stratigraphic record of part of bouchardiid history, the parallel evolution of 2 groups was identified; one presenting a short interval, restricted to Australia e New Zealand, and corresponding to Bouchardiella cretacea, Bouchardiella (Neobouchardia) minima e Malleia portlandica, and the other group corresponding to Bouchardiella patagonica, Bouchardiella jorgensis, and species of Bouchardia, with an almost continuous record since the Cretaceous. This group evolved around the Antarctic Peninsula and east coast of southern South America; j) in spite the general north migration pattern presented by species of Bouchardia, some intermediate steps could be recognized, specially the migration of Bouchardia towards the Tierra del Fuego coast (Argentina) and Antarctic Peninsula. Consequently, the previous pattern of continuous northward migration of bouchardiid species without the retention of previous locations is only partially supported by the current data.
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História cenozóica da bacia de SousaMARINHO, Ana Gloria da Silva January 1979 (has links)
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Previous issue date: 1979 / A bacia morfológica de Sousa constitui parte de uma bacia sedimentar cretácea,
situada no sertão semi-árido da Paraíba.
As características do modelado estão na dependência de influências variadas, tais
como: litologia e estrutura, tipo de clima, vegetação, além de fatores relacionados à ação da
tectônica.
Durante o Cenozóico, a bacia de Sousa esteve subordinada a processos de
aplainamento sob a influência de climas semi-áridos que, entretanto, nem sempre atuaram
com o mesmo rigor sobre a região.
É provável que os períodos de seca mais acentuada estejam relacionados com os
fenômenos das glaciações quaternárias, as quais atingiram as latitudes mais altas.
Os processos morfogenéticos característicos dessa área variaram de intensidade
consoante o sabor das flutuações climáticas. Evidências de fases semi-áridas acentuadas são
encontradas nos terraços com cascalheiras, nos colúvios e nos glacis, observados no interior
da bacia. Ao contrário, nos períodos em que essa tendência se atenuava, havia dissecação dos
pedimentos e fenômenos de laterização.
Métodos sedimentológicos e geomorfológicos foram utilizados para análise da
paisagem física atual com base nos quais se pode inferir sobre os principais acontecimentos
da história cenozóica da bacia.
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Geologia da formação Rio Claro na Folha Rio Claro (SP)Zaine, José Eduardo [UNESP] 20 April 1995 (has links) (PDF)
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zaine_je_me_rcla.pdf: 7172564 bytes, checksum: 4bfa843ba9afefae60ae00b3b444616f (MD5) / Este trabalho consistiu no estudo e interpretação da Formação Rio Claro em um contexto de evolução morfo-tectônica do Cenozóico paulista. A Formação Rio Claro tem sua seção-tipo no Município de Rio Claro, capeia grandes interflúvios planos 50 a 60 m acima do Rio Corumbataí, entre as cotas de 580 a 670 m. A área de estudo abrangeu a Folha Rio Claro na escala 1: 50.000, onde a unidade ocupa cerca de 25% da folha. O estudo envolveu descrição e levantamento de seções colunares da unidade, definição do padrão estrutural, através do tratamento estatístico de 1.269 dados de lineamentos obtidos em fotografias aéreas, além de medidas de fraturas e falhas, tanto da Formação Rio Claro como da Formação Corumbataí, subjacente. A maior parte do sítio urbano de Rio Claro está assentada sobre a Formação Rio Claro, o que justificou um estudo mais detalhado sobre a unidade. Esta formação apresenta como características marcantes: fraca litificação e profunda alteração pedogenética, espesso solo arenoso e domínio de litotipos arenosos, esbranquiçados, amarelados a avermelhados, variando de areia fina a grossa, com intercalação de camadas de conglomerados e de sedimentos argilosos. A espessura máxima é da ordem de 40 m, predominando valores entre 25 e 30 m. A descoberta de novos fósseis vegetais, ainda inéditos na unidade, e mesmo em outras seqüências cenozóicas correlatas no Estado de São Paulo, amplia o conhecimento da tafoflora da unidade. A análise estrutural de falhas e de fraturas revela dois eventos tectônicos distintos: o primeiro, distensivo e o outro, transcorrente. Com base na tectônica, indica-se idade, no mínimo, miocênica, para a Formação Rio Claro. O conhecimento geológico-estrutural da Formação Rio Claro permitirá um melhor planejamento do uso do solo no Município de Rio Claro... / The Rio Claro Formation of Cenozoic age has its type section in the Municipio of Rio Claro, São Paulo, where it supports thick sandy soils on uplands well above the valley of the Corumbataí River. The formation was studied over an area of 600 km 2 , five sections were described in detail and structural studies were made of 1.269 lineaments and some of its outcrops. These studies were made because much of the city of Rio Claro is built on this formation. Characteristically, the Rio Claro Formation occurs on large flat interfluves 50 to 60 m above the Corumbataí River at elevations between 580 to 670 m, has a distinct disconformity at its base, and consists predominantly of fine to coarse sand with only a few thin beds of gravel and clay. Colors range from white to yellowish and redish at depth. Maximum thickness appears to be about 40 m, although thicknesses of 25 to 30 m are more typical. Fossils consist mostly of fragmental, poorly preserved plant remains, in clay lenses. Newly plants fossils described are very important to paleobotanical knowledge of this sedimentary unity. Structural analysis of faulted and fractured outcrops reveals two different tectonic events - the first was tensional and the second transcorrent. These are thought to indicate a pre Miocene age. The geological and structural knowledge on Rio Claro Formation will be enable to a better planning and management on soil employments in the Municipio of Rio Claro. So, more wells could be very helpful to a study foccused mainly on buildings, underground water and mining.
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Taxonomia de invertebrados fósseis (Oligoceno-Mioceno) da ilha Rei George (Antártica ocidental) e paleobiogeografia dos Bivalvia cenozóicos da Antártica / Taxonomy of invertebrate fossils (Oligocene-Miocene) from the King George island (West Antarctica) and paleobiogeography of cenozoic Bivalvia from AntarcticaQuaglio, Fernanda 11 October 2007 (has links)
As pesquisas apresentadas nesta dissertação integram o projeto CNPq - PROANTAR 550352/02-3 \"Mudanças paleoclimáticas na Antártica durante o Cenozóico: o registro geológico terrestre\", que estuda os depósitos cenozóicos da ilha Rei George em busca elucidação do histórico ambiental e climático desta região antártica. A evolução dos padrões de circulação marinha e atmosférica no Hemisfério Sul ocorreu em resposta ao isolamento geográfico e térmico da Antártica, resultado de sua separação da Austrália, no limite Eoceno/Oligoceno, e da América do Sul, no final do Oligoceno. Sob este aspecto, o estudo de organismos fósseis registrados nos depósitos cenozóicos da Antártica contribui para o entendimento das evoluções biológicas e ambientais ocorridas concomitantemente às mudanças paleogeográficas, oceanográficas e climáticas na região ao longo do Cenozóico. Frente à dificuldade de acesso, demanda logística e extensa cobertura de gelo, apenas uma pequena porção do registro geológico da Antártica está acessível para pesquisa. Afloramentos da ilha Rei George registram as mudanças climáticas e ambientais ocorridas do Oligoceno ao Mioceno, incluindo evidências do primeiro evento de glaciação perene no oeste do continente (Oligoceno). A despeito da abundância de fósseis nos estratos cenozóicos da ilha, são poucos os trabalhos taxonômicos com descrição sistemática detalhada de bivalves fósseis. O primeiro módulo do presente estudo apresenta a descrição taxonômica de invertebrados de depósitos cenozóicos aflorantes em duas localidades da ilha Rei George, Antártica ocidental. Da Formação Cape Melville (Mioceno), península Melville, foram descritos sete táxons de bivalves, incluindo seis espécies novas. Da Formação Polonez Cove (Oligoceno), Pico Vauréal, uma região previamente inexplorada paleontologicamente, foram descritos sete táxons de invertebrados (bivalves, braquiópodes, tubos de serpulídeos, briozoários e fragmentos de equinodermes), incluindo duas espécies novas. O segundo módulo corresponde à reunião dos gêneros de bivalves registrados em depósitos cenozóicos da Antártica. A análise do registro apontou para o conhecimento bastante incipiente sobre a diversidade de bivalves antárticos ao longo do Cenozóico. Além disso, a comparação entre gêneros de bivalves cenozóicos registrados na Antártica e Nova Zelândia revelou que a maior parte dos gêneros compartilhados está registrada em depósitos eocênicos, o que suporta o isolamento geográfico da Antártica e a redução do intercâmbio faunístico entre a Antártica e regiões periféricas após o Oligoceno. A análise do registro sugeriu um evento de dispersão intenso durante o Eoceno, e pequenos pulsos de dispersão após o Oligoceno. O padrão de distribuição dos táxons concorda parcialmente com as reconstituições de paleocorrentes disponíveis na literatura. A dispersão durante o Eoceno teria ocorrido da Antártica para a Nova Zelândia na direção do Atlântico para o Pacífico. Este evento de dispersão concorda com a hipótese de existência de conexões marinhas de plataforma rasa entre o oeste e o leste da Antártica (\"Passagem de Shackleton\") e da província Weddeliana do final do Cretáceo ao Eoceno. Os eventos de dispersão pósoligocênicos teriam ocorrido durante e após o estabelecimento da Corrente Circum-Antártica, não mais pela \"Passagem de Shackleton\", mas margeando a Antártica pelas bordas ocidental atlântica e oriental em direção à Nova Zelândia. A análise do registro dos bivalves cenozóicos da Antártica também concorda com a hipótese de glaciação perene a partir do início do Oligoceno na região leste do continente, e na metade do Oligoceno na região oeste, com temperaturas mais amenas que as observadas atualmente. / The research presented in this dissertation comprised part of the CNPq - PROANTAR Project 550352/02-3 \"Mudanças paleoclimáticas na Antártica durante o Cenozóico: o registro geológico terrestre\", which studies Cenozoic deposits from King George Island in order to elucidate the environmental and climatic Cenozoic histories of this Antarctic region. Cenozoic evolution of marine and atmospheric circulation in the Southern Hemisphere occurred in response to the geographic and thermal isolation of Antarctica, which resulted from the separation of Antarctica from Australia, around Eocene/Oligocene boundary, and from South America, during the late Oligocene. Thus, study of fossil organisms from Antarctic Cenozoic deposits contributes to the understanding of biological and environmental evolutions that accompanied paleogeographic, oceanographic and climatic changes during the Cenozoic. As a result of the difficult access, logistic demand and extensive ice cover, only a small part of the Cenozoic Antarctic record is available for study. King George Island records climatic and environmental changes from the Oligocene to the Miocene, including evidence of the first full-scale glaciation (Oligocene) of West Antarctica. Despite the abundance of fossils in Cenozoic deposits of the island, taxonomic studies with detailed systematic descriptions of bivalves are very rare. The first section of this work consists of taxonomic descriptions of invertebrates from Cenozoic deposits cropping out in two localities of King George Island, West Antarctica. Seven taxa of bivalves, including six new species were described from the Cape Melville Formation (Miocene), at Melville Peninsula. Seven taxa of invertebrates (bivalves, brachiopods, serpulid tubes, bryozoans, and echinoderm fragments) were described from the Polonez Cove Formation (Oligocene), at Vauréal Peak, a site previously unexplored paleontologically. The second section presents the results of a survey of the Cenozoic fossil record of Antarctic bivalves. The analysis of the fossil record confirmed that the current knowledge about the Cenozoic diversity of the group is very scarce. Moreover, comparison of Cenozoic bivalve genera from Antarctica and New Zealand showed that the greatest number of shared taxa is recorded in Eocene deposits. This finding supports the geographic isolation of Antarctic and the drop in faunal interchange between Antarctica and periphery after the Oligocene. Analysis of the fossil record suggested an intensive dispersal event during the Eocene, and restricted pulses of dispersal from the Oligocene onwards. The distribution pattern of taxa provides partial support for available reconstructions of marine currents. Eocene dispersal would have occurred from Antarctica to New Zealand in Atlantic-Pacific direction. This dispersal event is consistent with the hypothesis of shallow marine connections between West and East Antarctica (\"Shackleton Seaway\"), as well of the existence of the Weddellian Province from the Late Cretaceous to the Eocene. Dispersal events following the Oligocene would have occurred during and after the establishment of the Circum-Antarctic Current, along the West-Atlantic and East margins of Antarctica towards New Zealand, and no longer through \"Shackleton Seaway\". These analyses also support the hypothesis of full-scale glaciation in West Antarctica from the early Oligocene onwards, and in East Antarctica since the mid-Oligocene, with warmer temperatures than today.
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Tectônica cenozóica do Maciço Alcalino de Passa Quatro (SP-MG-RJ)Chiessi, Cristiano Mazur 07 June 2004 (has links)
O Maciço Alcalino de Passa Quatro (MAPQ) é um batólito de idade mesozóico-cenozóica localizado na Serra da Mantiqueira, ao redor da divisa tríplice dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Apesar da sua localização entre as duas maiores cidades do país, é ainda hoje um local praticamente desconhecido devido principalmente à extrema dificuldade de acesso às suas porções mais elevadas. A caracterização dos registros tectônicos cenozóicos do MAPQ (geometria e cinemática) e a sua correlação com a evolução tectônica do sudeste do país são os principais objetivos deste trabalho. Resultados de análises de modelos numéricos de terreno, mapas morfométricos, lineamentos, litotipos, estruturas rúpteis e paleotensões associadas e correlação com os modelos de evolução tectônica disponíveis, permitiram caracterizar quatro fases tectônicas principais entre o Cretáceo Superior e o Pleiostoceno, a saber: (1) transcorrência sinistral com binário E-W, vigente entre o Cretáceo Superior e o Paleoceno, que controlou a colocação das rochas alcalinas bem como a gênese do sistema de fraturas mais antigo; (2) extensão NW-SE, vigente entre o Eoceno e o Oligoceno, responsável pela fase inicial de formação do Rift Continental do Sudeste do Brasil, com profundas conseqüências para a porção sul do MAPQ; (3) transcorrência sinistral com binário E-W, vigente durante o Mioceno, registrada por intenso fraturamento distribuído por todo o maciço; e (4) transcorrência dextral com binário E-W, vigente durante o Pleistoceno, responsável pela geração de falhas com marcante destaque geomórfico. O intenso padrão de fraturamento apresentado pelo maciço é constituído por expressivo número de famílias de juntas de extensão, conjugadas híbridas, conjugadas de cisalhamento e espectros de juntas e subordinadamente por falhas e diques de rochas alcalinas. Observou-se uma marcante correlação entre as principais estruturas tectônicas e as macro-formas de relevo do maciço, o que indica significativo controle das descontinuidades estruturais na gênese do modelado. Adicionalmente, foi possível caracterizar e delimitar a distribuição dos litotipos que compõem o maciço, principalmente rochas félsicas fortemente insaturadas como nefelina sienitos diversos e subordinadamente plugs de nefelina microssienito e traquito, ocorrências de brecha magmática alcalina e diques de fonolitos, nefelina microssienitos e lamprófiros. / The Passa Quatro Alkaline Massif (MAPQ) is a Meso-Cenozoic batholith located in the Serra da Mantiqueira, at the triple-state - São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro - boundary. Despite its location between the two major Brazilian cities, the area is practically unknown due to the extremely difficult access to its highest portions. The major objectives of this research are the definition of the Cenozoic tectonic features of the MAPQ (geometry and kinematics), and its correlation with the tectonic evolution of Southeastern Brazil. Results from analysis done on digital elevation models, morphometric maps, lineaments, lithotypes, brittle tectonic structures and associated paleostresses, and their correlation with the available tectonic evolution models, allowed the definition of four main tectonic regimes, encompassed between Upper Cretaceous and Pleistocene, as follows: (1) Upper Cretaceous - Paleocene left-lateral E-W trascurrence, that determined both the emplacement of the alkaline rocks and the generation of the oldest fracture system; (2) Eocene - Oligocene NW-SE extension, responsible for the initial formation of the Continental Rift of Southeastern Brazil, with strong consequences to the MAPQ southern part; (3) Miocene left-lateral E-W trascurrence, that generated a significant fracture pattern widespread throughout the massif; and (4) Pleistocene right-lateral E-W trascurrence, responsible for the development of faults with noticeable geomorphic response. The strong fracture pattern observed in the massif is made of an expressive number of extension, hybrid, shear, and spectrum joints, and minor faults, and alkaline dikes. A significant correlation between the main tectonic features and the macro-morphology was observed, showing an important structural control on the massif relief development. Additionally, it was possible to characterize and delimitate the spatial distribution of the massif lithotypes, chiefly composed by significantly undersaturated felsic rocks, like nepheline syenites, and minor nepheline microsyenitic and trachytic plugs, and occurrences of alkaline magmatic breccia, and phonolitic, nepheline microsyenitic and lamprophyric dikes.
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Depósitos cenozóicos da região entre Marília e Presidente Prudente (SP) / Not available.Sallun, Alethea Ernandes Martins 24 June 2003 (has links)
Depósitos cenozóicos ocorrem extensivamente entre Marília e Presidente Prudente (SP), sobrepostos em discordância (com concentrações basais de ferricretes e/ou linhas-de-pedra) ou transicionalmente às rochas cretácicas do Grupo Bauru. Eles se distribuem irregularmente na área de estudo e foram agrupados em depósitos colúvio-eluviais e aluviais segundo critérios sedimentológicos, genéticos e morfológicos. Os depósitos colúvio-eluviais são caracterizados pela predominância de areia e areia argilosa com alta maturidade mineralógica. Os depósitos mais espessos são caracterizados pela predominância de areia fina. Datações por termoluminescência indicam idade pleistocênica para os depósitos colúvio-eluviais (10.000±1.200 a 1.188.000±130.000 anos) e aluviais (12.700± 1.500 a 349.800±28.000 anos). Esses depósitos acham-se instalados sobre quatro superfícies peneplanizadas afeiçoadas no Quaternário: I (1.200.000 a 400.000 anos), II (400.000 a 120.000 anos), III (120.000 a 10.000 anos) e IV (10.000 a hoje). Durante o Quaternário ocorreram pulsos de erosão e sedimentação de depósitos coluviais, colúvio-eluviais e aluviais, intercalados com fases de desenvolvimento de solos sobre as rochas cretácicas. Estes eventos poderiam estar relacionados a mudanças paleoclimáticas e/ou atividades neotectônicas, que causaram mudanças nos níveis de base com conseqüentes transformações do relevo. / Cenozoic deposits occur extensively between Marília and Presidente Prudente (São Paulo State, Brazil), unconformably (with basal concentration of ferricretes and/or stonelines) or transitionally superimposed to Bauru Group cretaceous rocks. They are irregularly distributed throughout the study area, and have been grouped into colluvio elluvial and alluvial deposits, according to sedimentological, genetical and morphological criteria. The colluvio-elluvial deposits are characterized by dominance of sands and clayey sands, with high mineralogical maturity. The thickest deposits are characterized by dominance of fine sands. Thermoluminescence (TL) datings indicated Pleistocene age for colluvio-elluvial (10,000\'+ ou -\'1,200 to 1,118,000\'+ ou -\'130,000 years) and alluvial (12,700\'+ ou -\'1,500 to 349,800\'+ ou -\'28,000 years) deposits. These deposits have been installed on four peneplained surfaces shaped during the Quaternary: I (1,200,000 to 400,000 years), II (400,000 to 120,000 years), III (120,000 to 10,000 years) and IV (10,000 until today). During the Quaternary erosion and sedimentation pulses of colluvial, colluvio elluvial and alluvial deposits occurred, which were intercalated with soil development phases on cretaceous rocks. These events could be related to paleoclimatic changes and/or neotectonic activities, which caused baselevel changes with consequent relief transformations.
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