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A alma e o livre-arbítrio em Santo Agostinho: uma trajetória da pedagogia do Circuitum nostrumWilton Lima dos Santos 25 August 2014 (has links)
O Trabalho de dissertação se baseia principalmente nos livros Sobre a
Potencialidade da Alma: De quantitate animae e De libero arbítrio, escritos por
Santo Agostinho. Discorremos sobre o processo de conceituação do ente alma e da
solução do problema do livre arbítrio através do sistema pedagógico agostiniano
circuitum nostrum. Veremos que esse ente imaterial que nos faz racionais e,
portanto, humanos, é o que mais se aproxima de Deus, de todos os entes da
criação. Um ente Imortal, com ideias inatas, sem divisão e que monitora todas as
funções do corpo, possibilitando ao ser humano o uso das memórias, da razão e da
racionalidade. Subsistindo em si mesma, ela permanece mesmo depois da
separação do corpo, como uma entidade única e portadora de todas as lembranças
do corpo que animava para a vida. Apresentando-se como um dualista, Santo
Agostinho, nos revela que embora a alma esteja no corpo ela não está presa ao
corpo, porém no corpo. Sem crescimento ou envelhecimento esse ente imaterial,
sem dimensões é real, porém desconhecido do próprio sujeito que a acolhe. Um
ente que mantém o princípio vital e de animação (animus) do corpo. Quando essa
alma é educada pela racionalidade permite ao ser humano o uso pleno da liberdade
na escolha moral do agir, ou livre arbítrio. Veremos que a influência de Sócrates,
Platão e do neoplatonismo através dos diálogos inseridos no sistema pedagógico
agostiniano circuitum nostrum e, a relação entre o pedagogismo de Paulo Freire
como um espelho do agostiniano, através do diálogo como produtores de sujeitos
ativos na transformação da sociedade. / This thesis is based mainly on the books About the Potentiality of the Soul: De
quantitate animae and De libero arbítrio written by Saint Augustine. We discourse
about the process of conceptualization of the being soul and of the solution of the
problem of free choice through the Augustinian pedagogical system circuitum
nostrum. We will see that this immaterial being which makes us rational, and
therefore human, is what comes closest to God of all the beings of the creation. An
immortal being, with innate ideas, without division and which monitors all the
functions of the body, making it possible for the human being to use the memory,
reason and rationality. Subsisting in itself, it remains, even after the separation from
the body, as a whole entity and carrier of all the memories of the body which
animated it for life. Presenting himself as a dualist, St. Augustine reveals to us that
although the soul is in the body it is not bound to the body, but is in the body. Without
growth and aging this immaterial being without dimensions is real, however unknown
to the subject him/her self who houses it. A being which maintains the vital principle
and that of animation (animus) of the body. When this soul is educated by rationality
it permits the human being the full use of freedom in the moral choice of action, or
free will. We will see the influence of Socrates, Plato and neoplatonism through the
dialogs inserted in the Augustinian pedagogical system circuitum nostrum and the
relation between the pedagogism of Paulo Freire as a mirror of augustinianism,
through the dialog as producers of active subjects in the transformation of society.
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