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Preditores de desempenho escolar e competência interpessoal: a educação infantil como fator de proteção / School performance predictors and interpersonal competence: preschool scaffolding role.

Pereira, Mayara Tortul 28 April 2010 (has links)
No período da vida que corresponde aos anos do ensino fundamental, faixa dos seis aos 12 anos, a criança se depara com tarefas de desenvolvimento relacionadas ao desempenho escolar e à competência interpessoal. O resultado de realização dessas tarefas é influenciado pela interação entre as características pessoais da criança e do contexto ambiental em que ela vive e participa. Supõe-se que aquelas que ingressam neste nível educacional com repertório prévio mais desenvolvido para lidar com as demandas da fase se saem melhor, apresentando cumulativamente um desenvolvimento mais saudável e promissor. Tem sido demonstrado o impacto das experiências escolares iniciais (passagem pela educação infantil) sobre a trajetória futura da criança na escola. O desempenho alcançado por ela e a qualidade dos seus relacionamentos com os colegas e o professor nesse momento predizem seu progresso escolar nos anos subsequentes, tanto em termos de aprendizagem como de ajustamento. Nesse contexto, o objetivo deste estudo foi investigar quais variáveis pessoais e ambientais constituem-se como preditores de desempenho escolar e competência interpessoal da criança, verificando de que forma a exposição à educação infantil influencia no cumprimento dessas tarefas de desenvolvimento típicas da fase. Das características pessoais da criança foram investigadas: o potencial cognitivo, as habilidades sociais e o comportamento problemático; do contexto ambiental foram incluídos: o estresse escolar, o envolvimento da família na vida escolar da criança e a passagem pela educação infantil. Participaram do estudo 336 crianças, estudantes da 2ª série do ensino fundamental de escolas públicas de uma cidade do interior do estado de São Paulo e seus respectivos pais/responsáveis e professores. Com as crianças foram utilizados os seguintes instrumentos: Matrizes Progressivas de Raven; Inventário de Estressores Escolares; Teste de Desempenho Escolar, Entrevista Sociométrica e Avaliação Pedagógica. Os pais/responsáveis responderam ao Critério Socioeconômico Brasil; os professores responderam à Escala de Envolvimento de um Membro Adulto da Família e ao Social Skills Rating System - SSRS-BR, formulário do professor. Foram processadas análises de regressão para desempenho escolar e competência interpessoal, tendo como preditores as variáveis da criança e do contexto ambiental, assim como indicadores socioeconômicos; e para as comparações de grupos foi aplicado o teste não-paramétrico de Kruskal- Wallis. Essas comparações foram realizadas com 95 crianças selecionadas da amostra de 336 e divididas quanto ao tempo de exposição à educação infantil: 32 sem EI; 31 com um ano; e 32 com dois anos. Esses três grupos de crianças eram balanceados quanto à escolaridade do chefe de família e ao nível socioeconômico. Os resultados indicam que as características pessoais e ambientais preditoras de desempenho escolar são as habilidades sociais de responsabilidade/cooperação, o potencial cognitivo, exposição à educação infantil, exposição e impacto dos estressores escolares, envolvimento familiar na vida escolar da criança, nível socioeconômico e escolaridade do chefe de família. Os preditores que se associaram à competência interpessoal foram a habilidade social de autodefesa e cooperação com os pares, o comportamento problemático e o envolvimento da família na vida escolar da criança. Através das comparações de grupos a passagem pela educação infantil mostrou-se como uma importante influência, visto que as crianças com um ou dois anos de experiência prévia se saíram melhor em desempenho escolar e competência interpessoal. Apresentaram vantagens em todos os indicadores de desempenho escolar avaliados; mostraram-se como mais queridas pelos colegas e apresentaram uma tendência vantajosa nos indicadores positivos de intensidade do quanto é querido e amizade. / In the years when children go to elementary school (6 - 12 years old), they face tasks related to their development, academic performance and interpersonal competence. Children\'s performance in these tasks is influenced by the interaction between the child\'s personal characteristics and the environment in which the child lives. Those who start elementary school with a richer repertoire developed previously are supposed to have a better performance. They tend to present healthier and more promising development. There are some studies about the impact of kindergarten (K) experience on the child\'s future academic life. The child\'s performance and the quality of its relationship with schoolmates and teacher at that moment predict its academic progress, as well as self-adjustment in the following years. This study aims to investigate which personal and environmental variables may work as predictors of children\'s academic performance and interpersonal competence, by analyzing how the exposure to K influences in the performance of developmental tasks typical of that phase. The children\'s personal characteristics investigated were: cognitive potential, social skills, and problem behavior. The environmental factors investigated were: school stress, family support in the child\'s school life, and the child\'s attendance to K. A group of 336 second-grade elementary students from public schools in a city in the inland of the State of São Paulo and their parents/guardians and teachers participated in this study. The children were assesssed with Raven\'s Progressive Matrices, the School Hassles Inventory, the School Achievement Test, Sociometric Interview, and pedagogical evaluation. Parents/guardians answered the Brazilian Social-economic Criterion; the teachers answered the Scale of Participation of an Adult Family Member and to the Social Skills Rating System - SSRS-BR, teacher form. Regression analysis was used for prediction of academic performance and interpersonal competence with the child\'s and its environmental variables, as well as socialeconomic indicators. The non-parametric method Kruskal-Wallis test was used in order to compare groups. Ninety-five out of 336 children were selected and compared as for the time of attendance/exposure to K: 32 did not attend K; 31 had one year of K; 32 had two years of K. These 3 groups were balanced social-economically and as for the family\'s breadwinner\'s schooling. Results show that the personal and environmental characteristics to predict academic performance are: social skills related to responsibility and cooperation, cognitive potential, exposure to K environment, exposure to and impact of school hassles, family participation in the child\'s school life, social-economic level, and family\'s breadwinner\'s schooling. The predictors associated to interpersonal competence were the social skill of selfdefense and peer cooperation, problem behavior, and family participation in the child\'s school life. By comparison, K attendance has proven to have important influence, since children with one or two years of K experience before elementary school performed better academically and in terms of interpersonal competence. They scored higher in all academic performance indicators used; they were seen as more popular among schoolmates and showed positive tendency in indicators of popularity and friendship.
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Competência interpessoal no cuidado de pessoas com diabetes: percepção de enfermeiras(os).

Soares, Daniela Arruda January 2008 (has links)
134f. / Submitted by Suelen Reis (suziy.ellen@gmail.com) on 2013-04-03T15:57:15Z No. of bitstreams: 1 Cristiane%20Magali%20Santos.pdf: 975384 bytes, checksum: ca43647a07a23dd85fcb724b8370736f (MD5) / Approved for entry into archive by Rodrigo Meirelles(rodrigomei@ufba.br) on 2013-04-09T16:06:01Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Cristiane%20Magali%20Santos.pdf: 975384 bytes, checksum: ca43647a07a23dd85fcb724b8370736f (MD5) / Made available in DSpace on 2013-04-09T16:06:01Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Cristiane%20Magali%20Santos.pdf: 975384 bytes, checksum: ca43647a07a23dd85fcb724b8370736f (MD5) Previous issue date: 2008 / Este estudo versa sobre a percepção de enfermeiras sobre competência interpessoal no cuidado de pessoas com diabetes. Tem natureza qualitativa, do tipo exploratório, cujos objetivos foram apreender a percepção de enfermeiras (os) que cuidam de pessoas com diabetes sobre competência interpessoal e caracterizar a relação interpessoal entre ambos. Constituíram os sujeitos deste estudo onze enfermeiras (os) que exerciam suas atividades no Programa de Saúde da Família, na zona urbana, no município de Vitória da Conquista-BA, no período de fevereiro a julho de 2006. Para coleta dos dados utilizou-se entrevista semiestruturada e observação sistemática e não-participante. O conteúdo foi analisado e categorizado por meio da análise temática norteada por Bardin, tendo por base os pressupostos de Moscovici sobre competência interpessoal e a teoria de Travelbee sobre a relação pessoa-a-pessoa. Os resultados da entrevista apontaram que as percepções das (os) enfermeiras (os) acerca da competência interpessoal fundamentaram-se na habilidade de interação com o paciente e no estabelecimento de um relacionamento interpessoal efetivo, o que coaduna com as proposições teóricas acerca da temática em questão. Ainda caracterizaram os relacionamentos interpessoais como formas de relacionamentos eficazes com os pacientes, além de esses relacionamentos apresentarem elementos facilitadores e limitadores para sua consecução. Como elementos facilitadores mencionaram a confiança, o respeito, o interesse, a compreensão, a comunicação, a empatia e o conhecimento científico; e como limitadores as condições de trabalho inadequadas, as falhas no processo comunicativo, a resistência do paciente às mudanças e a falta de preparo profissional. Já nas observações feitas, o papel instrumental do profissional ficou evidente, enquanto as questões subjetivas mais distantes e, o seguimento de uma rotina de trabalho centrada fortemente na tarefa, ficou mais próximo do quotidiano cuidativo/relacional desses profissionais. Assim, com o fito de desenvolver a competência interpessoal nas (os) enfermeiras (os) que cuidam de pessoas com diabetes, é importante e necessário preencher as lacunas de informação, conhecimento e reflexão delas (es), bem como suas implicações para o contexto pessoal, profissional e para o paciente, e dos recursos necessários para sua mobilização. / Salvador
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Preditores de desempenho escolar e competência interpessoal: a educação infantil como fator de proteção / School performance predictors and interpersonal competence: preschool scaffolding role.

Mayara Tortul Pereira 28 April 2010 (has links)
No período da vida que corresponde aos anos do ensino fundamental, faixa dos seis aos 12 anos, a criança se depara com tarefas de desenvolvimento relacionadas ao desempenho escolar e à competência interpessoal. O resultado de realização dessas tarefas é influenciado pela interação entre as características pessoais da criança e do contexto ambiental em que ela vive e participa. Supõe-se que aquelas que ingressam neste nível educacional com repertório prévio mais desenvolvido para lidar com as demandas da fase se saem melhor, apresentando cumulativamente um desenvolvimento mais saudável e promissor. Tem sido demonstrado o impacto das experiências escolares iniciais (passagem pela educação infantil) sobre a trajetória futura da criança na escola. O desempenho alcançado por ela e a qualidade dos seus relacionamentos com os colegas e o professor nesse momento predizem seu progresso escolar nos anos subsequentes, tanto em termos de aprendizagem como de ajustamento. Nesse contexto, o objetivo deste estudo foi investigar quais variáveis pessoais e ambientais constituem-se como preditores de desempenho escolar e competência interpessoal da criança, verificando de que forma a exposição à educação infantil influencia no cumprimento dessas tarefas de desenvolvimento típicas da fase. Das características pessoais da criança foram investigadas: o potencial cognitivo, as habilidades sociais e o comportamento problemático; do contexto ambiental foram incluídos: o estresse escolar, o envolvimento da família na vida escolar da criança e a passagem pela educação infantil. Participaram do estudo 336 crianças, estudantes da 2ª série do ensino fundamental de escolas públicas de uma cidade do interior do estado de São Paulo e seus respectivos pais/responsáveis e professores. Com as crianças foram utilizados os seguintes instrumentos: Matrizes Progressivas de Raven; Inventário de Estressores Escolares; Teste de Desempenho Escolar, Entrevista Sociométrica e Avaliação Pedagógica. Os pais/responsáveis responderam ao Critério Socioeconômico Brasil; os professores responderam à Escala de Envolvimento de um Membro Adulto da Família e ao Social Skills Rating System - SSRS-BR, formulário do professor. Foram processadas análises de regressão para desempenho escolar e competência interpessoal, tendo como preditores as variáveis da criança e do contexto ambiental, assim como indicadores socioeconômicos; e para as comparações de grupos foi aplicado o teste não-paramétrico de Kruskal- Wallis. Essas comparações foram realizadas com 95 crianças selecionadas da amostra de 336 e divididas quanto ao tempo de exposição à educação infantil: 32 sem EI; 31 com um ano; e 32 com dois anos. Esses três grupos de crianças eram balanceados quanto à escolaridade do chefe de família e ao nível socioeconômico. Os resultados indicam que as características pessoais e ambientais preditoras de desempenho escolar são as habilidades sociais de responsabilidade/cooperação, o potencial cognitivo, exposição à educação infantil, exposição e impacto dos estressores escolares, envolvimento familiar na vida escolar da criança, nível socioeconômico e escolaridade do chefe de família. Os preditores que se associaram à competência interpessoal foram a habilidade social de autodefesa e cooperação com os pares, o comportamento problemático e o envolvimento da família na vida escolar da criança. Através das comparações de grupos a passagem pela educação infantil mostrou-se como uma importante influência, visto que as crianças com um ou dois anos de experiência prévia se saíram melhor em desempenho escolar e competência interpessoal. Apresentaram vantagens em todos os indicadores de desempenho escolar avaliados; mostraram-se como mais queridas pelos colegas e apresentaram uma tendência vantajosa nos indicadores positivos de intensidade do quanto é querido e amizade. / In the years when children go to elementary school (6 - 12 years old), they face tasks related to their development, academic performance and interpersonal competence. Children\'s performance in these tasks is influenced by the interaction between the child\'s personal characteristics and the environment in which the child lives. Those who start elementary school with a richer repertoire developed previously are supposed to have a better performance. They tend to present healthier and more promising development. There are some studies about the impact of kindergarten (K) experience on the child\'s future academic life. The child\'s performance and the quality of its relationship with schoolmates and teacher at that moment predict its academic progress, as well as self-adjustment in the following years. This study aims to investigate which personal and environmental variables may work as predictors of children\'s academic performance and interpersonal competence, by analyzing how the exposure to K influences in the performance of developmental tasks typical of that phase. The children\'s personal characteristics investigated were: cognitive potential, social skills, and problem behavior. The environmental factors investigated were: school stress, family support in the child\'s school life, and the child\'s attendance to K. A group of 336 second-grade elementary students from public schools in a city in the inland of the State of São Paulo and their parents/guardians and teachers participated in this study. The children were assesssed with Raven\'s Progressive Matrices, the School Hassles Inventory, the School Achievement Test, Sociometric Interview, and pedagogical evaluation. Parents/guardians answered the Brazilian Social-economic Criterion; the teachers answered the Scale of Participation of an Adult Family Member and to the Social Skills Rating System - SSRS-BR, teacher form. Regression analysis was used for prediction of academic performance and interpersonal competence with the child\'s and its environmental variables, as well as socialeconomic indicators. The non-parametric method Kruskal-Wallis test was used in order to compare groups. Ninety-five out of 336 children were selected and compared as for the time of attendance/exposure to K: 32 did not attend K; 31 had one year of K; 32 had two years of K. These 3 groups were balanced social-economically and as for the family\'s breadwinner\'s schooling. Results show that the personal and environmental characteristics to predict academic performance are: social skills related to responsibility and cooperation, cognitive potential, exposure to K environment, exposure to and impact of school hassles, family participation in the child\'s school life, social-economic level, and family\'s breadwinner\'s schooling. The predictors associated to interpersonal competence were the social skill of selfdefense and peer cooperation, problem behavior, and family participation in the child\'s school life. By comparison, K attendance has proven to have important influence, since children with one or two years of K experience before elementary school performed better academically and in terms of interpersonal competence. They scored higher in all academic performance indicators used; they were seen as more popular among schoolmates and showed positive tendency in indicators of popularity and friendship.

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