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Estudo de aspectos comportamentais, metabólicos e neuroquímicos envolvidos na regulação do consumo de alimento palatável em animais manipulados no período neonatal

Silveira, Patrícia Pelufo January 2007 (has links)
A manipulação neonatal leva a uma série de alterações comportamentais e neuroendócrinas na vida adulta. Sabemos de nossos estudos anteriores que animais manipulados no período neonatal ingerem mais alimento palatável em relação a animais controle em uma tarefa de comportamento alimentar, sendo que o consumo de ração padrão não é diferente entre os grupos. Neste estudo, buscamos investigar as origens desse efeito sobre o comportamento alimentar, assim como descrever suas características, seu tempo de aparecimento e possíveis fatores causais e interferentes. Vimos que ratos manipulados apresentam uma curva de saciedade definida e resposta de saciedade ao recebem sacarose antes do teste, assim como menor nível plasmático de grelina. Demonstramos que animais manipulados no período neonatal apresentam maior incentivo para busca da recompensa do alimento doce numa tarefa de corredor, porém demonstram menor condicionamento de preferência de lugar e menor reação hedônica ao sabor doce, assim como menor metabolismo dopaminérgico no núcleo acumbens. Vimos também que o efeito da manipulação neonatal é evidente apenas se os animais são testados após a adolescência. A exposição precoce ao doce ou a um ambiente novo aumenta o consumo de animais controles semelhantemente à manipulação neonatal, eliminando as diferenças entre os grupos. Na adolescência, animais manipulados no período neonatal ingerem menos doce que animais controle, sem diferenças na hidrólise do ATP, ADP ou AMP no núcleo acumbens. Na vida adulta, animais manipulados no período neonatal consomem mais doce e apresentam menor hidrólise de AMP, um passo limitante para a síntese de adenosina. Verificamos ainda a interação entre a manipulação neonatal e a exposição ao estresse crônico variável (ECV) na vida adulta, observando que animais manipulados apresentam alterações basais como menor ganho de peso, maior consumo de doce, menor tempo de imobilidade no nado forçado, menor atividade da enzimaNa+,K+-ATPase no hipocampo e maior na amígdala. Os efeitos do estresse crônico (menor ganho de peso, exacerbação do consumo de doce e diminuição da atividade da enzima no hipocampo, na amígdala e no córtex parietal) são menos marcantes neste animais. Por fim, vimos que animais filhos de mães altamente cuidadoras têm alterações semelhantes às encontradas nos animais manipulados, sendo que possivelmente os achados da manipulação sobre o comportamento alimentar pode ser explicado pelo aumento do cuidado materno. Concluímos que as alterações do comportamento alimentar em ratos adultos manipulados no período neonatal possivelmente é resultado de uma interessante interação da atividade de vias homeostáticas (grelina) e hedônicas (dopamina) no núcleo acumbens; outras intervenções na infância como a exposição precoce ao doce ou a ambientes novos e até mesmo o aumento natural do comportamento materno alteram o consumo de doce na vida adulta. A manipulação neonatal, por suas características comportamentais e neuroquímicas, pode ser um interessante modelo para estudo de neuropsicopatologias como a esquizofrenia, a depressão e os transtornos alimentares. A compreensão dos mecanismos pelos quais experiências precoces na vida influenciam na saúde do adulto tem implicações para a identificação de populações de risco e introdução de medidas preventivas. / Neonatal handling leads to several behavioral and neuroendocrine alterations in adulthood. We know from our previous studies that neonatal handled animals have increased ingestion of palatable food in a behavioral feeding task compared to intact animals, although the consumption of standard lab chow is not different between the groups. In this study, we aimed to investigate the origins of this effect on feeding behavior, as well as to describe its characteristics, timing and possible causal and interfering factors. Handled rats presented a better defined satiation curve, an increased satiation response to sucrose ingestion prior to the test and decreased plasmatic ghrelin levels. We showed that neonatally handled rats demonstrate an enhanced incentive salience for sweet food in a runway task, but are less prone to show conditioned place preference and have less evident hedonic reaction to sweet food as well as lower dopaminergic metabolism in the nucleus accumbens. We also identified that the effect of neonatal handling is evident only if the animals were habituated and tested after puberty. The precocious exposure to sweet food or to a new environment increases the sweet food ingestion in intact animals with the same magnitude as it does in neonatally handled rats, diluting the differences between the groups. In the puberty, neonatally handled rats eat less sweet food than intact rats, having no differences in the hydrolysis of ATP, ADP or AMP in the nucleus accumbens. In adulthood, neonatally handled rats eat more sweet food and have a decreased hydrolysis of AMP, a step-limiting reaction to the formation of adenosine. We verified the interaction between neonatal handling and the exposure to a chronic variable stress in adulthood, observing that neonatally handled rats have some alterations at the baseline such as lower weight gain, increased sweet food ingestion, decreased immobility time in a forced swimming task, lower activity of Na+,K+-ATPase in the hippocampus and higher in the amygdala. The effects of the chronic variable stress (lower weight gain, increased sweet foodingestion and a decrease in the enzyme activity in the hippocampus, amygdala and parietal cortex) are less evident in neonatally handled rats. At last, we saw that pups reared by mothers exhibiting high intensities of maternal care have the same pattern of alterations as neonatally handled rats do, suggesting that the findings on feeding behavior after neonatal handling can possibly be explained by an effect of the increased maternal care. We conclude that the alterations found on feeding behavior in neonatally handled rats in adulthood are possibly resultants from an interesting interaction between homeostatic and hedonic pathways’ actions in the nucleus accumbens; other types of intervention in infancy such as the exposure to sweet food or to a new environment or even the natural variation in maternal care levels can influence feeding behavior later in life. Neonatal handling, for its behavioral and neurochemical characteristics, can be an interesting model to study neuropsichopathologies such as schizophrenia, depression and eating disorders. The comprehension of the mechanisms through which early life experiences influences adult health has implications to the identification of populations at risk and introduction of preventive measures.
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Estudo de aspectos comportamentais, metabólicos e neuroquímicos envolvidos na regulação do consumo de alimento palatável em animais manipulados no período neonatal

Silveira, Patrícia Pelufo January 2007 (has links)
A manipulação neonatal leva a uma série de alterações comportamentais e neuroendócrinas na vida adulta. Sabemos de nossos estudos anteriores que animais manipulados no período neonatal ingerem mais alimento palatável em relação a animais controle em uma tarefa de comportamento alimentar, sendo que o consumo de ração padrão não é diferente entre os grupos. Neste estudo, buscamos investigar as origens desse efeito sobre o comportamento alimentar, assim como descrever suas características, seu tempo de aparecimento e possíveis fatores causais e interferentes. Vimos que ratos manipulados apresentam uma curva de saciedade definida e resposta de saciedade ao recebem sacarose antes do teste, assim como menor nível plasmático de grelina. Demonstramos que animais manipulados no período neonatal apresentam maior incentivo para busca da recompensa do alimento doce numa tarefa de corredor, porém demonstram menor condicionamento de preferência de lugar e menor reação hedônica ao sabor doce, assim como menor metabolismo dopaminérgico no núcleo acumbens. Vimos também que o efeito da manipulação neonatal é evidente apenas se os animais são testados após a adolescência. A exposição precoce ao doce ou a um ambiente novo aumenta o consumo de animais controles semelhantemente à manipulação neonatal, eliminando as diferenças entre os grupos. Na adolescência, animais manipulados no período neonatal ingerem menos doce que animais controle, sem diferenças na hidrólise do ATP, ADP ou AMP no núcleo acumbens. Na vida adulta, animais manipulados no período neonatal consomem mais doce e apresentam menor hidrólise de AMP, um passo limitante para a síntese de adenosina. Verificamos ainda a interação entre a manipulação neonatal e a exposição ao estresse crônico variável (ECV) na vida adulta, observando que animais manipulados apresentam alterações basais como menor ganho de peso, maior consumo de doce, menor tempo de imobilidade no nado forçado, menor atividade da enzimaNa+,K+-ATPase no hipocampo e maior na amígdala. Os efeitos do estresse crônico (menor ganho de peso, exacerbação do consumo de doce e diminuição da atividade da enzima no hipocampo, na amígdala e no córtex parietal) são menos marcantes neste animais. Por fim, vimos que animais filhos de mães altamente cuidadoras têm alterações semelhantes às encontradas nos animais manipulados, sendo que possivelmente os achados da manipulação sobre o comportamento alimentar pode ser explicado pelo aumento do cuidado materno. Concluímos que as alterações do comportamento alimentar em ratos adultos manipulados no período neonatal possivelmente é resultado de uma interessante interação da atividade de vias homeostáticas (grelina) e hedônicas (dopamina) no núcleo acumbens; outras intervenções na infância como a exposição precoce ao doce ou a ambientes novos e até mesmo o aumento natural do comportamento materno alteram o consumo de doce na vida adulta. A manipulação neonatal, por suas características comportamentais e neuroquímicas, pode ser um interessante modelo para estudo de neuropsicopatologias como a esquizofrenia, a depressão e os transtornos alimentares. A compreensão dos mecanismos pelos quais experiências precoces na vida influenciam na saúde do adulto tem implicações para a identificação de populações de risco e introdução de medidas preventivas. / Neonatal handling leads to several behavioral and neuroendocrine alterations in adulthood. We know from our previous studies that neonatal handled animals have increased ingestion of palatable food in a behavioral feeding task compared to intact animals, although the consumption of standard lab chow is not different between the groups. In this study, we aimed to investigate the origins of this effect on feeding behavior, as well as to describe its characteristics, timing and possible causal and interfering factors. Handled rats presented a better defined satiation curve, an increased satiation response to sucrose ingestion prior to the test and decreased plasmatic ghrelin levels. We showed that neonatally handled rats demonstrate an enhanced incentive salience for sweet food in a runway task, but are less prone to show conditioned place preference and have less evident hedonic reaction to sweet food as well as lower dopaminergic metabolism in the nucleus accumbens. We also identified that the effect of neonatal handling is evident only if the animals were habituated and tested after puberty. The precocious exposure to sweet food or to a new environment increases the sweet food ingestion in intact animals with the same magnitude as it does in neonatally handled rats, diluting the differences between the groups. In the puberty, neonatally handled rats eat less sweet food than intact rats, having no differences in the hydrolysis of ATP, ADP or AMP in the nucleus accumbens. In adulthood, neonatally handled rats eat more sweet food and have a decreased hydrolysis of AMP, a step-limiting reaction to the formation of adenosine. We verified the interaction between neonatal handling and the exposure to a chronic variable stress in adulthood, observing that neonatally handled rats have some alterations at the baseline such as lower weight gain, increased sweet food ingestion, decreased immobility time in a forced swimming task, lower activity of Na+,K+-ATPase in the hippocampus and higher in the amygdala. The effects of the chronic variable stress (lower weight gain, increased sweet foodingestion and a decrease in the enzyme activity in the hippocampus, amygdala and parietal cortex) are less evident in neonatally handled rats. At last, we saw that pups reared by mothers exhibiting high intensities of maternal care have the same pattern of alterations as neonatally handled rats do, suggesting that the findings on feeding behavior after neonatal handling can possibly be explained by an effect of the increased maternal care. We conclude that the alterations found on feeding behavior in neonatally handled rats in adulthood are possibly resultants from an interesting interaction between homeostatic and hedonic pathways’ actions in the nucleus accumbens; other types of intervention in infancy such as the exposure to sweet food or to a new environment or even the natural variation in maternal care levels can influence feeding behavior later in life. Neonatal handling, for its behavioral and neurochemical characteristics, can be an interesting model to study neuropsichopathologies such as schizophrenia, depression and eating disorders. The comprehension of the mechanisms through which early life experiences influences adult health has implications to the identification of populations at risk and introduction of preventive measures.
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Estudo de aspectos comportamentais, metabólicos e neuroquímicos envolvidos na regulação do consumo de alimento palatável em animais manipulados no período neonatal

Silveira, Patrícia Pelufo January 2007 (has links)
A manipulação neonatal leva a uma série de alterações comportamentais e neuroendócrinas na vida adulta. Sabemos de nossos estudos anteriores que animais manipulados no período neonatal ingerem mais alimento palatável em relação a animais controle em uma tarefa de comportamento alimentar, sendo que o consumo de ração padrão não é diferente entre os grupos. Neste estudo, buscamos investigar as origens desse efeito sobre o comportamento alimentar, assim como descrever suas características, seu tempo de aparecimento e possíveis fatores causais e interferentes. Vimos que ratos manipulados apresentam uma curva de saciedade definida e resposta de saciedade ao recebem sacarose antes do teste, assim como menor nível plasmático de grelina. Demonstramos que animais manipulados no período neonatal apresentam maior incentivo para busca da recompensa do alimento doce numa tarefa de corredor, porém demonstram menor condicionamento de preferência de lugar e menor reação hedônica ao sabor doce, assim como menor metabolismo dopaminérgico no núcleo acumbens. Vimos também que o efeito da manipulação neonatal é evidente apenas se os animais são testados após a adolescência. A exposição precoce ao doce ou a um ambiente novo aumenta o consumo de animais controles semelhantemente à manipulação neonatal, eliminando as diferenças entre os grupos. Na adolescência, animais manipulados no período neonatal ingerem menos doce que animais controle, sem diferenças na hidrólise do ATP, ADP ou AMP no núcleo acumbens. Na vida adulta, animais manipulados no período neonatal consomem mais doce e apresentam menor hidrólise de AMP, um passo limitante para a síntese de adenosina. Verificamos ainda a interação entre a manipulação neonatal e a exposição ao estresse crônico variável (ECV) na vida adulta, observando que animais manipulados apresentam alterações basais como menor ganho de peso, maior consumo de doce, menor tempo de imobilidade no nado forçado, menor atividade da enzimaNa+,K+-ATPase no hipocampo e maior na amígdala. Os efeitos do estresse crônico (menor ganho de peso, exacerbação do consumo de doce e diminuição da atividade da enzima no hipocampo, na amígdala e no córtex parietal) são menos marcantes neste animais. Por fim, vimos que animais filhos de mães altamente cuidadoras têm alterações semelhantes às encontradas nos animais manipulados, sendo que possivelmente os achados da manipulação sobre o comportamento alimentar pode ser explicado pelo aumento do cuidado materno. Concluímos que as alterações do comportamento alimentar em ratos adultos manipulados no período neonatal possivelmente é resultado de uma interessante interação da atividade de vias homeostáticas (grelina) e hedônicas (dopamina) no núcleo acumbens; outras intervenções na infância como a exposição precoce ao doce ou a ambientes novos e até mesmo o aumento natural do comportamento materno alteram o consumo de doce na vida adulta. A manipulação neonatal, por suas características comportamentais e neuroquímicas, pode ser um interessante modelo para estudo de neuropsicopatologias como a esquizofrenia, a depressão e os transtornos alimentares. A compreensão dos mecanismos pelos quais experiências precoces na vida influenciam na saúde do adulto tem implicações para a identificação de populações de risco e introdução de medidas preventivas. / Neonatal handling leads to several behavioral and neuroendocrine alterations in adulthood. We know from our previous studies that neonatal handled animals have increased ingestion of palatable food in a behavioral feeding task compared to intact animals, although the consumption of standard lab chow is not different between the groups. In this study, we aimed to investigate the origins of this effect on feeding behavior, as well as to describe its characteristics, timing and possible causal and interfering factors. Handled rats presented a better defined satiation curve, an increased satiation response to sucrose ingestion prior to the test and decreased plasmatic ghrelin levels. We showed that neonatally handled rats demonstrate an enhanced incentive salience for sweet food in a runway task, but are less prone to show conditioned place preference and have less evident hedonic reaction to sweet food as well as lower dopaminergic metabolism in the nucleus accumbens. We also identified that the effect of neonatal handling is evident only if the animals were habituated and tested after puberty. The precocious exposure to sweet food or to a new environment increases the sweet food ingestion in intact animals with the same magnitude as it does in neonatally handled rats, diluting the differences between the groups. In the puberty, neonatally handled rats eat less sweet food than intact rats, having no differences in the hydrolysis of ATP, ADP or AMP in the nucleus accumbens. In adulthood, neonatally handled rats eat more sweet food and have a decreased hydrolysis of AMP, a step-limiting reaction to the formation of adenosine. We verified the interaction between neonatal handling and the exposure to a chronic variable stress in adulthood, observing that neonatally handled rats have some alterations at the baseline such as lower weight gain, increased sweet food ingestion, decreased immobility time in a forced swimming task, lower activity of Na+,K+-ATPase in the hippocampus and higher in the amygdala. The effects of the chronic variable stress (lower weight gain, increased sweet foodingestion and a decrease in the enzyme activity in the hippocampus, amygdala and parietal cortex) are less evident in neonatally handled rats. At last, we saw that pups reared by mothers exhibiting high intensities of maternal care have the same pattern of alterations as neonatally handled rats do, suggesting that the findings on feeding behavior after neonatal handling can possibly be explained by an effect of the increased maternal care. We conclude that the alterations found on feeding behavior in neonatally handled rats in adulthood are possibly resultants from an interesting interaction between homeostatic and hedonic pathways’ actions in the nucleus accumbens; other types of intervention in infancy such as the exposure to sweet food or to a new environment or even the natural variation in maternal care levels can influence feeding behavior later in life. Neonatal handling, for its behavioral and neurochemical characteristics, can be an interesting model to study neuropsichopathologies such as schizophrenia, depression and eating disorders. The comprehension of the mechanisms through which early life experiences influences adult health has implications to the identification of populations at risk and introduction of preventive measures.
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Hiperalimentação durante a lactação: repercussões sobre o crescimento somático, desenvolvimento sensório motor e controle serotoninérico do comportamento alimentar em ratos

Oliveira de Lira, Luciene 31 January 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T23:00:18Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo4014_1.pdf: 877470 bytes, checksum: d1b076f879fb8d9d2e99d5539bd5480f (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2008 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O objetivo deste estudo foi analisar as influências da maior disponibilidade de alimento durante a lactação sobre o crescimento somático, desenvolvimento sensório-motor e regulação serotoninérgica do consumo alimentar em ratos. Para obtenção de um estado de hiperalimentação foi utilizado o modelo experimental de redução da ninhada, sendo obtidos dois grupos experimentais: 1. Grupo Controle (n = 30), composto por animais mantidos em ninhadas com número controle de 8 filhotes, do 1º ao 21º dia de aleitamento; 2.Grupo Ninhada reduzida (n = 30), composto por animais submetidos a redução no 3º dia de lactação do número controle (8 por ninhada) para 2 filhotes. Durante este período, correspondente ao aleitamento, foram avaliados parâmetros de crescimento somático, maturação de características físicas e sensóriomotoras e quantificada a ingestão alimentar neonatal. Para quantificação do consumo alimentar neonatal os animais passaram por privação alimentar nos dias 7, 14 e 21. Após o período de separação, os filhotes foram devolvidos para suas mães e o consumo alimentar foi quantificado por ganho de peso após período de 1 hora de aleitamento. Durante os primeiros 21 dias de vida, foram realizadas avaliações de desenvolvimento somático e maturação reflexa. Ao 40º dia, cada grupo foi subdividido segundo o tratamento farmacológico diário, uma vez por dia, do 40o ao 52o dia de vida, nos subgrupos salina (injeção de solução de Nacl a 0,9%, 1ml/Kg i.p. n = 10) ou fluoxetina (injeção de solução de fluoxetina, 10mg/Kg, 1ml/kg i.p, n = 10). A partir de então, a avaliação da ingestão alimentar de 24 horas dos animais foi obtida diariamente durante os 12 dias do tratamento farmacológico. Para tanto, foram utilizadas gaiolas metabólicas apropriadas. O aumento de peso dos animais de ninhadas reduzidas foi observado já a partir do 4º dia pós-natal, persistindo até o 40º e 90º dias de vida. Observou-se aceleração na maturação de características somáticas e físicas bem como do desenvolvimento de reflexos. Essas alterações em animais Ninhada reduzida foram acompanhadas por aumento na ingestão alimentar durante a lactação. No entanto, aos 40 dias de idade, o grupo de animais de ninhadas reduzidas mostrava-se hipofágico com relação ao controle. Esse efeito foi revertido aos 90 dias. O tratamento com fluoxetina promoveu redução de ingestão alimentar em animais controle, por outro lado não foi efetivo em animais de ninhadas reduzidas, indicando menor sensibilidade desses animais ao efeito hipofágico desse fármaco. Os resultados deste estudo evidenciam um efeito precoce da hiperalimentação nos períodos iniciais da vida sobre os parâmetros de crescimento somático e desenvolvimento sensório-motor em ratos. O excesso de alimentação nos períodos iniciais da vida pode ter promovido alterações metabólicas na regulação serotoninérgica do comportamento alimentar, evidenciada pela ausência de resposta ao efeito agudo da fluoxetina nos animais de ninhadas reduzidas. Estes achados apontam para a importância da nutrição nos períodos iniciais da vida para o correto desenvolvimento dos sistemas fisiológicos, dentre os quais se destaca o SNC e o controle do comportamento alimentar
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Avaliação da satisfação com o peso corporal e a propensão às desordens alimentares em atletas de ginástica rítmica de elite / Assessment of satisfaction with body weight and propensity to eating disorders in athletes of elite rhythmic gymnastics

Nascimento, Fabiano Carlos do [UNIFESP] 27 August 2008 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2015-07-22T20:49:32Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2008-08-27. Added 1 bitstream(s) on 2015-08-11T03:25:53Z : No. of bitstreams: 1 Publico-10994a.pdf: 1355685 bytes, checksum: 3a71855081cfdd1e2b77a02c94523d60 (MD5). Added 1 bitstream(s) on 2015-08-11T03:25:53Z : No. of bitstreams: 2 Publico-10994a.pdf: 1355685 bytes, checksum: 3a71855081cfdd1e2b77a02c94523d60 (MD5) Publico-10994b.pdf: 881913 bytes, checksum: b53f19a20255744c4a53f77380542fb5 (MD5) / Na ginástica rítmica preconiza-se que ginastas sejam mais leves e mais magras do que outras meninas da mesma idade, sendo que esta busca pelo perfil atlético adequado pode resultar em danos sérios para a saúde. A estreita relação entre imagem corporal e desempenho físico faz com que essas adolescentes sejam um grupo particularmente vulnerável a instalação de desordens alimentares, tendo em vista a ênfase dada ao controle de peso. Objetivo: Analisar a satisfação com o peso corporal em atletas da ginástica rítmica e a real necessidade dessa preocupação. Metodologia: Foram avaliadas 12 atletas de elite e 12 escolares com idade entre 13 e 15 ano s, todas com menarca. Foram realizadas medidas antropométricas (massa corporal, estatura e índice de massa corporal) e do consumo energético através do recordatório alimentar de 3 dias. Adicionalmente foi aplicado um questionário fechado sobre a satisfação com o peso atual. Resultados: Mostraram valores de massa corporal, bem como o IMC das ginastas abaixo dos referidos na literatura, a ingestão calórica valores abaixo dos preconizados pela RDA e o nível de satisfação corporal de 41,6%. Conclusão: Foram apresentados valores reduzidos, abaixo dos recomendados e a busca para a redução de peso alertaram que a problemática com relação à imagem corporal e seus possíveis distúrbios poderiam ser evitados, através de uma boa orientação profissional, prevenindo patologias, seqüelas emocionais e até mesmo um baixo rendimento esportivo. / In the rhythmic gymnastics it is extolled that gymnasts must be lighter and thinner than other girls of the same age, and this search for the appropriate athletic profile can result in serious damages for the health. The narrow relationship among corporal image and physical performance can leave those adolescents particularly vulnerable to the installation of alimentary disorders, tends in view the emphasis given to the weight control. Objective: To analyze the satisfaction with the corporal weight in athletes of the rhythmic gymnastics and to real need of that concern. Methodology: Twelve elite athletes and 12 female schools, with age between 13 and 15 years, were assessed, all had been had the first menstruation. The anthropometric measures (body mass, height and body mass index) and the energy consumption, through the reminding to feed of 3 days, were accomplished. Too was applied a closed questionnaire about the satisfaction with the actual weight. Results: The results showed values of body mass, as well as IMC of the gymnasts below referred them in the literature, the ingestion caloric values below extolled them by RDA and the level of body satisfaction of 41,6%. Conclusion: To find values below them recommended and the search for t he weight reduction alerted that the problem with relationship to the body image and your possible disturbances could be avoided, through a good professional orientation, preventing pathologies, emotional sequels and even a low sporting revenue. / TEDE / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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Associação entre padrões alimentares e transtornos mentais em gestantes do sul do Brasil

Ahlert, Jéssica Taísi January 2013 (has links)
Objetivo: Avaliar a associação entre padrões alimentares e transtornos mentais em uma amostra de gestantes no sul do Brasil. Método: Estudo transversal com 712 gestantes, entre a 16ª e 36ª semana de gestação, atendidas em unidades básicas de saúde das cidades de Porto Alegre e Bento Gonçalves, Brasil. Foram aplicados questionários sociodemográfico, de frequência alimentar e o instrumento de Avaliação de Transtornos Mentais na Atenção Primária - PRIME-MD. Padrões alimentares foram identificados em estudo prévio através da variável “ranking do percentual do valor energético total” pelo algoritmo k-means na análise de agrupamento. Para avaliar o consumo dos grupos alimentares foi criada uma variável de adequação de consumo levando em consideração o acréscimo calórico diário no período gestacional. Regressão de Poisson com variância robusta foi utilizada para a determinação das razões de prevalência bruta e ajustada. Resultados: Mulheres que apresentaram um padrão de consumo alimentar comumbrasileiro tiveram uma prevalência 41% maior de transtorno depressivo maior (IC 95% 1,00 – 2,00) quando comparadas àquelas que apresentaram um padrão variado de consumo, ajustando-se para cidade de moradia e violência na gestação. Gestantes que tiveram um consumo insuficiente de frutas apresentaram uma prevalência 42% maior de depressão maior (IC 95% 1,03 – 1,96) do que as gestantes com consumo adequado, assim como, aquelas que apresentaram consumo elevado de doces e açucares tiveram uma prevalência 88% mais elevada de depressão (IC 95% 1,16 – 3,06) quando comparadas àquelas que tiveram um consumo menor desse grupo alimentar, ajustando-se para idade, IMC pré-gestacional, cidade de moradia e violência na gestação. Em relação à ansiedade generalizada as mulheres que tiveram um consumo abaixo do preconizado de leguminosas apresentaram uma prevalência 39% mais elevada de ansiedade (IC 95% 1,01 – 1,90) do que as mulheres que tiveram um consumo adequado, ajustando-se para idade e violência na gestação. Conclusão: Nossos achados alertam para uma possível importância de hábitos alimentares saudáveis durante a gestação incluindo o consumo de frutas, vegetais e leguminosas, estando estes associados a menor prevalência de transtornos mentais. Entretanto futuros estudos longitudinais são necessários para confirmar a relação entre dieta e saúde mental na gestação, dada a escassez de evidências sobre esta questão. / Objective: To evaluate the association between dietary patterns and mental disorders in a sample of pregnant women in southern Brazil. Methods: Cross-sectional study with 712 pregnant women, between the 16th and 36th weeks of pregnancy, attending primary care services in the cities of Porto Alegre and Bento Gonçalves, Brazil. Sociodemographic questionnaire, food frequency questionnaire and the instrument Assessment of Mental Disorders in Primary Care - PRIME-MD were applied. Dietary patterns were identified in a previous study using the variable "ranking of the percentage of the total energy" by k-means algorithm in cluster analysis. To evaluation of food groups intake we created the variable “intake adequacy” taking into consideration the increase in daily calorie pregnancy. Poisson regression models with robust variance were constructed to determine the prevalence ratios crude and adjusted. Results: Women who had a common-Brazilian dietary pattern presented a major depressive disorder prevalence of 41% higher (95% CI 1.00-2.00) when compared to those who had a varied pattern of consumption, adjusting for city of residence and violence during pregnancy. Pregnant women who had an insufficient fruits intake presented a major depression prevalence 42% higher (95% CI 1.03-1.96) than women with adequate intake. In the same way, women with a high sweets and sugars consumption presented prevalence of depression 88% higher (95% CI 1.16 to 3.06) than those who had a lower intake of this food group, adjusting for age, pregestational BMI, city of residence and violence during pregnancy. Regarding generalized anxiety women who had a legume intake below the recommended a higher prevalence of anxiety 39% (95% CI 1.01-1.90) was found when compared to women who had an adequate consumption, adjusting for age and violence during pregnancy. Conclusions: Our findings point out for a possible role of healthy eating habits during pregnancy including the consumption of fruits, vegetables and legumes, and these are associated with lower prevalence of mental disorders. However, future longitudinal studies are needed to confirm the relationship between diet and mental health during pregnancy.
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Eu só quero Chocolate: Um Estudo sobre a importância de Aspectos Pessoais e Contextuais no consumo de Chocolate

SMITH, M. 31 August 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-29T14:10:10Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_3224_DISSERTAÇÃO REVISÃO FINAL - Formatação final 04.05.2014.pdf: 5374348 bytes, checksum: ff12b43e28f73922347c759a7192d286 (MD5) Previous issue date: 2010-08-31 / Muitos alimentos são conhecidos apenas em alguns grupos humanos, por diversas razões. Outros, entretanto, tornaram-se praticamente universais, sendo conhecidos e apreciados em quase todas as sociedades humanas com condições econômicas que permitam sua inclusão no âmbito do comércio internacional. Um deles, em especial, está no foco de interesse da presente investigação. Não se trata de alimento relevante para a composição dos hábitos alimentares cotidianos em qualquer grupo humano, mas é alimento que ocupa posição privilegiada em termos de preferência em diferentes lugares do mundo: o chocolate. O presente trabalho buscou conhecer e analisar fatores que influenciam o consumo de chocolate de um conjunto de pessoas e as modalidades de explicação ou justificação que apresentam para o seu padrão de consumo e para o tipo de interesse que têm pelo chocolate. Para a coleta de dados foi utilizado um questionário com 62 questões fechadas e 1 questão aberta - que utilizou a técnica da evocação. Participaram 313 homens e mulheres, a maioria na faixa etária entre 16 e 25 anos. Foram exploradas variáveis como situação sócio-econômica, peso corporal, estado de saúde, freqüência e quantidade de chocolate consumido, preferência em relação ao consumo de alimentos em geral, além de terem sido verificadas quais situações os participantes admitem estarem associadas a variações no padrão de consumo de chocolate, tendo sido incluídas situações estressantes e relaxantes. Foram abordados também alguns pontos considerados controversos a respeito do consumo de chocolate, que são objeto de interesse científico e merecem grande atenção dos meios de comunicação. Houve interesse especial na discussão das diferenças encontradas quando os padrões de consumo de homens e mulheres são comparados. Ficou evidente, no grupo de participantes, que a influência de muitos dos aspectos considerados sobre o consumo do chocolate não se processa de forma idêntica sobre homens e mulheres. Confirma-se a grande difusão cultural da idéia de que mulheres comem mais chocolate que homens e que a seleção de alimentos feminina é mais sensível a fatores associados a variações de estados afetivos, o que pode ter papel na discussão de dependências e transtornos alimentares. Em consonância com a literatura sobre comportamento alimentar, os dados apóiam a proposição de que é insuficiente considerar apenas fatores culturais ou biológicos, de maneira isolada, para explicar os motivos que levam ao consumo de determinados alimentos. Palavras-chave: alimentação e diferenças homem/mulher, representação social.
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Associação entre padrões alimentares e transtornos mentais em gestantes do sul do Brasil

Ahlert, Jéssica Taísi January 2013 (has links)
Objetivo: Avaliar a associação entre padrões alimentares e transtornos mentais em uma amostra de gestantes no sul do Brasil. Método: Estudo transversal com 712 gestantes, entre a 16ª e 36ª semana de gestação, atendidas em unidades básicas de saúde das cidades de Porto Alegre e Bento Gonçalves, Brasil. Foram aplicados questionários sociodemográfico, de frequência alimentar e o instrumento de Avaliação de Transtornos Mentais na Atenção Primária - PRIME-MD. Padrões alimentares foram identificados em estudo prévio através da variável “ranking do percentual do valor energético total” pelo algoritmo k-means na análise de agrupamento. Para avaliar o consumo dos grupos alimentares foi criada uma variável de adequação de consumo levando em consideração o acréscimo calórico diário no período gestacional. Regressão de Poisson com variância robusta foi utilizada para a determinação das razões de prevalência bruta e ajustada. Resultados: Mulheres que apresentaram um padrão de consumo alimentar comumbrasileiro tiveram uma prevalência 41% maior de transtorno depressivo maior (IC 95% 1,00 – 2,00) quando comparadas àquelas que apresentaram um padrão variado de consumo, ajustando-se para cidade de moradia e violência na gestação. Gestantes que tiveram um consumo insuficiente de frutas apresentaram uma prevalência 42% maior de depressão maior (IC 95% 1,03 – 1,96) do que as gestantes com consumo adequado, assim como, aquelas que apresentaram consumo elevado de doces e açucares tiveram uma prevalência 88% mais elevada de depressão (IC 95% 1,16 – 3,06) quando comparadas àquelas que tiveram um consumo menor desse grupo alimentar, ajustando-se para idade, IMC pré-gestacional, cidade de moradia e violência na gestação. Em relação à ansiedade generalizada as mulheres que tiveram um consumo abaixo do preconizado de leguminosas apresentaram uma prevalência 39% mais elevada de ansiedade (IC 95% 1,01 – 1,90) do que as mulheres que tiveram um consumo adequado, ajustando-se para idade e violência na gestação. Conclusão: Nossos achados alertam para uma possível importância de hábitos alimentares saudáveis durante a gestação incluindo o consumo de frutas, vegetais e leguminosas, estando estes associados a menor prevalência de transtornos mentais. Entretanto futuros estudos longitudinais são necessários para confirmar a relação entre dieta e saúde mental na gestação, dada a escassez de evidências sobre esta questão. / Objective: To evaluate the association between dietary patterns and mental disorders in a sample of pregnant women in southern Brazil. Methods: Cross-sectional study with 712 pregnant women, between the 16th and 36th weeks of pregnancy, attending primary care services in the cities of Porto Alegre and Bento Gonçalves, Brazil. Sociodemographic questionnaire, food frequency questionnaire and the instrument Assessment of Mental Disorders in Primary Care - PRIME-MD were applied. Dietary patterns were identified in a previous study using the variable "ranking of the percentage of the total energy" by k-means algorithm in cluster analysis. To evaluation of food groups intake we created the variable “intake adequacy” taking into consideration the increase in daily calorie pregnancy. Poisson regression models with robust variance were constructed to determine the prevalence ratios crude and adjusted. Results: Women who had a common-Brazilian dietary pattern presented a major depressive disorder prevalence of 41% higher (95% CI 1.00-2.00) when compared to those who had a varied pattern of consumption, adjusting for city of residence and violence during pregnancy. Pregnant women who had an insufficient fruits intake presented a major depression prevalence 42% higher (95% CI 1.03-1.96) than women with adequate intake. In the same way, women with a high sweets and sugars consumption presented prevalence of depression 88% higher (95% CI 1.16 to 3.06) than those who had a lower intake of this food group, adjusting for age, pregestational BMI, city of residence and violence during pregnancy. Regarding generalized anxiety women who had a legume intake below the recommended a higher prevalence of anxiety 39% (95% CI 1.01-1.90) was found when compared to women who had an adequate consumption, adjusting for age and violence during pregnancy. Conclusions: Our findings point out for a possible role of healthy eating habits during pregnancy including the consumption of fruits, vegetables and legumes, and these are associated with lower prevalence of mental disorders. However, future longitudinal studies are needed to confirm the relationship between diet and mental health during pregnancy.
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Associação entre padrões alimentares e transtornos mentais em gestantes do sul do Brasil

Ahlert, Jéssica Taísi January 2013 (has links)
Objetivo: Avaliar a associação entre padrões alimentares e transtornos mentais em uma amostra de gestantes no sul do Brasil. Método: Estudo transversal com 712 gestantes, entre a 16ª e 36ª semana de gestação, atendidas em unidades básicas de saúde das cidades de Porto Alegre e Bento Gonçalves, Brasil. Foram aplicados questionários sociodemográfico, de frequência alimentar e o instrumento de Avaliação de Transtornos Mentais na Atenção Primária - PRIME-MD. Padrões alimentares foram identificados em estudo prévio através da variável “ranking do percentual do valor energético total” pelo algoritmo k-means na análise de agrupamento. Para avaliar o consumo dos grupos alimentares foi criada uma variável de adequação de consumo levando em consideração o acréscimo calórico diário no período gestacional. Regressão de Poisson com variância robusta foi utilizada para a determinação das razões de prevalência bruta e ajustada. Resultados: Mulheres que apresentaram um padrão de consumo alimentar comumbrasileiro tiveram uma prevalência 41% maior de transtorno depressivo maior (IC 95% 1,00 – 2,00) quando comparadas àquelas que apresentaram um padrão variado de consumo, ajustando-se para cidade de moradia e violência na gestação. Gestantes que tiveram um consumo insuficiente de frutas apresentaram uma prevalência 42% maior de depressão maior (IC 95% 1,03 – 1,96) do que as gestantes com consumo adequado, assim como, aquelas que apresentaram consumo elevado de doces e açucares tiveram uma prevalência 88% mais elevada de depressão (IC 95% 1,16 – 3,06) quando comparadas àquelas que tiveram um consumo menor desse grupo alimentar, ajustando-se para idade, IMC pré-gestacional, cidade de moradia e violência na gestação. Em relação à ansiedade generalizada as mulheres que tiveram um consumo abaixo do preconizado de leguminosas apresentaram uma prevalência 39% mais elevada de ansiedade (IC 95% 1,01 – 1,90) do que as mulheres que tiveram um consumo adequado, ajustando-se para idade e violência na gestação. Conclusão: Nossos achados alertam para uma possível importância de hábitos alimentares saudáveis durante a gestação incluindo o consumo de frutas, vegetais e leguminosas, estando estes associados a menor prevalência de transtornos mentais. Entretanto futuros estudos longitudinais são necessários para confirmar a relação entre dieta e saúde mental na gestação, dada a escassez de evidências sobre esta questão. / Objective: To evaluate the association between dietary patterns and mental disorders in a sample of pregnant women in southern Brazil. Methods: Cross-sectional study with 712 pregnant women, between the 16th and 36th weeks of pregnancy, attending primary care services in the cities of Porto Alegre and Bento Gonçalves, Brazil. Sociodemographic questionnaire, food frequency questionnaire and the instrument Assessment of Mental Disorders in Primary Care - PRIME-MD were applied. Dietary patterns were identified in a previous study using the variable "ranking of the percentage of the total energy" by k-means algorithm in cluster analysis. To evaluation of food groups intake we created the variable “intake adequacy” taking into consideration the increase in daily calorie pregnancy. Poisson regression models with robust variance were constructed to determine the prevalence ratios crude and adjusted. Results: Women who had a common-Brazilian dietary pattern presented a major depressive disorder prevalence of 41% higher (95% CI 1.00-2.00) when compared to those who had a varied pattern of consumption, adjusting for city of residence and violence during pregnancy. Pregnant women who had an insufficient fruits intake presented a major depression prevalence 42% higher (95% CI 1.03-1.96) than women with adequate intake. In the same way, women with a high sweets and sugars consumption presented prevalence of depression 88% higher (95% CI 1.16 to 3.06) than those who had a lower intake of this food group, adjusting for age, pregestational BMI, city of residence and violence during pregnancy. Regarding generalized anxiety women who had a legume intake below the recommended a higher prevalence of anxiety 39% (95% CI 1.01-1.90) was found when compared to women who had an adequate consumption, adjusting for age and violence during pregnancy. Conclusions: Our findings point out for a possible role of healthy eating habits during pregnancy including the consumption of fruits, vegetables and legumes, and these are associated with lower prevalence of mental disorders. However, future longitudinal studies are needed to confirm the relationship between diet and mental health during pregnancy.
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Inibição neonatal da recaptação da serotonina: estudo de eventuais alterações na expressão gênica de receptores serotoninérgicos, no comportamento alimentar e em indicadores metabólicos

GALINDO, Lígia Cristina Monteiro 17 June 2013 (has links)
Submitted by Felipe Lapenda (felipe.lapenda@ufpe.br) on 2015-03-18T14:35:57Z No. of bitstreams: 2 TESE Ligia Cristina Monteiro Galindo.pdf: 2049809 bytes, checksum: 94b7c9517e9057c7d444bae643bdb26e (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-03-18T14:35:57Z (GMT). No. of bitstreams: 2 TESE Ligia Cristina Monteiro Galindo.pdf: 2049809 bytes, checksum: 94b7c9517e9057c7d444bae643bdb26e (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Previous issue date: 2013-06-17 / Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco ; Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico ; Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A serotonina (5-HT) é um neurotransmissor-chave envolvido na ontogênese do sistema nervoso sendo importante para a manutenção do balanço energético. Inicialmente foram verificados os efeitos da inibição farmacológica neonatal da recaptação da serotonina sobre parâmetros alimentares e metabólicos em ratos adultos expostos ou não à dieta hipercalórica. Os filhotes de ratos Wistar receberam, diariamente, salina estéril 0,9% (C, n=10, NaCl0,9%, 1μl/g, s.c) ou solução fluoxetina (F, n=10, 10mg/Kg, 1μl/g p.c, s.c) do 1º a o 21º DPN. Cada grupo recebeu uma injeção subcutânea diária e foram utilizados apenas um ou dois animais por grupo provindos da mesma ninhada para as análises. A partir dos 180 dias de vida, alguns animais dos grupos C e F foram submetidos à dieta hipercalórica durante cinco semanas constituindo os grupos seguintes grupos: C (C, n=10); Cdiet (Cd, n=10), F (F, n=10) e Fiet (Fd, n=10). Foram analisados peso corporal, consumo alimentar, deposição de tecido abdominal branco, expressão gênica hipotalâmica de 5-HT1B, 5-HT2C, NPY e POMC, tolerância à glicose; níveis plasmáticos de triglicerídeos e colesterol antes após ingestão crônica de dieta hipercalórica. Os animais tratados com SSRI no período neonatal apresentaram, na idade adulta, menores peso corporal e consumo alimentar (C=27,20±0,7 vs F=22,3±0,3, n=10)(P=0,0001) que os controles. Após alimentarem-se com dieta hipercalórica, os animais do grupo Cd e Fd apresentaram consumo alimentar e ganho de peso equivalente. Entretanto o grupo Fd acumulou 64,32% de tecido adiposo branco em relação à F versus os 100,96% de acúmulo do grupo Cd em relação ao C. A análise Post Hoc da expressão hipotalâmica de 5-HT2C evidenciou menor expressão deste receptor nos animais submetidos à inbição farmacológica da recaptação da serotonina em relação ao grupo Controle (C= 1,08±0,02 vs F=0,8±0,04, n=4, P˂0,001). Após sobrecarga energética, o grupo Fdiet aumentou a expressão de RNAm 5-HT2C em relação ao grupo Cdiet (Cd=1,06±0,03 vs Fd=1,23±0,01, n=4, P˂0,01) e ao grupo Fluoxetina (F=0,8±0,04 vs Fd=1,23±0,01, n=4. P˂0,0001). Os animais tratados com SSRI durante a lactação ainda apresentaram menores níveis glicêmicos em jejum e menor aumento dos níveis de colesterol plasmático. Utilizando o mesmo modelo experimental, a sequência comportamental de saciedade foi verificada após dose aguda de fluoxetina (10 mg/Kg; 1μl/g, i.p.). Outro experimento testou a expressão da proteína C-fos no NTS e ARC após jejum seguido por 90 minutos de exposição alimentar. Também foram mensurados os níveis de serotonina no hipotálamo. A inibição farmacológica da serotonina durante o período de lactação promoveu antecipação de saciedade, redução na ingestão alimentar dos grupos controle (C = 14.6 ± 1.6 vs CF = 6.6 ± 0.7) e fluoxetina (F = 9.4 ± 1 vs FF = 4.6 ± 0.5) e menor duração de alimentação entre os animais controle (C = 955 ± 66 vs CF = 646.4 ± 79). Em contraste, a imunoreatividade neuronal em resposta ao estímulo alimentar foi evidenciada pela maior expressão de C-fos entre os animais tratados com SSRI no núcleo arqueado (C = 33.2 F = ± 1.3 vs 53.4 ± 3.2) (P <0.0001) e nas regiões rostral (C = 105.1 ± 11.3 vs 207.2 ± F = 26.0) (P <0.001) e medial do NTS (C = 98.2 ± 10.1 vs. 154.8 ± 15.0 F = ) (P <0.01). Em conjunto, os resultados revelam que a inibição neonatal da recaptação da serotonina promove alterações morfofisiológicas e comportamentais a longo-prazo. As características comportamentais e gênicas bem como os indicadores bioquímicos sugerem que a plasticidade fenotípica deste organismo direciona-se à menor ingestão alimentar, menor armazenamento de energia e maior susceptibilidade à variação dos indicadores bioquímicos plasmáticos de síndrome metabólica em resposta à sobrecarga energética.

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