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Procedimentos para ensinar comportamento textual com base na nomeação de figurasPaulino, Emanuelle Cristina 13 August 2003 (has links)
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Previous issue date: 2003-08-13 / Financiadora de Estudos e Projetos / This study is part of a research program that has the main goal of developing procedures to foster reading acquisition. In the present experiment we investigated the transfer of stimulus control from pictures to printed words in the emergence of textual behavior. Participants were 42 first degree students, attending a public school, who had a history of school failure. The students were able to name the pictures and the procedure was built on this repertoire: the basic procedure consisted of pairing pictures and the printed
words. Periodically, the students were presented only with printed words, to verify if
and when they were able to read the words. A control procedure consisted of pairing printed words dictated words (rather than the figures). The visual stimuli (pictures and printed words) were presented within a square in the center of the monitor screen. The dictated words, previously recorded, were presented through speakers. The student s task consisted of saying the word that corresponded to the printed word on the screen. The student s oral response finished the trial and produced differential consequences
(for either correct or incorrect responses). If no answer was given, the trial automatically ended after twenty seconds. Students were allocated to four experimental conditions. In the first condition (Simultaneous pairing), the visual stimuli (pictures and printed words) were simultaneously presented on the screen. In the second one (Fading), the picture was gradually faded-out along successive trials. In the third condition (Delay), the trial began with the printed word on the screen and the picture was
presented some seconds later; the duration of the delay was gradually increased along successive trials. In the fourth condition (Control) a dictated word was presented, rather than the picture, simultaneously with the printed word. In all of the conditions, the teaching program was the same: 50 non-abstract words were taught and tested, divided into 5 groups of 10 words. Each block of 10 training trials alternated with a block of 10 test trials in which only the printed word was on the screen. The experiment was
conducted in two phases. In Phase 1 a fixed number of training blocks was presented (5)
in order to establish how much each participant acquired of the target performance. In Phase 2, the training continued until the student reached 100% of correct answers in a group of 10 words, before proceding to the next group. A reading test with the 50 taught words (retention) and 30 new words (generalization) was conducted at the end of Phase 2. For each experimental condition Simultaneous, Fading, Delay and Control, the
median percentage of reading trained words at the end of Phases 1 and 2 were, respectively: 10 and 40%; 0 and 33.3%; 13.3 and 40%; and 6.3 and 40%. The increases in the percentage of correct reading from Phase 1 to Phase 2 were statistically
significant in all four conditions, but there were no differences among the conditions
neither in Phase 1 or Phase 2. The tests with new words, in both phases, showed that there was no reading generalization. In spite of some improvement in reading trained words, the retention of textual behavior was very low (less than 50% in all of the conditions), showing transitory effects of the teaching procedures and difficulty in the transfer of stimuli control from pictures to printed words. The inefficacy of the procedure could be due to several variables, including a blocking effect or a lack of
systematic pairing between spoken words and printed words, pointed by literature as
essential for the reading acquisition. However, data from the control condition, in which
the dictated words were paired with printed words, showed the same performance levels
and therefore rules-out this possibility and suggest the need to investigate other
variables, such as the student s entrance repertoire. / Este estudo faz parte de um programa mais amplo de pesquisa, visando o desenvolvimento de procedimentos de ensino de leitura. O objetivo consistiu em investigar a aquisição de comportamento textual pela transferência de controle de estímulos da figura para a palavra impressa. Participaram do estudo 42 alunos de uma
escola pública de primeiro grau, que estavam apresentando dificuldades de aprendizagem. Dado que o aluno era capaz de dizer as palavras correspondentes às figuras, o procedimento básico consistia em emparelhar a figura e a palavra impressa. Sondas periódicas, com a palavra impressa apresentada sozinha, permitiam verificar se
e quando o aluno começava a dizer a palavra diante da palavra impressa. Um procedimento controle consistiu em emparelhar a palavra impressa com a palavra ditada (em lugar da figura). Os estímulos visuais (figura e palavra impressa) apareciam centralizados na tela de um microcomputador; as palavras ditadas, previamente
gravadas, eram apresentadas por meio de alto-falante. A tarefa do aluno consistia em falar a palavra correspondente à palavra impressa na tela. A resposta do aluno terminava a tentativa e produzia conseqüências diferenciais (para acerto ou erro). Se nenhuma resposta ocorresse, a tentativa era automaticamente encerrada após vinte segundos. Foram empregadas quatro condições experimentais, com 10 crianças em cada condição.
Na primeira condição (Emparelhamento Simultâneo), os estímulos visuais (figura e palavra impressa) eram apresentados na tela ao mesmo tempo. Na segunda (Fading), a nitidez da figura ia sendo gradualmente reduzida, ao longo de tentativas sucessivas. Na terceira (Atraso), a tentativa começava com a palavra impressa na tela e a figura era apresentada alguns segundos depois; a duração do atraso aumentava gradualmente ao
longo de tentativas sucessivas. Na quarta condição (Controle), em vez da figura era apresentada uma palavra ditada simultaneamente à palavra impressa. Em todas as condições, o programa de ensino era o mesmo: eram ensinados e testados 50 substantivos concretos, divididos em 5 conjuntos de 10 palavras. Cada bloco de 10 tentativas de treino por emparelhamento era alternado com um bloco de 10 tentativas de sonda (apenas a palavra impressa). Em uma primeira fase, foi conduzido um número
fixo (5) de blocos de treino, visando estabelecer quanto cada participante adquiria do desempenho alvo. Na Fase 2, o treino prosseguia até que o aluno alcançasse 100% de acertos com um conjunto de 10 palavras, antes de passar para o conjunto seguinte. Um teste de leitura com as 50 palavras ensinadas (para verificação de retenção) e 30 palavras novas (para verificação de generalização) era conduzido ao final da Fase 2.
Para cada condição experimental Simultâneo, Fading, Atraso e Controle, as medianas da porcentagem de leitura das palavras ensinadas ao final das fases 1 e 2, foram, respectivamente: 10 e 40%; 0 e 33,3%; 13,3 e 40%; e 6,3 e 40%. Os aumentos da Fase 1 para a Fase 2 foram estatisticamente significativos nas quatro condições, mas não houve diferenças entre as condições em nenhuma das duas fases. Os testes com palavras novas, em ambas as fases, mostraram que não ocorreu generalização de leitura. Apesar da melhora na leitura das palavras ensinadas, a retenção do comportamento textual foi
bastante baixa (menos que 50% em todas as condições), evidenciando efeitos transitórios do emparelhamento figura-palavra impressa e dificuldade na transferência de controle de estímulos da figura para a palavra impressa. A ineficácia do procedimento poderia ser devida a uma série de variáveis, incluindo um possível efeito
de bloqueio ou falta de emparelhamento sistemático entre a palavra falada e a palavra impressa, apontada pela literatura como essencial para a aquisição de leitura. No entanto, os dados da condição Controle, em que a palavra ditada era emparelhada à palavra impressa mostraram os mesmos níveis de desempenho e portanto, descartam essa possibilidade e sugerem a necessidade de investigação de outras variáveis, entre as quais o repertório de entrada do aluno.
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Ensino de Leitura na Linguística de Bloomfield e na Análise Comportamental de Skinner / Reading instruction in Bloomfield's Linguistics and Skinner's Behavioral Analysis.Conceição, Djenane Brasil da 15 December 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-12-15 / Não recebi financiamento / In a literate society like ours there are many advantages for both the individual and for the community in knowing how to read and write. Brazil's high illiteracy rates are well known, and eradicating functional illiteracy is a major ethical and political goal that studies and researches can help to reach. The present dissertation is an attempt to advance in this direction. We conducted a comparative analysis of the concept of reading and the method for teaching to read from the viewpoints of Leonard loomfield's structural linguistics and of B. F. Skinner's behavioral analysis. We worked on representative texts about the concept of reading and teaching to read by these two scholars. In behavior analysis, as a result of the findings of this research, we went beyond Skinner's texts, and entered the field of errorless learning. Leonard Bloomfield (1887-1949), one of the most important linguists of the twentieth century, was a behaviorist and influenced many aspects of B. F. Skinner’s work. In the 1930s Bloomfield developed a method for teaching reading, which culminated in the publication of “Let’s Read” in 1961. B. F. Skinner (1904-1990), the founder of behavior
analysis, has been considered by many as the most prominent psychologist of the twentieth century. In the 1950s Skinner published "Verbal Behavior" (1957/1992), in which he addressed the study of language conceived as verbal behavior. Bloomfield considered the basic repertoire of reading as alphabetic habit, which consists in emitting vocal verbal responses corresponding to the printed text, a concept that is compatible with the design of Skinner's concept of textual (one of the units of analysis of verbal behavior). Both Bloomfield and Skinner considered the basic repertoire of reading, the alphabetic habit or textual behavior, as a prerequisite for reading comprehension. Teaching grapheme-phoneme correspondences as an essential part of a reading instruction program was advocated by Bloomfield and is nowadays widely accepted by researchers in the field of reading instruction. The fundamental principle that guides Bloomfield's reading instruction method is the systematic organization of the words presented for reading, based on the degree of regularity of grapheme-phoneme correspondences, from the alphabetic principle to reaching correspondences that deviate far from this principle. The basic teaching procedure is to present pairs of words that contrast in just one or a few letters. This procedure is compatible with differential reinforcement of responses in the presence of specific stimuli procedures
used in establishing discrimination in Skinner's behavioral analysis. In addition, we identified in Bloomfield's reading instruction method principles of programmed instruction, which Skinner formulated in the 1950s. For example, requiring the learner to present at least one active response in every step of teaching, reinforcing correct answers immediately after their emission and preparing teaching materials in a gradual progression to enhance the learner's performance in every step of the teaching program. We identified that in Bloomfield's method he advocated errorless learning or learning with few errors, an element that appears in Skinner's behavioral analysis. We concluded that Bloomfield and Skinner's reading concepts are very similar and that Bloomfield's reading instruction method is compatible with behavioral analytical teaching procedures. Bloomfield designed a behavioral reading instruction method, advocated errorless learning or with a minimum of errors and attributed the emission of wrong answers by the learner to teaching method, as supported by the field of errorless learning. It should not be considered that Bloomfield's reading instruction method
has actually been tested. Skinner's behavior analysis can contribute to refinements in
Bloomfield's reading instruction method, for example, by systematizing the use of extrinsic reinforcers. The adaptation of Bloomfield's reading instruction method to the Portuguese language and its systematic combination with principles and procedures of behavior analysis require the collaborative work of linguists and behavior analysts (at least) and would have great potential, as shown by our analysis, towards solving the problem of Brazil's high rates of functional illiteracy. / Numa sociedade letrada como a nossa, saber ler e escrever traz muitas vantagens tanto para o indivíduo quanto para a comunidade. Os elevados níveis de analfabetismo no Brasil são bem conhecidos e erradicar o analfabetismo funcional é uma importante meta ético-política, que estudos e pesquisas podem ajudar a alcançar. A presente tese é uma tentativa nesta direção. Realizamos uma análise comparativa das concepções de leitura e método preconizado para seu ensino na perspectiva da linguística estrutural de Leonard Bloomfield e da análise comportamental de B. F. Skinner. Trabalhamos com textos representativos da concepção de leitura e de ensino de leitura desses dois autores. Na análise comportamental, como consequência dos próprios achados da pesquisa, avançamos além dos textos de Skinner, ingressando no campo da aprendizagem sem erros. Leonard Bloomfield (1887-1949) foi um dos mais importantes linguistas do século XX, era behaviorista e influenciou vários aspectos da obra de B. F. Skinner. Na década de 1930, Bloomfield elaborou um método de ensino de leitura, culminando na publicação de “Let’s Read” em 1961. B. F. Skinner (1904-1990), o fundador da análise do comportamento, tem sido considerado por muitos como o psicólogo mais proeminente do século XX. Na década de 1950, Skinner publicou "Verbal Behavior" (1957/1992) em que abordou o estudo da linguagem considerada como comportamento verbal. Bloomfield concebeu o repertório básico de leitura como hábito alfabético, consistindo na emissão das respostas verbais vocais correspondentes ao texto impresso, conceito compatível com a concepção de Skinner de textual (uma das unidades de análise do comportamento verbal). Tanto Bloomfield quanto Skinner consideram o repertório básico de leitura (o hábito alfabético ou o comportamento textual) como um pré-requisito para a leitura com compreensão. O ensino das correspondências grafema-fonema como parte essencial de um programa de ensino de leitura foi defendido por Bloomfield e é, hoje em dia, amplamente aceito por pesquisadores no campo do ensino de leitura. O princípio fundamental que norteia o método de ensino de leitura bloomfieldiano é a organização sistemática das palavras apresentadas para leitura em função do grau de regularidade das correspondências grafemafonema, partindo do princípio alfabético até serem atingidas correspondências que se afastam muito deste princípio. O procedimento de ensino básico consiste em apresentar pares de palavras que cotrastam em apenas uma ou algumas letras. Este procedimento é compatível com procedimentos de reforçamento diferencial de respostas na presença de estímulos específicos, empregado no estabelecimento de discriminações numa análise comportamental skinneriana. Além disto, identificamos no método de ensino de leitura bloomfieldiano a presença de princípios da instrução programada, que Skinner formulou na década de 1950. Por exemplo, exigir que o aprendiz emita ao menos uma reposta ativa a cada passo do ensino, reforçando as respostas corretas imediatamente após sua emissão, e elaborar materiais de ensino, numa progressão gradual, que fomente o desempenho preciso do aprendiz a cada passo do programa de ensino. Encontramos no método de Bloomfield a defesa do ensino sem erros ou com poucos erros, um elemento que também aparece na análise comportamental skinneriana. Concluímos que as concepções de leitura de Bloomfield e de Skinner são muito semelhantes e o método bloomfieldiano para seu ensino é compatível com os procedimentos de ensino utilizados na análise do comportamento. Bloomfield elaborou um método comportamental de ensino de leitura, defendeu a aprendizagem sem erros ou com um mínimo de erros, e relacionou a apresentação de respostas erradas pelo aprendiz ao método de ensino, tal como se defende no campo da aprendizagem sem erros. Não se pode considerar que o método de ensino de leitura elaborado por Bloomfield tenha sido efetivamente testado. A análise do comportamento skinneriana pode contribuir para refinar o método de ensino de leitura bloomfieldiano, por exemplo, pela sistematização do uso de reforçadores extrínsecos. A adaptação do método de ensino de leitura bloomfieldiano à língua portuguesa e sua combinação sistemática com princípios e procedimentos analítico-comportamentais requer o trabalho colaborativo de linguistas e analistas do comportamento (no mínimo) e tem grande potencial, como mostram nossas análises, para participar do enfrentamento do problema dos altos índices de analfabetismo funcional no Brasil.
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