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Substratos neuroanatômicos e celulares do comportamento de autolimpeza exacerbada (hypergrooming) induzido pela injeção de ocitocina no núcleo central da amígdala, um modelo experimental de transtorno obsessivo-compulsivo / Neuroanatomical and cellular substrates of the behavior hypergrooming induced by microinjection of oxytocin in central nucleus of amygdala, an experimental model of obsessive-compulsive disorder

Marroni, Simone Saldanha 16 December 2005 (has links)
Ocitocina (OT) é um nonapeptídeo neurosecretório sintetizado nas células hipotalâmicas que se projetam para a neurohipófise e para locais extensamente distribuídos no sistema nervoso central. As microinjeções centrais de OT induzem uma variedade de comportamentos em animais no âmbito cognitivo, sexual, reprodutivo, de autolimpeza e afiliativo. O transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) inclui uma escala dos sintomas cognitivos e comportamentais que tem alguma relação com dimensões de comportamento associadas com a OT. A administração de OT no núcleo central da amígdala (CeA) induz autolimpeza exacerbada, considerada um sintoma de TOC. Neste trabalho, nós estudamos os substratos neuroanatômicos e celulares deste comportamento. Nossos dados sugerem uma ligação entre o CeA e a “área hipotalâmica de grooming" (HGA). A HGA inclui parte do núcleo paraventricular do hipotálamo e a área hipotalâmica dorsal. Nossos dados mostrando co-localização de OT (imunohistoquímica para peptídeo), receptor para OT (ensaio de binding) e marcação de células retrogradamente depois da injeção de Fluoro-Gold no CeA sugerem que o CeA e conexões são substratos importantes nos circuitos subjacentes de comportamento normal e de quadro patológico tal como o TOC dependente de OT descrito neste trabalho. / Oxytocin (OT) is a neurosecretory nonapeptide synthesized in hypothalamic cells that project to the neurohypophysis as well as to widely distributed sites in the central nervous system. Central OT microinjections induce a variety of cognitive, sexual, reproductive, grooming and affiliative behaviors in animals. Obsessive-compulsive disorder (OCD) includes a range of cognitive and behavioral symptoms that bear some relationship to dimensions of behavior associated with OT. The administration of OT into central nucleus of amygdala (CeA) induces hypergrooming, considered a symptom of OCD. Here, we study the neuroanatomical and cellular substrates of this behavior. Our data suggest a link between the CeA and the “hypothalamic grooming area" (HGA). The HGA includes parts of the paraventricular hypothalamic nucleus and the dorsal hypothalamic area. Our data on co-localization of OT (immunohistochemistry for peptide), OT receptor (binding assay) and retrogradely labeled cells after Fluoro Gold injection in CeA suggest that CeA and connections are an important substrate of the circuit underlying this OCD-like OT-dependent behavior.
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Substratos neuroanatômicos e celulares do comportamento de autolimpeza exacerbada (hypergrooming) induzido pela injeção de ocitocina no núcleo central da amígdala, um modelo experimental de transtorno obsessivo-compulsivo / Neuroanatomical and cellular substrates of the behavior hypergrooming induced by microinjection of oxytocin in central nucleus of amygdala, an experimental model of obsessive-compulsive disorder

Simone Saldanha Marroni 16 December 2005 (has links)
Ocitocina (OT) é um nonapeptídeo neurosecretório sintetizado nas células hipotalâmicas que se projetam para a neurohipófise e para locais extensamente distribuídos no sistema nervoso central. As microinjeções centrais de OT induzem uma variedade de comportamentos em animais no âmbito cognitivo, sexual, reprodutivo, de autolimpeza e afiliativo. O transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) inclui uma escala dos sintomas cognitivos e comportamentais que tem alguma relação com dimensões de comportamento associadas com a OT. A administração de OT no núcleo central da amígdala (CeA) induz autolimpeza exacerbada, considerada um sintoma de TOC. Neste trabalho, nós estudamos os substratos neuroanatômicos e celulares deste comportamento. Nossos dados sugerem uma ligação entre o CeA e a “área hipotalâmica de grooming” (HGA). A HGA inclui parte do núcleo paraventricular do hipotálamo e a área hipotalâmica dorsal. Nossos dados mostrando co-localização de OT (imunohistoquímica para peptídeo), receptor para OT (ensaio de binding) e marcação de células retrogradamente depois da injeção de Fluoro-Gold no CeA sugerem que o CeA e conexões são substratos importantes nos circuitos subjacentes de comportamento normal e de quadro patológico tal como o TOC dependente de OT descrito neste trabalho. / Oxytocin (OT) is a neurosecretory nonapeptide synthesized in hypothalamic cells that project to the neurohypophysis as well as to widely distributed sites in the central nervous system. Central OT microinjections induce a variety of cognitive, sexual, reproductive, grooming and affiliative behaviors in animals. Obsessive-compulsive disorder (OCD) includes a range of cognitive and behavioral symptoms that bear some relationship to dimensions of behavior associated with OT. The administration of OT into central nucleus of amygdala (CeA) induces hypergrooming, considered a symptom of OCD. Here, we study the neuroanatomical and cellular substrates of this behavior. Our data suggest a link between the CeA and the “hypothalamic grooming area” (HGA). The HGA includes parts of the paraventricular hypothalamic nucleus and the dorsal hypothalamic area. Our data on co-localization of OT (immunohistochemistry for peptide), OT receptor (binding assay) and retrogradely labeled cells after Fluoro Gold injection in CeA suggest that CeA and connections are an important substrate of the circuit underlying this OCD-like OT-dependent behavior.
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O (in)divíduo compulsivo: uma genealogia na fronteira entre a disciplina e o controle

Siqueira, Leandro Alberto de Paiva 16 October 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-25T20:22:56Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Leandro Alberto de Paiva Siqueira.pdf: 3521197 bytes, checksum: 69a587110b1ceae987343d261e25189e (MD5) Previous issue date: 2009-10-16 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Beginning in the 1990s, diverse habits, conducts, and daily-life behaviors, when practised in excess, in an uncontrolled or repetitive manner began to be biologized by psychiatry and progressively included in diagnostic manuals of mental disorders. Generically known by the term compulsions, these "new mental disorders" group together thoughts and desires that provoke discomfort, fear, and anxiety the activities whose engagement brings pleasure such as playing, eating, buying, doing physical exercise, working, sex, surfing the internet, using substances that alter perception, relationships, and religion. The emergency of compulsions as a new "epidemic" to be combatted against occurred at the same that psychiatry went through a reformulating process of its practices and knowledge thanks to new computo-informational technologies, the development of modern psychopharmaceuticals, and the incorporation of the contents regarding the mental and human behavior produced by the neurosciences. This research aims to trace a genealogy of compulsions in order to problematize dispositifs of power that operate subjects at the moment when disciplinary societies, analyzed by Michel Foucault, come to be overlapped by control societies, as pointed out by Gilles Deleuze. In this change, the asylum no longer is the principal economy of power in the formatation of subjectivities, in order to be substituted by technologies that operate in open air and result in normalizations of the normal. They are technologies that combine subjections and machinic servitudes, promoting processes of (in)dividuation, and take place on an environment by means of flows of mental health that convokes the policing of "disfunctions", the auto-vigilance of behaviors and conducts, and the formation of organized groupings of carriers of disorders. Understood as unfoldings of neoliberal governamentality, compulsions are configured as one more dispositif of an "era of moderation and moderates" and of the proliferation of the sensations of liberty / A partir dos anos 1990, diversos hábitos, condutas e comportamentos da vida cotidiana, quando praticados em excesso, de maneira descontrolada ou repetitiva passaram a ser biologizados pela psiquiatria e progressivamente incluídos em manuais de diagnósticos de transtornos mentais. Conhecidos genericamente pelo termo compulsões, estes novos transtornos mentais reúnem desde pensamentos e desejos que provocam desconforto, medo e ansiedade a atividades cujo engajamento traz prazer como jogar, comer, comprar, fazer exercícios físicos, trabalhar, sexo, navegar na Internet, usar substâncias que alterem a percepção, relacionamentos e religião. A emergência das compulsões como nova epidemia a ser combatida ocorreu simultaneamente à psiquiatria passar por um processo de reformulação de suas práticas e conhecimentos graças às novas tecnologias computoinformacionais, ao desenvolvimento de modernos psicofármacos e à incorporação de conteúdos sobre o mental e o comportamento humano produzidos pelas neurociências. Esta pesquisa visa traçar uma genealogia das compulsões a fim de problematizar dispositivos de poder que operam assujeitamentos no momento em que as sociedades disciplinares, analisadas por Michel Foucault, passam a ser sobrepostas pelas sociedades de controle, como apontou Gilles Deleuze. Neste deslocamento, o manicômio deixa de ser a principal economia de poder na formatação de subjetividades, para ser substituído por tecnologias que operam a céu aberto e procedem a normalizações do normal. São tecnologias que combinam sujeições e servidões maquínicas, promovendo processos de (in)dividuação, e incidem sobre o ambiente por meio de fluxos da saúde mental que convocam ao policiamento de disfunções , à autovigilância de comportamentos e condutas e à formação de agrupamentos organizados de portadores de transtornos. Entendidas como desdobramentos da governamentalidade neoliberal, as compulsões configuram-se como mais um dispositivo de uma era da moderação e dos moderados em meio à proliferação de sensações de liberdade
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O (in)divíduo compulsivo: uma genealogia na fronteira entre a disciplina e o controle

Siqueira, Leandro Alberto de Paiva 16 October 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-26T14:57:49Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Leandro Alberto de Paiva Siqueira.pdf: 3521197 bytes, checksum: 69a587110b1ceae987343d261e25189e (MD5) Previous issue date: 2009-10-16 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Beginning in the 1990s, diverse habits, conducts, and daily-life behaviors, when practised in excess, in an uncontrolled or repetitive manner began to be biologized by psychiatry and progressively included in diagnostic manuals of mental disorders. Generically known by the term compulsions, these "new mental disorders" group together thoughts and desires that provoke discomfort, fear, and anxiety the activities whose engagement brings pleasure such as playing, eating, buying, doing physical exercise, working, sex, surfing the internet, using substances that alter perception, relationships, and religion. The emergency of compulsions as a new "epidemic" to be combatted against occurred at the same that psychiatry went through a reformulating process of its practices and knowledge thanks to new computo-informational technologies, the development of modern psychopharmaceuticals, and the incorporation of the contents regarding the mental and human behavior produced by the neurosciences. This research aims to trace a genealogy of compulsions in order to problematize dispositifs of power that operate subjects at the moment when disciplinary societies, analyzed by Michel Foucault, come to be overlapped by control societies, as pointed out by Gilles Deleuze. In this change, the asylum no longer is the principal economy of power in the formatation of subjectivities, in order to be substituted by technologies that operate in open air and result in normalizations of the normal. They are technologies that combine subjections and machinic servitudes, promoting processes of (in)dividuation, and take place on an environment by means of flows of mental health that convokes the policing of "disfunctions", the auto-vigilance of behaviors and conducts, and the formation of organized groupings of carriers of disorders. Understood as unfoldings of neoliberal governamentality, compulsions are configured as one more dispositif of an "era of moderation and moderates" and of the proliferation of the sensations of liberty / A partir dos anos 1990, diversos hábitos, condutas e comportamentos da vida cotidiana, quando praticados em excesso, de maneira descontrolada ou repetitiva passaram a ser biologizados pela psiquiatria e progressivamente incluídos em manuais de diagnósticos de transtornos mentais. Conhecidos genericamente pelo termo compulsões, estes novos transtornos mentais reúnem desde pensamentos e desejos que provocam desconforto, medo e ansiedade a atividades cujo engajamento traz prazer como jogar, comer, comprar, fazer exercícios físicos, trabalhar, sexo, navegar na Internet, usar substâncias que alterem a percepção, relacionamentos e religião. A emergência das compulsões como nova epidemia a ser combatida ocorreu simultaneamente à psiquiatria passar por um processo de reformulação de suas práticas e conhecimentos graças às novas tecnologias computoinformacionais, ao desenvolvimento de modernos psicofármacos e à incorporação de conteúdos sobre o mental e o comportamento humano produzidos pelas neurociências. Esta pesquisa visa traçar uma genealogia das compulsões a fim de problematizar dispositivos de poder que operam assujeitamentos no momento em que as sociedades disciplinares, analisadas por Michel Foucault, passam a ser sobrepostas pelas sociedades de controle, como apontou Gilles Deleuze. Neste deslocamento, o manicômio deixa de ser a principal economia de poder na formatação de subjetividades, para ser substituído por tecnologias que operam a céu aberto e procedem a normalizações do normal. São tecnologias que combinam sujeições e servidões maquínicas, promovendo processos de (in)dividuação, e incidem sobre o ambiente por meio de fluxos da saúde mental que convocam ao policiamento de disfunções , à autovigilância de comportamentos e condutas e à formação de agrupamentos organizados de portadores de transtornos. Entendidas como desdobramentos da governamentalidade neoliberal, as compulsões configuram-se como mais um dispositivo de uma era da moderação e dos moderados em meio à proliferação de sensações de liberdade

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