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Variação linguística e processamento: investigando o papel da distância entre sujeito e verbo na realização da concordância verbal variável no PBHenrique, Késsia da Silva 07 April 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-04-07 / FAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais / Esta dissertação tem como tema o processamento da concordância verbal variável no
PB, com foco nos aspectos cognitivos e perceptuais desse fenômeno. O PB apresenta
duas regras gerais na realização da concordância de número: (i) marcação redundante de
plural no sujeito e no verbo (As meninas brincam aqui) e, (ii) marcação não redundante,
em que a marca é obrigatória no sujeito (realizada geralmente em D) e pode ser omitida
nos demais elementos (As meninaØ brincaØ aqui). Estudos prévios sobre a
concordância variável, desenvolvidos no contexto da Sociolinguística Variacionista, têm
elencado um conjunto de fatores que favoreceriam a ocorrência de cada uma dessas
regras. Existem, no entanto, lacunas importantes na literatura no que tange ao
processamento dessa variação. A fundamentação teórica do presente trabalho articula o
modelo formal de língua formulado pela Teoria Gerativa, principalmente na sua versão
minimalista, e modelos de processamento linguístico – em particular, no que diz
respeito ao processamento das relações de concordância – desenvolvidos no âmbito da
psicolinguística. Nesta dissertação buscamos avaliar: (i) Em que medida ambas as regras
seriam processadas de forma equivalente pelos falantes? e (ii) Qual a relevância da
distância linear entre sujeito e verbo na ocorrência dessas regras? Três experimentos
foram conduzidos visando a explorar esses duas questões. O primeiro, baseado numa
tarefa de escuta automonitorada, teve como objetivo investigar como os falantes lidam
com ambas as regras. O Experimento 2, conduzido por meio de uma tarefa de produção
eliciada por repetição, buscou avaliar o papel da distância linear na realização da
concordância e a possível correlação entre esse fator e variáveis extralinguísticas,
especificamente, nível de escolaridade. Por último, o Experimento 3 – implementado
por meio de uma tarefa de leitura automonitorada do tipo “labirinto” (maze task) –
constitui um desdobramento do anterior, aprofundando na investigação sobre o papel da
distância. Em conjunto, os resultados obtidos apontam para um tratamento diferenciado
de ambos os padrões de realização da concordância, sugerindo um custo de
processamento maior no caso da marcação morfologicamente não redundante. No que
diz respeito à distância linear entre sujeito e verbo, uma maior distância entre esses
elementos favoreceu a ocorrência da regra não redundante, sugerindo que esse fator
teria um papel relevante no processamento da concordância verbal na língua. Os
resultados, com relação à variável nível de escolaridade, revelam diferenças sutis entre
os grupos pesquisados. / This dissertation investigates the processing of variable verbal agreement in Brazilian
Portuguese, focusing on cognitive and perceptual aspects of this phenomenon. BP
exhibits two general rules for number agreement: (i) redundant plural agreement both in
subject and verb (As meninas brincam aqui) and, (ii) non-redundant agreement, in
which one, the plural morpheme is mandatory in the subject (usually carried out in D)
and may be omitted in the other elements (As meninaØ brincaØ aqui). Previous studies
on variable agreement, developed in the context of Variationist Sociolinguistic, have
listed a set of factors that would favor the occurrence of each of these rules. There are,
however, gaps in the literature regarding the processing of this variation. The theoretical
background of this research integrates the language model formulated by the Generative
Theory, and processing models developed in the context of Psycholinguistics. In this
dissertation we aim to evaluate: (i) to what extent speakers would process both rules
equivalently? And (ii) what is the relevance of linear distance between subject and verb
in the occurrence of these rules? Three experiments were conducted in order to explore
these two questions. The first one, based on a self-paced listening task, aimed to
investigate how the speakers deal with the two agreement rules. Experiment 2,
conducted through an elicited production by repetition task, aimed to evaluate the role
of linear distance in the realization of the agreement. The second goal of this experiment
was to evaluate the possible correlation between linear distance and extra-linguistic
variables, specifically, level of education. Finally, Experiment 3 – implemented by a
self-paced reading "maze" task – is a follow up of the Experiment 2, and aimed to
deepen the study of the role of linear distance. Taken together, the results suggest a
differentiated treatment of the two agreement rules, with a higher processing cost in the
case of morphologically non-redundant agreement. Regarding the role of linear distance
between subject and verb, a greater distance between these elements favors the
occurrence of the non-redundant rule, indicating that this factor would have an
important role in the processing of verbal agreement. The results concerning to the level
of education reveal subtle differences between the two groups investigated.
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Avaliação de parâmetros para identificação do potencial de transformação contido em lesões orais potencialmente malignas / Evaluation parameters for identifying the potential for change contained in potentially malignant oral lesionsSILVA, Deise de Avila 14 September 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-09-14 / This study aims to evaluate the immunohistochemical expression of antibodie MAGE-(Y18) in potentially malignant oral lesions and malignant lesions in patients with or without factor risk, and also to check the interexaminers variability on histological classification of oral epithelial dysplasia. Paraffin-embedded samples of 20 cases of severe dysplasia/carcinoma in situ and 20 cases of intraoral squamous cell carcinoma (SCC) were used in the study, and in both groups the samples had been distributed between patients with and without other risk factors associated with the occurrence of injury (tobacco and alcohol). The positive immunohistochemical expression of MAGE(Y-18) was defined by a cytoplasmic staining pattern, and it was used a scoring system considering the homogeneity of the reaction. In order to verify the interexaminer variability when performing a histological classification of oral epithelial dysplasia, 75 cases of potentially malignant oral lesions were selected from a referral service in oral disease. Slides were read independently and blindly by three pathologists in two stages. In the first stage it was made available to examiners the slides stained with H & E along with the clinical information of each case, and pathologists had to classify the lesions: no dysplasia, mild dysplasia, moderate dysplasia, severe dysplasia or carcinoma in situ.In the second stage, it was not given access to clinical information to the examiners, and they had to classify slides into two categories: low risk (non-dysplastic lesions / mild dysplasia) and high risk (moderate or severe dysplasia / carcinoma in situ). . The results were positive in 4/20 PML and 17/20 SCC. Through the Kruskal-Wallis test, it was observed a statistically significant difference (p<0.05) between groups of CPB and the group of potentially malignant lesions (PML) without the risk factor. The Mann-Whitney test found a statistically significant difference between carcinomas and potentially malignant lesions (p<0.001). The Fisher Exact test showed no statistically significant difference between the lesions that had the same histological diagnosis when compared in subgroups of associated risk factor (p=1). Detection of MAGE antigen may be useful in identifying LPM that has a higher risk of progression to invasive SCC, but it seems to be unrelated to exposure to popular risk factors The agreement between the examiners and the gold standard ranged from low to moderate, regardless of the classification system that was used. In the first stage, the intraclass correlation coefficient showed a moderate agreement between examiners 1 and 3 (r = 0.479 and r = 0.544) and, a low agreement of the examiner 2 (r = 0.384). In the second phase, it was observed a moderate agreement between examiners 2 and 3 and the gold standard (k = 0.433 k = 0.422) and, a low concordance between the examiner 1 and the gold standard (k = 0.186).Taking into account that grading dysplasia is a subjective process and still there is no test that outperforms the histological observation on diagnosis of oral epithelial dysplasia, it is understood that the process of grading made by two or more examiners should be encouraged, in order to assist in defining more precisely the diagnostics / O objetivo deste trabalho foi avaliar a expressão imuno-histoquímica do MAGE (Y-18) em LPM e malignas de pacientes com e sem fator de risco associado, bem como verificar a variabilidade interexaminadores na classificação histológica das displasias epiteliais orais. Foram utilizadas amostras incluídas em parafina de 20 casos de displasia severa/carcinoma in situ e 20 casos de CEC intraoral, sendo que em cada grupo as amostras estavam distribuídas entre pacientes com e sem fator de risco associado à ocorrência da lesão (tabaco e álcool). A expressão imuno-histoquímica positiva de MAGE (Y-18) foi definida por um padrão de coloração citoplasmático, sendo utilizado um sistema de pontuação considerando a homogeneidade da reação. Para classificar as displasias epiteliais orais, 75 casos de lesões orais potencialmente malignas foram selecionados de um serviço de referência em patologia bucal. Três patologistas analisaram as lâminas de forma independente e cega em dois momentos.Na primeira etapa foram disponibilizadas aos examinadores as lâminas coradas em H&E juntamente com as informações clínicas de cada caso e os patologistas classificaram as lesões em sem displasia, displasia leve, moderada, severa ou carcinoma in situ. Na segunda etapa, os avaliadores não tiveram acesso às informações clínicas e classificaram as lâminas em duas categorias: baixo risco (lesão não displásica/displasia leve) e alto risco (displasia moderada/severa/carcinoma in situ). A análise das reações imuno-histoquímicas demonstrou positividade em 4/20 LPM e 17/20 CEC. Pelo teste de Kruskall-Wallis observou-se diferença estatisticamente significativa (p<0,05) entre os grupos de CEC e o grupo das lesões potencialmente malignas sem fator de risco. O teste de Mann-Whitney verificou diferença estatisticamente significativa entre os carcinomas e as lesões potencialmente malignas (p<0.001). O teste Exato de Fischer não demonstrou diferença estatisticamente significativa entre as lesões de mesmo diagnóstico histológico quando comparadas nos subgrupos de fator de risco associado (p=1). Nossos resultados sugerem que a detecção do antígeno MAGE pode ser útil na identificação de LPM com maior risco de progressão para o CEC invasivo, mas parece não ter relação com a exposição aos fatores de risco mais conhecidos. Quando na classificação das displasias, independente do sistema de classificação utilizado, a concordância entre os avaliadores e o padrão ouro variou
de fraca a moderada.Na primeira etapa, o Coeficiente de Correlação Intraclasse demonstrou uma concordância moderada entre os avaliadores 1 e 3 (r=0,479 e r=0,544) e uma concordância baixa do avaliador 2 (r=0,384). No segundo momento observou-se uma concordância moderada entre os examinadores 2 e 3 e o padrão ouro (k=0,433 e k=0,422) e uma baixa concordância entre o avaliador 1 e o padrão ouro (k=0,186). Tendo em vista que a graduação da displasia é um processo subjetivo, e que ainda não dispomos de nenhum exame que supere a observação histológica no diagnóstico das displasias epiteliais orais, entendemos que o processo de graduação entre dois ou mais observadores deve ser incentivado, a fim de auxiliar na definição mais precisa do diagnóstico
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