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Scleractinia (Cnidaria : Anthozoa) da Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC), com ênfase na estrutura espaço-temporal da formação mais meridional de corais recifais no Oceano AtlânticoCapel, Kátia Cristina Cruz January 2012 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Ecologia / Made available in DSpace on 2013-06-25T23:04:03Z (GMT). No. of bitstreams: 1
309425.pdf: 2728148 bytes, checksum: 6c212a8b711872f752b7d3029eeca2e5 (MD5) / Atualmente são registradas na costa brasileira 18 espécies de escleractínios zooxantelados, 06 escleractínios azooxantelados de água rasa, e 05 hidrocorais. Santa Catarina é o estado mais ao sul no Brasil com ocorrência de costões rochosos, que proveem hábitat para a fauna séssil, no entanto, a fauna dos escleractínios de água rasa (<50m) do estado permanece pouco estudada. A fim de preencher esta lacuna foi realizado um levantamento dos corais de água rasa registrados para o estado e amostragens na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (REBIO Marinha do Arvoredo) e em ilhas adjacentes ao município de Florianópolis. Os resultados revelaram a ocorrência de cinco espécies da ordem Scleractinia (Astrangia rathbuni, Phyllangia americana, Madracis decactis, Paracyathus pulchellus e Tubastraea coccinea), incluindo o registro inédito da espécie P. pulchellus em águas rasas no Brasil e a ocorrência do coral invasor T. coccinea na Ilha do Arvoredo. O coral Madracis decactis é a única espécie zooxantelada com registro confirmado ao sul do Estado de São Paulo, e forma na Ilha da Galé (SC) o único banco de corais livres do Atlântico subtropical. São apresentados dados da estrutura espaço-temporal do banco, que ocupa uma área de aproximadamente 3.400 m2 entre 05 e 15 metros de profundidade na porção oeste da Ilha da Galé. É observado um padrão na distribuição das colônias de acordo com o tamanho, com colônias menores nas regiões mais rasas (07 m) e colônias maiores nas regiões mais profundas (09 a 10 m) do banco, o que pode indicar que as colônias soltas se originam da fragmentação de colônias incrustadas, mantendo seu crescimento roladas sobre o substrato. Ao longo do ano houve uma diminuição na densidade total de colônias, provavelmente resultante de soterramento e transporte para fora da área amostrada. A ação de correntes e organismos bioturbadores são os principais fatores responsáveis pela distribuição e movimentação das colônias. O estudo revela a presença de um ambiente singular, vulnerável e altamente dinâmico no limite sul de distribuição de espécies recifais no Atlântico, e adverte sobre a carência de dados acerca da fauna bentônica no sul do Brasil. A realização de inventários específicos e projetos de monitoramento extensivo são essenciais para se compreender as respostas do ambiente recifal mais meridional do Atlântico num cenário de mudanças climáticas e subsidiar futuros estudos ecológicos. / Currently, 18 zooxanthellate and 06 azooxanthellate scleractinian species, as well as 05 species of hydrocorals are reported for shallow waters in Brazil. Santa Catarina is the southernmost state in Brazil with the occurrence of rocky shores, which provide habitat for sessil fauna; however, the state's shallow-water (>50m) scleractinian fauna remains poorly studied. To better understand shallow-water corals in souther Brazil, I conducted a literature review, consulted museum collections, and sampled at Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (REBIO Marinha do Arvoredo) and adjacent island to Florianópolis. The results revealed the occurrence of five species of the order Scleractinia (Astrangia rathbuni, Phyllangia americana, Madracis decactis, Paracyathus pulchellus and Tubastraea coccinea), including the new record of the species P. pulchellus at shallow waters in Brazil, and the occurrence of the invasive coral T. coccinea at Arvoredo Island. Madracis decatis is the only zooxanthellate species confirmed to occur south of the state of São Paulo, forming at Galé Island (SC) the only free-living coral formatiom known in the Tropical South Atlantic. This study presents data on the spatial and temporal structure of this free-living coral bed, which occupies an area of about 3.400 m2 between 05 and 15 meters depth in the western portion of Galé Island. A distribution pattern is observed according to size, with smaller colonies in the shallower regions (07 m) and the larger colonies in the deeper regions (09 to 10 m) of the bed. This pattern could indicate that free-living colonies originated from fragmentation of encrusted colonies, and keep growing while rolling upon the substrate. Throughout the year there was a decrease in the density of colonies, probably resulting from burial and transport out of the sampled area. The actions of currents and bioturbators are the main factors responsible for the distribution and movement of colonies. This study reveals the presence of a unique, vulnerable and highly dynamic environment at the souther limit of reef species distribution in the Atlantic Ocean, and warns about the lack of data on the benthic fauna in southern Brazil. Specific inventories and extensive monitoring projects are essencial for understanding the responses of the southernmost reef coral environment in the Atlantic Oceanin a scenario of climate change and support future ecological studies.
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Estudos visando a sintese de esqueletos nor-sesquiterpenos espiro lactonicos : sinteses totais da (+-)- patilactona A e (+-)- desalonapalilactona (derivado não natural)Diaz Munoz, Gaspar 29 July 2018 (has links)
Orientador : Fernando A. S. Coelho / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Quimica / Made available in DSpace on 2018-07-29T02:54:37Z (GMT). No. of bitstreams: 1
DiazMunoz_Gaspar_D.pdf: 11180769 bytes, checksum: ffb6a0e29e27bc688fd6cb6647281f1c (MD5)
Previous issue date: 2001 / Doutorado
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Ecologia da reprodução assexuada de Palythoa caribaeorum (Zoanthidea :Cnidaria)Moreno, Luis Alberto Acosta 30 November 1999 (has links)
Orientadores: Luiz Francisco Lembo Duarte, Paul W. Sammarco / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-07-28T14:49:25Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Moreno_LuisAlbertoAcosta_D.pdf: 11744612 bytes, checksum: a994acecf5fc1ac73f8abfd6edcb4ba3 (MD5)
Previous issue date: 1999 / Resumo: O zoantídeo Palythoa caribaeorum se reproduz assexuadamente no Canal de São Sebastião, S.P., Brasil, usando quatro mecanismos de fissão e dois mecanismos de fragmentação. Esta variedade de modos, registrada pela primeira vez para a espécie, sugere grande plasticidade fenotípica e alta capacidade das colônias em responder a diferentes limitações do habitat durante seu crescimento. Cerca de 55% da população se reproduz através de fissão e somente 7% por fragmentação. O maior aporte de ramets (novos indivíduos) à população realizou-se por fissão (1304 ramets em um ano),particularmente via fissão marginal "Edge fission", enquanto que o aporte por fragmentação foi consideravelmente menor (64). A contribuição da fissão ao crescimento populacional de P.caribaeorum parece ser, portanto, bastante significativa. A fissão parece ser controlada pela colônia (controle genético), porém sua intensidade muda devido a fatores extrínsecos (bióticos e/ou abióticos), principalmente aqueles relacionados a características do microhabitat em tomo das colônias (ex. densidade, tipo e quantidade de recursos: substrato, alimento, etc.). Este tipo de reprodução assexuada ocorreu em colônias de qualquer tamanho com taxa constante e uniforme durante o ano todo (distribuindo a probabilidade de sobrevivência dos ramets no tempo). A freqüência de fissão não diferiu entre: 1) locais com diferentes níveis de estresse (ex. maior turbidez, maior sedimentação, e menos luz), 2) locais com diferenças na mortalidade parcial das colônias, 3) estações do ano (com flutuação de temperatura) e 4) profundidade (com variação na intensidade de luz). A fragmentação causada por distúrbios físicos (ex. tormentas) variou no tempo (menor no inverno), mas não no espaço. Já a fragmentação devida à mortalidade parcial foi maior nos locais rasos, onde ocorreu maior incidência de uma doença recentemente descoberta neste estudo. Mortalidade parcial (<5% da área total da colônia afetada) ocorreu em 40% da população, sendo maior no local com maior estresse, mas esta nem sempre gerou reprodução assexuada, não sendo, consequentemente um fator determinante na formação de ramets (via fragmentação ou fissão). A doença, de patógeno desconhecido, registrada pela primeira vez para a ordem Zoanthidea, esteve relacionada diretamente com a temperatura da água e variou no espaço e no tempo. Durante o verão e parte do outono, no pico da reprodução sexuada da espécie, 14 a 20% da população foi infestada. A freqüência da doença e a taxa da reprodução assexuada estiveram diretamente relacionadas ao tamanho da colônia em P. caribaeorum. Assim, a doença (provocando perda de tecido, de gônadas, de área de alimentação, e aumentando o gasto energético para combate-la e reparar tecidos) poderia implicar em queda da reprodução e da aptidão da espécie. A formação de ramets nas colônias pode demorar desde semanas até possivelmente anos. Este estudo mostrou que a dispersão dos mesmos é rápida (3 meses após sua formação) e facilitada pelas correntes, diminuindo no inverno quando o nível de estresse é maior. A maioria dos ramets quantificados foi pequena e, desta forma, sujeita provavelmente a altas taxas de mortalidade. No entanto, a sobrevivência dos ramets e sua contribuição real ao crescimento populacional ainda necessitam ser estudadas / Abstract: The zoanthid Palythoa caribaeorum shows asexual reproduction i the São Sebastião Channel, S.P., Brazil through four mechanisms of fission and two mechanisms of fragmentation. The diversity of reproductive modes in this species reported for the first time, reflected high phenotypic plasticity of the colonies and their ability to respond to constraints imposed by the habitat during it growth. 55% of the population reproduced by fission and 7% by fragmentation. High numbers of ramets were produce through fission (1304 ramets per annum), particularly via "Edge fission", whereas ramets derived by fragmentation were few (64). Fission may be the most important source of ramets to population growth in P. caribaeorum. Fission appeared endogenously controlled by the colonies (genetically programmed), however, it expression was regulated by extrinsic factors (biotic, abiotic), especially them related with the microhabitat around the colonies (e.g. density, type and resource quality: substrate). Fission occurred in colonies of any size, with constant and uniform frequency along the year (spreading the risk through time it may increase ramet survivor). Fission did not varied between 1) sites exposed to different stress level (e.g. higher turbidity, higher sedimentation, and lower light levels), 2) sites experienced different partial colony mortality, 3) seasons (temperature fluctuation), and 4) depths (changing in light intensity). Fragmentation due physical disturbance (e.g. storms) did change through time (it was lower during the winter), but not in space. Fragmentation due partial colony mortality (e.g. disease) was higher in shallow water, according with the higher incidence of a new disease discovered here. 40% of the population showed partial colony mortality (< 5% total colony area affected), been higher in the stressful site. Partial mortality did not necessarily induce asexual reproduction, then, it is not an important factor in ramet formation in this study (via fragmentation or fission). A new disease (pathogen unknown) reported here for the first time for the order Zoanthidea was direct1y related with water temperature. It degree of infection, however, varied in space and time. 14 to 20% of the population was infected during the summer and early fall, corresponding with gonad maturation time for this species. Disease and asexual reproduction were directly related with colony size in Palythoa caribaeorum. Thus, disease (tissue and gonad lost, less feed area, and higher energy expenditure to fight the pathogen and for tissue repairson) may decrease reproduction output and the fitness in this species. Ramet formation may take weeks to probably years. Ramet dispersal was fast (completed in less than 3 months after it formation) and facilitated by currents. Ramet dispersal was lower during the winter when environmental conditions were harsh. Most ramets were small size; in consequence, they might experience high mortality. Ramet survivor and the real contribution of ramets to the. Population growth, however, remain unknown at this time / Doutorado / Doutor em Ecologia
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Estrutura das associaçoes infaunais sublitorais de substrato inconsolidado adjacentes a recifes artificiais e naturais (Paraná, Brasil)Lorenzi, Luciano January 2004 (has links)
Orientador : Carlos Alberto Borzone / Tese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciencias Biológicas, Programa de Pós-Graduaçao em Zoologia. Defesa: Curitiba, 2005 / Inclui bibliografia / Recifes artificiais são estruturas submersas assentadas sobre um substrato, geralmente em fundos marinhos, para mimetizar as características de um recife natural. A presença da estrutura mais o fluxo de água gerado pelas ondas e correntes remobiliza constantemente o sedimento adjacente, onde também alguns organismos predadores residentes no recife buscam ativamente o seu alimento. A combinação desses fatores pode alterar a composição e os padrões de distribuição das comunidades infaunais sublitorais dos substratos inconsolidados adjacentes aos recifes. Estudos destas comunidades foram realizados na plataforma rasa do Estado do Paraná em um conjunto de recifes artificiais próximos ao Arquipélago dos Currais, na Ilha Currais e numa laje submersa próxima às ilhas Itacolomis, em profundidades variando entre 8 e 17 metros. Antes da implantação dos recifes artificiais foram realizadas amostragens da infauna e do sedimento ao longo de um transecto perpendicular às marcas de ondulação dominantes na região (SE – NW) a 1, 5, 10 e 30 metros. Após a instalação dos recifes, foram realizadas amostragens semestrais entre 2000 e 2002 a SE e a NW das estruturas nas mesmas distâncias. Nos recifes naturais as
amostragens foram feitas em março e agosto de 2001. Dois transectos separados entre si por 10 metros de distância e perpendiculares à base e às marcas de ondulação, foram estabelecidos na face exposta e na face protegida do recife. Nesta ocasião, amostras de sedimento e de infauna foram coletadas em distâncias de 1 e 30 metros da estrutura. Nos recifes artificiais, as dimensões das marcas de ondulação antes da instalação dos recifes era homogênea e após a instalação dos recifes essas marcas mostraram uma maior heterogeneidade espacial em função da variação temporal, da orientação e das distâncias dos recifes. As associações da infauna eram exclusivas de cristas e de cavas antes da
instalação dos recifes artificiais. Após a instalação definiram-se padrões separando a composição da infauna correspondente ao transecto a SE daquele a NW. Esta separação ficou definida na última coleta correspondente ao inverno. Não houve uma clara diferenciação na composição faunística em função dadistância dos recifes artificiais. Nos recifes naturais os resultados mostraram que a composição do sedimento e das dimensões das marcas de ondulação foram distintas entre as faces exposta e protegida das duas estruturas. Nas Ilhas Currais, sedimentos mais grosseiros associados a maiores comprimentos de onda nas marcas de ondulação foram encontrados na face exposta, principalmente no verão. Na laje submersa estas mesmas características foram achadas na face protegida e ficaram mais evidenciadas no inverno. As associações infaunais foram distintas entre as estruturas, as quais tiveram pela sua vez composições distintas entre as faces. Em Currais ocorreram associações exclusivas da face protegida e diferentes da face exposta, a qual teve pela sua vez poucas similaridades entre os distâncias de 1 e 30 metros. Na laje submersa, ocorreu o contrário, houve associações exclusivas da face exposta, e na face protegida poucas similaridades entre as associações a 1 e 30 metros da estrutura. De maneira geral, os padrões sedimentológicos e das associações da infauna refletiram as condições hidrológicas geradas pela interação da hidrografia local com a fisionomia dos recifes. Esses padrões apresentaram poucas modificações nos recifes naturais, mas no caso dos recifes artificiais os efeitos foram percebidos desde a sua implantação até a etapa final do trabalho. As associações infaunais podem ser controladas por um conjunto de variáveis ambientais como a interação entre o regime hidrodinâmico, a microtopografia e o tamanho de grão, condicionados pela presença de estruturas recifais / Reefs are structures of varied forms and compositions in aquatic environments with
associated organisms. Natural rocky structures are found above or below the sea level.
Artificial reefs are submerged structures laid on a substract over the sea bottom to mime a
natural reef. The combination of water flow generated by waves and the reef structure
constantly reworks the adjacent sediment and where reef predators forage. The combination
of these factors can affect the composition and distribution patterns of soft sediment
sublitoral infaunal community adjacent to the reefs. Studies about these communities were
conducted in Paraná continental shelf region in artificial reefs near Currais Archipelago in
Currais Island and in a submerged slab near Itacolomis Islands, in depths varying from 8 to
17 meters. Infauna and sediment samples where taken before the artificial reefs
implantation along a transect perpendicular to dominant ripple marks (SE – NW) in the
distances of 1, 5, 10 and 30 meters from the reefs. After artificial reefs implantation,
samples were taken every 6 months during the 2000 and 2002 years in the SE and NW
sides in the same distances from the reefs. In the chosen natural reefs, samples were taken
in March and August 2001 in two transects 10 meters distance apart from each other,
perpendicular to the protected and exposed reefs bases and to the ripple marks. In that
occasion, infauna and sediment samples were collected in 1 and 30 meters distances off the
natural reefs. In the artificial reefs, the ripples dimensions before the implantation showed a
great spatial homogeneity, but after reef implantation the ripples showed a greater spatial
heterogeneity in function of temporal variation, orientation and the distances from the reefs.
Infaunal associations were distinct between crests and troughs before artificial reefs
implantation. After this, in the intermediate months, association changes occurred without a
clear grouping that could characterize orientations, distances or crests and troughs from
ripple marks. However, one year later, patterns in infaunal composition, corresponding to
the exposed transect (SE) different from the protected (NW) occurred. This difference was
evident in the last winter sampling. There was no clear difference in faunal composition in
function of different distances from artificial reefs. In the natural reefs the results showed
that sediment composition and ripple dimensions were distinct among the exposed and
protected structures faces. In Currais Island, coarse sediments associated to greater wave
lengths were found in the exposed face, more evident in the summer. In the submerged slab
the similar characteristics were evident during the winter. Infaunal associations were
distinct between structures which had different compositions among faces. In Currais
occurred exclusive associations in protected than the exposed faces which had little
similarities between 1 and 30 meters distances. In the submerged slab, the opposite
occurred with associations exclusive to exposed face, and protected face there were little
similarities between distances 1 and 30 meters from the structure. Generally, the sediment
and association patterns reflected the hydrological conditions generated from the interaction
between local hydrograph and reefs physiognomies. In spatial and temporal scales these
patterns showed little modifications in natural reefs, but in artificial reefs, these effects
were noticed from their implantation to the end of the work. Infaunal associations can be
controlled by a set of environmental variables as the interaction between hydrodynamic
regime, microtopography, and grain size, conditioned by reef structures presence.
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Composição e sazonalidade de cnidarios em substrato artificial, na foz do rio Itibere, Baia de Paranagua, ParanaAltvater, Luciana 10 November 2009 (has links)
No description available.
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Recrutamento de corais no recife da Ilha da Barra Tamandaré- PERamos Pinheiro, Barbara January 2006 (has links)
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license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5)
Previous issue date: 2006 / Estudos relacionados ao assentamento e recrutamento de corais têm sido
de grande importância para a compreensão e elucidação dos diversos fatores
atuantes na estruturação inicial de uma comunidade recifal. O presente estudo
se propõe a, por meio da utilização de substratos artificiais confeccionados com
azulejos de cerâmica e orientados verticalmente, determinar o padrão de
assentamento, a taxa de mortalidade e de crescimento dos recrutas de corais do
recife da Ilha da Barra. Duzentas placas foram distribuídas no entorno de uma
das piscinas da Ilha da Barra em agosto de 2004. Mensalmente, durante todo o
ano de 2005, e em janeiro de 2006, oitenta placas eram coletadas (com exceção
de janeiro, dezembro de 2005 e janeiro de 2006, com 40, 76 e 72 placas,
respectivamente) e trazidas para o laboratório, mantidas em tanques com
aeração e circulação constante pelo período necessário para a análise ao
estereomicroscópio e, em seguida, retornavam para a Ilha da Barra. A presença
de corais, hidrocorais, vermetídeos, serpulídeos, cirripédios e briozoários foi
investigada. O crescimento, a posição e a sobrevivência dos recrutas de corais
também foram analisados. O assentamento de corais foi aparentemente
dominado por espécies incubadoras e ocorreu preferencialmente durante o
verão. A inclinação do substrato oferecido e a forma como essas placas estavam
dispostas proporcionaram uma boa distribuição da intensidade luminosa,
confirmada pela ausência de um efeito de borda . Esse foi o primeiro estudo
que acompanhou o crescimento dos recrutas das espécies Favia gravida e
Siderastrea stellata (endêmicas brasileiras) durante o primeiro ano de vida, com
taxas médias de crescimento de 20,42 mm e 11,27mm respectivamente. A
diferença entre as taxas obtidas provavelmente foi decorrente da variação
taxonômica entre essas espécies. Os cirripédios apresentaram uma evidente
preferência de recrutamento a partir do início da estação chuvosa, mas nenhum
padrão sazonal foi evidenciado para os poliquetas serpulídeos. Já os
vermetídeos apresentaram uma densidade média crescente ao longo dos meses
de estudo, indicando que eles devem ter um recrutamento constante durante o
ano e que esses organismos continuam contribuindo ativamente com as
construções recifais de Tamandaré
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A influência da Temperatura e da Calcificação na variação de δ18O e δ13C e Sr/Ca no esqueleto do coral Mussismilia braziliensis (Verrill 1868)Gonçalves, Priscila Martins January 2010 (has links)
Submitted by Everaldo Pereira (pereira.evera@gmail.com) on 2017-02-18T14:30:26Z
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Dissertação_Priscila_Gonçalves_2010.pdf: 2464796 bytes, checksum: 6c1805188f085817c0186601453b66c0 (MD5) / A calcificação do esqueleto dos corais é controlada pela temperatura da água do mar, pela atividade fotossintética dos simbiontes e pela alcalinidade da água do mar. Em função disso, esse esqueleto vem sendo utilizado cada vez mais como um bom arquivo de condições ambientais. A incorporação de isótopos de O e de C, além de elementos como o Sr são também controlados por parâmetros oceanográficos, notadamente a temperatura, a salinidade e a turbidez (disponibilidade de luz) da água do mar. Estudos recentes realizados com várias espécies de corais de Abrolhos mostraram que a exemplo dos corais de outros oceanos, essas espécies formam bandas de densidade com periodicidade anual. Os objetivos deste estudo foram verificar o comportamento da incorporação das razões isotópicas δ18O e δ13C e da razão geoquímica Sr/Ca no esqueleto do coral Mussimila braziliensis, verificar a influencia de parâmetros climáticos na incorporação destes elementos, validar a razão isotópica δ18O como indicador proxy de temperatura da superfície do mar (TSM) e relacionar com a razão geoquímica Sr/Ca estudada por Santedicola (2008). Verificou-se também o comportamento do δ13C, δ18O e Sr / Ca em relação à calcificação do esqueleto da espécie e quais os fatores que interferem nesse processo. / The calcification of coral skeletons is controlled by seawater temperature, the photosynthetic activity of zooxanthellae and the alkalinity of sea water. As a result, this skeleton has been used increasingly as a good environmental conditions archive. The incorporation of isotopes of O and C, along with elements such as Sr are also controlled by oceanographic parameters, mainly temperature, salinity and turbidity (light availability) of seawater. Recent studies with various species of corals from Abrolhos reefs showed that as occurs in other oceans, these species form density bands on an annual basis. The objectives of this study was to assess the incorporation of isotopic ratios δ18O and δ13C and the ratio Sr/Ca in the skeleton of the coral Mussimila braziliensis to check the influence of climatic parameters on the incorporation of these elements, validate the isotope ratio as an indicator δ18O proxy of sea surface temperature (SST) and correlate it with the geochemical ratio of Sr/Ca, studied by Santedicola (2008). It was also assessed the behavior of δ13C, δ18O and Sr/Ca in relation to this calcification of the species and what factors affected this process.
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Modelagem de distribuição de espécies bênticas marinhas na costa do BrasilRiul, Pablo January 2015 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Florianópolis, 2015. / Made available in DSpace on 2016-04-19T04:05:15Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2015 / A distribuição geográfica de muitas espécies é ainda insuficientemente conhecida (?The Wallacean shortfall?) o que pode limitar até mesmo os estudos mais básicos de Ecologia e Conservação e o manejo da biodiversidade. Esse problema é particularmente crítico para organismos bênticos, como os abordados nesse estudo, e para regiões megadiversas como o Brasil. Nesse contexto, a modelagem de distribuição de espécies é uma ferramenta versátil que permite responder diversas questões ecológicas. Os modelos de distribuição de espécies utilizam a relação entre dados de ocorrência das espécies e variáveis ambientais georreferenciados para estimar a área geográfica na qual uma espécie pode ocorrer. Neste trabalho foram utilizadas diferentes técnicas de modelagem de distribuição de espécies para responder questões de bioinvasão, Ecologia da Conservação e efeito das mudanças climáticas em bentos da costa do Brasil. No capítulo 1, foram modeladas as distribuições das espécies de coral Tubastraea coccinea (invasora) e Mussismilia hispida (endêmica) para identificar a área de potencial sobreposição entre as distribuições da espécie invasora e da espécie endêmica. Foi demonstrado que a espécie invasora pode vir a ocorrer em grande parte da costa do Brasil, incluindo a maioria das áreas marinhas protegidas. No capítulo 2, foi testada a hipótese de que o viés geográfico amostral (esforço amostral diferente ao longo da área de estudo) nos dados de ocorrência empregados em modelos de distribuição de espécies modifica o resultado da análise de priorização espacial para a conservação. Quando o viés geográfico não é corrigido, o portfólio de conservação gerado aponta áreas com maior esforço amostral como as mais importantes e áreas pouco amostradas como menos importantes para a conservação. No capítulo 3, foi testada a hipótese de que as mudanças climáticas podem promover mudanças nas distribuições de seis espécies de macroalgas na costa do Brasil com diferentes padrões biogeográficos: cosmopolitas (Ceramium brasiliense e Cryptonemia delicatula), tropicais (Dictyopteris jolyana e Gelidium coarctatum) e subtropicais (Levringea brasiliensis e Plocamium brasiliense). Os resultados indicam uma forte tendência de deslocamento nas distribuições das espécies em direção aos polos, independentemente da afinidade biogeográfica.<br> / Abstract : The geographical distribution of many species is still poorly known (The Wallacean shortfall) limiting even the most basic studies in Ecology and Conservation and the management of biodiversity. This issue is particularly critic for benthic organisms, such as the object of this study and megadiverse regions, such as Brazil, and. In this contexto, species distribution modeling is a useful tool allowing to answer several ecological questions. Species Distribution Models (SDMs) uses geo- referenced species occurrences linked with abiotic and/or biotic information from these localities to estimate the habitat suitability (i.e. areas of suitable conditions in which the species is likely to occur) in a geographical space. In this study we used distinct modeling techniques to answer questions of bioinvasion, Conservation Ecology and the effects of climate change in benthic species of the Brazillian coast. In chapter 1 we modeled the distribution of the coral species Tubastraea coccinea (invasive) and Mussismilia hispida (endemic) to identify potential overlap areas in the distribution of both species. We show the invasive species to have the potential to occurr in most of Brazillian coast, including most of Marine Protected areas, threatening the endemic reef builder species. In chapter 2 we tested the hypothesis of geographical sampling bias (sampling effort unevenly distributed in space) in occurrence data used in SDMs changes the results of spatial conservation prioritization analysis. When sampling bias is not accounted for, the generated conservation portfolios selects areas with higher sampling effort as the most important whereas the less sampled areas are pointed as less importante for conservation. In chapter 3, we tested the hypothesis that climate change can promote changes in geographical distribution of six marine macroalgae species in Brazillian coast with distinct biogeographical affinities: cosmopolitans (Ceramium brasiliense and Cryptonemia delicatula), tropical (Dictyopteris jolyana and Gelidium coarctatum) and subtropical (Levringea brasiliensis and Plocamium brasiliense). The results show a strong trend of poleward range shift in the species distributions regardless of their biogeographical affinity.
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Endemismo e conectividade de corais-de-fogo (Millepora spp.) no Oceano AtlânticoSouza, Júlia Nunes de January 2013 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Florianópolis, 2013. / Made available in DSpace on 2014-08-06T17:11:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1
323174.pdf: 2419109 bytes, checksum: 4ba003d12b4915a37a95fddfe4573642 (MD5)
Previous issue date: 2013 / Conhecer o grau de conectividade e de diversidade genética pode auxiliar a elucidar quais são as populações em vias evolutivas de especiação ou que estão mais vulneráveis às mudanças ambientais. Tendo em vista a importância ecológica de mileporídeos no Oceano Atlântico, este estudo objetivou investigar os padrões de conectividade e de diversidade genética de corais-de-fogo do Atlântico tropical, e combinou dados moleculares e morfológicos para melhor distinguir as espécies endêmicas simpátricas. A análise filogenética, baseada na sequência de DNA mitocondrial (DNAmt) 16S DNAr, corroborou a existência de quatro clados monofiléticos no Atlântico Sul: Millepora alcicornis, M. braziliensis, M. nitida e M. laboreli. A morfometria revelou o diâmetro dos gastróporos e dactilóporos como sendo as principais variáveis que distinguiram o morfotipo M. nitida incrustante dos outros dois morfotipos, M. nitida ramificada e M. braziliensis. Entre as regiões do Caribe, Brasil e Atlântico Oriental observou-se alta estruturação genética das populações de M. alcicornis (Fst = 0,596?0.680, P < 0,05). No Brasil, as populações das espécies endêmicas M. braziliensis (Fst = 0,689, P < 0,05) e M. nitida (Fst = 0,828, P < 0,05) mostraram-se altamente estruturadas, ao passo que alta conectividade predominou nas populações de M. alcicornis (Fst < 0,106), com exceção particularmente do Arquipélago de Fernando de Noronha. A diversidade genética decresceu em direção às margens da distribuição de M. alcicornis (h = 0?0,982), M. braziliensis (h = 0,286?0,702) e M. nitida (h = 0,255?0,667). Os resultados de análises de estruturação genética sugerem que a pluma dos rios Amazonas-Orinoco (do inglês ?Amazon-Orinoco Plume?, AOP) e a extensão de oceano aberto dividindo o Atlântico Oriental e Ocidental, também conhecida como Barreira do Atlântico Central (do inglês ?Mid-Atlantic Barrier?, MAB) são as principais barreiras ao fluxo gênico em M. alcicornis ao longo do Caribe, Brasil e Atlântico Oriental. O deságue do rio São Francisco parece restringir a dispersão das espécies endêmicas de forma a evitar a sobreposição de suas áreas, mas ao mesmo tempo é permeável a M. alcicornis, espécie de ampla distribuição. A perda de diversidade em direção às margens da distribuição pode ser responsável pela perda da capacidade de resiliência das populações periféricas frente a distúrbios ambientais. Sendo assim, as populações periféricas da espécie de mais ampla distribuição (M. alcicornis) e as populações mais centrais das espécies endêmicas (M. braziliensis e M. nitida) merecem atenção especial dos esforços conservacionistas. <br> / Abstract : Knowledge on the degree of connectivity and genetic diversity of corals may help to elucidate which populations are under evolutionary trajectories of speciation or are more vulnerable to environmental changes. Given the ecological importance of milleporids in the Atlantic Ocean, this study aimed to investigate patterns of connectivity and genetic diversity in fire corals from the tropical Atlantic, and combined molecular and morphological data to better distinguish the endemic species. Phylogenetic analyses, based on mitochondrial DNA (mtDNA) 16S rDNA, corroborated the existence of four reciprocally monophyletic clades in the South Atlantic: Millepora alcicornis, M. braziliensis, M. nitida and M. laboreli. Morphologically, gastropore?s and dactylopore?s diameters were the main variables that distinguished encrusting morph from the other two morphs, the ramified colonies of M. nitida and M. braziliensis. Among Caribbean, Brazil and Eastern Atlantic high levels of genetic structure are observed (Fst = 0.596?0.680, P < 0.05). Within Brazil, populations of the endemic species M. braziliensis (Fst = 0.689, P < 0.05) and M. nitida (Fst = 0.828, P < 0.05) are highly structured, while high connectivity predominates in populations of M. alcicornis (Fst < 0.106), with the exception of Fernando de Noronha Archipelago. Genetic diversity decreases towards the edges of the distribution of M. alcicornis (h = 0?0.982), M. braziliensis (h = 0.286?0.702) and M. nitida (h = 0.255?0.667). The results of genetic structure analyses suggest that the plume of the Amazon-Orinoco Rivers (AOP) and the stretch of open ocean dividing eastern and western Atlantic, also known as Mid-Atlantic Barrier (MAB), impose major barriers to gene flow of M. alcicornis across the Caribbean, Brazil and Eastern Atlantic. The São Francisco River plume (SFP) seems to restrict the dispersal of the endemic species, whereas it is permeable for the widespread species M. alcicornis. The loss of diversity towards the edges of the distribution may be responsible for the loss of resilience capacity in peripheral populations when facing environmental disturbances. Thus, peripheral populations of the widespread species (M. alcicornis) and central populations of the endemic species (M. braziliensis and M. nitida) deserve a special attention from conservation efforts.
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Recifes de coral e unidades de conservação costeiras e marinhas no Brasil : uma análise da representatividade e eficiência na conservação da biodiversidadePrates, Ana Paula Leite 01 August 2003 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Biologia, Departamento de Ecologia, 2003. / Submitted by Jaqueline Ferreira de Souza (jaquefs.braz@gmail.com) on 2011-02-16T12:35:44Z
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2003_AnaPaulaLeitePrates.pdf: 8191264 bytes, checksum: 55751a827064715e8ebab631f02436ba (MD5) / Os recifes de coral são considerados como o mais diverso habitat marinho do mundo, sendo aclamados, juntamente com as florestas tropicais, como uma das duas mais ricas comunidades naturais do planeta. Em todo o mundo os recifes de coral são conhecidos pela beleza de variedade de vida, formas e cores e pelo grande apelo ético e espiritual. No sentido material esses recifes apresentam sua importância pautada na subsistência e segurança que eles provem às comunidades costeiras das regiões tropicais. Devido a fragilidade, intrínseca de ambientes complexos, em todo o planeta, os recifes de coral vêm sendo rapidamente degradados pelas atividades humanas como a sobrepesca, o desenvolvimento costeiro abrupto e desordenado, pela introdução de resíduos, agrotóxicos, sedimentos ou pelo crescente aumento na intensidade do turismo nessas áreas. No Brasil, esses ambientes se distribuem por cerca de 3.000 km na costa nordestina brasileira, desde o sul do Estado da Bahia até o Estado do Maranhão, constituindo-se nos únicos ecossistemas recifais do Atlântico Sul. A preocupação mundial com esses ambientes se reflete no Brasil no crescente interesse acerca do desenvolvimento de ações, ainda pontuais, direcionadas para a conservação desse ecossistema. Como uma das principais estratégias de conservação, as áreas protegidas, ou unidades de conservação devem ser representativas dos ambientes a serem protegidos e funcionar de maneira eficaz na proteção dos mesmos. Concordando com os demais esforços mundiais de conservação, o Brasil também vem estabelecendo um sistema representativo de áreas protegidas, mas ainda sem monitorar a efetividade das mesmas. O presente trabalho abordou a questão da representatividade dos recifes de coral brasileiros sob a forma de proteção em unidades de conservação e propôs e testou uma metodologia de avaliação da efetividade em algumas unidades selecionadas. Os assuntos foram divididos em seis capítulos onde no primeiro encontra-se uma introdução geral ao tema; no segundo são comentadas as convenções internacionais ambientais com interface no tema, nas quais o Brasil é signatário e os instrumentos legais, programas e ações nacionais existentes para a conservação dos recifes de coral; no terceiro é descrito o uso de ferramentas de sensoriamento remoto para o mapeamento e a avaliação da representatividade do ambiente recifal brasileiro; no quarto foram apresentadas e discutidas as metodologias de avaliação da efetividade e os indicadores adequados para a avaliação das unidades de conservação costeiras e marinhas; no quinto capítulo é, então, apresentado o resultado da aplicação da metodologia proposta de avaliação da efetividade das unidades de conservação, bem como uma avaliação da representatividade anteriormente calculada, a luz dos resultados de efetividade das unidades de conservação selecionadas; e, finalmente no sexto capítulo estão descritas as discussões, conclusões e sugestões finais. Para efeito do cálculo de representatividade o trabalho teve como abrangência a zona costeira e marinha entre os estados do Rio Grande do Norte e o sul da Bahia, região onde estão mais concentrados os ambientes recifais costeiros. Desse modo abrangeu as seis unidades de conservação existentes na região. Cabe ressaltar que para ser possível a realização desse cálculo foi realizado o primeiro esforço no país de mapeamento dos recifes de coral em uma escala regional. Esse mapeamento permitiu identificar a área dos topos recifais visíveis através da aplicação de metodologias de sensoriamento remoto. Para efeito da análise da efetividade das unidades de conservação foram analisadas as unidades costeiras com característica semelhantes, como: conterem recifes costeiros, de fácil acesso, e por isso mesmo, sofrerem os mesmos níveis de pressão antrópica, além de estarem no mesmo grupo de categoria de manejo e uso sustentável. Como resultados observamos que o Brasil é signatário de uma série de diplomas e convenções internacionais na área ambiental com interface na questão dos ambientes recifais e possuímos, também, diversos programas de governo, atos normativos e leis que visam proteger de alguma maneira esses ambientes. Não existe porém qualquer mecanismo nacional dedicado à integração de todos esses atos, convenções, diplomas legais e políticas governamentais, tanto nacionais como internacionais, em torno do tema recifes de coral. Os resultados do mapeamento possibilitaram a geração de 21 mapas aqui apresentados e nos permitiu calcular a área dos topos recifais rasos cujos valores alcançaram totais de 1.008,49 km2 de área. Os resultados do mapeamento frente às unidades de conservação existentes nos mostraram que aproximadamente 80% dos recifes rasos mapeados, já se encontram sob a proteção de alguma categoria de unidade de conservação. Cabe ressaltar que, pelo menos, 22% desses ambientes estão sob a forma de unidades de conservação de proteção integral. Para a avaliação da efetividade das UCs, ao se adaptar as metodologias existentes e selecionar indicadores apropriados para a análise das mesmas, foi possível desenvolver uma metodologia de avaliação da efetividade das unidades de conservação presentes no ambiente recifal brasileiro. A metodologia, no entanto, só pode ser usada para a avaliação das UCs minimamente implementadas. Os resultados obtidos na aplicação da metodologia proposta, demonstraram o enorme desafio de se gerenciar unidades de conservação costeiras e marinhas de uso sustentável, sobre áreas de grande pressão antrópica como, por exemplo, o litoral do nordeste brasileiro. Com base na análise conjunta dos resultados obtidos frente à representatividade e a efetividade das unidades de conservação analisadas foi possível discutir e sugerir diversas atividades e ações a serem tomadas para a conservação do ambiente recifal brasileiro. _________________________________________________________________________________ ABSTRACT / Coral reefs are considered to be the world most diverse marine habitat and together with rain forests are recognized as two of the richest natural communities in the planet. All over the world, coral reefs are known for the beauty of their variety of life, shapes and colors, as well as for their great ethical and spiritual appeal. From a material perspective, these reefs reveal their importance in the subsistence and security they provide to the costal communities of tropical regions. Due to the intrinsic fragility of their complex environments, coral reefs throughout the planet are being rapidly degraded by human activities, such as overfishing, abrupt and unplanned costal development, by the introduction of wastes, agrochemicals, sediments and also by the increasing intensity of tourism in these areas. In Brazil, these environments are distributed along 3,000 km of the Brazilian northeastern coast, from the south of the State of Bahia to the State of Maranhão, the only reef ecosystem in the Atlantic South. Global concern for these environments is reflected in Brazil by the growing interest in the development of actions, still very localized, to conserve this ecosystem. One of the main strategies used for conservation, protected areas, also known in Brazil as conservation units, should be representative of the environments to be protected and be efficient in protecting them. In consonance with other global conservation efforts, Brazil has been establishing a representative system of protected areas, but whose effectiveness has yet to be verified. This study addresses the issue of representativity of Brazilian coral reefs under protection in conservation units, and proposes and tests a methodology to evaluate the effectiveness of some selected units. The topics were divided into six chapters. The first contains a general introduction; the second one provides an overview of the relevant international environmental conventions related to the issue to which Brazil is signatory, as well as the existing domestic legal instruments, programs and actions for the conservation of coral reefs. The third chapter describes the use of remote sensing techniques for mapping and assessing the representativity of the Brazilian reef environment; the fourth introduces and discusses methodologies as well as suitable indicators for assessing effectiveness of marine and coastal conservation units. The fifth chapter then presents the results obtained in applying the proposed methodology for assessing the effectiveness of conservation units as well as an evaluation of the previously calculated representativity, in the light of the results of the effectiveness of the selected conservation units and, lastly, chapter six contains final suggestions, discussions and conclusions. For the purposes of calculating representativity, this study covered the coastal and marine area from the state of Rio Grande do Norte to the south of the state of Bahia, where most of the coastal reef environments are concentrated. Thus, the six conservation units existing in the region were included. This analysis was possible with the mapping, for the first time, of Brazilian coral reefs on a regional scale. This mapping allowed the identification of top of shallow reefs visible with the use of remote sensing methods. To analyze the effectiveness of the conservation units, only units with similar characteristics were studied. Conservation units within coastal reefs areas, with easy access, for this very reason, undergo the same levels of human pressure, in addition to belonging to the same sustainable use management category. In conclusion we saw that Brazil is party of a number of environmental international conventions and agreements that are relevant to reef environments, and we also have several government programs, regulatory acts and laws that aim to protect these environments in some way. There is, however, no domestic mechanism to bring together these acts, conventions, legal instruments and government policies, both domestic and international, related to coral reefs. Reef mapping resulted in 21 maps presented here and allowed us to calculate the area of the top of shallow reefs, which amount to 1,008.49 km2. Comparing these results to the existing conservation it units, showed that approximately 80% of the mapped shallow reefs are already under some category of conservation unit. At least 22% of these environments are included in full protection conservation areas. The effectiveness of the conservation units was evaluated by adapting existing methodologies and selecting suitable indicators for their analysis. In this way, it was possible to develop a methodology to evaluate the effectiveness of the conservation units present in the Brazilian reef environment. Nevertheless, the methodology can only be used to evaluate the conservation units which have been minimally implemented. The results obtained in applying the proposed methodology reveal the enormous challenge of managing sustainable use coastal and marine conservation units in areas of major anthropic pressure, such as the Brazilian northeastern coast. Based on the joint analysis of the results obtained on the representativity and the effectiveness of the conservation units, it was possible to discuss and suggest various activities and actions that should be taken to conserve the Brazilian reef environment.
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