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Referência, necessidade e ciência: um estudo do essencialismo científico de Saul KripkeSilva, Daniel Soares da [UNIFESP] 09 November 2012 (has links) (PDF)
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Previous issue date: 2012-11-09 / Em janeiro de 1970, Saul Kripke proferiu três conferências na Universidade Princeton.
A transcrição dessas conferências foi publicada em 1980 como Naming and Necessity. Nessa
obra, Kripke critica o descritivismo, explicação então mais aceita para a função referencial
dos nomes próprios, e apresenta a sua própria visão sobre o assunto. Em Naming and
Necessity, Kripke também sustenta uma concepção que ficou conhecida como “essencialismo
científico”, a qual afirma a existência de verdades necessárias a posteriori. Esta dissertação
procura investigar de que maneira se relacionam as idéias sobre a referência e sobre o
essencialismo científico no interior do pensamento kripkeano.
Assim, no primeiro capítulo, procura-se apresentar as principais características do
descritivismo. Em linhas gerais, a concepção descritivista, cujas origens remontam a certas
idéias de Frege e Russell, estabelece que a explicação para a referência de um nome próprio
passa pelas descrições associadas ao termo, as quais seriam satisfeitas univocamente pelo
objeto designado.
O segundo capítulo se ocupa dos argumentos kripkeanos contrários ao descritivismo.
Esses argumentos são de três tipos: modal, epistêmico e semântico. A adequada compreensão
desses argumentos, bem como do modelo explicativo alternativo proposto por Kripke, exige
certos conceitos fundamentais, como o de mundos possíveis, a distinção entre modalidades
epistêmicas e modalidades metafísicas, e o de designação rígida. Por isso, esse capítulo
também busca expor tais noções.
Finalmente, o terceiro capítulo é dedicado ao essencialismo científico desenvolvido
por Kripke. Grosso modo, uma posição essencialista sustenta que os objetos possuem
propriedades essenciais; isto é, propriedades que são exemplificadas em todos os mundos
possíveis nos quais os objetos existem. O essencialismo científico afirma que cabe à ciência
revelar essas propriedades essenciais, as quais seriam verdades necessárias a posteriori. O
capítulo 3 examina o essencialismo quanto à origem biológica e aquele sobre a origem e
composição material dos artefatos, além de outros aspectos relacionados ao tema discutidos
por Kripke. / In January 1970, Saul Kripke delivered three lectures at Princeton University. A
transcript of these lectures was published in 1980 as Naming and Necessity. In this work,
Kripke criticizes descriptivism, then most accepted account for referential function of proper
names, and presents his own view on the matter. In Naming and Necessity, Kripke also
advocates a view that became known as “scientific essentialism”, which states that there are
necessary a posteriori truths. This dissertation aims at understanding the relationship between
Kripke’s view about reference and the scientific essentialism.
Thus, in the first chapter, we expose the main features of descriptivism. In general, the
descriptivist conception, whose origins go back to certain ideais of Frege and Russell, states
that the explanation for the reference of a proper name is based on the descriptions associated
with the name, which should be fulfilled only by designated object.
The second chapter is concerned with Kripkean arguments against descriptivism.
These arguments are of three types: modal, semantic and epistemic. A proper understanding
of the arguments, as well as the alternative model proposed by Kripke, requires certain
fundamental concepts, such as possible worlds, the distinction between epistemic modalities
and metaphysical modalities, and the rigid designation. Therefore, the second chapter also
intends to examine such notions.
Finally, the third chapter turns to the scientific essentialism developed by Kripke.
Roughly, an essentialist viewpoint holds that objects have essential properties. That is,
properties that are exemplified in all possible worlds in which the objects exist. The scientific
essentialism maintains that it is up to science to reveal the essential properties, which would
be necessary a posteriori truths. The chapter 3 analyses the essentialism about biological
origins and essentialism about the origin and composition of material artifacts, and other
aspects related to the topic discussed by Kripke / TEDE
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Referência, necessidade e ciência: um estudo do essencialismo científico de Saul KripkeSilva, Daniel Soares da [UNIFESP] 01 January 2012 (has links) (PDF)
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Publico-DanielSoaresdaSilva.pdf: 576406 bytes, checksum: 27d43ce2592b4448856df105e09b7113 (MD5) / Em janeiro de 1970, Saul Kripke proferiu três conferências na Universidade Princeton. A transcrição dessas conferências foi publicada em 1980 como Naming and Necessity. Nessa obra, Kripke critica o descritivismo, explicação então mais aceita para a função referencial dos nomes próprios, e apresenta a sua própria visão sobre o assunto. Em Naming and Necessity, Kripke também sustenta uma concepção que ficou conhecida como “essencialismo científico”, a qual afirma a existência de verdades necessárias a posteriori. Esta dissertação procura investigar de que maneira se relacionam as idéias sobre a referência e sobre o essencialismo científico no interior do pensamento kripkeano. Assim, no primeiro capítulo, procura-se apresentar as principais características do descritivismo. Em linhas gerais, a concepção descritivista, cujas origens remontam a certas idéias de Frege e Russell, estabelece que a explicação para a referência de um nome próprio passa pelas descrições associadas ao termo, as quais seriam satisfeitas univocamente pelo objeto designado. O segundo capítulo se ocupa dos argumentos kripkeanos contrários ao descritivismo. Esses argumentos são de três tipos: modal, epistêmico e semântico. A adequada compreensão desses argumentos, bem como do modelo explicativo alternativo proposto por Kripke, exige certos conceitos fundamentais, como o de mundos possíveis, a distinção entre modalidades epistêmicas e modalidades metafísicas, e o de designação rígida. Por isso, esse capítulo também busca expor tais noções. Finalmente, o terceiro capítulo é dedicado ao essencialismo científico desenvolvido por Kripke. Grosso modo, uma posição essencialista sustenta que os objetos possuem propriedades essenciais; isto é, propriedades que são exemplificadas em todos os mundos possíveis nos quais os objetos existem. O essencialismo científico afirma que cabe à ciência revelar essas propriedades essenciais, as quais seriam verdades necessárias a posteriori. O capítulo 3 examina o essencialismo quanto à origem biológica e aquele sobre a origem e composição material dos artefatos, além de outros aspectos relacionados ao tema discutidos por Kripke. / In January 1970, Saul Kripke delivered three lectures at Princeton University. A transcript of these lectures was published in 1980 as Naming and Necessity. In this work, Kripke criticizes descriptivism, then most accepted account for referential function of proper names, and presents his own view on the matter. In Naming and Necessity, Kripke also advocates a view that became known as “scientific essentialism”, which states that there are necessary a posteriori truths. This dissertation aims at understanding the relationship between Kripke’s view about reference and the scientific essentialism. Thus, in the first chapter, we expose the main features of descriptivism. In general, the descriptivist conception, whose origins go back to certain ideais of Frege and Russell, states that the explanation for the reference of a proper name is based on the descriptions associated with the name, which should be fulfilled only by designated object. The second chapter is concerned with Kripkean arguments against descriptivism. These arguments are of three types: modal, semantic and epistemic. A proper understanding of the arguments, as well as the alternative model proposed by Kripke, requires certain fundamental concepts, such as possible worlds, the distinction between epistemic modalities and metaphysical modalities, and the rigid designation. Therefore, the second chapter also intends to examine such notions. Finally, the third chapter turns to the scientific essentialism developed by Kripke. Roughly, an essentialist viewpoint holds that objects have essential properties. That is, properties that are exemplified in all possible worlds in which the objects exist. The scientific essentialism maintains that it is up to science to reveal the essential properties, which would be necessary a posteriori truths. The chapter 3 analyses the essentialism about biological origins and essentialism about the origin and composition of material artifacts, and other aspects related to the topic discussed by Kripke. / TEDE
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Nomes próprios e filosofia da linguagem: uma análise contemporâneaBeltrão, Simone de Oliveira 06 October 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-10-06 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / This dissertation research aims to discuss about the role of proper names in the contemporary philosophy of language. The bias that we will adopt is an internalist. To perform our research will begin by contextualizing what was the meaning that the pragmatic-linguistic turn had the philosophical field. It will try to expose some of the most important elements which characterize the importance of discussions of proper names within the philosophy of language. Given our internalist bias, seek to demonstrate two basic functions of proper names, the informational function and operational function. Possession that present two distinct streams of theories of appointment, the descritivimo and causation theory. With this route we intend to show the reader get the meaning and the role that proper names take within contemporary discussions of analytic philosophy of language imprint. / A presente pesquisa de dissertação tem como objetivo discorrer acerca do papel dos nomes próprios dentro da filosofia da linguagem contemporânea. O viés que adotaremos é o de um internalista. Para realizar nossa pesquisa iniciaremos por contextualizar qual foi o significado que a virada pragmático-linguística teve no campo filosófico. Disso tentaremos expor alguns dos elementos mais importantes que caracterizam a importância das discussões dos nomes próprios dentro da filosofia da linguagem. Tendo em vista nosso viés internalista, buscaremos demonstrar duas funções básicas dos nomes próprios, a função informacional e a função operacional. De posse disso apresentaremos duas correntes distintas das teorias da nomeação, o descritivimo e a teoria da causalidade. Com esse percurso pretendemos conseguir mostrar ao leitor o significado e o papel que os nomes próprios assumem dentro das discussões contemporâneas da filosofia da linguagem de cunho analítica.
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Hume, Mach e Skinner: a explicação do comportamento.Laurenti, Carolina 17 March 2004 (has links)
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Previous issue date: 2004-03-17 / Financiadora de Estudos e Projetos / Radical behaviorism was presented as the philosophy of science of human behavior. This has
important consequences. One of them has to do with questions regarding scientific
explanation. The present essay essentially deals with the following question: what is the
model of explanation of radical behaviorism? Some characteristics of the explanation model
of behavior are examined, based on a discussion of the ideas of Skinner and two others
philosophers of science, to wit, David Hume and Ernst Mach. Hume offers a logical-empirical
critique of the concept of causality as necessary connection, by arguing that causal relations
can not be demonstrated on the basis of statements of fact. Moreover, experience does not
furnish the necessary causal link between cause and effect. He concludes the human
knowledge deals solely with constant relations. This critique was taken over by Skinner by
way of Mach s functional descriptivism . Mach s substitution of the concept of cause by that
of functional relations, and its consequent distinction between scientific explanation and
causal explanation is based on Hume s critique. One might also argue that Mach advances on
Hume s critique by asserting that the world is, in principle, probabilistic. Skinner, from the
beginning, offered an interpretation of behavioral theory as description in accordance with
Mach s philosophy of science. Accordingly, he limited himself to explaining behavior in
terms of functional relationships. However, it is argued that the explanation of behavior is not
only the discovery of functional relations. Skinner does not comply with the restrictions of
descriptivism when he offers an interpretation, beyond the bounds of mere functional
relations, of the origin of behavior, as is the case with philogenetic behavior and with cultural
practices. Accordingly, interpretation is included in radical behaviorism s explanatory system.
In this way, the theory of behavior, without rejecting descriptivism, may be associated with a
version of scientific instrumentalism. This is done via Mach in a somewhat surprising way.
Mach s emphasis on the notions of scientific concept and hypothesis leads us to a kind of
reticent instrumentalism which emerges as a reaction to the realist view of theories. As a
version of scientific instrumentalism, the theory of behaviorism can be seen as pragmatic, and
so radical behaviorism enters the field of ethics. The alliance of descriptivism and
instrumentalism rule out realist interpretations of the theory of behavior. A reading of
Skinner s theory from the perspective of the philosophical works of Hume and Mach also
weaken the association of radical behaviorism with the metaphysical determinism. It is
concluded that the model of selection by consequences is a functional, instrumental and
probabilistic, rather than causal, way of explaining behavior. / O behaviorismo radical se apresenta como a filosofia da ciência do comportamento humano.
Essa asserção tem decorrências importantes. Uma delas esbarra, imediatamente, em questões
concernentes à explicação científica. O presente trabalho trata essencialmente desta questão:
qual o modelo de explicação do comportamento defendido pelo behaviorismo radical?
Todavia, seu escopo é limitado. Foram examinadas algumas características do modelo
explicativo comportamental através de um debate travado entre Skinner e outros dois
filósofos da ciência, a saber: David Hume e Ernst Mach. Hume faz uma crítica lógicaempírica
do conceito de causalidade como conexão necessária, afirmando que as relações
causais, com respeito ao campo das questões de fato, não são passíveis de demonstração.
Somado a isso, a experiência não fornece os elos causais que conectam inelutavelmente a
causa ao efeito. Ao final, podemos tratar do conhecimento humano, apenas, em termos de
relações constantes. Essa crítica foi legada a Skinner através de suas relações com o
descritivismo funcional machiano. Mach incorporou a crítica de Hume ao substituir a noção
de causa pela de relações funcionais, operando uma desvinculação entre explicação científica
e explicação causal. É possível também argumentar que Mach avança a crítica de Hume
afirmando que o mundo é, em princípio, probabilístico. Skinner, desde o início de sua obra,
anunciou sua interpretação da teoria do comportamento como descrição nos moldes
machianos. Com isso, confinou-se a explicar o comportamento em termos de relações
funcionais. Entretanto, é possível identificar que a explicação do comportamento não se
resume à descoberta de relações funcionais. Skinner rompe os limites do descritivismo
interpretando a origem de comportamentos que ultrapassam descrições meramente funcionais,
como é o caso do comportamento filogenético e das práticas culturais. O behaviorismo radical
inclui no seu sistema explicativo a interpretação. Nesse sentido, a teoria do comportamento,
sem renegar o descritivismo, conjuga-se como uma versão do instrumentalismo científico. A
novidade está que o faz via relações com Mach. A ênfase dada por Mach com respeito às
noções de conceito e hipótese científicas, nos leva a encontrar uma espécie de
instrumentalismo reticente que emerge como uma reação à interpretação realista das teorias.
Como uma versão do instrumentalismo científico, a teoria do comportamento também se
afirma como um pragmatismo, que acaba inserindo o behaviorismo radical no campo da ética.
A conjugação das versões descritivistas e instrumentalistas impede interpretações realistas da
teoria do comportamento. Ademais, uma leitura da teoria de Skinner através dos textos
filosóficos de Hume e Mach afasta o behaviorismo radical de laços com o determinismo
metafísico. Conclui-se que o modelo de seleção por conseqüências se apresenta não como um
modo causal, mas como um modo funcional, instrumental e probabilista de explicação do
comportamento.
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