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As figurações do feminino em Desmundo (1996), de Ana Miranda /Pereira, Juliana Cristina Minaré. January 2019 (has links)
Orientador: Guacira Marcondes Machado Leite / Resumo: O presente trabalho propõe uma análise interpretativa da obra literária Desmundo (1996), de Ana Miranda. Ambientada no século XVI, a obra traz uma revisitação histórica do período colonial brasileiro através da perspectiva de uma figura feminina. Oribela, a narradora-personagem, é responsável por contar a história colonial a partir de seu ponto de vista inovador e rebelde. A pesquisa é de cunho analítico-interpretativo e promove três frentes de debate para o romance. O primeiro aborda as relações existentes entre Literatura e realidade e como o universo romanesco em estudo encaixa-se nesse cenário, propondo um diálogo entre ficção e realidade, entre século XVI e século XXI. Já o segundo, propõe um estudo dos movimentos feministas e de crítica e autoria feminina e quais suas relações com a obra e como esta contribui para o desenvolvimento da mulher enquanto personagem e escritora. E, por fim, as questões de ordem discursiva que compõem a narrativa de autoria feminina, com uma personagem feminina, e as implicações que essa forma de narrar promove nos universos real e ficcional. Fundamentada em várias áreas do saber, desde a teoria literária até a filosofia, objetiva-se criar uma linha interpretativa que una todas essas questões que compõe a obra em análise. / Abstract: Abstract: This academic project proposes an interpretative analysis of the Desmundo (1996) literary work, by Ana Miranda. It was set in the 16th century and the work brings a historical remind of the Brazilian colonial period through the perspective of a female person. Oribela, the history’s teller is responsible for telling the colonial history from innovative and rebellious her point of view. The survey is interpretative and analytic, and promotes three parts of a debate for the novel. The first one discusses the relations among literature and reality and how the Romances fits into this scenario, proposing a discussion between fiction and reality, in the between 16th and 21st centuries. Thus, the second one proposes a study of feminist movements and women's criticism and authorship and what their relations with the work and how it contributes to the development of the woman as a character and writer. And finally, the discursive issues that compose the narrative of feminine authorship with a female character, and the effects this form of story promote in the real and fictional universes. Based on several areas of knowledge since literary theory from philosophy, the purpose is to create an interpretative line that joins all these issues that compose the work in analysis. / Mestre
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A inserção da mulher europeia na conquista do “Novo Mundo” – perspectivas literárias / The insertion of the european woman in the conquest of the “New World” – literary perspectivesUber, Beatrice 08 December 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-12-08 / Since the beginning of the records about Americas’ colonization, the woman had been considered inferior and submissive to men by the European phallocentric and Jewish-Christian point of view present in the historiographic discourse that determined the official version of this past. However, she was essential to assure the colonists’ stay in the land to be pioneered. Many of the settlers had the feminine presence as an anchor to strengthen their stay in the “New World”. After the wedding ceremony, the woman was responsible for taking care of the house, being a good wife and an excellent mother, according to the ideology imposed by Church, which corroborated the patriarchal vision of the colonizing metropolis prevailing that time. Starting from this historical situation, the present research proposes reflexions and analyses about the insertion theme of the white European woman in the “New World”. Our purpose is to present, throughout an analysis of the books Desmundo (1996), by Ana Miranda, and Bride of New France (2013), by Suzanne Desrochers, how each one builds a symbolic representation of this process of displacement, strangeness and adaptation to a new reality of the white European woman in the beginning of the Brazilian colonization period, in the sixteenth century, and of the Canadian, in the seventeenth century, respectively, under the auspices of the historical novel. We also aim to analyze if the leading characters, Oribela de Mendo Curvo and Laure Beauséjour, keep their received instruction by the institutions that housed them or if their conceptions change when they start living in the “New World”, and to verify the confrontation of these literary visions with the official discourse. Based on this, we aim to show how the voices of the “orphans of the queen”, from Portugal, and the “king’s daughters”, from France, reflected in the literary discourse, can differ from the historiographic discourse and reveal new perspectives from this past. The research we did was supported by Comparative Literature. Authors like Afonso Costa (1946), Rodolfo Garcia (1946), Jim Sharpe (1992), Gilmei Francisco Fleck (2007, 2011, 2014, 2017), Aimie K. Runyan (2010), and Marcia A. Zug (2016) are used as theoretical support for the historical contextualization of the facts reread by fiction, and to establish the specific modalities of the historical novel in which the corpus is inserted. As a result of this investigational procedure, this research sheds light on the historical vision about the white European woman insertion in our continent. When highlighting the woman’s participation in this historical process, we observed the hybrid narratives of history and fiction update the theme and present a critical rereading of the events in relation to the happenings of the past perpetrated by the writing of historiography. / Desde o princípio dos registros sobre a colonização das Américas, a mulher foi considerada inferior e submissa ao homem pela visão judaico-cristã e eurofalocêntrica presente no discurso historiográfico que consignou a versão oficial desse passado. Entretanto, ela foi agente fundamental para assegurar a permanência dos colonizadores no território a ser desbravado. Muitos dos “conquistadores” tiveram a presença feminina como âncora para fortalecer sua permanência no “Novo Mundo”. Após o casamento, à mulher cabia cuidar do lar, ser boa esposa e ótima mãe, segundo a ideologia imposta pela Igreja, a qual corroborava a visão patriarcal das metrópoles colonizadoras reinantes na época. A partir dessa conjuntura histórica, a presente pesquisa propõe reflexões e análises acerca do tema da inserção da mulher europeia no “Novo Mundo”. Nosso objetivo é apresentar, por meio da análise das obras Desmundo (1996), de Ana Miranda, e Bride of New France (2013), de Suzanne Desrochers, como cada obra constrói uma representação simbólica desse processo de deslocamento, estranhamento e adaptação a uma nova realidade da mulher branca europeia no início da colonização brasileira, no século XVI, e na canadense, no século XVII, respectivamente, sob a égide do romance histórico. Propomo-nos, também, a analisar se as personagens protagonistas, Oribela do Mendo Curvo e Laure Beauséjour, mantém a instrução recebida pelas instituições que as abrigavam ou se suas concepções se transformam quando passam a viver no “Novo Mundo”; bem como verificar os enfrentamentos dessas visões literárias com o discurso oficial. Nesse intento, buscamos mostrar como as vozes das “órfãs da rainha”, de Portugal, e as “filhas do rei”, da França, refletidas no discurso literário, podem divergir do discurso historiográfico e revelar novas perspectivas desse passado. A pesquisa que realizamos amparou-se na Literatura Comparada. Autores como Afonso Costa (1946), Rodolfo Garcia (1946), Jim Sharpe (1992), Gilmei Francisco Fleck (2007, 2011, 2014, 2017), Aimie K. Runyan (2010), e Marcia A. Zug (2016) são utilizados como aporte teórico para a contextualização histórica dos fatos relidos pela ficção e para estabelecer as especificidades da modalidade do romance histórico na qual as obras do corpus se inserem. Como resultado deste processo de investigação, esta pesquisa lança luz sobre a visão da história a respeito da inserção da mulher branca europeia em nosso continente. Ao colocar em evidência a participação da mulher nesse processo histórico, observamos que as narrativas híbridas de história e ficção reatualizam o tema e apresentam uma releitura crítica dos eventos em relação aos acontecimentos do passado perpetrados pela escrita da historiografia.
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Rememoração e renembrança: a revisão de perspectivas históricas em Beloved (1987), de Toni Morrison, e Desmundo (1996), de Ana MirandaPinto, Marcela de Araujo [UNESP] 24 February 2010 (has links) (PDF)
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pinto_ma_me_sjrp.pdf: 746600 bytes, checksum: 0e3b007b8cfb91086d80f31f409204a7 (MD5) / Os conceitos de rememoração e renembrança são apresentados e definidos nos romances Beloved (1987), da autora norte-americana Toni Morrison, e Desmundo (1996), da autora brasileira Ana Miranda, respectivamente, como processos pertencentes ao fenômeno mnemônico, incorporados ao espaço ficcional para revisar perspectivas históricas nacionais oficiais. Ambos os romances foram elaborados a partir de fatos ocorridos em momentos históricos cruciais da grande narrativa de formação nacional dos Estados Unidos e do Brasil. Beloved resgata o crime cometido pela escrava foragida Margaret Garner, poucos anos antes da Guerra Civil (1861-1865), quando matou a própria filha na tentativa de evitar que suas crianças voltassem para a fazenda onde seriam escravizadas. Desmundo retoma a vivência de uma das órfãs enviadas pelo rei de Portugal à colônia Brasil, no século XVI, para servirem como esposas, a pedido dos padres que esperavam extinguir os hábitos dos colonos de se relacionarem com as índias. A confluência entre memória, história e literatura acontece nesses romances por meio da rememoração e da renembrança que se configuram, ao mesmo tempo, como processos mnemônicos realizados pelas personagens e como estruturas narrativas. A rememoração é definida como a imagem que permanece (individualmente e no mundo) quando algo deixa de existir; a renembrança é originada a partir de experiências singulares e possui relações com um mundo fantasioso. Ambas compartilham características ligadas ao enigma da representação que retoma eventos do passado, tais como a construção paradoxal de ausências e distâncias. Porém, a rememoração possibilita a memória coletiva, enquanto a renembrança ocasiona a memória individual. As estratégias narrativas de cada romance acompanham a caracterização de cada um desses processos, distinguindo-se na constituição da memória... / The concepts of rememory and renembrança are presented and defined in Toni Morrison‟s Beloved (1987) and Ana Miranda‟s Desmundo (1996), respectively, as mnemonic processes incorporated into the fictional space in order to revise official national historical perspectives. The American and the Brazilian novels were both based on facts that took place in crucial historical moments of the master narrative concerning the national formation of each country. Beloved revisits the crime committed by Margaret Garner, a fugitive slave, during the pre-Civil War years, when she killed her own daughter in an attempt to save her children from returning to slavery. Desmundo recollects the experiences of one of the Portuguese orphan girls sent to sixteenth-century colonial Brazil to serve as wives, by orders of the king and by the request of the priests who wanted to put an end to the sexual relations among Portuguese colonialists and natives. Rememory and Renembrança set the interrelations between memory, history and literature because they are the mnemonic processes engendered by the characters and, at the same time, they form the structure of the novels. Rememory is defined as the image that lasts (individually and in the world) when something no longer exists; renembrança originates from singular experiences and establishes relations with a fantasy world. The two processes share features related to the enigma of representation that recaptures past events, such as paradoxical constructions of absences and distances. However, rememory triggers collective memory whereas renembrança belongs to individual memory. The narrative strategies of each novel follow the characteristics of each process, distinguishing themselves in the creation of characters‟ memory and experiences. These differences, though, converge to a common objective of preventing the erasure of the past not only through... (Complete abstract click electronic access below)
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Personagem e voz na figura feminina dos romances de Ana Miranda e José SaramagoAbreu, Marizéte Borges de 10 May 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007-05-10 / In this work, we made a study of novels Desmundo of Ana Miranda and Memorial do
Convento of José Saramago, specifically the narrative structure and feminine characters
Oribela and Blimunda.
The comparative method was used to promoving a dialogue between brazilian and
portuguese literature. The authors made a History s critical revision, when through
fiction, anonymous and stranger people had opportunity to show a new version of facts.
In this way, the forgetful people and everyone who were quiet or had kept in silence by
oficial history for years earned voice.
The fictional procedures and organization of narratives reveal ideological marks of past
that contrast with present, we have the time of history in direct confront with time of
writing.
Feminine characters are agents of social transformation, too. They keep themselves an
ideological speech which approach them to the present. They look into their reality, and
thought acute sense show us aspects of nature and human relationship had never seen
before.
The sensibility, capacity to appreciate the world and years of repression make the
feminine characters a spokeswomen of excluded people such as poors, women and
jewish beyond all persons who had an inadequate behaviour to pattern of period.
Therefore, our purpose was reveal the manner as writters articulated literature elements
mixing ideological aspects of present and past, history and fiction to build a ficcional
universe which destroy the dominant ideology / Neste trabalho fizemos uma análise da estrutura narrativa dos romances
Desmundo de Ana Miranda e Memorial do Convento de José Saramago e das
respectivas personagens Oribela e Blimunda. Utilizamos o método comparativo como
instrumento de análise com o propósito de promover o diálogo entre as literaturas
brasileira e portuguesa. Os romances fazem uma revisão crítica da história ao dar voz
aos esquecidos, àqueles que foram calados pela História oficial. A organização estética,
os procedimentos literários comuns ao corpus evidenciam marcas ideológicas de um
tempo histórico que se contrapõem ao tempo da escritura. Por outro lado, a construção
de personagens femininas que se destacam pelas atitudes e pela forma diferente de
pensar e enfrentar a realidade, tornam-nas agentes de transformação social, portadoras
de um discurso ideológico que as aproximam da contemporaneidade. É por meio da
agudeza do olhar que essas personagens conseguem apreender o real em todas as
suas nuanças e perceber aspectos da natureza e das relações humanas, impossíveis
de serem captadas por indivíduos cuja visão é embotada pelo processo de
automatização social. A sensibilidade, a capacidade de apreensão do mundo e o fato
de ter sido calada durante tanto tempo, faz da personagem feminina uma espécie de
porta-voz dos excluídos, seu discurso ganha uma dimensão que extrapola os limites do
próprio romance. Sua perspicácia e agudeza, assim como a forma como penetra e
revela a natureza e as relações humanas materializam-se esteticamente na narrativa.
Nosso objetivo, portanto, foi mostrar como os escritores articularam os elementos
literários absorvendo traços ideológicos do presente e do passado e revelar de que
maneira as protagonistas femininas se desenvolveram como agentes de transgressão
social por meio de um discurso literário que esfacela a ideologia dominante
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