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Correlação entre a genotipagem dos alelos mais comuns do gene MDR1 e a farmacocinetica da droga dextromethorphan em voluntarios sadios / Influence of MDR1 polymorphisms on dextromethorphan pharmacokinetics in health Brazilian subjects

Roversi, Fernanda Marconi, 1981- 29 October 2007 (has links)
Orientador: Jose Luiz Donato / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-09T11:59:27Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Roversi_FernandaMarconi_M.pdf: 7284789 bytes, checksum: 9104ecb7671bb8b4b2288503432576a0 (MD5) Previous issue date: 2007 / Resumo: A farmacogenômica utiliza informações genéticas para orientar a escolha da terapia farmacológica em uma base individual, pressupondo que se podem prever diferenças na resposta a agentes terapêuticos entre indivíduos, a partir de sua constituição genética. Os estudos atuais de farmacogenômica objetivam otimizar a eficácia de uma droga e diminuir os efeitos colaterais e a toxicidade. Os estudos de polimorfismos genéticos podem ter um impacto nos ajustes individuais da dose de um determinado fármaco. Os polimorfismos de genes que codificam transportadores de drogas, como o gene MDR1; das enzimas metabolizadoras de fármacos, como a isoforma 2D6 do citocromo P450 (CYP2D6), e de receptores para drogas, relacionam-se às alterações funcionais no fenótipo, contribuindo na resposta a uma droga. O dextromethorphan é um agente antitússico que atua no centro da tosse. Este fármaco é metabolizado, principalmente pela CYP2D6, no metabólito ativo Dextrorphan e sua absorção sofre interferência da proteína codificada pelo gene MDR1. O presente trabalho teve como objetivo a avaliação do genótipo de uma população de voluntários sadios através da análise dos polimorfismos dos exons mais freqüentes (12, 21, e 26) do gene MDR1, correlacionando-se esses polimorfismos com a farmacocinética do fármaco dextromethorphan e do seu principal metabólito dextrorphan. Após uma seleção dos participantes do estudo, feita através de anamnese, exames físico, neurológico, psiquiátrico e laboratorial, e histórico médico, foram realizados experimentos de fenotipagem através da análise quantitativa da droga dextromethorphan e do seu metabólito dextrorphan na urina, em dois períodos distintos (imediatamente após e 12 horas após a administração da droga), por meio de cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC) acoplada à espectrometria de massa (LC-MS-MS) e de genotipagem CYP2D6, classificando os voluntários em metabolizadores rápidos ou lentos. Os 27 indivíduos, identificados como metabolizadores rápidos, foram incluídos num protocolo de avaliação farmacocinética dos compostos, ao longo de um período de 48 horas após a administração do xarope dextromethorphan, por meio do método HPLC / LC-MS-MS. A análise da genotipagem MDR1 foi realizada em três etapas sucessivas: extração de DNA, amplificação do gene MDR1 e seqüenciamento automático. Uma vez determinado o genótipo de cada voluntário, uma correlação entre esses dados genotípicos, a farmacocinética do dextromethorphan e algumas características (idade, altura, peso e índice de massa corpórea) foi estabelecida por meio de análise estatística, usando-se o teste Wilcoxon Rank Sum. Os valores obtidos para as Áreas Sob a Curva (AUCs) 0-4 h, 0-24 h, 0-48 h (± DP) foram significativamente mais baixos para os indivíduos 3435TT (1,18 ± 0,05, 2,11 ± 0,83, 2,12 ± 0,83 ngh/ml) em relação aos indivíduos 3435CC (4,49 ± 3,91, 11,07 ± 9,98, 11,33 ± 10,53 ngh/ml) e 3435CT (3,91 ± 3,22, 8,07 ± 7,41, 8,20 ± 7,57 ngh/ml). Os valores referentes a Concentração Máxima (Cmáx) (± DP) também foram significativamente mais baixos nos indivíduos 3435TT (0,45 ± 0,05 ng/ml) em relação aos indivíduos 3435CC (1,74 ± 1,52 ng/ml) e 3435CT (1,52 ± 1,22 ng/ml). Nenhuma diferença significativa foi observada entre os grupos analisados e os fatores idade, peso, altura e IMC. A distribuição genotípica para o exon 26 do gene MDR1 foi 41 % CC, 44 % CT e 15 % TT. Para os exons 21 e 12 desse mesmo gene, essas distribuições genotípicas foram, respectivamente, 56 % GG, 40 % GT, e 4 % TT e 12 % CC, 38 % CT, e 50 % TT. Desse modo, observou-se uma correlação entre o polimorfismo C3435T ¿ exon 26 do gene MDR1 ¿ e alguns parâmetros farmacocinéticos: a Cmáx e as AUCs do fármaco dextromethorphan, após uma única administração oral, apresentaram valores mais baixos nos indivíduos 3435TT. A existência de uma correlação entre a genotipagem e a farmacocinética demonstra que a implementação de técnicas de biologia molecular pode auxiliar alguns testes clínicos, cujo alvo de interesse é a investigação da absorção e da metabolização de drogas / Abstract: Pharmacogenomics is used to study the effects of genetic basis for interindividual differences in drug response. This genetic information can predict and optimize the drug efficacy and/or safety and can minimize the adverse drug reactions and toxicity. Dextromethorphan shares part of the adverse event profile of opioids and is widely used as a probe drug for CYP2D6 phenotyping and for the assessment of its activity. Dextromethorphan is an antitussigen agent that acts in the center of the cough. This drug is mainly metabolized by the CYP2D6 in the active metabolite dextrorphan and its absorption suffers interference from the protein codified for MDR1 gene. In this present study, we investigated the relationship between the MDR1 genotype and the dextromethorphan (DM) pharmacokinetics in 27 healthy Brazilian subjects and determinated the MDR1 genotype frequency in this population. The MDR1 genotype was determined by PCR-DNA sequencing. After single oral administration of 30 mg DM, plasma concentrations of DM and DX were measured and its pharmacokinetic characteristics were compared according to MDR1 genotype. The area under the plasma concentration-time curve 0-4h, 0-24h and 0-48h was significantly lower in subjects with 3435TT (1.18 ± 0.05, 2.11 ± 0.83, 2.12 ± 0.83 ngh/ml) than in those with 3435CC (4.49 ± 3.91, 11.07 ± 9.98, 11.33 ± 10.53 ngh/ml) and 3435CT (3.91 ± 3.22, 8.07 ± 7.41, 8.20 ± 7.57 ngh/ml). The maximum plasma concentrations were lower in subjects with 3435TT (0.45 ± 0.05 ng/ml) than in those with 3435CC (1.74 ± 1.52 ng/ml) and 3435CT (1.52 ± 1.22 ng/ml). There wasn¿t effect of gender or age on the distribution. The distribution of the MDR1 genotype at exon 26, 21 and 12 was, respectively, 41 % CC, 44 % CT, and 15 % TT, 56 % GG, 40 % GT, and 4 % TT and 12 % CC, 38 % CT, and 50 % TT. In conclusion, DM pharmacokinetics was affected by the genetic polymorphisms of the MDR1 gene in healthy Brazilian subjects. These findings may provide a plausible explanation for interindividual variation in the disposition of DM, although our data couldn¿t explain the exact mechanisms by which the polymorphic MDR1 gene paradoxically reduces the plasma levels of DM. Further evaluation is thus warranted. / Mestrado / Mestre em Farmacologia

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